sexta-feira, 31 de março de 2017

MERDA DO MÊS: MARÇO/2017.


Março foi um mês que tivemos ótimos filmes lançados nos cinemas, sendo até agora melhor mês do ano para nós cinéfilos. Mas, sempre tem um para tentar estragar a boa safra, nesse caso, Personal Shopper. Recordando os tempos em que alguns filmes da extinta franquia modinha A Saga Crepúsculo, a insossa Kristen Stewart volta a estrelar um filme que recebe o nosso fedido título, desta vez, um desperdiço de uma boa ideia num filme que sequer define ao qual gênero pertence. Merecidamente vaiado em Cannes, leva também nossa Merda do Mês.

Rick Pinheiro.
Cinéfilo alagoano.

FILME DO MÊS: MARÇO/2017.


Conforme esperado Logan chegou com tudo e fez bonito. O filme que marca a despedida de Hugh Jackman como o fodão Wolverine vai além do esperado e acaba sendo mais um marco divisório na história das adaptações dos super-heróis dos quadrinhos. Merecidamente, reinou absoluto durante toda mês e tinha tudo para ser o nosso filme de março isoladamente. Mas, a surpresa veio nos minutos finais do segundo tempo, quando Fragmentado chegou com tudo. Marcando a provável e merecida volta por cima do mestre M. Night Shyamalan, o filme traz um atrativo a mais que é a excepcional atuação de James McAvoy que só não leva indicação a prêmios por pura sacanagem ou recalque da galera. Merecidamente empatados como nosso filme do mês, temos até agora, dois dos melhores filmes do ano. 

Rick Pinheiro.
Cinéfilo alagoano.

AVENTURA TEEN MELOSINHA E ANIME VERSÃO HOLLYWOODIANA EM SESSÃO DUPLA DE CINEMA.

 = Excepcional. /  = Muito bom. /  = Bom./  = Regular. / = Fraco. / Coco do Cachorrão= Preciso mesmo dizer?.

O Espaço Entre Nós (The Space Between Us).
Produção estadunidense de 2017.

Direção: Peter Chelsom.

Elenco: Gary Oldman, Asa Butterfield, Carla Gugino, Britt Robertson, Janet Montgomery, B. D. Wong, entre outros.

Blogueiro assistiu na sala 4 do complexo Kinoplex Maceió em 30 de março de 2017.

Cotação

Nota: 6,0.
Sinopse: O visionário Nathaniel Shepherd (Oldman) está realizando seu sonho mais ambicioso: enviar uma pequena tripulação a fim de fundar a primeira colônia em Marte. Mas, com dois meses de viagem no espaço, descobre-se que a comandante da missão, a astronauta Sarah Elliot (Montgomery) está grávida. A chegada ao planeta vermelho coincide com o tempo para o parto, o que acaba rolando, mas, com Sarah partindo desta para uma melhor. Como o bebê não sobreviveria a viagem de volta a terra, toma-se a difícil decisão dele ser criado por lá. Dezesseis anos depois, Gardner (Butterfield) é um adolescente inteligente, mas, entediado com a rotina em Marte, e sua tutora, onde encontra apenas alívio em bate-papo pelo computador com a terráquea Tulsa (Robertson). Seco para conhecer a terra, sua tutora, a cientista Kendra Wyndham (Gugino) convence aos chefões do projeto ao levá-lo a Terra. Ao chegar por aqui, percebendo que nada mudará e ele continuará isolado, Gardner chuta o pau da barraca, vai ao encontro de Tulsa, e juntos caem na estrada.

Comentários: Diz o ditado popular que "onde há fumaça há fogo". E o trailer é claramente percebível que se aplica muito bem aqui.. Pega-se uma premissa original e interessante e transforma na mesmice de um filminho teen meloso atual a ponto de passar a falsa ideia que é mais uma adaptação de algum livro modinha. Assim como o trailer, o filme começa bem e até convence na premissa bobinha, mas, vai se perdendo no caminho, principalmente, a partir do momento em que o personagem sai de Marte e vem para a terra, despencando nos clichês de sempre. Um bom exemplo de como os caras pegam uma ideia original e interessante e cagam geral. Para piorar, o filme é arrastado demais, com uma desnecessária longa duração, o que acaba provocando bocejos e intermináveis olhadas no relógio para ver quanto tempo falta. Não chega a ser totalmente ruim, mas, incomoda o fato de um filme promissor acabar se tornando mais um futuro clássico da Sessão da Tarde (já imagino aquela voz chatinha da locutora dizendo algo do tipo "Ele veio de Marte para encontrar seu grande amor e viver uma grande aventura") descartável e esquecível. Uma pena! Tinha potencial  para ir muito mais além e fazer a diferença.



A Vigilante do Amanhã: Ghost in The Shell (Ghost in the Shell).
Produção estadunidense de 2017.

Direção: Rupert Sanders.

Elenco: Scarlett Johansson, Pilou Asbaek, Takeshi Kitano, Juliette Binoche, Michael Pitt, Chin Han, Peter Ferdinando, Rila Fukushima, entre outros.

Blogueiro assistiu na sala 5 do complexo Kinoplex Maceió em 30 de março de 2017.

Cotação

Nota: 6,5.
Sinopse: Adaptação live-action do anime noventista Ghost in The Shell, que por sua vez é uma adaptação de um mangá. A trama se passa  no futuro, precisamente em 2029, época onde boa parte da humanidade algum implante cibernético, e acompanha a fodona Major (Johansson), uma androide perfeita, aparentemente a primeira da sua espécie, que tem seu cérebro transferido para um corpo totalmente cibernético, sendo a melhor do esquadrão de elite especializado em  combater o crime e colocar ordem no lugar.

Comentários: Contrariando a teoria do palhaço-deputado Tiririca que "pior que tá não fica" os caras por aqui, mais uma vez, sapecaram um título ridículo, ao invés de simplesmente manter o título original sem traduzi-lo. Se no anime de 1995 colocaram o tosco título, mas, engolível, O Fantasma do Futuro, agora, cagaram pesado e colocaram esse tosco A Vigilante do Amanhã. colocando o título original sem tradução como sub-título. Aguardado por muitos, sobretudo os fãs em que a obra se baseia, o filme tem todo climão e visual que remete ao clássico Blade Runner, com pitadinhas de Matrix, com Johansson mais uma vez mandando super-bem, provando que não é a toa que é a musa da nerdice. Mas, tudo ser perde com um roteiro engessado, preguiçoso, que não sai do lugar comum da ação descerebrada, ficando apenas na tentativa, com uma história que até prometia mas a falta de ousadia criativa e algumas consultas tanto aos mangás como ao anime poderia ter feito uma grande diferença. Competente na parte técnica, com uma protagonista engajadíssima, fica só na boa intenção. Legalzinho e nada mais além disso.


Rick Pinheiro.
Cinéfilo alagoano. 

quinta-feira, 30 de março de 2017

TOP 10: MOMENTOS MARCANTES DO WOLVERINE NAS TELONAS.

No começo do mês chegou aos cinemas Logan, filme que marca a despedida de Hugh Jackman na pele do mais fodástico dos mutantes do universo Marvel dos X-Men. Caindo de paraquedas no personagem, hoje é impossível imaginarmos outro ator interpretando o feroz mutante que Jackman, que nesses quase dezessete anos e em oito filmes deixou sua marca e entrou para o seleto rol de atores imortalizados ao darem vida um herói dos quadrinhos. Para marcar essa despedida e prestar um simples, mas, sincera homenagem ao ator (e por tabela ao nosso Isaac Bardavid, que dar voz ao mutante na dublagem brasileira muito antes de Jackman sonhar em pegar o papel) queimei um monte de neurônios, revi todos os filmes da franquia X-Men, a fim de elaborar esta lista com os dez momentos mais marcantes do Wolverine nas telonas. O critério utilizado, além da memória afetiva (motivo pelo qual você pode discordar comigo e sugiro até que elabore a sua lista, algo que adoraria apreciar), é de listar sequências específicas onde personagem brilha isoladamente, o que acabou tirando da nossa lista alguns momentos marcantes, com a inesquecível e fodástica cena em que Mercúrio salva a pátria durante o resgate de Magneto em X-Men: Dias de Um Futuro Esquecido, e as diversas roubadas de cenas da X-23, interpretada pela excelente e promissora Dafne Keen, em Logan. Enfim, mais rápido que o fator de cura do mutante fodão, vamos a nossa lista. 

10. Surgimento do herói - X-Men Origens: Wolverine.


Já começo a lista polemizando com uma sequência do filme mais malhado da franquia dos mutantes (diga-se de passagem com razão). Por mais que o primeiro filme solo do personagem seja repleto de defeitos, impossível não reconhecer as pouquíssimas qualidades, como na sequência em que o herói sofre o processo de ter injetado no seu corpo o Adamantium líquido, transformando-o na máquina letal indestrutível que conhecemos. Sequência bem visceral que abre bem a nossa lista.

9. Convite recusado antes mesmo de ser feito - X-Men: Primeira Classe


Uma sequência rapidíssima (acredito que no máximo são dez segundinhos), sem ação nenhuma, mas, que acabou marcando pelo bom humor. A ponta que Jackman faz como o personagem em X-Men: Primeira Classe é divertida, engraçada, e de tão inesquecível acabou desbancando da nossa lista algumas sequências de ação fodásticas como o confronto entre o mutante e Mística no primeiro X-Men e com Lady Letal no segundo filme. 

8. Passeando no meio da guerra - X-Men: O Confronto Final.



Outra sequência inesquecível pelo bom humor, mas, aqui com ação frenética, a primeira em o personagem aparece no terceiro (e também malhadíssimo) filme da franquia. No meio de um caos de uma puta batalha apocalíptica, o nosso mutante favorito está de boa, tranquilão, acendendo seu charuto, e resolvendo a questão num piscar de olhos. É bem verdade que depois sabemos que trata-se de um treinamento rotineiro com os alunos. Mas, não tira o mérito de marcar presença na nossa lista.

7. Marcando presença em todas as guerras / Perseguição ao mutante recém-criadoX-Men Origens: Wolverine.




Nosso primeiro inevitável empate é entre duas sequências justamente do malhadíssimo quarto filme da franquia e primeiro solo do personagem. Como disse acima, mesmo com tanto defeitos, principalmente no roteiro, impossível não reconhecer que tanta a sequência fodástica dos créditos inicias onde o nosso herói marca presença em várias guerras como também a sequência que ele é perseguido após se refugiar numa fazenda, acolhido por um casal de idosos que a bandidagem manda para a terra do pé-junto, são momentos fodásticos do personagem. E digo mais: sobre a última a gente até perdoa o final bem clichê  de filmes de ação, com o herói passeando em câmera lenta tranquilão com uma puta explosão bem atrás. 

6. Velho Logan X X-24 - Logan


Nossa lista prossegue do mais malhado para o mais aclamado. A primeira sequência do novo filme a entrar na nossa lista traz o embate entre o nosso herói com uma versão mais nova. É bem verdade que a gente já tinha visto Wolverine x Wolverine no primeiro filme da franquia (no caso, era a Mística querendo confundir a cuca dos outros X-Men e a nossa), mas aqui a porra realmente fica séria e o resultado são duas sequências de lutas fodásticas (particularmente, o primeiro embate é mais impactante) que não poderiam ficar de fora da nossa lista. 

5. Saindo na porrada num ringue ilegal - X-Men: O Filme. / Dando uma lição em um bando de ladrãozinhos safados - Logan.



Nosso segundo e último empate na nossa lista são entre duas sequências que nos apresentam o personagem. É bem verdade que esperávamos mais da luta no ringue ilegal entre o nosso herói e um idiota metido a machão que levou tromba, mas, ao vermos nas telonas pela primeira vez Wolverine em carne e em osso, impossível não ficarmos impactados. Da mesma forma que fomos impactados recentemente com o velho Logan, humanizado, debilitado, mas, ainda fodão, dando uma lição em um grupo de ladrãozinhos fuleiros, mostrando logo de cara que, finalmente, temos o Wolverine extremamente violento dos quadrinhos.  Empate justíssimo entre duas entradas fodásticas do personagem. 

4. Porradaria em cima do trem bala em movimento - Wolverine Imortal


O segundo filme solo do personagem tem uma mudança significativa em relação ao primeiro, apesar de ainda dividir opiniões tanto da crítica como dos fãs. Mas, é inegável que é um filme recheadíssimo de sequências fodásticas (nosso mutante querido incrivelmente fodidão, encarando Yakuza, ninjas, o Samurai de Prata, o caralho a quatro em pleno Japão). Particularmente, de tantas que o filme oferece, a que mais me marcou foi a porradaria rolando em cima de um trem bala em movimento. Porra-louquice total a la Velozes & Furiosos que logo que pensei nessa em elaborar essa lista veio logo em mente.

3. Invasão da Mansão-Escola do Professor Xavier - X-Men 2


Se no primeiro filme da franquia, Hugh Jackman roubou a cena, no segundo ele brilhou ainda mais. Com um roteiro muito mais centralizado no mutante fodão, mas, sem deixar de dar um ótimo espaço e desenvolver outros personagens (algo que franquia se perdeu depois daqui), temos a primeira amostra do Wolverine selvagem fodão que conhecemos na sequência em que um grupo militar liderado pelo arqui-inimigo do herói invade a Mansão-Escola, com puta violência, sem dó, nem piedade, tocando o terror e capturando a pirralhada mutante. Com um animal selvagem que parte para cima de quem inventa de mexer com suas crias, Wolverine botar para lascar em cima do exército, numa sequência que para mim, até o ano passado, era primeiríssima lugar das mais inesquecíveis e fodásticas do personagem nas telonas. 

2. Ferrando com um exército de mercenários no meio de uma puta tremedeira - Logan


Sequência do novo filme que já chegou causando impacto e marcando, a ponto de desbancar outras sequências já clássicas do personagem. Muito bem feita tecnicamente, ver o selvagem mutante em câmera lenta, devagar, quase parando, mas, sem deixar de ferrar com o grupo de mercenários que estão para capturar seu velho amigo Professor Xavier e a pirralha novata em sua vida X-23 é uma sequência tensa, fodástica, que nos deixa de queixo caído. Muito foda mesmo! Não é a toa que fica merecidamente com a nossa prata.

1. A fera está solta! - X-Men: Apocalipse.


Encerro a nossa lista da forma que encerrei: causando polêmica. De tanta sequências fodásticas que Jackman encarou na pele do fodástico mutante, tanto nos filmes do grupo, como nos solos, quem diria que o nosso primeiro lugar ficaria justamente com uma ponta não creditada. Mas, de toda pirotecnia do último filme do grupo de mutantes, a cena que realmente me marcou a ponto de lembrar até hoje, que me fez pular na cadeira do cinema de tanta empolgação, foi justamente a pequena aparição do mutante, encarando sozinho um exército, bastante feroz e violento, já nos dando o gostinho de como seria sua despedida nas telonas. Tão impactante e fodástica que tão logo em tive a ideia de fazer a lista, foi a primeira que veio disparada na minha memória. Por esse motivo e por ainda me deixar empolgado toda vez que lembro e revejo que fica com o nosso ouro. 

BÔNUS: Mutante tagarela usando o rosto de Hugh JackmanDeadpool.


Apesar de ser uma postagem só com os momentos fodásticos de Hugh Jackman como Wolverine nas telonas, impossível não lembrar da hilária sequência onde o porra-louca figuraça Deadpool usa uma foto do rosto do ator para esconder sua cara feiosa deformada. Uma hilária e criativa brincadeira, e também uma homenagem ao astro. Sabemos que tanto Ryan Reynolds como os roteiristas e produtores adorariam que Jackman aparecesse no segundo filme do mutante tagarela, o que pode acabar rolando, não como Wolverine, mas, com o ator interpretando a si próprio. Tomara que realmente venha acontecer até para temos um encontro digno à altura dos atores e dos respectivos personagens, já que a primeira vez dispensar comentários.


Rick Pinheiro.
Cinéfilo alagoano, já sentido falta de Hugh Jackman como Wolverine.

quarta-feira, 29 de março de 2017

RECORDAR É REVER: AS SETE VAMPIRAS.

 = Excepcional. /  = Muito bom. /  = Bom./  = Regular. / = Fraco. / Coco do Cachorrão= Preciso mesmo dizer?.

As Sete Vampiras.
Produção brasileira de 1986.

Direção: Ivan Cardoso.

Elenco: Nicolle Puzzi, Nuno Leal Maia, Andréa Beltrão, Simone Carvalho, Léo Jaime, Colé, Ariel Coelho, Zezé Macedo, Ivon Cury, Wilson Grey, Suzana Mattos, Pedro Cardoso, Lucélia Santos, Carlo Mossi, Johnny Herbert, Tião Macalé, Dedé Santana, Neuzinha Brizola, André Felipe, João Penca e Seus Miquinhos Amestrados, entre outros.

Blogueiro assistiu na TV aberta (Rede Manchete) e por assinatura (Canal Brasil), e no notebook.

Cotação

Nota: 8,5

Sinopse: O cientista Fred Rossi (Coelho) inventa de importar uma planta carnívora para fazer experiências. Só que ele acaba se fodendo, pois, a danada o devora, e posteriormente, fere sua esposa, Sílvia (Puzzi). Desde então, Sílvia se isola numa deprê, até que um belo dia, recebe o convite do amigo, Rogério (Herbert), dono de uma boate que vai mal das pernas, para que ela monte um espetáculo, o que ela acaba topando. Mas, os estranhos assassinatos que vem rolando na cidade, que o atrapalhado policial Pacheco (Colé) acredita que seja obra de um vampiro, acaba chegando a funcionários da boate. Desesperada por quase ser uma das vítimas, a dançarina Ivete (Carvalho) contrata os serviços do detetive particular Raimundo Marlou (Maia), para decifrar o mistério macabro.

Comentários: No final da primeira metade dos anos 1980, o sub-gênero terrir bombou em Hollywood, com uma safra de ótimas produções, que renderam milhões nas bilheterias mundo a fora. Muita gente não sabe, mas, muito antes desta febre, o diretor brasileiro Ivan Cardoso já era considerado o mestre do terrir, pois já fazia uma mistureba entre os gêneros da comédia e do terror em toscas produções. E por isso mesmo, ele não poderia ficar de fora, e no meio da modinha, lançou essa produção, contando com um grande elenco, mesclando atores veteranos das clássicas chanchadas, outros da pornochanchadas setentistas e oitentistas, alguns em começo de carreira, e várias participações especiais, com direito até uma ponta não creditada do eterno trapalhão Dedé Santana (Curiosamente, sua esposa na época, a sumidona Suzana Mattos, estreou nesse filme, por indicação do próprio trapalhão, que tinha no elenco, o seu tio, o saudoso e impagável Colé). Temos aqui um daqueles curiosos casos na sétima arte em que um filme fere violentamente o princípio da não-contradição da lógica aristotélica (duas afirmações contraditórias não podem ser verdadeiras ao mesmo tempo), ou seja, uma produção que é ruim e ao mesmo tempo é boa. Explico. 

As Sete Vampiras é assumidamente um filme ruim que faz uma paródia trash de vários clássicos do gênero do terror, com uma história fraquíssima, num roteiro ruim que dar dó. Mas, o que deveria ser o maior defeito do filme, acaba sendo seu grande mérito já que por si só não se leva a sério, o que nos deixa a vontade para também não levar, desligando qualquer bom senso crítico, e embarcando na diversão que o mestre Ivan Cardoso nos presenteia, conduzindo com maestria o talentosíssimo elenco que tem à disposição, que também embarca na brincadeira e claramente está se divertindo até bem mais do que nós, meros espectadores. O resultado é um daqueles filmes ruins que nos conquista logo de cara e não temos vergonha de dizer que amamos, que nos provoca boas gargalhadas de tão tosco que é. Em síntese, uma divertidíssima e clássica pérola trash do nosso cinema, que consegue ser bem mais engraçada e melhor que a maioria das comédias tupiniquins produzidas ultimamente. Assista e tire suas próprias conclusões.

Rick Pinheiro.
Cinéfilo alagoano. 

O veterano Nuno Leal Maia e Andréa Beltrão em comecinho 
de carreira, a frente de um elenco estrelar.

 
A eterna Escrava Isaura da telinha, Lucélia Santos e 
o saudoso Ivon Cury, são apenas dois dos vários 
grandes atores em pequenas participações.

 
O atual  D. João VI da nova novela das seis, Léo Jaime, 
além de cantar a música-tema, também participa do elenco. 

Trailer. 

Filme completo.