domingo, 31 de dezembro de 2017

RETROSPECTIVA 2017: OS PIORES FILMES DO ANO.

Dando continuidade a nossa retrospectiva, aqui vamos listar os piores filmes da safra 2017. Infelizmente, filmes ruins foram inevitáveis e alguns deles inclusive são os piores também de todos os tempos. O pior é que na mesma proporção que tivemos ótimos filmes, também tivemos os ruins, que chegaram numa quantidade a mais da conta (o mosaico ao lado é um bom exemplo disso). Sem falar nos que eu não assistir e naqueles que foram lançados diretamente para a TV e no serviço de streaming. Sem perder mais tempo falando nessas bostas, afinal de contas, 2018 já bate às portas, trazendo uma esperança de, quem sabe, ocorra o milagre de não fazemos essa retrospectiva dos piores (algo que sabemos que não vai rolar, pois, filmes bostas sempre serão feitos), vamos falar do que tivemos de ruim nas telonas.

PIOR TEASER E TRAILER.

Algo que os gerentes das salas de cinema nacionais precisam rever urgentemente é a quantidade de exibição de trailers, afinal, nem todo público são ocasionais, já que existem cinéfilos, como este blogueiro que vos escreve, que vão toda semana ao cinema, e que a grande maioria dos trailers e teasers não são ótimos e empolgantes como de Guardiões da Galáxia Vol. 2, Thor: RagnarokJumanji: Bem-Vindo à Selva e Vingadores: Guerra Infinita, e o que era para ser um incentivo ao público para conferir os próximos lançamentos acaba sendo uma tortura, um verdadeiro tiro pela culatra (nem vou falar da aberração brasileira dos trailers e teasers dublados, que dispensa comentários de tão absurdamente irritante que é). E no quesito quantitativo, esse ano o teaser de A Bela e a Fera é disparado o mais irritante de tanto que foi exibido nas salas de cinemas (teve duas vezes que não me contive e gritei indignado no meio da exibição: "Porra, de novo?! Que bosta!"). Assim como o teaser de Meus 15 Anos que também foi exibido exaustivamente mas em menor número. Entre os trailers que mais desanimaram do que me empolgaram para assistir aos filmes, temos um empate técnico entre Internet: O FilmeO Círculo e Os Parças (este último ainda teve em desfavor uma ridícula dica de seguranças exclusiva da rede Cinesystem que consegue ser ainda pior que o trailer e o filme juntos). É bem verdade que os cinco citados não são lá grande coisa de filmes, mas, também não são grandes merdas que seus péssimos trailers fizeram-nos acreditar. Logo abaixo estão os famigerados. Assistam por sua conta e risco!






OS DEZ PIORES FILMES DE 2017.


Começamos nossa lista nada agradável com a primeira grande decepção que tive no ano. Depois do merecido sucesso ótimo Os Penetras, o competente Andrucha Waddington volta a reunir o mesmo elenco central, encabeçado por Marcelo Adnet e o impagável Eduardo Sterblitch. Pena que sem a mesma criatividade e o humor, e o resultado foi essa merda que não faz jus a nenhum dos envolvidos. Curiosamente, Waddington, Adnet e Sterblitch não foram os únicos talentosos tupiniquins a nos decepcionar, já que o diretor Halder Gomes e os impagáveis Tom Cavalcante, Whindersson Nunes e Tirulipa deixaram bastante a desejar com Os Parças, que é infinitamente inferior aos talentos deles, mas, pelo menos ainda é engraçadinho.


Que é foda entender as mulheres isso não é novidade nenhuma. Bom exemplo disso é tentar entender o porquê delas amarem tanto os filmes dessa bosta de franquia. Contrariando a teoria do palhaço e quase ex-deputado Tiririca que pior que está não fica, o segundo filme consegue ser consideravelmente pior que o primeiro, arriscando vários gêneros e não se saindo bem em nenhum. Pelo menos é mais safadinho num erotismo risível de tão patético. Só não está no topo da nossa pois teve a sorte de serem lançados outros filmes piores que ele. Mas, não o suficiente para se salvar da nossa lista nada honrosa. O consolo é que estaremos livres dessa merda de franquia no próximo ano, com a chegada do último filme. Assim esperamos.


Curiosamente, o ano de ouro dos filmes de super-heróis foi aberto com essa merda que ninguém deu a mínima, e nem é citado na lista dos filmes do subgênero. Chegou timidamente e merecidamente foi ignorado, saindo do mesmo jeito que entrou. Também não é por menos, o filme simplesmente é uma bosta, um total desperdiço de um herói cultuado e promissor. Merecidamente, totalmente esquecível.


Único empate da nossa lista das merdas do ano e que traz a minha primeira divergência de opinião com a crítica. A produção da cinebiografia da poetisa Emilly Dickinson até é bem caprichada, e a premissa é indiscutivelmente interessante, por isso mesmo, prometia ser um bom filme. Mas, nem o roteiro nem o ritmo ponto-morto do filme ajudam e o resultado é tedioso demais. Outro filme que prometia por também ter uma premissa interessantíssima, mas na opinião deste cinéfilo do povão morreu na praia, foi Norman: Confie em Mim, que traz Richard Gere como um velhote metido à sabichão, numa atuação até interessante, mas com um resultado frustrante também pelos mesmo motivos do colega de empate. A crítica amou ainda mais este filme que a cinebiografia morgadona da poetisa, e rasgou elogios. Mas, a mim não agradou nenhum dos dois e estão entre os piores filmes do ano.


Outro filme onde a minha opinião e a dos críticos são totalmente opostas. Temos aqui um filme autoral, que rodou festivais pelo mundo, que até tem uma premissa interessante, mas, que não me agradou. Realmente, amo filmes criativos, que saem da mesmice, mas, ritmo ponto-morto como o deste filme, que tinha tudo para ser ótimo como os críticos rasgam elogios, acabam não me convencendo e me entediando demais.


Provavelmente se algum crítico ou um cinéfilo de gosto refinado estiver acidentalmente visitando a nossa página deve está me xingando de "burro" ou coisa pior, já que temos mais um filme elogiadíssimo pela crítica na nossa lista dos piores. Mas, como sempre digo, e repito pela enésima vez, sou um cinéfilo de gosto bem simples e populares, não um crítico profissional ou um cinéfilo que curte filmes mais cabeças. Aqui temos mais um filme com produção caprichadíssima, excelente reconstituição de época, mas estragado pelo já citado ritmo ponto-morto e ainda piorado pelo climão deprê. Chato pra caralho, um dos piores filmes não somente de 2017, mas, da minha vida. Gosto não se discute, tá? Não me xingue!

4. Mãe!

Pelo menos aqui temos o filme que, literalmente, dividiu opiniões da crítica e do público. O novo trabalho do diretor do fodástico Cisne Negro é indiscutivelmente criativo, mas, ao mesmo tempo é perturbador, sem nexo, a ponto de acharmos que foi escrito quando o diretor estava doidão de maconha ou outras drogas mais pesadas. Incompreensão ou realmente o filme é uma merda delirante? Isso nem isso eu sei, já que, após uns funcionários do cinema que assistir falar que se trata de uma analogia aos primeiros capítulos de Gênesis (o que faria eu mudar totalmente opinião pela criatividade que é contada) fiquei em cima do muro. Como não revir de novo até agora, então, entra na nossa lista dos piores, e ainda como o pior filme hollywoodiano do ano, já que, infelizmente, deu Brasil nos três primeiros colocados.


Nosso bronze de bosta vai para outro filme que dividiu a crítica, mas, ao menos, não vi nenhum elogio rasgadíssimo ou alguém chamando o filme de obra-prima. Pode um filme ter aproximadamente apenas uma hora e dez de duração e ser entediante? Temos aqui a prova viva que sim. O ritmo ponto-morto (aparentemente algo típico nos filmes dito "cabeças") consegue fazer essa proeza. Outra premissa interessante jogada na privada. Pô, a gente até tenta sair da zona do conforto dos filmes populares e encarar esses filmes que rodam festival, mas, realmente, é complicado engolir.


Finalmente um filme que crítica e blogueiro concordam que é uma merda. Também não é por menos, pois acredito que até o público alvo vai odiar. Praticamente assistido por acidente por este blogueiro, esse filminho teen é um dos piores filmes já produzidos em todos os tempos. Nada funciona nessa merda horrível e torturante, que traz personagens totalmente imbecilizados a ponto de irritar, interpretados (força de expressão, obviamente) sem qualquer emoção. Está sendo exibido e tomara que seja retirado de cartaz imediatamente pois nem o nosso cinema nacional muito menos o público teen merecem ser desrespeitados dessa maneira por esse lixo. Bye Bye não somente para a Jaqueline e sua interprete linda mas sem talento nenhum, mas todos que fizeram parte dessa merda.

Tão ruim e irritante quanto o ridículo filminho teen é esse lixo que beira à pornô gay que se diz inspirado na vida de Santo Antônio. Muito mais do que uma versão profana e sebosa da vida do santo casamenteiro, essa merda, que é uma produção de três países (Portugal, França e Brasil) parece que foi criada sob efeito das mesmas drogas pesadas que Darren Aronosfky usou para criar Mãe!. Boa parte da crítica rasgou elogios para essa merda, mas para mim é um dos piores filmes do ano e de todos os tempos. A merda das merdas de 2017.

BÔNUS: TAMBÉM SÃO GRANDES MERDAS...

A Comédia Divina.

Tinha tudo para ser uma bom filme (inclusive, eu levava fé), mas, cagaram feio um interessante conto de Machado de Assis que do além deve está puto com a merda que fizeram. Cometeram o pecado mortal de ser ridicularmente ruim e totalmente sem graça, e ainda fazendo da pior forma uma crítica contra o mercado da fé. Mais um lixo com o baixo padrão Globo Filmes.

Dona Flor e Seus Dois Maridos.

Alguém por acaso pediu uma nova versão da obra-prima de Jorge Amado, que já tinha sido muito bem adaptado nas telonas? Acharam que sim e deu nessa merda, que também deve ter deixado no além, o saudoso escritor baiano puto da vida. Fica difícil para os saudosos mestres da nossa literatura descansarem em paz quando merdas como essas sendo feitas com suas obras.

Em Busca de Vingança.

Arnoldão surpreendendo e mandando bem numa atuação dramática. Era para dar certo, mas, deu merda. O roteiro fraquíssimo não ajudou, só enterrando na merda qualquer boa intenção. E o título oportunista e picareta que deram por aqui, fazendo a propaganda enganosa que se trata de um costumeiro filme de ação do ícone do gênero, só faz a merda feder mais.

Personal Shopper.

Suspense ou dramalhão espírita? Este filme francês estrelado pela ex-Bella de Crepúsculo ficou em cima de muro e acabou sendo uma bosta das grandes. A cópia do filme não funcionar na sessão de pré-estreia era um sinal para eu desistir de encarar essa merda, mas, a teimosia falou mais alto e acabei tendo a infelicidade de assisti-lo.

Rick Pinheiro.
Cinéfilo alagoano, pedindo a Deus que em 2018 nos livre dos filmes ruins.

RETROSPECTIVA 2017: OS MELHORES FILMES DO ANO.

Chegamos ao final de mais um ano e como de costume terminamos fazendo uma retrospectiva listando os melhores e piores filmes que chegaram aos nossos cinemas. Como sempre faço questão de lembrar, não sou crítico especializado, muito menos um cinéfilo com gosto refinado, mas, um simples cinéfilo apaixonado pela sétima arte, com gosto bem popular. Logo, a lista aqui é bem pessoal, e você não apenas pode discordar mas também sugiro que elabore a sua própria e, de preferência, poste-a nos comentários. Seguindo a sugestão da minha amiga Patrícia Alves, uma das poucas visitantes assíduas do nosso blog (ao menos que assume), a partir deste ano, tentarei ser mais objetivo, diminuindo drasticamente as nossas categorias, deixando apenas uma (justamente a que estreou o ano passado), e focando mais no Top 10 dos melhores e dos piores filmes do ano. O critério é o mesmo adotado no ano passado, ou seja, dos filmes que mais me marcaram (positiva e negativamente), portanto, não estranhe se um filme com uma nota menor esteja num posição invertida ou outro com nota maior esteja fora da lista. Nesta postagem, falaremos dos melhores filmes do ano, lista que aliás, exigiu bem mais uma queima de neurônis (pipocaram filmes com notas acima de 9,0). Na próxima postagem, falaremos do que tivemos de pior nas telonas, inclusive, a lista está prontinha e só postarei depois para manter a tradição de começar pelos melhores. Enfim, antes que se inicie um novo ano, que promete ser ainda melhor do que esse com lançamentos que prometem ser fodásticos, vamos a nossa lista dos melhores do ano.

MELHOR TRAILER E TEASER.

Depois de muito tempo, a Marvel aprendeu a nos presentear com teasers e trailers tão bons quanto seus filmes, sem revelar por completo os conteúdos do filme. Este ano foi o ápice do aprendizado e formos presenteados com o trailer de Guardiões da Galáxia Vol. 2 e o teaser de Thor: Ragnarok, que disparados foram os melhores que assistimos. E 2018 promete continuar assim, já que tanto o trailer de Pantera Negra como também, e principalmente, o fodástico teaser de Vingadores: Guerra Infinita, mantém o altíssimo padrão de material de divulgação que não enjoa e quanto mais assistirmos, mais ansiosos ficamos para conferir os filmes. Confira abaixo os campeões da categoria que se despede em grande estilo.



OS DEZ MELHORES FILMES DE 2017.

10. Clash.

Começo a lista polemizando com um filme que acredito que poucos assistiram. Longe da badalação das produções hollywoodianas, este filme de dupla nacionalidade (egípcia e francesa) é sem dúvida uma das grandes e agradáveis surpresas que tivemos este ano no escurinho do cinema. Asfixiante e com um climão tenso do começo ao fim, não tem como não se envolver na tensa e criativa história de muçulmanos egípcios, de vertentes diferentes, enfiados dentro de um camburão, tentando conviver sem se matarem um ao outro. Um filme que vale a pena ser descoberto.

9. It: A Coisa. / Corra!

2017, sem sombra de dúvida, foi o ano de Stephen King. Pipocaram adaptações de suas obras literárias, seja no cinema, na televisão e nos serviços de streaming. Indiscutivelmente, o grande destaque foi It - A Coisa, que selou a grande volta por cima que o gênero do terror vem tendo nos últimos anos, e de quebra, possivelmente inicia bem uma ótima franquia no gênero. Se o Pennywise da minissérie televisiva noventista foi responsável pelo aumento de casos de coulrofobia, o novo também não fica atrás e de cara já é um dos vilões icônicos da sétima arte.

A fodástica superprodução não está só no resgate final do gênero do terror este ano. Correndo por fora, tivemos a sensação do cinema independente, Corra! simplesmente um dos filmaços mais criativos e empolgante dos últimos anos. Trazendo de forma criativa a delicadíssima questão do racismo diluído num suspense envolvente e tenso do começo ao fim. Não é a toa que conseguiu um empate com It e marca presença merecidamente na nossa lista.

8. Star Wars: Os Últimos Jedi.

Mais uma polêmica em nossa lista. Aposto que você deve está estranhando a presença do novo filme da franquia nesta colocação ao invés de está entre os primeiros colocados. Pode não parecer, mas, realmente amei o novo Star Wars, que vem arrebentando nas bilheterias ao mesmo tempo que vem dividindo os fãs. Mas, simplesmente, existem outros filmes que foram lançados este ano que são ligeiramente melhores. Independente da colocação, não poderia ficar de fora da nossa lista, já que é um filme que ao mesmo tempo respeita a mitologia já estabelecida, e de quebra, traça novos rumos para franquia, com direito a aumentar ainda mais a ousadia iniciada no filme anterior. A despedida da saudosa Carrie Fisher e ver Mark Harmill de volta como Luke Skywalker são as cerejas do bolo deste filmaço que mantém o altíssimo nível da franquia.

7. O Rei do Show. / Bingo - O Rei das Manhãs.

Empate entre dois filmes que trazem formas criativas de se fazer uma cinebiografia. O fato é que a grande maioria das cinebiografias, seja qual for a nacionalidade, mesmo que tenham tom sério, não possuem compromissos nenhum com a verdade e usam e abusam da tal liberdade poética. E ao contrário destas, ambos os filmes assumem descaradamente isso. É o caso do musical O Rei do Show, a última grande surpresa do ano, que traz Hugh Jackman vivendo uma figura real escrota que nas telonas é se fosse um carinha legal, que só quer vencer na vida. Totalmente ignorável como cinebiografia mas como musical é um espetáculo à parte, embalado por uma fodástica trilha sonora cantada pelo elenco.

Criatividade também não falta ao nosso pré-candidato ao Oscar. Bingo - O Rei das Manhãs muda de forma criativa nomes de pessoas e emissoras televisivas, mas, ao mesmo tempo escancara para todo bom entendedor quem é quem. E o melhor: tudo isso sem estragar o resultado final, um filmaço divertido do começo ao fim, baseado na vida em um dos atores mais porra-loucas que viveram o mítico palhaço Bozo das telinhas tupiniquins, que aqui ganha força graças a atuação inspiradíssima de Vladimir Brichta. Provavelmente, duvido que tenha chances de ser um dos indicados ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro (infelizmente, na maioria das vezes, os membros da Academia só escolhem filmes caretíssimos), mas, vamos ficar na torcida, pois, desta vez, estamos bem representados.

6. Liga da Justiça. / Lego Batman: O Filme.

Mais um inevitável empate na nossa lista. Finalmente, a D.C. / Warner está tomando rumo e este ano foi o dela. Mesmo com todas as críticas divididas, tanto dos fãs como dos críticos especializados, Liga da Justiça superou todas as dificuldades (a mais nítida foi a troca de diretor) e cumpriu direitinho sua função de divertir e introduzi e live-action o grupo de super-heróis mais fodástico da editora.

Quem acompanha esse blog sabe que raramente vou ao cinema assistir uma animação, mas, abrir uma exceção para ver este filme, numa sessão onde não tinha mais ninguém além de mim e todos os assentos vazios, e acabei tendo altos ataques risos, como há anos não tinha tido, com esta animação hilária que sacaneia toda mitologia do morcegão. Surpreendeu de tal maneira que conseguiu não somente entrar na nossa lista, mas, arrancar um empate com o fodástico filme da Liga da Justiça.

5. Homem-Aranha: De Volta ao Lar. / Guardiões da Galáxia Vol. 2. / Thor: Ragnarok.

Inevitável empate triplo entre os filmes da Marvel. Indiscutivelmente, a Marvel é foda, e por mais que tentem copiar a fórmula com outras franquias, ainda estão comendo anos luz. Uma das grandes cartadas de mestre (e vem mais por aí com a compra da Fox pela Disney) foi fazer um acordo super-hiper-mega-ultra proveitoso com a Columbia, estúdio que detém os direitos do cabeça-de-teia nas telonas. Ápós uma roubada de cena inesquecível no fodástico Capitão América: Guerra Civil, o herói amigo da vizinhança ganha seu filme solo e o resultado não poderia ser outro: O terceiro melhor filme do herói de todos os tempos, com o fedelho Tom Holland se firmando cada vez mais no personagem, e também com direito a uma excelente participação de Tony Stark / Homem de Ferro, Robert Downey Jr., hilário e roubando a cena como sempre.

Outra cartada de mestre, um pouco antes, foi pegar um grupo desconhecidíssimo do grande público, dar cartas brancas ao diretor e o resultado sabemos que foi o merecidíssimo puta sucesso do primeiro Guardiões da Galáxia. Como não se mexe em time que está vencendo, repetiram a dose e o resultado é este filmaço, que supera ligeiramente o original e tem como cerejas de bolo, a pequena participação do rei de filmes de ação Sylvester Stallone, uma despedida emocionante de um personagem que aprendemos a amar e, obviamente, o fofíssimo Baby Groot que veio roubando a cena já nos trailers.

Por fim, a Marvel fechou o ano e a trilogia do deus do trovão com chave de ouro no divertidíssimo Thor: Ragnarok. Baseando-se não somente na saga dos quadrinhos que dar título ao filme, mas, também da cultuadíssima Planeta Hulk, o resultado é um filmaço divertidíssimo, com toques nostálgicos, muito humor e ainda com uma ousadia criativa de mexer com um parte física do herói. A fórmula de Guardiões se encaixou direitinho no terceiro e ligeiramente melhor filme do herói asgardiano, que dar uma puta deixa para o aguardadíssimo Vingadores: Guerra Infinita.

4. Fragmentado.

Uma das grandes voltas por cima que tivemos esse ano foi a do diretor M. Night Shyamalan. E diga-se de passagem, que volta por cima! O cara simplesmente nos presenteia com um filmaço muito bem escrito e dirigido que prende nossa atenção do começo ao fim, que acaba sendo o segundo de uma trilogia iniciada por Corpo Fechado. Mas, o mérito não é apenas do diretor, mas, do protagonista, James McAvoy, numa atuação espetacular que esperamos que ninguém esqueça nas premiações. E que venha o desfecho da trilogia com o embate entre os protagonistas dos dois filmes.

3. Como Se Tornar o Pior Aluno da Escola.

Com certeza, acredito que para muitos de você a grande polêmica da nossa lista, seja pela presença do filme na lista, seja por ficar com o nosso bronze, deixando para atrás muitos outros filmes bem mais badalados. Era para ser apenas um filme do inteligentíssimo comediante e apresentador Danilo Gentilli, que conta com a presença ilustre do eterno Quico do seriado Chaves, mas, acabou indo muito além das mais otimistas das expectativas. Com um humor politicamente incorreto do começo ao fim, temos um dos mais criativos e melhores filmes nacionais dos últimos tempos, que de quebra, é uma das comédias mais engraçadas que vimos no cinema. Gosto não se discute, isso é fato. E se você gosta de humor mais corrosivo dificilmente não irá colocar o filme na sua lista. E na nossa, não somente marca presença, como também é o terceiro melhor filme do ano de 2017, que junto com Bingo, salvou à pátria numa safra recheada de filmes medianos, e, principalmente, ruins.

2. Logan. / Mulher-Maravilha.

Último empate da nossa lista e depois de muita queimada de neurônios. 2017 foi até agora o ano ápice das adaptações dos quadrinhos das telonas, a ponto de todos os filmes do subgênero que forma lançados estarem na nossa lista e em outras dos melhores filmes do ano. E nada mais justo que um empate entre as duas maiores surpresas do ano no subgênero. Marcando a despedida de Hugh Jackman (um dos astros que tiveram um ano fodástico nas telonas) no papel de sua vida, temos um filmaço digno do mais fodão dos mutante da Marvel, um épico com todo climão de road movie, com nosso herói bem violento como nos quadrinhos. Cereja do bolo: a pirralha Dafne Keen, que simplesmente arrebenta como X-23 numa atuação excepcional, digna de prêmios. Tem tudo para ser o primeiro filme baseado em heróis dos quadrinhos a ser indicado ao Oscar, vamos ver se os membros da Academia deixam de ser quadrados.

Se já era esperado que Logan seria um puta filme, que conseguiu ser melhor do que imaginávamos, o que dizer do filme da Mulher-Maravilha? Sem dúvida, a maior surpresa do ano, que fez a crítica voltar a rasgar elogios para um filme da DC /Warner, o primeiro desta atual fase de copiar e colar a fórmula da Marvel que conseguiu esse feito. Como se não bastasse, merecidamente, quebrou todos os recordes de bilheterias para um filme dirigido por uma mulher. E como no seu colega de empate, aqui está o segredo que todos os estúdios deveriam seguir: confie nos diretores dos seus filmes e lhe deem total liberdade criativa. Cereja do bolo não poderia ser outra: a lindíssima e talentosa Gal Gadot cada vez mais se firmando e convencendo como a heroína. Valeu a pena esperar por quase oito décadas para vermos um filme da mais fodona heroína da DC.

1. Até o Último Homem.

Por mais que 2017 tenha sido o ano dos super-heróis dos quadrinhos no cinema, na minha humilde opinião, não tem como não escolher este filme, que conta a história de um herói da vida real, como nosso filme do ano. Lançado em janeiro, a comovente história do soldado que recusou usar armas devido sua fé cristã continua vivinho da Silva na nossa memória afetiva como se tivesse sido lançado na última quinta. Feito que, ao menos comigo e várias pessoas que eu conheço, não foi conseguido pelo bajuladíssimo vencedor do Globo de Ouro e do Oscar La La Land - Cantando Estações... Ops! Perdão! Não foi La La Land que levou o Oscar! Foi aquele filme que o Boca de Algodão do seriado Luke Cage participa, e conta a história de um negão que... Qual o nome mesmo? Lembrei! Moonlight: Sob a Luz do Lual. Chupa La La Land! Rsssssssssss... Desculpa, não me contive, precisava fazer essa piadinha toscar para provar como os dois mais falados filmes do Oscar depois da puta gafe no final da cerimônia deste ano, caíram totalmente no esquecimento. Mas, voltando ao assunto. O filme marcou o início da volta por cima de Mel Gibson, que esse ano também marcou presença em frente das telas, roubando a cena no hilário Pai em Dose Dupla 2, e também serviu para confirmar o talento de Andrew Garfield, que também brilhou esse ano marcando presença também com excelentes atuações em Silêncio e Uma Razão para Viver.

BÔNUS: DESTAQUE TAMBÉM PARA...

A Cabana.

A crítica não gostou muito. Mas, o público brasileiro, incluindo este blogueiro, curtiu muito esta adaptação do famosíssimo livro homônimo, que, inclusive, eu li. Eficiente em nos tocar e emocionar, uma ótima adaptação quase fidelíssima ao livro de William P. Young, que cumpre com competência a missão de emocionar e cativar.

Lion - Uma Jornada para Casa.

Falando em emoção à flor da pele, impossível não lembrar do fofo e talentoso Sunny Pawar que rouba a cena e nos comove como o pirralho Saroon Brierley, que se perde do irmão numa estação de trem na Índia. Comovente do começo ao fim, uma pequena obra-prima que concorreu a seis Oscar (absurdamente nenhuma indicação para Brierley) e saiu de mãos abanando.

Pai em Dose Dupla 2.

Mudando do drama para a comédia abestalhada familiar, o filme que traz de volta praticamente todo elenco ainda mais entrosamento, com acréscimo de Mel Gibson e John Lithgow, que também pegam o embalo, é uma das grandes surpresas do ano, superando consideravelmente o filme original, numa comédia engraçadíssima com direito a sacanear Liam Neeson (Já que a modinha agora é fazer petição, vamos fazer uma para solicitando o tal filme de Natal porra-louca do durão Neeson).

Quatro Vidas de um Cachorro.

Outra adaptação de livro que deu certo. Quem diria que a premissa de um cachorro que reencarna iria resultar num filme tão um filminho tão fofo e cativante? Pois é, deu certo, e temos aqui um dos filmes que, se não está entre os melhores do ano, é um dos mais lembrados. Divertido e ao mesmo tempo emocionante, que tem pet em casa, em especial, cachorros, se derrete todo com tanta fofura canina.

Velozes & Furiosos 8.

Falando em porra-louquices, não poderia terminar sem mencionar o oitavo filme da saga de Dominic Toretto e companhia. Quando achamos que já vimos de tudo, Vin Diesel e sua trupe prova que a porra-louquice surreal é infinita num filme que superou a mais otimista do fã mais apaixonado da franquia. Se parasse por aqui, seria o final espetacular, mas, infelizmente, isso não vai rolar, e a franquia corre seríssimo risco de cair na qualidade. Mas, não foi desta vez e o alto nível fodástico foi mantido. 2017 também foi o ano de Diesel, que além de viver o fodão Toretto, e de emprestar sua voz ao Baby Groot, também voltou a viver outro personagem ícone fodão no também fodástico repleto de porra-louquices XxX: Reativado.

Rick Pinheiro.
Cinéfilo alagoano, desejando a todos um feliz e abençoado ano novo, e torcendo que a safra de filmes de 2018 seja tão boa ou até melhor que a deste ano.

sábado, 30 de dezembro de 2017

JOGO BEM JOGADO OUTRA VEZ.

 = Excepcional. /  = Muito bom. /  = Bom./  = Regular. / = Fraco. / Coco do Cachorrão= Preciso mesmo dizer?.

Jumanji: Bem-Vindo à Selva (Jumanji: Welcome to the Jungle).
Produção estadunidense de 2017.

Direção: Jake Kasdan.

Elenco: Dwayne Johnson, Jack Black, Kevin Hart, Karen Gillan, Nick Jonas, Bobby Cannavale, Alex Wolff, Madison Iseman, Ser'Darius Blain, Morgan Turner, entre outros.

Blogueiro assistiu na sala 3 do Complexo Cinesystem Maceió em 30 de dezembro de 2017.

Cotação

Nota: 8,0.

SinopseContinuação do clássico noventista Jumanji. Quatro adolescentes (Wolff, Iseman, Blain e Turner) são enviados para a detenção na escola por aprontarem das duas. Na sala que estão confinados, eles acabam encontrando um videogame com o jogo Jumanji. Eles o ligam e ao iniciar o jogo, eles acabam indo parar no mesmo, se tornam seus respectivos avatares: o brucutu Dr. Smolder Bravestone (Johnson), o gordinho cientista nerdão Dr. Shelly Oberon (Black), o falastrão frouxo Moose Finbar (Hart) e a fodona Ruby Roundhouse (Gillan).

Comentários: Primeiro grande lançamento do ano que está para chegar, esta continuação desnecessária e tardia do clássico estrelado pelo saudoso Robin Williams ganha uma pré-estreia, fazendo este blogueiro riscar o filme da lista dos mais aguardados (como de costume, a postarei no primeiro dia do ano). Estrelado agora pelo brigadeiro de festa o eterno The Rock, Jack Black, Kevin Hart e Karen Gilan, o novo filme consegue ao mesmo tempo respeitar o original e renovar, contando com um bom roteiro que traz uma história redondinha, mas, bem frenética e divertida. O quarteto de protagonistas em grande entrosamento e claramente se divertindo tanto quanto nós é a cereja do bolo deste filme que cumpre direitinho sua função de divertir agradavelmente sem exigir nada de nós. Feito sob medida para agradar os nostálgicos como também atrair novos fãs.     

Rick Pinheiro.
Cinéfilo alagoano.