quarta-feira, 31 de dezembro de 2014

RETROSPECTIVA 2014: O PIOR DO CINEMA EM 2014.

Como disse na postagem abaixo, 2014 não foi um dos melhores anos para a sétima arte. Apesar que pintaram muitos filmes com nota entre 8,0 e 8,5, nenhum dos melhores chegaram a nota máxima. Mas, obviamente, gosto não se discute, e você tem toda liberdade de discordar comigo e elaborar sua própria lista. Nesta última postagem do ano vamos listar o que teve de pior na sétima arte. Volto a dizer: a lista aqui é de um cinéfilo com preferências bem populares, nada de refinada, de um blogueiro que prefere, por exemplo, a porradaria de Stallone e outros brucutus aos bajuladíssimos filmes do Godard. Se quiser opinião da crítica especializada ou de um cinéfilo mais intelectualizado do que este que vos escreve, sugiro educadamente que procure outro blog, apesar que sua visita sempre é bem-vinda. Enfim, vamos ao que interessa, afinal, tenho o intuito de aproveitar as últimas horas de um ano que, particularmente, já vai tarde, vamos logo a nossa lista dos filmes que, na minha humilde opinião, foram os piores de 2014.

PIOR TRAILER.


Começamos com a categoria que estamos inaugurando este ano. Na minha humilde opinião, uma das desgraças que os distribuidores nacionais fizeram aos trailers foi justamente dublá-los. Puta que pariu! Já não basta essa tendência ridícula de dublar os filmes, agora, inventam de dublar também os trailers. E o pior é que a maioria das salas exibem esses lixos infinitas vezes, o que acaba tornando um tiro pela culatra para aqueles que, como este blogueiro, odeiam de corpo, alma e coração filmes dublados que acabam perdendo o interesse em assistir o filme. Particularmente, os trailers de X-Men - Dias de um Futuro Esquecido, que por si só é chatinho pra caralho, Interestrellar e Debi & Lóide 2 foram os piores na versão dublada. Mas, como estamos avaliando aqui o trailer em si, e não as merdas que são feitas com ele, então, o título de pior trailer, indiscutivelmente, vai para Os Caras de Pau em O Misterioso Roubo do Anel. Chatíssimo, irritante, reunindo os momentos mais sem graça do filme, é um clássico exemplo de um trailer péssimo, que só espanta ao invés de atrair interesse. Tudo bem que o filme não é lá grande coisa, mas, esse trailer tosco e ridículo consegue o feito inimaginável de ser infinitamente pior que o filme. Ninguém merece uma merda dessa! Nem mesmo Hassum e Melhem.

ASTROS QUE MAIS DECEPCIONARAM.


Como no ano passado, que um ator que eu curto (no caso, o saudoso José Wilker) acabou vindo parar neste título nada honroso, desta vez a decepção é em dose dupla. Wagner Moura é um excelente ator. Mas, esse ano, fez duas escolhas péssimas. Afinal, quem gostaria de ver o ícone Capitão/Coronel Nascimento sendo enrabado e soltando a franga com um gringo ou dando uma banana para o Cristo Redentor? Praia do Futuro e Rio, Eu Te Amo, respectivamente, trazem essas sequências grotescas e colocaram Moura como um dos astros que mais decepcionou. Mais cuidado com suas escolhas, cara! Você já é um dos ícones do nosso cinema. Não precisa fazer essas merdas.


Outro que decepcionou foi Sylvester Stallone. Não pelas suas escolhas como ator, já que esteve a frente dos divertidos O Ajuste de Contas e Os Mercenários 3. O problema foi a merda que o eterno Rambo fez com este último como roteirista, afastando tudo que a franquia tinha de bom, convocando um monte de ilustres desconhecidos de rostinhos bonitinhos para agradar a pirralhada e ainda por cima centralizou boa parte do filme em si. O filme não chega a ser uma merda total, muito pelo contrário, é muito divertido. Mas, depois de dois filmes tão fodásticos esperávamos que, pelo menos, o mesmo alto nível fosse mantido. 


Ao contrário de Moura e Stallone, não gosto de Russell Crowe. Criei uma implicância com ele desde daquela época que ele deu uns pegas na sumidona Meg Ryan, gaiando o coitado do Dennis Quaid. Por outro lado, não tenho prazer em mencioná-lo com o astro que mais decepcionou esse ano. Mas, não tenho culpa se ele fez duas escolhas horríveis: atuar na merda melosa Um Conto do Destino e na arca furada Noé. Assim como seus colegas de empate, merecidamente veio parar na nossa lista.

MAIS FODIDOS.


Nicolas Cage em um filme de ação já virou rotina. E suas escolhas por péssimos projetos já virou até piada nos sites sobre cinema. Mas, esse ano ele se superou ao estrelar Fúria. Com uma considerável divulgação pelos distribuidores nacionais, e o poster com Cage todo posudo, o filme até que prometia, mas, o resultado final é pior do que imaginado: Fúria é uma merda tão fedida que até um fã de filmes de ação classe C, como este blogueiro, não suportou um filme tão bosta.

 

Outro que não vem tendo sorte com as escolhas que faz é Jet Li. Além de ser um quase mero figurante 1000% avulso em Os Mercenários 3, o cara foi colocado de escanteio também em um filme na sua terra natal. Dupla em Fúria, que chegou por aqui diretamente em home vídeo, é tão ruim que já foi exibido na Globo. Golpe mortal na filmografia do ícone marcial, que sinaliza para uma aposentadoria precoce. 

MENÇÃO HORROROSA.


O falecido estilista Yves Saint-Laurent ganhou esse ano duas cinebiografias. Não assistir a primeira, mas, o fato é que a segunda, Saint-Laurent agradou a crítica. A crítica e alguns cinéfilos de gosto mais cult. Pois particularmente, detestei o filme que tem um roteiro fraquinho, que mais queima o cinebiografado do que enaltece e ainda apela para putaria quase explícita. Nem a corajosa atuação de Gaspard Ulliel salva o filme de ser uma merda total. Tanto que ele volta daqui a pouquinho na nossa lista, assim como seu colega de empate, o brasileiro Praia do Futuro outra merda que agradou a crítica, e que traz uma também corajosa e ousada atuação do nosso Wagner Moura. 

PIOR EM 3-D.


Se no ano passado não tivemos nenhum filme nesta categoria, esse ano tem um representante de peso. Polêmicas religiosas à parte, o fato é que Noé é um filminho péssimo de proporções bíblicas que desperdiça milhões de doletas. Nem um elenco estrelar e um diretor responsa, livraram o filme de um dilúvio de merecidas críticas. Na tentativa de inovar não somente no horrível roteiro, como também no 3D o resultado é frustrante, uma verdadeira barca furada que merecidamente veio parar aqui.

CAGADA DO ANO


Pelo segundo ano consecutivo temos um empate no quesito de quem prestou o maior desfavor a sétima arte. Como no ano passado, a Rede Globo, por exibir filmes recentes que ainda estão em cartaz em alguma sala pelo país, e as distribuidoras de filmes, pelo número absurdamente exagerados de filmes ofertados na versão dublada. Poxa, até filme de terror os caras estão dublando. Vergonhoso! 


A nível local quem prestou um desfavor a sétima arte foi a rede Kinoplex. Diz a lei do capitalismo se surge um concorrente ofertando um serviço superior, a tendência é melhora para concorrer de igual para igual. Não é o que está acontecendo com o Kinoplex Maceíó que, com a chegada do Cinesystem, só piorou ainda mais o serviço prestado a nós alagoanos e a quem nos visita. Demora no atendimento na bomboniere, filas quilométricas em feriadões e privilégio exagerado aos filmes apenas na versão dublada, rebaixaram a até pouco tempo melhor rede de cinemas de Maceió quase ao baixo nível do Centerplex e Lumière, que, aliás, esse ano nem passei perto, por só exibirem filmes dublados. Já passou da hora da gerência do Kinoplex Maceió acordar que a concorrência está dando uma pisa. 

OS PIORES FILMES DO ANO.



E começamos nossa lista com um empate (prepare-se que outros virão) entre dois filmes feitos para agradar principalmente a um dos gêneros. Mas, o resultado não poderia ser mais desastroso. Nem a comédia masculina totalmente sem graça Namoro ou Liberdade agradou, muito menos mais um filminho meloso baseado num obra de Nicholas Sparks, que viu outros escritores se darem bem melhor que ele nas bilheterias.


 

Duas super-produções hollywoodianas caprichadas, com elenco fodástico, que tinha tudo para ser dois filmaços, mas, que não vingaram. Enquanto que Era Uma Vez em Nova York cai no dramalhão e no tédio, o thrilley O Homem Mais Procurado até que tenta engatar a marcha, mas, não sai do ponto morto. Resultado:mais um empate entre as merdas do ano.



Temos agora uma empate triplo à brasileira, que tem um lado positivo, mostrar que nosso cinema inovou de gêneros, não ficando apenas nas comédias sem graças. Adaptação para nova geração do seriado televisivo homônimo, Confissões de Adolescentes consegue ser tão ruim quanto qualquer episódio de Malhação. Já a nova modinha do nosso cinema, as cinebiografias, também derrapou feio com Não Pare na Pista, provavelmente pelo fato do cinebiografado ser um mala sem alça bajuladísismo pela mídia mundial. Já Apneia, foge as ambas modinhas, ensaia uma certa criatividade e inovação, mas, acaba caindo no tédio e na merda. Enfim, três merdas que só sujam o nosso cinema.



Colin Farrell precisa urgentemente rever suas escolhas, quem sabe até demitindo seu agente ou apelando para uma aposentadoria precoce. Afinal, ultimamente o cara não acerta uma, e Um Conto do Destino é o seu verdadeiro fundo do poço. Um filminho meloso que não se define em nenhum momento, chato pra caralho e além de tudo entediante até dizer basta. Pelo menos aqui não está na merda sozinho, já que arrasta com ele Russell Crowe e Will Smith.



Já diz a sabedoria popular que um raio não cai duas vezes no mesmo lugar. Com certeza, os produtores brasileiros ignoraram isso, e investiram na fórmula adaptação de peça teatral de enorme sucesso como fizeram com Minha Mãe é uma Peça. Só esqueceram de um pequeno detalhe. A gostosinha, mas, sem graça Mônica Martelli tem muito que aprender com o porra louca do Paulo Gustavo,seu colega de elenco nessa merda. O público até que caiu e lotou o cinema (por isso que a modinha das comédias brasileiras bobocas e sem graça, nem tão cedo vai acabar). Mas, o fato é que o filme é uma merda sem graça, que só envergonha o nosso cinema. 



John Turturro é um cara talentosíssimo e merece todo respeito. Sem falar que o cara tem moral e ainda conseguiu o feito que muito diretor veterano gostaria e não consegue de trazer para o seu filme o mala, mas, queridinho e bajuladíssimo Woody Allen. O problema: esqueceu de caprichar no roteiro. O resultado é esse filminho medíocre, totalmente inferior ao seu talento, que comete o maior pecado mortal de uma comédia: ser totalmente sem graça. Mais sorte na próxima investida. Você merece, cara! 



Elenco fodástico, belíssimas locações, diretores responsas num filme que seria uma declaração de amor ao Rio de Janeiro. Mas, quem precisa de inimigo quando se tem péssimos roteiristas para estragar tudo. Foi o que aconteceu com Rio, Eu Te Amo, que dos dez episódios retratados, apenas um e meio, justamente o primeiro e o último, respectivamente, são interessantes. Um desperdiço total de todos os envolvidos.

3. Fúria


O que dizer de um filme de ação ruim para caralho, com um péssimo roteiro, que não consegue agradar nem mesmo um cara que não é muito exigente a ponto de ser fã de filmes de ação classe C? Merecido bronze que só não é ouro, porque deu viado na cabeça nos piores filmes de 2014.



Antes que venham me xingar de homofóbico, sugiro que assistam os filmes aqui listados e também Tatuagem, o pior filme do ano passado e de todos os tempos que para o meu espanto, a crítica amou. Todos os quatro, sem exceção, são péssimos e chegam até ser ofensivos aos homossexuais. Além de Tatuagem, o único que tratou o tema mais sério, talvez Saint Laurent seja o que ofenda um pouquinho menos a comunidade gay, afinal, queima mais a imagem do finado cinebiografado do que dos homossexuais de uma forma geral, apesar destes serem mostrados no filme com promíscuos e drogados. Se fosse só por isso, talvez até não estivesse aqui. Mas, não para por aqui. O filme tem um péssimo roteiro, é bastante entediante e apelativo desnecessariamente. Enfim, uma merda total que, merecidamente, fica com a prata dos piores filmes de 2014.



O que seria uma simples tarde de sessões de cinema, acabou sendo uma tortura. Afinal, assistir no mesmo dia os filmes que empatam como os piores filmes do ano tem ser muito macho (ops! desculpa o comentário que fará você acreditar que eu sou homofóbico, mas não me contive). Dois filmes, ambos nacionais, um drama e uma comédia, que deveriam tratar a temática homossexual. O problema é que ambos erram feio e escorregam no quiabo (Ops! Foi mal de novo! Não me contive. Não me processe por isso). Praia do Futuro chega até prometer, um drama que trata da temática, só que o roteiro não ajuda e ainda por cima apela ao colocar o grande Wagner Moura nas cenas mais constrangedoras de sua vida.


Do Lado de Fora, além do péssimo roteiro, ainda apela para os clichês e para as caricaturas ridículas e patéticas do mundo gay, com um dos personagens mais irritantes que apareceu em toda história do cinema nacional. Sem falar que é uma comédia tão sem graça e um dramalhão patético que chega a ser irritante. Uma pena que mais duas merdas, garantam pelo segundo ano, o nosso cinema no pódio dos piores filmes do ano.

ÔNUS TRACK.


Da mesma forma que nenhum dos melhores do ano obtiveram nota máxima, nenhum dos piores do ano obtiveram nota zero, sendo salvos por grandes e ousadas atuações de seu elenco. O único zero redondinho foi para Senhor do Crime filme estrelado por Steven Seagal e outros rostos conhecidos do 15º escalão hollywoodiano. Como essa merda (mais uma para a filmografia do chupeta de baleia canastrão) foi lançada diretamente em home vídeo, ficou de fora da lista dos piores do ano. Mas, um filme tão ruim que conseguiu ser o único lançamento deste ano a ganhar um zero bem redondinho não poderia ficar de fora. Portanto, tem a desonra de inaugurar o nosso ônus track.

Pois é galera, já dizia o grande Capitão Nascimento, "missão dada, missão cumprida". E encerramos mais um ano do nosso blog. Esperamos conta com sua visita, participação e divulgação no próximo ano. Desejo a você e toda sua família meus sinceros votos de um feliz e abençoado ano novo.

Rick Pinheiro.
Cinéfilo alagoano.


terça-feira, 30 de dezembro de 2014

RETROSPECTIVA 2014: O MELHOR DO CINEMA EM 2014.

2014 está chegando ao fim. Particularmente, um ano que não deixa saudades. E percebo que não se trata do pior ano apenas para mim, pois, vejo várias pessoas fazendo o mesmo comentado. Deixando de lado as frustrações e as contrariedades que este ano que já vai tarde trouxe na vida particular, vamos falar de cinema. Na minha humilde opinião, 2014 também não foi o melhor ano para a sétima arte. Tudo bem que não chegou a ser uma merda total (pipocaram filmes com notas entre 8,0 e 8,5), mas, também deixou a desejar na qualidade dos filmes. Tanto que nenhum filme conseguiu ter nota 10 deste blogueiro. Sem falar que foi o ano que perdemos grandes artistas como José Wilker, Hugo Carvana, Robin Williams, Roberto Bolaños, entre outros. Mas, também tivemos coisas boas. Destaque para o nosso cinema nacional que ousou e saiu um pouco da mesmice das comédias bobocas (infelizmente, a modinha parece que não vai acabar tão cedo), investindo em outros gêneros, mas, iniciando outra modinha, as das cinebiografias. Outro ponto positivo que 2014 traz para nós é o fato dos nossos artistas brilharem em produções gringas. Enfim, sem perder tempo, vamos ao que interessa, ou seja, a nossa lista dos melhores e dos piores do ano. Como ocorreu no ano passado, divido-a em duas postagens para que não seja longa e cansativa principalmente para você que nos visita. Obviamente, tenho que lembrar, como faço todo ano, que esta lista não é de um crítico especializado, muito menos de um cinéfilo de preferências mais refinadas e cult, como também que o ditado popular "gosto não se discute" é válido aqui. Portanto, sinta-se a vontade para discordar e, se possível, nos comentários, fazer a sua lista. 

MELHOR TRAILER


Novidade deste ano, este categoria premia justamente o principal instrumento de divulgação de um filme, o seu trailer que pode inclusive influenciar no sucesso ou  no fiasco nas bilheterias. E estreamos a categoria com um representante nacional. Tim Maia tem um dos melhores trailers não somente do ano, mas, já produzido. Cativante, envolvente, contagiante, mesmo àqueles que, passaram décadas no espaço sideral, e chegaram hoje ao nosso planeta, sem saber quem foi o saudoso cantor, se empolgariam e contariam os dias para o filme estrear nas telonas. Com toda honra e mérito, abre com chave de ouro a nova categoria da nossa retrospectiva.

ASTROS DO ANO


Liam Neeson e Jennifer Lawrence arrebentaram com dois ótimos filmes cada um. Mas, em questão de números, nenhum dos dois batem o nosso rolha de poço (ou ex, apesar de até agora não notarmos resultado da cirurgia de redução de estômago que se submeteu) Leandro Hassum que deu as caras em quatro filmes que, vamos dispensar de comentar as qualidades e defeitos que renderia uma postagem imensa. Porém, os três que tinham tudo para ser os astros do ano, não são páreos para grandes interpretações. Ao meu ver, é um feito raríssimo dois ou mais atores dividirem o mesmo personagem e atuarem no tom certo. E não que duas duplas nacionais, convenhamos, não tão conhecidas do grande público, conseguiram este feito? Quem conferiu as atuações de Babu Santana e Robson Nunes em Tim Maia, e de Bianca Comparato Regina Braga em Irmã Dulce, chega a conclusão que se tratam dos mesmos personagens. Na constelação de astros e estrelas que brilharam em 2014, a dobradinha de duplas B e R brilharam mais forte e ofuscaram as demais.

FILMES MAIS FODÁSTICOS DO ANO


Algo inegável é que não faltaram filmes fodásticos esse ano. Tanto que a maioria estão entre os dez melhores do ano, e um bocadinho ficaram de fora. Para não ser repetitivo, irei destaque justamente dois destes, ambos trazendo astros hollywoodianos em personagens fodásticos. Enquanto Denzel Washington arrebenta em O Protetor, Keanu Reeves não fica atrás e arrebenta também em De Volta ao Jogo. Dois filmaços eletrizantes que me surpreenderam e, por isso mesmo, dei um jeito de figurarem aqui na nossa lista.

MENÇÃO HONROSA 2014


Categoria onde destaco aquele filme que conseguiu a proeza de agradar a crítica e a este cinéfilo de gosto mais povão. Admito que este ano assistir bem menos filmes cultuados e de artes. Destes que eu assistir, destaco O Abutre e O Grande Hotel Budapeste. Dois filmes criativos, envolventes, cativantes e com atuações excepcionais. Um empate bem merecido entre filmes que conseguiram o feito de agradar gregos e troianos. 

OS INJUSTIÇADOS


Categoria que eu criei no ano passado para destacar filmes que particularmente eu gostei, mas, ninguém deu a mínima e/ou a crítica massacrou. Este ano deu empate triplo entre O Filho de Deus, Copa de Elite e Pompeia. Que eu sabia, ambos foram fiascos de bilheterias (se eu tiver errado, por favor, me corrija) e receberam críticas negativas, mas, sinceramente, não acho que merecessem. Obviamente que nenhum são obras-primas, mas, na minha humilde opinião, são bons filmes que emocionam, divertem e, particularmente, me agradaram bastante. Por isso mesmo que vieram parar aqui.

O MELHOR EM 3-D


Mais uma dobradinha da Marvel (calma, que só estamos apenas começando). Aqui o empate se deu em dois filmes produzidos por outros estúdios, ambos continuações de franquias fodásticas: X-Men - Dias de um Futuro Esquecido e O Espetacular Homem-Aranha 2 - A Ameaça de Electro, dois filmaços fodásticos que em 3-D nos transportaram para dentro da aventura. Ah, Capitão América - O Soldado Invernal e Guardiões da Galáxia também arrebentaram em 3-D. Não tem para ninguém: os heróis da Marvel dominaram o formato em 2014 e prometem o mesmo no próximo ano. 

CONTRIBUIÇÃO À SÉTIMA ARTE


Peço licença para eleger um fato local. Ao meu ver, a maior contribuição este ano a sétima arte foi a chegada a nossa amada Alagoas da rede Cinesystem. Salas confortáveis, com telas e sons de última geração, diversidade de filmes ofertados, dividindo corretamente entre dublados e legendados, e um atendimento excepcional dos funcionários. Como se isso não bastasse, a rede ainda levou a sétima arte ao interior, inaugurando salas em Arapiraca. Por tudo isso, mais do que merecido o destaque de maior contribuição à sétima arte vai para Cinesystem. Parabéns a todos que a compõem! Nós alagoanos só termos que agradecer. Continuem assim!

OS MELHORES FILMES DO ANO.


Ideias criativas que dão a luz a filmaços fodásticos estão cada vez mais raras. Por isso quando elas aparecem, temos mais é que celebrar. Neste ano, dois filmaços que particularmente sequer ouvia falar, chegaram com tudo e surpreenderam. Além do eletrizante O Abutre, que mereceu um menção honrosa deste ano (e só por isso, eu o retirei daqui) o suspense Garota Exemplar. Pense num filmaço! Consideravelmente mais divulgado e com orçamento maior, No Limite do Amanhã é mais do que uma super-produção estrelada por Tom Cruise, mas, tem conteúdo, além de divertir. Empate merecido inaugurando nosso Top 10.



A macacada não poderia deixar de marcar presença. Entra com méritos de sobra na nossa lista, já que é um filmaço que alia um excelente roteiro e ótimas atuações com efeitos especiais de encher os olhos, conseguindo ser tão bom quanto Planeta dos Macacos - A Origem. O resultado não poderia ser outro: um dos melhores filmes da safra 2014.


8. Divergente


Outro filme que eu não levava fé que acabou vindo parar entre os melhores do ano. Particularmente, bem mais pelo preconceito tanto por ser baseado numa série de livros teen modinhas, como também por esse horrível título. Ainda bem que deixei o preconceito de lado e acabei tendo esta agradabilíssima surpresa. Ano que vem a saga continua. Vamos ver no que vai dar.



O coroa mais fodão dos filmes de ação da atualidade não poderia ficar de fora da nossa lista. Liam Neeson deu as caras em dois filmaços. Destaque para Sem Escalas, uma das maiores surpresas do ano. Com enredo muito bem elaborado, uma ótima atuação de Neeson, que claramente está amando sua nova fase de brucutu, e sequências eletrizantes, o filme desbancou muito que prometiam (como Os Mercenários 3), vindo parar com toda honra e mérito na nossa lista.



Olha eles aqui de novo e juntinhos. Mais um empate entre dois filmaços com heróis da Marvel, só que aqui, em filmes produzidos por outros estúdios. Tanto o cabeça de teia quanto os mutantes mais fodásticos chegaram ao ápice de suas respectivas carreiras nas telonas, com dois filmaços épicos, eletrizantes e fodásticos. De fato, Christopher Nolan fez escola e os heróis da Marvel estão seguindo direitinho a lição. 

5. RoboCop.  


Filme 100% hollywoodiano com diretor brasileiro. Como disse na ocasião, o mestre José Padilha pegou uma batata quente nas mãos em adaptar o clássico oitentista RoboCop - O Policial do Futuro. Sem falar que em Hollywood, pouquíssimos são os diretores que têm a liberdade de tocarem um filme a sua maneira, sem interferência dos produtores, principalmente, sendo iniciante e vindo de outro país. Pois Padilha conseguiu e foi mais além, presenteando a sétima arte com um dos melhores e, por incrível que pareça, mais original remake feito ímpar até hoje. Por isso mesmo que o Robocop de Padilha mesmo não sendo tão memorável como o original, acabou sendo um dos melhores lançados esse ano.



Se no futebol foi um vexame vergonhoso homérico, o nosso cinema e nossos artistas não fizeram feio em 2014. Tanto que a partir daqui a nossa lista vai ficar verde e amarelo e, diga-se de passagem, praticamente um empate entre os quatro primeiros. Começando com a surpreendente cinebiografia Tim Maia, que simplesmente figura também entre os melhores filmes nacionais de todos os tempos, graças a uma competente direção, um roteiro muito bem elaborado que, apesar de não seguir à risca os fatos, com consideráveis doses cavalares da tal da liberdade poética, não compromete. O resultado é um filmaço emocionante, cativante e contagiante. Pena que, mais uma vez, a Rede Globo presta um vergonhoso desfavor ao cinema nacional, exibindo precocemente o filme na próxima quinta e sexta.



Por mais carola que alguém seja, aposto que quase ninguém levava fé na cinebiografia da Irmã Dulce, principalmente, num ano onde, praticamente na mesma proporção, pipocaram cinebiografias nacionais e filmes com temática religiosa. Tinha tudo para ser mais um filme, mas, o fato é que a produção surpreendeu com um roteiro que, assim como Tim Maia, recorre exageradamente a tal da liberdade poética ao invés dos fatos, mas que ganha forças, também como a cinebiografia do rei do soul brasileiro, com o show de atuações de suas protagonistas. Feito sob medida para emocionar, acabou, merecidamente com o bronze dos melhores do ano.



Filme gringo feito no Brasil com 99% do elenco nacional não é novidade. A grande novidade trazida pelo diretor Stephen Daldry foi justamente em adaptar um livro que se passa num país fictício para a nossa realidade, caindo como um luva. Com uma direção de primeira e elenco afiadíssimo, com destaque para os pirralhos protagonistas que simplesmente arrebentam, chegando em alguns momentos a ofuscar os astros nacionais Selton Mello (ótimo) e Wagner Moura (apenas competente, prejudicado por um personagem curto). O filme mais memorável do ano que, só não está entre os primeiros, por apenas três décimos. 


Falando na Marvel, olha ela marcando presença no nosso Top 10. Também não era para menos. Mais um filmaço que mantém o padrão Marvel de qualidade. A nova aventura do mais patriótico herói do grupo Os Vingadores, consegue o feito heroico de superar o original, com um roteiro muito bem elaborado, sequências de ação fodásticas, um climão mais sério que os demais filmes da Marvel, estando bem mais para um filme de espionagem a la Jason Bourne do que um filme de super-heróis dos quadrinhos padrão. Enfim, um filmaço que não somente poderia ficar de fora da nossa lista como, na minha humilde opinião, é o melhor do ano de 2014, empatado tecnicamente com o nosso...

...BONUS TRACK:  


Aposto que você estava me xingando por ainda não ter incluindo a maior surpresa deste ano, um dos filmes mais elogiados por críticos e cinéfilos dos mais variados gosto. Para ser sincero, fiz propositalmente, apenas para manter o suspense. Realmente, 2014 foi o ano da Marvel, e Guardiões da Galáxia sobe ao pódio do nosso filme do ano, junto com o herói embandeirado. Também não é para menos, afinal, estamos falando de um filme que pegou um grupo de heróis dos quadrinhos que só os fãs mais fiéis realmente conhecem e nos presenteiam com um filmaço inovador, criativo e muito, muito divertido. Acha pouco? Os caras conseguem a proeza mais do que heroica de colocar um astro hollywoodiano que a galera gosta para dizer uma só palavra durante todo filme (Vin Diesel). Quer mais? O filme é fodástico com F maiúsuculo, efeitos especiais de encher os olhos, personagens cativantes. Enfim, mais um filme que mantém o padrão Marvel de qualidade e nos deixa ainda mais ansiosos para Os Vingadores 2. Não tem para ninguém: os dois filmes da Marvel desse ano levam o nosso título de melhor filme do ano.

Na próxima postagem, iremos listar os piores do ano. 

Rick Pinheiro.
Cinéfilo alagoano.

FILME DO MÊS: DEZEMBRO/2014.


E chegamos ao final de mais um mês, o último do ano. E com ele, mais uma escolha deste blogueiro como o filme do mês. Sem arrodeio vamos direto ao assunto. Pois bem, geralmente, nem sempre um filme elogiado pela crítica e que chama atenção em festival é do agrado de um cinéfilo com preferências mais povão como este blogueiro que vos escreve. Mas, sabemos desde do primário que toda regra tem uma exceção e isso não vale apenas para a nossa complicadinha língua portuguesa, mas, para tudo na vida. O caso se aplica ao nosso filme do mês, O Abutre. Criativo, envolvente, ousado, sem medo de cutucar  na ferida e com uma excepcional atuação de Jake Gyllenhal, não poderia ter outro resultado: agradar crítica, cinéfilos com gosto mais requintado e do povão. No meio dos blockbusters lançados esse mês, essa pequena obra-prima se sobressai e não somente é o melhor filme do mês como do ano. 

Sobre a merda do mês, terminamos o ano com mais um mês sem nenhuma, apesar de Os Caras de Pau Leandro Hassum e Marcius Melhem, escaparem por pouquíssimas gargalhadas deste título nada honroso. 

Rick Pinheiro.
Cinéfilo alagoano.

sábado, 27 de dezembro de 2014

RECORDAR É REVER: UM DIA DE FÚRIA.

 = Excepcional. /  = Muito bom. /  = Bom./  = Regular. / = Fraco. 

Um Dia de Fúria (Falling Down).
Produção estadunidense e francesa de 1993.

Direção: Joel Schumacher.

Elenco: Michael Douglas, Robert Duvall, Barbara Hershey, Tuesday Weld, Rachel Ticotin, Frederic Forrest, Lois Smith, Raymond J. Barry, entre outros.

Blogueiro assistiu na TV aberta (Globo) e em home vídeo (Blu-ray).

Cotação

Nota: 9,8.  

Sinopse: O pacato cidadão William Foster (Douglas) não está no melhor momento de sua vida. Seu casamento só existe na cabeça dele, já que a esposa além de lhe dar um pé na bunda, recorreu a justiça que concedeu restrição de distância dela e da filhinha deles, sem falar que o cara acaba de levar um pé na bunda também no trampo, e ainda ter que encarar o estresse diário nosso de cada dia numa cidade grande, como trânsito lerdo. O cara  é uma verdadeira bomba-relógio emocional prestes a explodir a qualquer momento. Até que um belo dia isso acontece e surtado, William passa a tocar o terror em quem inventa atravessar o seu caminho, já que o cara só quer ir a casa da ex, que ele jura que é o lar dele, para comemorar o aniversário da sua filhinha. Cabe ao policial veterano Detetive Martin Prendergast (Duvall), justamente no dia da sua aposentadoria, e sua parceira, Detetive Sandra Torrez (Ticotin) correr contra o tempo para impedir que a ira do surtado cause mais ainda mais danos que já causou.

Comentários: Não canso de dizer que o diretor Joel Schumacher, junto com o seu colega John G. Avildsen, são os diretores mais imprevisíveis da história da sétima arte, por terem nas suas respectivas filmografias filmaços fodásticos, verdadeira obras-primas da sétima arte, mas, também bombas homéricas, verdadeiras merdas extraordinárias. No caso de Schumacher, que até hoje é condenado, crucificado, retalhado infinitas vezes pelos fãs do homem-morcego pela presepada que aprontou nos dois últimos filmes da tetralogia Batman, ainda é mais curioso, pois o cara passeia pelos mais variados gêneros. Um Dia de Fúria, disparado, é um dos maiores acertos do diretor. O cara deu sorte de ter em mãos um roteiro muito bem elaborado e criativo ao extremo que além de envolver, empolgar, prender nossa atenção do começo ao fim, nos divertir ainda nos leva a refletir ao caos em que nós, moradores das cidades urbanas.   


Além de tudo isso, o filme serve de terapia para nós. Afinal, quem de nós nunca pensou em chutar o pau da barraca diante de um trânsito caótico, paradíssimo, num dia quente. de uma mosca pentelha zunido nos nossos ouvidos, de um comerciante explorador, dos maloqueiros bandidinhos pé de chinelo que se acham no direito de tomar as coisas que nos lascamos de trabalhar para conseguirmos, do tamanho real de um sanduíche de uma rede de lanchonetes em comparação ao que é mostrado do cartaz, de um seboso neonazista preconceituoso até a alma, de um rico esnobe metido à merda que se acha dono de tudo e de todos? Sabemos que na vida real se fizermos isso, vamos nos ferrar direitinho por nossa rebeldia contra um sistema tão desumano. Ainda bem que a sétima arte nos presenteou com um porra-louca como William Foster para lavarmos a nossa alma de tudo isso que nos aborrece e nos corrói por dentro. 


Esse roteiro espetacular ganha mais força com um elenco afiadíssimo, com atuações memoráveis, com destaque para Michael Douglas que simplesmente arrebenta e brilha na melhor atuação de sua carreira. Quem também não fica atrás é Robert Duvall, com um personagem tão pressionado como o porra-louca do personagem de Douglas, já que é casado com uma esposa chata pra caralho e ainda tem que aguentar uns colegas malas que o detestam, mas, que ao contrário do porra-louca interpretado por Douglas, consegue segurar a onda. 


Um roteiro criativo e muito bem elaborado, apesar de algumas pequenas falhas como o a desnecessária sequência da bazuca e o desfecho do personagem central, somado a um elenco não poderia ter outro resultado: Um filmaço eletrizante e muito, mas muito mesmo, fodástico.Disparado, um dos melhores filmes de todos os envolvidos. Pena que ande tão sumidão das TVs brasileiras abertas e por assinatura. Em síntese, uma verdadeira obra-prima da sétima arte, que o tempo não apagou, e que merece ser descoberta, vista e revista infinitas vezes, sem perder a qualidade.

Rick Pinheiro.
Cinéfilo alagoano.  


 
Trailer.