quinta-feira, 3 de janeiro de 2019

RETROSPECTIVA 2018: OS PIORES FILMES DO ANO.

Como falei na introdução da postagem anterior com a lista dos melhores do ano, 2018 foi um ano de contrastes para nós cinéfilos. Na mesma proporção que tivemos filmaços e agradabilíssimas surpresas, tivemos também um monte de tranqueiras e grandes decepções. Nunca na história deste blog tivemos um ano com tanto filmes ruins, e pela primeira vez, deu muito mais trabalho para elaborar a nossa lista dos piores filmes que chegaram ao nosso cinema no decorrer do ano do que dos melhores. Os responsáveis por essas históricas cagadas homéricas foram, principalmente, os filme de terror e o nosso Cinema Nacional, que na minha humilde opinião, decepcionou bastante e teve sua pior safra dos últimos anos. E olhe, que me recusei a assistir filmes aparentemente ruins como os infanto-juvenis Gaby Estrella, Ana e Vitória e Tudo por um Popstar e a comédia calcinha Minha Vida em Marte. Para temos ideia, só os filmes que atribuir notas 0,0 e 0,5 totalizaram dez. Enfim, é chato, e triste, principalmente, para um cara como eu que ama filmes de terror e grande entusiasta do nosso Cinema Nacional, mas, temos que falar daqueles que foram os piores filmes do ano. Da mesma forma que ocorreu com a lista dos melhores, o critério utilizado foi o quanto o filme veio no meu pensamento, portanto, aqui também teremos filmes com notas um pouquinho "menos ruins" na frente dos que tiveram notas piores, e também tranqueiras que escaparam de ser nossa Merda do Mês, mas, não da lista  dos piores do ano. Ao final, também faremos uma Menção Horrorosa de algumas tranqueiras que ficaram de fora da nossa lista.


Por mais que eu não seja um fã do universo do bruxinho criado pela escritora J.K. Rowling, reconheço que a franquia tem sua importância na história da sétima arte, e que não tinha nenhum filme ruim. Mas, o segundo filme do spin-off é a ovelha negra da franquia que surpreendeu negativamente até alguns fãs mais fervorosos. Um pena que a própria escritora sabotou sua criação com um roteiro tão fraco que não condiz com a franquia.

9.  O Retorno de Mary Poppins.

Prosseguindo, temos a continuação consideravelmente tardia (absurdos cinquenta e quatro anos após o original) que ninguém pediu. Roteiro fraco, números musicais insossos e canções sofríveis são os principais defeitos da aposta da Disney para encher os cofres no final do ano.

8. Oito Mulheres e Um Segredo.

Quando falta a criatividade, Hollywood vem apelando para refilmagens, reboots e spin-offs como esta versão calcinha de Onze Homens e Um Segredo, que traz um elenco estrelar talentosíssimo desperdiçado numa filminho insosso e medíocre. Boa parte da crítica e do público gostou, e até torcem para uma continuação, mas, particularmente, achei uma bosta, e por isso mesmo, está na nossa lista,  e após uma inesperada mudança, ironicamente foi parar na oitava colocação.

7.  Era uma Vez um Deadpool.

O motivo de atrasarmos ainda mais a publicação da nossa lista. Já estava na fase final de revisão da postagem, prestes a publicá-la, quando inventei de dar um paradinha e ir ao cinema conferir este picaretagem anunciada. Visando encher ainda mais o rabo de dinheiro com o mercenário tagarela, a Fox resolve reeditar Deadpool 2, retalhando o filme para que recebesse uma censura mais branda, e colocando algumas cenas apenas para justificar a trama onde Deadpool tenta provar que seu Deadpool 2 é um filme familiar. O estrago foi pior do que imaginado, e o resultado é essa merda que, mesmo eu ainda não ter comentado em postagem (prometo até o fim de semana fazê-la), não poderia ficar de fora da nossa lista dos piores.

6. O Processo.

Uma câmera na mão bem no meio do furacão de um momento histórico do nosso país, uma oportunidade ímpar para se fazer um documentário que ficaria para a posterioridade. É até compreensível que a diretora Maria Ramos puxe a sardinha para defesa do lado em que acredita. Mas, existem formas muito mais inteligentes para se fazer isso do que apelando para um maniqueísmo imbecilizado que coloca os que estavam em defesa da ex-presidenta quase como super-heróis e ridiculariza os opositores, resultando num documentário partidário que sequer faz uma defesa coerente da presidenta. Os críticos - a maioria, claramente esquerdistas - amaram, mas, na minha humilde opinião de cinéfilo do povão, uma excelente oportunidade de se fazer um registro histórico e até mostrar o lado da ex-presidenta jogada na merda.

5. Crô em Família.

Mais uma continuação tardia que ninguém pediu. O personagem estereotipado saído de uma novela das oito da Globo, interpretado de forma indiscutivelmente brilhante por Marcelo Serrado, volta às telonas desperdiçado a enésima potência, junto com um elenco igualmente talentoso e desperdiçado, numa comédia horrível, totalmente sem graça, que só existe apenas para levar uma porrada de gente ao cinema e faturar, algo que, infelizmente, devem ter conseguido, já que até a semana passada, esta bosta estava em cartaz em uma sala por aqui. Espero que não façam uma terceira parte, pois, o Crô já deu o que tinha que dar (e não é apenas um trocadilho duplo sentido).

4. O Grande Circo Místico.

Um dos grandes diretores do nosso cinema, num trabalho árduo por anos, anunciado como da sua vida, adaptando um poema do poeta alagoano Jorge de Lima, conduzindo com puta elenco estrelar e talentoso. Tinha tudo para ser verdadeiramente a obra-prima do diretor mas, surpreendentemente, acabou dando uma merdas das grandes. O mais incrível é que esta merda foi escolhida para representar o nosso país no Oscar, que acabou sendo descartado logo na pré-seleção dos indicados a Melhor Filme Estrangeiro. Sem sombra de dúvida, uma das maiores frustrações do cinema que eu tive no ano passado, e por isso mesmo, ganha nossa quarta posição, mas, com o dedo mindinho no pódio.


Penúltimo empate da nossa lista, e provavelmente, o mais polêmico de todos, pela presença de um filme que para muitos é um dos melhores filmes não somente do ano, mas, de todo o gênero de terror. Obviamente, não estou me referindo a esta tranqueira, que praticamente é unanimidade com a crítica e com os cinéfilos que é uma bosta, marcando presença em todas as listas. Inacreditável com uma das primeiras lendas urbanas da Internet gerou um filminho tão bosta.


Realmente, gostaria muito de concordar com a maioria dos críticos e dos fãs que amam este filme, e o colocam num pedestal, sendo chamado de o novo O Exorcista, para mim, nem fodendo é. Penso totalmente contrário a tudo que falam dele, concordando apenas que as atuações são excelentes e o filme tem pelo menos um momento marcante no gênero. Mas, com toda sinceridade, para mim não é assustador porra nenhuma, a trama é fraquíssima, insossa e consideravelmente entediante. Na minha humilde opinião, é a bosta mais absurdamente subestimada do ano.

O último empate da nossa lista, que fiz ao máximo para tentar desempatar durante boa parte do ano. Maior bilheteria do Cinema Nacional por picaretagem e não por méritos próprios, a cinebiografia de Edir Macedo é um bom exemplo de como uma não deve ser feita. O cara é mostrado como um escolhido por Deus a dedo que saiu das páginas da Bíblia, perseguido por todos que são cem por cento maus, num maniqueísmo ridículo espalhado num roteiro péssimo. Um filminho que não apenas é um dos pior dos piores do ano, mas, do cinema nacional e cinebiografia da história.


Provando que nada é ruim que não possa piora, o filme que encerra a pior trilogia da história do cinema consegue a proeza de ser o pior que seus péssimos antecessores. A cagada final foi das grandes, num péssimo filminho com um dos piores e mais preguiçosos roteiros da história, onde a vergonha alheia é elevada ao grau máximo aqui. O bom - assim esperamos - é que encerrou com chave de merda uma porcaria de franquia que sequer deveria existir. Podem dar a descarga pois a cagada já foi feita e esta merda de trilogia está pronta para ir ao esgoto e boiar no rol do esquecimento.

Durante todo ano, queimei neurônios na tentativa de desempatar e chegar a um veredito qual era a merda das merdas de 2018. Sem querer ter o desprazer de encará-los de novo, resolvi decretar o empate entre elas. Mas, pertinho do apagar das luzes de 2018, chega aos cinemas esta merda extraordinariamente ruim, que me fez queimar ainda mais neurônios, quase me fazendo decretar um empate triplo. Acabou tirando o primeiríssimo dos empatados, que pelo menos, de tão ridiculamente ruins, provocam algumas gargalhadas. Ao contrário deste horrível terror, que na sessão que assisti, conseguiu nos deixar perplexos e petrificados após a exibição, diante do assombro de perdemos tempo e dinheiro encarando um filminho tão ruim. E foi este pequeno detalhe que fez esta porcaria subir um degrau a mais na nossa lista e levantar o pinico cheio de bosta como o pior filme de 2018.

MENÇÕES HORROROSAS.


Um dos dois filmes do grupo das notas 0.0 e 0,5, que estavam na nossa lista, mas, que tiveram que sair por causa da entrada de última hora do filme caça-níquel do mercenário tagarela. Nem mesmo a excepcional atuação de um Caco Ciocler inspiradíssimo e muito bem maquiado a ponto de está irreconhecível, me fez lembrar que essa bosta existe logo a princípio. E também não é para menos, já que nem mesmo a excelente atuação de Ciocler não salvou este filminho entediante, chato pra caralho, arrastadíssimo ao extremo. São porcarias soníferas como esta que afastam o grande público de uma produção nacional fora da caixinha da comédia.

Alguém Como Eu.

Paolla Oliveira é uma excelente atriz e estupidamente linda, e por isso mesmo, é de partir o coração vê-la desperdiçando seu talento nesta esquecível comédia romântica insossa. E o mais triste, após dar uma show na telinha, numa novela das oito da Rede Globo.

Baronesa.

Onde abunda uma ideia criativa, superabunda a preguiça. Isso resume muito bem o que é este filme que até tem uma premissa interessante jogada na merda pela opção da direção em simplesmente ligar a câmera e acompanharem a protagonista no seu dia-a-dia. Se for para ver pessoas comuns falando sobre suas vidas, eu vou para porta de casa e bato um papinho, não preciso pagar ingresso para isso.

Exorcismos e Demônios.

O título que deram por aqui já denuncia do que se trata: um terrorzinho bem bosta, com um monte de clichês, num roteiro muito mal elaborado. Merecidamente caiu no esquecimento, não sendo lembrado nem mesmo nas listas dos piores filmes do ano.

Vende-se Esta Casa.

Como na lista dos melhores, mencionei um filme produzido pela Netflix, não poderia deixar de fazer o mesmo aqui, principalmente, porque o serviço de streaming lançou uma porrada de tranqueiras no ano passado. Entre elas, destaque para esse merda, que se tivesse sido lançada nos cinemas, com certeza tornaria a briga pelo pódio dos piores ainda mais acirradas. Não adianta nada escalar um jovem e promissor astro como protagonista e esquecer do resto.

Rota de Fuga 2.

Encerrando nossa nada honrosa lista, quebro mais uma regra estabelecida, já que, até onde estou sabendo, ainda é inédito por aqui. Mas, não poderia deixar de mencionar está horrível continuação, lançada diretamente por lá em home vídeo, que sequer deveria existir. Sylvester Stallone dar uma das maiores pisadas de bola da sua carreira, e ainda arrasta Dave Bautista para ficar mais perdido que cego em tiroteio nessa bosta de filminho de ação classe C, totalmente ignorável. Pior que antes mesmo dessa merda ser lançada nos States, foi anunciada que haveria continuação. Tem gente que realmente não aprende com os erros.

Rick Pinheiro.
Cinéfilo alagoano.

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