quarta-feira, 27 de junho de 2012

A MAIS NOVA BIZARRICE DE BURTON E DEEP.

Oitavo filme da bem sucedida parceria traz Johnny Deep como vampirinho camarada.

Já fazem espantosos vinte e dois anos da parceria entre o genial diretor Tim Burton e o excepcional ator Johnny Deep, que interpretou os personagens mais bizarros de sua carreira. Sombras da Noite, filme que assistir online na madrugada de segunda para terça, não foge à regra e traz o ator como Barnabás Collins, um nobre mulherengo em 1752, que é amaldiçoado e transformado em vampiro, após rejeitar Angelique (Eva Green), uma ex-peguete que é uma bruxa,   e se apaixonar verdadeiramente por Josette (Bella Heathcote). Dois séculos depois, nos anos 70, Barnabás reaparece na sua mansão, onde reside seus descendentes e acaba se apaixonando pela recém-chegada governanta Victoria (também interpretada por Heathcote), que é a cara, cagada e cuspida, da sua amada. Mas, Angelique está vivinha da Silva, infernizando os Collins e não deixará barato a volta do seu ex-amado.

Inspirado numa série televisiva, o filme decepciona bastante, por um roteiro fraquinho, que deixa muito à desejar. Apesar de não ser o melhor filme da parceria Burton e Deep, Sombras da Noite tem seus méritos e alguns  momentos divertidos e realmente engraçados, como também a presença do estilo gótico e bizarro de Burton. Vale a pena conferir para ver Deep, dando mais um show de atuação, com mais um personagem ímpar e bizarro. Nota 6,5.

Rick Pinheiro.
Cinéfilo.

RECORDAR É REVER: EDWARD MÃOS DE TESOURA.

Estreia da bem sucedida parceria entre o diretor Tim Burton e o ator Johnny Deep é disparado o melhor filme da dupla.

A primeira vez é inesquecível. Esta frase se aplica perfeitamente ao excepcional Edward Mãos de Tesoura, filme de 1991, que marca a estreia da dobradinha de sucesso Tim Burton - Johnny Deep. Com um roteiro criativo e muito bem desenvolvido, Burton embalado pelo sucesso do primeiro Burton, nos apresenta uma belíssima, comovente, emocionante e envolvente fábula moderna. Na trama, uma vendedora da Avon interpretada por Dianne Wiest, descobre Edward sozinho num castelo, após a morte do seu criador, vivido pelo saudoso Vincent Price (1911-1993), em seu último filme, e o leva para morar com sua família. Inicialmente, a estranha criatura faz um imenso sucesso dando um grau em árvores e  na cabeleira da vizinhança, e de quebra, nutrindo uma paixão pela jovem Kim (Winona Ryder, linda e com ótima atuação), filha da mulher que lhe acolheu. Mas, a paz dos pombinhos e a própria existência de Edward é ameaçada, quando o namorado ciumento da moça (Anthony Michael Hall, na melhor atuação de sua carreira), resolve infenizar, provocando a ira dos populares.

Com um enredo muito bem escrito que ganha mais força com atuações memoráveis, principalmente de Deep,totalmente irreconhecível debaixo de gótica maquiagem, com uma perfeita química com Ryder, e uma trilha memorável, Burton nos presenteia com um filmaço inesquecível, uma verdadeira obra-prima moderna. Sensível, tocante e emocionante, Edward Mãos de Tesoura é disparado o melhor filme da dupla Burton e Deep e que o tempo não apagou. Para ser visto e revisto. Nota 10,0.

Rick Pinheiro.
Cinéfilo.



SEAGAL DETORNANDO EM ALTO ESTILO.

Filme exibido ontem no SBT surpreende por trazer o canastrão em perfeita forma física.


Atualmente estrelando filmes de ação classe "z" lançados diretamente em home vídeo e vergonhasamente fora de forma bem ao estilo do nosso Ronaldo Fenômeno, o mestre em artes marciais, mas péssimo ator Steven Seagal arrebentou nos seus primeiros filmes, produzidos pelo estúdio Warner, entre eles, o interessante Difícil de Matar, exibido ontem no SBT. Em seu segundo filme, Seagal "interpreta" (força de expressão é claro) o policial Mason Storn, que em 1983, investiga um político corrupto. Ao saber que Storn gravou uma fita que o compromete, o safado manda uns bandidões detornarem com o policial e sua família, onde os caras detornam sua esposa e o coloca em coma por longos sete anos, até que um belo dia, do nada, Storn acorda e parte para a lascar na porrada os bandidões e rever o seu filho, com a ajuda da belíssima enfermeira Andy Stewart (a eterna Dama de Vermelho e Mulher Nota 1000, Kelly LeBrock, na época casada com Seagal, e tão canastrona quanto ele).

O filme é um típico policial de ação classe "B", com roteiro razoável, péssimas atuações, mas, com Seagal em perfeita forma, arrebentando nas sequências de ação. Dar gosto ver Seagal em ação, com coreografias de lutas tão diferenciadas do convencional, e rir bastante com a tosca sequência que seu personagem sai do coma, remexendo patéticamente os olhos. Em síntese, um filminho de ação que agrada aos fãs do gênero. Nota 7,0.

Rick Pinheiro.
Cinéfilo.




RECORDAR É REVER: QUADRILOGIA ALIEN.

Franquia estrelada por Sigourney Weaver está entre as melhores do gênero ficção científica.

Quatro diretores, cada um deixando a sua marca. Este feito inédito é uma das características da quadrilogia Alien, simplesmente uma das melhores do gênero de ficção científica. Outro ponto positivo é a presença de sua estrela, Sigourney Weaver, que simplesmente deu um show de atuação, principalmente nos três primeiros filmes, na pele de Ripley, a moça durona que encarar as temíveis criaturas do espaço com ácido no lugar de sangue, num futuro não muito distante. Cada um dos filme tem características próprias, refletindo a visão dos seus respectivos diretores, três deles ícones de sétima arte praticamente em começo de carreira. Efeitos especiais de primeira, uma criatura muito bem feita que mete medo até no fodástico Chuck Norris e enredos muito bem elaborados são outras características que fazem a quadrilogia Alien encabeça a  lista dos melhores da ficção científica. Sem perder tempo, vamos aos comentários

"Seu grito não será ouvido no espaço!" Esta frase estampada no cartaz de Alien, O 8º Passageiro (1979) já preparava o expectador para o que estava por vim, uma verdadeira obra-prima do cinema. Dirigido por um quase estreante Ridley Scott (antes só tinha dirigido Os Duelistas, dois anos antes), que conduz com maestria um filmaço que dosa perfeitamente ficção, suspense e terror, a trama gira em torno de um tripulação que viajando de volta a terra, recebe estranhos sinais vindo de um asteroíde. Após investigarem, um dos tribulantes, Kane (John Hurt, excepcional) é atacado no rosto por uma estranha criatura, que tempo depois se desprende sozinha dele. Tudo parecia voltado ao normal, até que Kane tem um ataque durante a refeição e a tribulação descobre que ele foi hospedeiro de uma estranha e terrível criatura do espaço. Inicia-se uma asfixiante luta pela sobrevivência da tribulação.

Com um enredo muito bem escrito, que ganha força com um elenco afiadíssimo e efeitos especiais bem caprichados para a época, Alien, O 8º Passageiro tem todo climão de terror e suspense, que prende a nossa atenção e nos envolve do começo ao fim. Mas, sem sombra de dúvida, o grande mérito do filme é ter o genial Ridley Scott como diretor que nos presenteia com uma verdadeira obra-prima do gênero e de quebra, um dos filmes mais assustadores de todos os tempos. Em síntese, um filmaço excepcional que o tempo não apagou e até hoje insuperável. Nota 10,0.



Com o estrondoso sucesso de Alien, O 8º Passageiro, uma continuação era inevitável e para surpresa dos mais céticos, fomos presenteados por outra obra-prima: Aliens, O Resgate, dirigido desta vez por outro gênio da sétima arte, James Cameron, apenas no seu terceiro filme (o tosco mas divertido Piranhas 2: Assassinas Voadoras e o clássico O Exterminador do Futuro), pela primeira vez trabalhando com um orçamento milionário. Se Cameron surpreendeu o mundo com um fodástico filme estrelado por Arnold Schwarzenegger com orçamento bem reduzido, em Aliens, simplesmente mostrou toda sua genialidade. A trama se passa cinquenta e sete anos depois após a trama do primeiro filme, como Ripley acordando de um soninho básico e descobrindo que o tal lugar onde a tribulação da Nostromo foi colonizado. Sem nenhum sinal de vida dos colonos, a cooporação responsável por essa burrada, resolve mandar um equipe de soldados fodásticos, armados até os dentes, para averiguar está acontecendo e convencem Ripley de ir junto. O que a tropa de elite espacial não contava é que se meteriam numa guerra contra inimigos

Aliens, O Resgate surpreende em todos os sentidos, sendo um filmaço tão bom quanto original (para mim, ligeiramente melhor), com muito mais ação, sem perder o climão de suspense e terror, graçaos um roteiro muito bem escrito. De mocinha que tem que encara um monstrengo de calcinha para sobreviver, Ripley torna-se um Rambo do espaço e de saia, característica tão bem captar por Weaver que, merecidamente, lhe valeu uma indicação ao Oscar de Melhor Atriz. Convocando quase todo elenco coadjuvante do clássico O Exterminador do Futuro, e com efeitos especiais de primeira, Cameron deita e rola nos presenteando com uma obra-prima do gênero, que à exemplo do seu antecessor, encabeça a lista dos melhores filmes de todos os tempos. Nota 10,0 é pouca para este clássico que também o tempo não e até hoje continua insuperável.



Em 1992, é a vez de outro genial diretor em seu primeiro filme, assumir a batuta de um filme da bem sucedida franquia em Alien 3. Na trama, após vagar décadas no espaço, a nave que transporta os três únicos sobreviventes do filme anterior, cai num sórdido planeta que abrigar uma colônia penal, onde apenas Ripley sobrevive. Mas, a moça não está sozinha já que a terrível e horrível criatura veio com ela e começa atacar todo mundo, exceto, Ripley, que no decorrer da trama descobrimos o porquê. Apesar de manter o mesmo climão de suspense, terror e ação dos seus antecessores, e de uma atuação excepcional de Weaver, que, corajosamente, raspa a cabeça, Alien 3 reduz um pouco o bom nível da franquia, com um roteiro que deixa um pouquinho a desejar. Mesmo assim, o então estreante Fincher também deixa sua marca pessoal na franquia e nos presenteia com outro filmaço empolgante e envolvente. Nota 9,5.



A franquia tinha tudo para se encerrar com chave de ouro se os produtores não inventassem de fazer mais um filme, em 1997, o vexatório (em comparação aos três antecessores) Alien,  A Ressurreição. A trama se passa duzentos anos depois do filme antecessor, com a maquiavélica cooperativa clonando Ripley, com intenção de tentar recriar e domésticar a terrível criatura. Só que neste processo, o DNA da criatura se mistura com a Rambo de saia do espaço, que volta terrívelmente tosca e com uma estranha relação com as criaturas, que voltam à detornar com os seres humanos, entre eles, interpretados por Winona Ryder, que divide o protagonismo com Weaver e Ron Perlman, o eterno Hellboy. Dirigido pelo estreante Jean-Pierre Jeunet, o filme até que não é totalmente ruim, e tem seus méritos. Mas, em comparação aos seus antecessores apanha feio, com um roteiro que deixa muito a desejar. Não é nenhuma obra-prima como os três primeiros, mas, também não é nenhuma porcaria. Nota 7,5.



A terrível criatura ainda apareceu mais duas vezes nos dois divertidos, porém, desnecessários e totalmente inferiores as suas franquias originárias Alien x Predador, que coloca para brigar os dois alienígenas mais famosos do estúdio Fox. Dirigido e escrito por Paul W. Anderson, que abriu mão de dirigir o segundo filme da sua bem sucedida franquia Resident Evil, o primeiro filme, produzido em 2004, a trama se passa no tempo presente, onde um grupo de pesquisadores descobrem uma pirâmide sub-terrânea na Antártida, que eles não sabem estão habitadas pelas terríveis criaturas do espaço. Para salvá-los e ao mesmo tempo detonar com eles, surgem os terríveis predadores. Respeitando a mitologia das duas franquias, o filme consegue surpreender e ser melhor do que o esperado, com uma trama satisfatória que convence. Apesar de ser inferior as duas franquias, cumpre direitinho sua função de diversão bobinha e descerebrada.



Já o segundo filme, de 2007, se passa logo após os eventos do primeiro, só que numa cidadezinha do interior dos Estados Unidos, com as terríveis criaturas aliens tocando o terror e fugindo da nave dos predadores predador sobrevivente corre contra o tempo para combater as terríveis criaturas e quem acaba se lascando com a briguinha dos dois E.T.s são os seres humanos, entre eles a gatíssima Reiko Aylesworth, mais conhecida por aqui com a personagem Michelle Dessler, a esposa de Tony Almeida no já saudoso seriado 24 horas,  fazendo às vezes de Ripley. Dirigido pelos ilustres desconhecidos irmãos Colin e Greg Strause, o filme não consegue repetir a qualidade do seu antecessor, numa trama simplória, nada convincente, num roteiro fraquinho, sem aprofundamento, bastante genérico, que não faz jus a nenhuma das duas franquias, desperdiçando o potencial dos personagens fodásticos espaciais que tanto amamos. A fotografia escuríssima é outro ponto que só piora as coisas. Não chega a ser uma merda, mas, também não é grande coisa. Descartável e esquecível. Nota 7,5 para o primeiro e 3,5  para o segundo.



Criaturas medonhas fodásticas que tanto amamos
se estranhando em dose dupla.

Rick Pinheiro.
Cinéfilo alagoano.

quinta-feira, 21 de junho de 2012

NÃO CUMPRINDO O QUE "PROMETHEU".

Diretor de Gladiador volta ao gênero que impulsionnou sua carreira.

Em 1979, o diretor Ridley Scott, apenas no seu segundo filme, revolucionou o gênero da ficção científica com o filmaço Alien: O 8º Passageiro. Trinta e três anos depois, Scott volta ao gênero que impulsionou com Promettheus, filme que assistir no final da noite de ontem, na sala 3 do Complexo Kinoplex. Ambientado no mesmo universo daquele fodástico filme estrelado por Sigourney Weaver, a trama de prometeu gira em torna de um grupo de exploradores intergaláticos que vão a um misterioso planeta, em busca de respostas para a velha dúvida de nossas origens e acabam encontrando o inesperado. O filme tem o mesmo climão de Alien, e rende até alguns bons momentos. Mas, se perde com um roteiro chatinho e arrastado. E a decepção ainda é maior por faltar ousadia ao genial Scott, que nos apresenta um filme que poderia ser dirigido por qualquer diretor em começo de carreira. Mais um filme que a crítica amou e eu não gostei muito. Nota 6,5.



Rick Pinheiro.
Cinéfilo.

terça-feira, 19 de junho de 2012

TÉDIO PSICOLÓGICO.

Um Método Perigoso traz à torna atração fatal na história da psicanálise.

Diretor de filmes ousados e criativos, que agradam cinéfilos de gosto mais populares como Scanner: Sua Mente Pode Destruir, Na Hora da Zona Morta, A Mosca, entre outros, o diretor David Cronenberg decepciona este blogueiro com o entendiante e chatinho Um Método Perigoso, filme em cartaz em Maceió no Cine SESI e Cinema Lumière, e que acabo de assistir online, diga-se de passagem, com uma excelente qualidade de imagem e legenda. A premissa é até interessante, ao trazer uma interessante e até então cordial relação entre  Carl Jung (Michael Fassbender) e Sigmund Freud (Viggo Mortensen), no começinho da psicanálise. Jung começa a aplicar os métodos de Freud na paciente Sabina Spielrein (Keira Knightley) e até consegue curá-la, mas, faz a merda de se envolver com ela, o que aparentemente foi o estopim para relação dos pais da psicanalise ser abalada, a ponto de torná-los rivais.

A crítica amou Um Método Perigoso, pois só encontro elogios rasgados, mas, este cinéfilo do povão, com preferências simples e nada cabeça, achou o filme uma merda, sem ritmo, entediante, chato para caramba. Salva-se apenas a excelente direção de arte e figurinos, que retratam fielmente a época que a trama se passa, a humanização dos mitos da psicanálise e as ótimas atuações de um elenco competente, com destaque para Fassbender (o Magneto de X-Men - Primeira Classe) e Mortensen, em sua terceira parceria com diretor e que, merecidamente, foi indicado ao Oscar deste ano como Melhor Ator Coadjuvante. Fora isso, um  filme chatíssimo, que deve agradar aos cinéfilos mais cabeça e com gosto mais refinados, que curtem um tipo de filme que eu chamo carinhosamente de "bunda". Nota 0,5 apenas pelos pontos positivos citados. É "Freud" perder meu tempo assistindo uma merda dessa.



Rick Pinheiro.
Cinéfilo.

segunda-feira, 11 de junho de 2012

RECORDAR É REVER: E.T - O EXTRATERRESTRE.

Emocionante clássico dirigido por Steven Spielberg, completa hoje trinta anos do seu lançamento.

Como o tempo passa depressa. Hoje, meu primeiro filme hollywoodiano que assistir no cinema, o clássico E.T. - O Extraterrestre, completa trinta anos de seu lançamento nos cinemas norte-americanos (na época, o filme só estreiou por aqui, no natal daquele longínuo ano de 1982). Tenho um carinho especial por este filme, que assistir com meu pai na tela do saudoso Cinema São Luiz, no Centro de nossa capital alagoana, que está na lista dos cinco melhores filmes que eu assistir em toda minha vida. Todo mundo conhece a trama deste filmaço, que inexplicável e absurdamente anda sumidíssimo da programação televisiva brasileira, mesmo tendo sido exibido pouquíssimas vezes, mas vale a pena relembrar.

Um extra-terrestre chega ao nosso planeta e de cara tem que fugir de agentes do Governo, indo parar numa casa de uma família, sendo encontrado pelo filho do meio Elliot (Henry Thomas, excepcional). O garoto faz amizade com o ser e aos poucos, seus irmãos Michael (Robert Naughton) e a figuraça Gertie (Drew Barrymore, roubando a cena, com um show e melhor atuação de sua carreira, mesmo com apenas cinco anos de idade),  descobrem e acolhem o inusitado visitante. Só que os tais agentes do Governo, liderados por Keys (Peter Coyote), descobrem que a família acolheu o visitante inter-planetário, e Elliot, juntos com seus irmãos e amigos (um deles interpretado por C. Thomas Howell, o protagonista da comédia teen oitentista Admiradora Secreta), farão de tudo para proteger o visitante.

Com um roteiro muito bem escrito, o mestre Spielberg nos presenteia com uma verdadeira obra-prima da sétima arte, com um filme empolgante, divertido e emocionante, com um elenco afiadíssimo e uma  excepcional trilha do mestre John Williams. Um filmaço tão bem realizado, repleto de sequências antológicas e  inesquecíveis, agradou aos membros da Academia, que indicou o ao Oscar em nove categorias, incluindo Melhor Filme (perdeu injustamente para o também excepcional Gandhi), premiado com quatro estatuetas: Melhor Trilha Sonora, Melhor Efeitos Especiais, Melhor Efeitos Sonoros e Melhor Som. Também injusta a não indicação para os pirralhos Henry Thomas e, principalmente, a fofinha e ladra de cena, Drew Barrymore, pelas suas surpreendentes atuações. Mesmo sendo tão novinhos, a dupla de pirralhos arrebenta e ofusca todo o elenco adulto.

Sensível, emocionante, cativante, divertido e empolgante, E.T. - O Extraterrestre é uma obra-prima da sétima arte, que o tempo não apagou e  jamais apagará, e que precisa ser descoberta pela nova geração. Filmaço obrigatório na coleção de todos os cinéfilos e disparado o melhor filme da excepcional filmografia do mestre Spielberg. Para mim, junto com O Garoto de Charles Chaplin, é o melhor filme de todos os tempos. Nota 10,0 dada infinitas vezes.

Rick Pinheiro.
Cinéfilo.

 
Uma das inesquecíveis e antológicas sequências do aniversariante
E.T. - O Extraterrestre.

 
Drew Barrymore rouba a cena e emociona na melhor atuação de sua carreira.




"GHOST" NÃO SE DISCUTE

Clássico dos anos 90 e da Sessão da Tarde, Ghost - Do Outro Lado da Vida é exceção a duas regras  deste blogueiro.

Além de não gostar do gênero romance, este blogueiro também não curte os filmes de temáticas espíritas, que geralmente são didáticos demais, feitos na maioria das vezes  apenas para proporgar a doutrina. Estrondoso sucesso de bilheterias em 1990 (aqui em Maceió, foram mais de seis meses em cartaz), Ghost - Do Outro Lado da Vida,  é uma exceção dupla, já que, mesmo sendo de um gênero e com temáticas, e por ter exibido exaustivamente na TV (semana passada foi exibido na Sessão da Tarde, retalhado absurdamente), agrada bastante este blogueiro. Dirigido por Jerry Zucker, que junto com o irmão David e com Jim Abrams nos presenteou com clássicos das paródias oitentistas como Apertem os Cintos... O Piloto Sumiu e Corra Que a Polícia Vem Aí!, o filme gira em torno do casal Sam Wheat (o saudoso Patrick Swayze) e Molly Jensen (Demi Moore, belíssima como nunca) que estão vivendo um momento feliz de suas vidas por juntarem os trapinhos. Mas, a felicidade é interrompida pelo brutal assassinato de Sam, cujo seu espírito fica  vagando pela terra, descobrindo que o assalto que sofreu não foi ocasional, mas, planejado pelo seu colega e então amigo Carl Bruner (Tony Goldwyn, no personagem que lhe deu destaque e lhe proporcionou meia dúzias de vilões insignificantes na sua filmografia). Tentando entender e adapta-se a norma realidade, Sam consegue se comunicar e pede ajuda de Oda Mae Brown (Whoopi Goldberg, hilária, roubando cena na melhor personagem de sua carreira), uma vidente charlatã que até então não sabia que tinha o dom de mediunidade.

Zucker não apenas surpreende e supera todas as expectativas negativas que tinham contra ele se aventurando num gênero oposto ao que estava acostumado a fazer e nos presenteia com uma verdadeira obra-prima, muito bem conduzida por ele, que se aproveita de um roteiro muito bem escrito, que dosa perfeitamente o romance, drama, ação e comédia, e somado a uma trilha explêndida e efeitos especiais de primeira linha, e nos apresenta um filmaço repleto de sequências inesquecíveis, como a clássica  cena onde o casal namora na confecção de uma cerâmica, ao som da melosa Unchaneid Melody, interpretada pelos Righteous Brothers. Somado a um elenco afiadísismo, principalmente Goldberg, que rouba a cena e merecidamente foi premiada com o Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante, salvando um filme que tinha tudo para ser uma pieguice generalizada, tornando-o bastante divertido e engraçado.

Indicado a cinco Oscar, incluindo Melhor Filme, injustamente premiado apenas com duas estatuetas - Melhor Atriz Coadjuvante e Melhor Roteiro -, Ghost - Do Outro Lado da Vida é um filmaço inesquecível, que emociona e diverte, e disparado, é o melhor filme de temática espírita já produzido. Um clássico recente que merece ser visto e revisto, sem perder a qualidade. Outro filme onde a nota 10,0 é pouca.

Rick Pinheiro.
Cinéfilo.

 
Trailer original.
Outro presente deste blogueiro pela passagem do dia dos namorados:
Esta obra-prima completa, pena que em versão dublada.
Mas, o que vale é a intenção, né amores? rssss...

A MELHOR COMÉDIA ROMÂNTICA DE TODOS OS TEMPOS.

Filme estrelado por Adam Sandler e Drew Barrymore apresenta de forma criativa uma belíssima e verdadeira lição que deveria ser aprendida por todos nós.

Quem acompanha este blog já deve ter notado que os gêneros comédia romântica e romance não  me agradam. Como se Fosse a Primeira Vez surpreende e não somente faz este blogueiro abrir exceção à regra, como também ainda figura entre os cinco melhores filmes que eu assistir em toda minha vida. Dirigido pelo especialista em comédia Peter Segal, o filme apresenta de forma simples, porém, criativa, a exótica e surreal história de amor entre Henry e Lucy, interpretados por Adam Sandler e Drew Barrymore, em perfeita sintonia, neste que é o segundo filme que trabalham juntos. Henry é um veterinário de um parque aquático no Hawaí e tem um estilo de vida pegador de turista, sem se apegar a nenhuma, até que uma bela manhã, conhece a belíssima Lucy e se apaixona. Só que a moça tem um problema de memória raro e incurável, que a impede de lembrar do dia anterior, e sempre acha que o novo dia é o mesmo fatídico dia que ela sofreu o acidente  e contraiu o problema. Mesmo assim, o cara se vira nos trinta para de forma criativa, todos os dias, conquistar sua amada.

O filme tem um roteiro muito bem escrito, que além de dosar perfeitamente o romance e a comédia, ainda apresenta de forma criativa a belíssima e verdadeira lição de vida que devemos ser criativos para, conquistar a pessoa amada todos os dias de nossa  vida.  O elenco está afiadíssimo, com uma química perfeita entre o casal de protagonistas, e com coadjuvantes que roubam a cena com personagens hilários, em especial Sean Austin, Rob Schneider, Allen Couvert  e Lusia Strus. Somado a belíssimas locações no Havaí e uma triha sonora excepcional, Como Se Fosse a Primeira Vez é para mim uma verdadeira e excepcional obra-prima que emociona e diverte bastante, nos levando a gargalhadas facéis. Nota 10,0 é pouco para um filme tão emocionante e envolvente.

Rick Pinheiro.
Cinéfilo.

Várias sequências desta belíssima e inesquecível história de amor.

Capa do DVD desta verdadeira obra-prima.

Trailer de Como Se Fosse a Primeira Vez.

 
Meu presente de dia dos namorados para todos vocês:
o filme completo (pena que dublado).

SCHWARZENEGGER DETORNA NO SÁBADO À NOITE.

Filme típico do brucutu austríaco traz o veterano James Caan roubando cena com um personagem inferior ao seu talento.

Na noite do último sábado, o SBT exibiu o interessante Queima de Arquivo, estrelado pelo brucutu Arnold Schwarzenegger e co-estrelado por Vanessa Williams e o veterano James Caan. O ex-governador da Califórnia interpreta (força de expressão é claro) John Krueger, um agente fodástico do FBI responsável por proteger testemunhas, de formas mais inusitadas. Tudo ia conforme a rotina, quando o cara recebe a  missão de proteger a bela Lee Cullen (Williams) uma testemunha importantíssima que pode ferrar com uma empresa fabricante de armas. Sozinho, já que no decorrer da missão Krueger descobre que até seu mentor e amigo Robert Duguerin (Caan) quer mandar a moça desta para uma melhor, o fodástico agente luta contra o tempo não somente para protegê-la, como também para revirar o jogo e detornar com toda bandidagem.

O roteiro é típico de um  filme estrelado pelo brucutu, ou seja, apenas como mera formalidade e desculpa, para o bombadão detornar a bandidagem de forma surreal e estrelar várias sequências "me engana que eu gosto" que provoca involuntárias gargalhadas. No elenco, destaque apenas para o veterano James Caan, que tira leite de pedra com  e rouba a cena como um  vilão frio e cínico, mas,um personagem inferior ao seu inegável talento.

Em síntese, com sequências eletrizantes de ação, e uma bela mocinha para encher os olhos dos marmajões, Queima de Arquivo é um típico filme de ação estrelado pelo astro, que não traz nenhma novidade, mas, agrada aos fãs do gênero. Fica  a dica para conferi-lo em versão original, com legendas, para constatar que um ótimo ator pode torna atrativo um personagem inferior ao seu talento. Nota 9,5.



Rick Pinheiro.
Cinéfilo.

segunda-feira, 4 de junho de 2012

A BELA E O THOR EM NOVA VERSÃO DE CLÁSSICO CONTO DE FADAS.

Filme estrelado por jovens astros do momento inova a trazer clássico dos contos de fadas em versão épica e sombria aos moldes da trilogia O Senhor dos Anéis.

Uma tendência hollywoodiana dos últimos anos é refilmar clássicos antigos, sobretudo infantis, trazendo-os em versões mais moderninhas e com algumas inovações. Este ano a célebre Branca de Neve ganhou duas versões moderninhas com o chatinho Espelho, Espelho Meu (comentários em: http://www.blogdorickpinheiro.blogspot.com.br/2012/04/conto-infantil-em-nova-roupagem.html ) e agora com o supreendente Branca de Neve e o Caçador, que acabei de assistir na sala 6 do Complexo Kinoplex Maceió. Estrelado pelos astros do momento Kristen Stewart, a Bela da franquia teen modinha A Saga Crepúsculo e o Chris Hemsworth, o herói Thor, no filme homônimo e no fodástico Os Vingadores, a trama é basicamente a mesma, com algumas criativas e interessantes modificações, e um climão bem mais sério e sombrio do que estamos acostumados, lembrando vagamente, guardadas as devidas proporções, a trilogia O Senhor dos Anéis.

A princesa Branca de Neve (Stewart, surpreendemente convicente, não lembrando em nada sua péssima atuação com Bela) come o pão que o diabo amassou, presa numa torre do castelo, após seu pai ser assassinado na  lua-de-mel pela terrível Ravenna (Charlize Theron, roubando cena, com um show de interpretação), que acaba dominando o reino. Anos depois, a princesa foge e acaba indo parar na Floresta Negra e em seu encalço a rainha envia Eric (Hemsworth, convicente), um caçador viúvo que foi o único a entrar no sombrio lugar e ter sobrevivido. Quando o caçador captura a donzela, percebe que foi enganado pela rainha e de caça, a "Bela" acaba se tornando uma aliada. Na jornada, o casal encontra os figuraças sete anões (interpretados pelos ótimos atores como Bob Hoskins, Nick Frost, Ian McShane, Ray Winstone, todos irreconhecíveis, graças a perfeita maquiagem e minúsculos, graças aos ótimos efeitos especiais), ex-mineradores que vivem metendo bronca para sobreviver.

Com um roteiro muito bem escrito que abusa na criatividade e ainda tira sarro com o próprio conto, e oferece soluções criativas para o mesmo, e efeitos especiais bem caprichados, o filme é uma agradável surpresa e agrada, principalmente, aos fãs das aventuras épicas. Outra agradável surpresa é o seu elenco, com atuações convicentes, com destaque para Charlize Theron que com uma atuação explêndia, ainda por cima humilha seus colegas de elenco e a estrela sorridente Júlia Roberts que recentemente deu vida a mesma personagem. Para mim, um das melhores atuações da belíssima atriz que simplesmente prende a nossa atenção com sua inspiradíssima perfomace.

Muito bem conduzido pelo estreante Rupert Sanders, Branca de Neve e o Caçador, supera toda expectativa e surpreende por ser um filme excepcional, que além de um roteiro muito bem escrito e criativo, de um elenco competente e de efeitos especiais de encher os olhos, tem uma edição muito bem caprichada e uma ótima trilha. Disparado a melhor versão moderninha de um clássico infantil e dar um banho nas outras adaptações recentes deste e outros contos, que só ficaram na boa intenção e não convenceram. Em síntese, um filmaço imperdível que com certeza vai agradar e supreender. Não perca tempo e vá logo assisti-lo, de preferência na versão legendada, para conferir o show de atuação da belíssima Charlize Theron. Nota 10,0.

Rick Pinheiro.
Cinéfilo.