segunda-feira, 31 de outubro de 2011

UM DRAMA ENVOLVENTE E COMOVENTE.

Filmes.
Um drama envolvente e comovente.

Nada como uma promocional liberação de sinal de canal para temos acesso a bons filmes, exibidos no idioma original, algo que, infelizmente, está cada vez mais raro, já que, a fim de atrair um público maior, boa parte dos canais por assinatura estão optando em exibir filmes e seriados na versão dublada. Algo que, na minha opinião, é uma total falta de respeito com os assinantes, que optam por uma TV por assinatura, em busca de um diferencial dos canais aberto. Ainda bem que ainda existem canais que fazem a diferença e não se rendem a esta tendência do mercado, como o canal Maz HD, que na madrugada de hoje, me proporcionou a rever o excepcional drama Filadélfia, com Tom Hanks e Denzel Washington a frente de um elenco afiadíssimo onde a maioria, a exemplo da dupla de protagonistas, nos presenteiam com as melhores atuações de suas respectivas carreiras.

Hanks interpreta Andrew Beckett, um jovem promissor advogado de uma renomada firma que é impiedosa e injustamente demitido, após revelar ser  homosssexual e portador do vírus da AIDS. Em busca dos seus direitos, Beckett procura o também promissor Joe Miller (Washington) para defendê-lo numa ação contra os seus ex-patrões preconceituosos. A princípio, Miller reluta, mas acaba aceitando defendendo Beckett, numa batalha judicial contra a poderosa firma, e de quebra, ainda terá que superar seus próprios preconceitos contra homossexuais e portadores do HIV.

Com um roteiro muito bem escrito, Filadélfia é mais que um excepcional filme de tribunal, mas um drama envolvente e comovente que prende a atenção do começo ao fim, e emociona até mesmo os mais insensíveis, graça principalmente as atuações memoráveis e a uma trilha sonora excepcional. Hanks, merecidamente, recebeu seu primeiro Oscar pela brilhante e supreendente atuação como Beckett, mudando e enfraquecido cada vez que a doença avança (a maquiagem é outro ponto alto do filme, que só reforçou a brihante atuação de Hanks), numa época onde ainda não existia o coquetel de medicamentos que prolonga a vida do portador desta terrível doença. Washington também não fica atrás e dar um show como o proconceituoso que vai mudando seus (pre)conceitos à medida que convive com o seu cliente. Jason Robards e Mary Steenburgen, também se destacam com suas brilhantes atuações, num ótimo elenco que conta também com Antônio Banderas, em início de carreira nos Estados Unidos, que dar vida sem afetação a Miguel, o namorado de Beckett.

Dirigido brilhantemente por Jonathan Demme (que também nos presenteou com o excepcional suspense O Silêncio dos Inocentes), este filme excepcional, inexplicavelmente, recebeu apenas cinco indicações ao Oscar (ganhou duas inquestionáveis estatuetas, de melhor ator para Hanks e melhor música Street of Philadelphia, de Bruce Springsteen), sendo que nenhuma destas nas categorias Melhor Filme e Melhor Diretor.

Em síntese, um clássico moderno envolvente e comovente, que merece ser descoberto, visto e revisto. Um filmaço imperdível e obrigatório para todos que amam filmes excepcionais, com um enredo muito bem desenvolvido e atuações memoráveis.

Rick Pinheiro.
Cinéfilo.

Washington, Hanks, Steenburgen e Robards.
De um elenco excepcional, quarteto se destaca
 com as melhores atuações do filme.

Trailer original, infelizmente, sem legendas.

Clipe legendado, da excepcional música de Bruce Springsteen,
com cenas deste filme excepcional.

Clipe original da música Streets of Philadephia, 
composta e interpretada por Bruce Springsteen.

sábado, 29 de outubro de 2011

BEAN. JAMES BEAN!

Filmes.
Bean. James Bean!

Desde de 1962, quando apareceu pela primeira vez nas telonas, interpretado por Sean Connery em 007 contra o Satânico Dr. No, o agente secreto mais conhecido do mundo, James Bond, ganhou milhares de imitadores, homenagens e paródias, começando pela série cômica televisiva Agente 86, passando pelo excepcional True Lies com Arnold Schwarzenegger, o divertido Duro de Espiar, com o saudoso Leslie Nielsen e a trilogia Austin Powers, com o chatíssimo, antipático e sem graça Mike Myers, etc A lista é longa e  interminável. Em 2003, foi a vez de Rowan Atkinson, o eterno Mr. Bean, estrelar a sua paródia do agente criado por Ian Fleming. Curiosamente, vinte anos  antes, Atkinson participou de Nunca  Mais, Outra Vez, refilmagem tosca e fora da franquia oficial, de 007 Contra a Chantagem Atômica, também estrelada por Connery.

Em Johnny English, Atkinson é um funcionário do M-17, o serviço secreto britânico, que é promovido a agente após suas primeiras atrapalhadas antes dos créditos iniciais resultarem na morte de todos os agentes da organização, sobrando apenas o figuraça para ocupar a vaga de agente secreto. Com arrogância de quem sabe tudo, quando na verdade não sabe de absolutamente nada, English investiga de forma totalmente atrapalhada o desaparecimento das jóias da rainha e acaba descobrindo que as mesmas foram roubadas por Pascal Sauvage (John Malkovich), patrocinador da restauração das mesmas, com o intuito de pôr em prática um plano megalomaníaco de ser rei da Inglaterra e dominar o mundo.

O filme é uma comédia boba com situações engraçadas do começo ao fim, apesar deste blogueiro não achar graça em quase nenhuma. O elenco afiado, está bem a vontade em seus respectivos personagens, demonstrando visivelmente que estão no filme para se divertir. Atkinson está hilário e nos presenteia com um personagem que é uma mistura do seu hilário Mr. Bean com o Chapolin Colorado do mexicano Roberto Gòmez Bolaños.  Mais a vontade está Malkovich que está propositalmente patético como o tosco vilão megalomaníaco.

Em síntese, Johnny English é um filminho bobo, descartável,  que para  mim, apesar do esforço do elenco, é sem graça e nem influi, muito menos contribui na filmografia de todos os envolvidos. Comédia desprentiosa e  divertida, que agrada principalmente a quem tem  o riso frouxo e solta a risada com qualquer besteira.



Particularmente, fui pego de supresa ao saber que um filminho tão tolo e sem graça ganharia uma continuação,  e mais ainda, após longos oito anos. Em O Retorno de Johnny English,  que estreiou em nossos cinemas ontem e conferir online no começo da madrugada de hoje (o filme só está sendo exibido aqui em Maceió, em versão dublada, motivo que me fez recorrer mais uma vez aos "generosos" sites), Bean...digo, English está recluso num mosteiro budista no Tibete, após sua última atrapalhada, há cinco atrás, ter resultado no assassinato do presidente de Moçambique, que devia proteger. Inexplicavelmente, o atrapalhado agente é convocado de volta, para tentar investigar e impedir o assassinato do premier chinês, gerando várias situações hilárias, mais uma vez por causa de sua arrogância e atrapalhadas.

O tom besteirol do primeiro filme dar lugar a uma paródia bem mais elaborada de James Bond, principalmente os primeiros filmes estrelados por Connery. O problema é que mesmo sendo uma comédia o filme se leva um pouco a sério demais, a tal ponto que em alguns momentos remete aos filmes do espião inglês estrelado por Roger Moore. O elenco, como sempre, está bem à vontade, embarcando numa boa na brincadeira. Atkinson, supreendemente, está um pouco mais contido, dando característica própria ao personagem, que está longe de ser tão engraçado quanto o mítico Mr. Bean.

Em síntese, apesar de mais uma vez fazer este blogueiro rir timidamente em pouquíssimas cenas (para ser sincero, esta semana rir mais com Atividade Paranormal 3, do que com o novo Johnny English. Estranho, né? rss...), O Retorno de Johnny English é uma comédia bobinha, com vários momentos engraçados (menos para este blogueiro), que faz jus ao original, empatando tecnicamente com este. Diversão descompromissada e bobinha.



Rick Pinheiro.
Cinéfilo. 

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

NENHUM SUSTO E EMPOLGAÇÃO À MODA ANTIGA, EM SESSÃO DUPLA DE CINEMA.

Filmes.
Nenhum susto e empolgação à moda antiga, em sessão dupla de cinema.

Paralisação nacional justamente no dia onde o ingresso de cinema é mais barato, é um deleite para qualquer cinéfilo. Enquanto a galera do SINTEAL, realizava suas manifestações, revidicando os nossos direitos, em especial da implantação do piso salarial,  aproveitei para relaxar um pouco, encarando um sessão dupla de cinema, no Complexo Kinoplex, conferindo os dois lançamentos do último fim de semana, os quais, passo a comentar a partir de agora.

FÓRMULA VISIVELMENTE DESGASTADA.

O primeiro que assistir, na sala 6, foi  o terror (que para mim está mais para comédia) Atividade Paranormal 3,  terceiro filme da rentável franquia (paralelo ao segundo foi realizado uma versão oriental da franquia, Atividade Paranormal - Tóquio, que, mesmo mencionando os fatos do primeiro filme, por algum motivo, não é considerado da franquia), que particularmente, já deu o que tinha que dar. Neste novo filme,  ao invés de começar de onde parou o último filme, os roteiristas tiveram a "brilhante" ideia de contar fatos ocorridos no passado (os protagonistas dos dois filmes anteriores aparecem no começinho, apenas como desculpa esfarrapada e mal elaborada, para estamos assistindo as fitas velhas), já que trama se passa em 1988, quando as irmãs protagonistas dos filmes anteriores ainda são crianças. A caçulinha tem um amigo imaginário bastante real, já que na verdade trata-se de um espírito mal-assombrado. A coisa se complica quando estranhos fenômenos começam a assombrar a família, desculpa para Dennis, namorado da mãe das meninas, espalhar cameras por toda casa e constatar que de fato existe algo mais morando com eles.

O primeiro filme até que assusta e o segundo pega o embalo sem o mesmo brilho, mas, este terceiro para mim é uma decepção. Apesar de manter todo climão de suspense e ter duas únicas cenas realmente interessantes, uma da levitação de todos os móveis e utesílios da cozinha e outra onde a tal entidade se esconde dentro de um lençol atrás de uma linda babá, Atividade Paranormal 3 é  um filme de terror exageradamente previsível, que só assusta mesmo adolescentes que vão ao cinema em grupo apenas para gritarem juntos.  Está claramente visível que a fórmula está totalmente desgastada e os sustos mesmo, só mesmo aqueles provocados por uma plateia lotada de adolescentes ao invés do filme em si.

Mesmo seguindo a regra que o terceiro filme ser o mais fraco da franquia, o novo Atividade Paranormal agradou a crítica, tão acostumada a malhar a franquia (o que motivou assisti-lo no cinema, achando que o filme de fato prometia) e também ao público que lotou as salas do mundo inteiro de tal maneira que fez o filme ser a maior bilheteria de lançamento para um filme de terror/suspense da história do cinema. Algo que, evidentemente, motivou os produtores a anunciar, a menos de uma semana de seu lançamento, que um quarto filme da franquia será produzido e lançado no próximo ano. Vamos ver até quando a  falta de criatividade e risadas das situações patéticas ao invés de sustos da franquia irá permanecer. Ninguém merece!

Em síntese, mesmo sem nenhum susto e muita risada de tão ridículas que são as situações apresentadas, Atividade Paranormal 3 é um filminho descartável e desnecessário, mas ideal para ir acompanhado com os amigos ou com aquela mina que você está de olho. Pelo menos a franquia com a fórmula bastante desgastada, tem alguma utilidade.



UMA AGRADÁVEL SUPRESA.

Após quase uma hora do término da sessão das 13:50 do filme de terror nada assustador, foi a vez de assistir um filmaço realmente bom e criativo, na sala 1 do Complexo Kinoplex. Gigantes de Aço, traz o eterno Wolverine, Hugh Jackman, interpretantdo Charlie Kenton, lutador de boxe forçadamente aposentado, que junto com outros lutadores humanos, foi trocado por robôs. Poucos anos depois desta brusca troca, em 2020, Kenton está devendo a Deus e ao mundo, e tenta arrumar grana com robôs sucateados, que só levam trobam  nos ringues, fazendo suas dívidas aumentarem cada vez mais. Para completar, uma ex-namorada inventa de morre, fazendo  o cara ser chamado pela justiça para cuidar do seu filho Max (Dakota Goyo, ótimo). As coisas começam a mudar quando numa visita noturna ao ferro velho, pai e filho encontram acidentalmente o robô Atom, modelo da 2ª geração de robôs lutadores. Contrariando seu pai, Max leva o robô para casa. Após uma luta arranjada, onde o robôzinho mostra todo seu potencial, pai e filho se aproximam e não somente passam a treinar o robô boxeador, como também passam a conviver.

O filme lembra bastante filmes de boxes, em especial, Rocky, Um LutadorO Campeão, com uma pitadinha de Falcão, O Campeão dos Campeões. Mesmo assim, o filme é totalmente original, com um roteiro excepcional, muito bem escrito, que envolve e emociona o espectador de tal maneira, que é impossível não torcemos pelas batalhas que Atom encara nos ringues e nos comovemos com a relação do trio. E de quebra, para nós brasileiros, somos presenteados com duas divertidas tiradas, que mencionam o nosso país, a cidade de São Paulo e a família Gracie.

Os efeitos especiais são um show a parte e impressionam. As lutas de robôs são de cair o queixo e são tão reais, que não somente ficam atrás das protagonizadas por Rocky Balboa e companhia, como também dos embates da vida real de lutadores profissionais.

Quem também não ficam atrás são as ótimas atuações de um elenco afiado, onde  cada um abraçou o projeto e seus respectivos personagens. Destaque, de um modo especial, para Jackman e Goyo, que além de  nos brindar com ótimas atuações, têm um entrosamento perfeito entre eles. 

Outro ponto forte do filme são as trilhas sonora e musical, que simplesmente são explêndidas e só cooperam com o nosso envolvimento com a trama, nos emocionando e fazendo-nos vibrar nos momentos certos. A primeira, magistralmente composta e conduzida por  Danny Elfman e a segunda, com músicas contagiantes interpretadas por Eminem, 50 Cent, entre outros.

Produzido por ninguém menos que o genial Steven Spielberg, que só reforça e se junta aos pontos positivos citados acima, Gigantes de Aço é um filme excepcional que, disparado, está entre os melhores filmes lançados este ano. Com uma dosagem certa de ação, emoção e humor, um filmaço acima de média, que diverte e empolga. Corra hoje mesmo ao cinema mais próximo de você e confira este filmaço.



Rick Pinheiro.
Cinéfilo.

UM FILMAÇO EMOCIONANTE E CATIVANTE, NA NOITE DE SÁBADO.

Filmes.
Um filmaço emocionante e cativante, na noite de sábado.

Filmes existem aos milhares, mas, poucos são que reúnem todos os elementos (elenco, roteiro, direção, trilha, etc.), de forma tão harmoniosa e brilhante, que são verdadeiras obra-primas. Aqueles que não irão sair para balada e ficarão em casa na noite no próximo sábado terão a oportunidade de assistir na TV Aberta, uma obra-prima como esta, que, apesar de ter sido produzida recentemente (1999), para mim já figura na lista dos clássicos inesquecíveis da sétima arte. Trata-se do excepcional À Espera de Um Milagre, que o SBT irá exibir na sessão Cine Belas Artes, dirigido de forma maestral por Frank Darabont (que tem em seu curto currículo, outra obra-prima, Um Sonho de Liberdade, com Tim Robbins e Morgan Freeman, outro filmaço, com atuações memoráveis, que também se passsa numa prisão), e estrelado por Tom Hanks e Michael Clarke Duncan, à frente de um elenco de excelentes atores, com atuações tão memoráveis quanto os dois protagonistas.

Para quem ainda não assistiu este filmaço baseado na obra homônima do mestre do suspense, o escritor Stephen King, a trama se passa em 1935, no corredor da morte de um presídio no Sul dos Estados Unidos, onde o prisioneiro John Coffey (Duncan, na melhor atuação de sua carreira, que merecidamente lhe valeu uma indicação ao Oscar de Melhor Ator Coadjuvante) espera, junto com outros presos a sua execução na cadeira elétrica. O chefe dos guardas, Paul Edgecomb (Tom Hanks, ótimo), se aproxima de Coffey e acaba descobrindo que o mesmo em um dom milagroso da cura, o que lhe faz questionar o porquê de alguém com um dom tão especial, foi condenado por cometer um bárbaro crime.

Graças a um enredo muito bem escrito e as excepcionais atuações de um elenco inspiradíssimo, o filme prende a atenção do começo ao fim, nos envolvendo e emocionando. Obrigatório na videoteca de cinéfilos de bom gosto, já que À Espera de Um Milagre é um dos filmes mais emocionantes e cativantes de todos os tempos. Em síntese, um filmaço imperdível que de tão bom, dar até para encarar na versão dublada, que neste caso, está impecável. Para ser visto e revisto por infinitas vezes. Não perca!

Rick Pinheiro.
Cinéfilo.


sábado, 22 de outubro de 2011

UM CONVITE CULTURAL IRRECUSÁVEL.

Convite.
Um convite cultural irrecusável.


Começou ontem e prossegue até o próximo dia 30, a V Bienal Internacional do Livro de Alagoas, evento cultural muito interessante promovido pela Universidade Federal de Alagoas. A Bienal é uma excelente oportunidade para adquirir ótimos livros, inclusive muitos que não encontramos por aqui, já que, além de Maceió sofrer com a escassez considerável de livrarias, portanto, de títulos, também estão presentes ao evento, livrarias e editoras do Brasil e de outros países. Enfim, uma oportunidade imperdível.

A Bienal ocorre no Centro Cultura e de Exposições Ruth Cardoso (Centro de Convenções), em Jaraguá, das 08 às 22 horas. Não deixe de participar e adquirir bons livros. Nada substitue  a leitura de um ótimo livro.

Rick Pinheiro.
Convidando a todos a participar da V Bienal Internacional do Livro de Alagoas.

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

MODERNIZAÇÃO EXAGERADA DE UM CLÁSSICO DA LITERATURA.

Filmes.
Modernização exagerada de um clássico da literatura.

Que a adaptação de uma obra para as telonas nem sempre é fiel a sua fonte original, isso não é novidade para ninguém. Afinal, desde do cinema mudo, os clássicos da literatura mundial ganharam inúmeras versões. Algumas que mesmo não se afastaram tanto da fonte original e outras que, em nome de uma adaptação para os dias atuais exageraram na dose. Os Três Mosqueteiros, novíssima versão para o clássico de Alexandre Dumas, que acabei de assistir na sala 3, do Complexo Kinoplex Maceió, é um bom exemplo do resultado de quando se mexe demais numa obra.
Comandado pelo mesmo diretor da franquia Resident Evil, Paul W. Anderson, o filme inicia com os mosqueteiros em uma missão em Veneza, bem ao estilo James Bond, para pegar o projeto d uma engenhoca que é uma mistura de dirigível com navio de Piratas do Caribe,  criada por Leonardo DaVince. Só que os heróis são traídos por Millady (Milla Jovovich, alternando boas e péssimas atuações no decorrer do filme) e o projeto vai parar nas mãos do inglês Duque de Buckingham (Orlando Bloom, idem Jovovich). Um ano depois, acompanhamos o jovem D'Antagnan (Logan Lerman, competente) saindo de seu interior até Paris, onde deseja ser um mosqueteiro, já arrumando confusão no caminho com o vilão Rochefort (Mads Milkkelsen), líder da guarda do Cardeal Richelieu (Christopher Waltz, no piloto automático) e com os mosqueteiros Athos (Matthew Macfayden, ótimo), Pothos (Ray Steverson, competente) e Aramis (Luke Evans, competente). Antes de um duelo com eles, a guarda de Richelieu aparece, forçando os quatro a se unirem e após o empolgante combate, automáticamente, D'Antagnan integra o grupo.

O filme tem alguns momentos interessante e até empolga nos momentos que mantêm a essência da obra original. O problema é, com a intenção de apresentar uma nova versão ao clássico de Dumas, e a claríssima intenção de inaugurar uma nova franquia, o roteiro peca pelos exageros de modernizar demais a clássica e memorável saga, chegando ao ponto de fugir tanto das características originais dos personagens que não os definem. Os mosqueteiros são agentes secretos, mas também são guardas de trânsito pronto para multar os donos de cavalos que cagam na rua e ainda militares, a la comando delta. Em algumas cenas, como  na batalha naval-área entre as engenhocas projetada por DaVince e construída pelos vilões ingleses, o filme se torna tão patético, que custa ao espectador acredita que sua inteligência seja tão menosprezada.

Com um roteiro surreal e em alguns pontos ridículos, evidente que os atores acabaram pagando o pato. O quarteto central, que dão vida aos mosqueteiros, cumprem bem seus papéis, apesar do roteiro não ajudar muito um melhor desenvolvimento dos personagens. Milla Jovovich, na época esposa do diretor, até tenta, mas sua personagem é super-valorizada ao extremo, que em certos momentos, parece a Alice da franquia Resident Evil, sua personagem mais famosa. Já Orlando Bloom, está meio perdido no seu personagem e oscila entre uma boa intepretação e a canastrice. E Christopher Waltz, faz um Richelieu sem sal, que provavelmente é a caracterização mais fraca que eu já vi do personagem.

Apesar do 3-D ser decepcionante, entrando para a lista extensa dos filmes que tanto faz ser ou não no formato, os efeitos especiais são um deleite aos olhos, principalmente, nas cenas internas dos palácios da época. Mas, estes também estão em dosagem excessiva, já que estão mais presentes na cenas de ação que as próprias batalhas de espada, típicas das adaptações das obras de Dumas.

Em síntese, com um enredo regular que fugiu bastante da fonte original, Os Três Mosqueteiros serve apenas como desculpa esafarrapada para iniciar uma franquia lucrativa, do que ser uma versão digna da obra de Dumas. Apesar disso, o filme tem seus méritos no quesito filme de ação e aventura e diverte bastante. Talvez se tentamos esquecer as suas origens, algo com certeza difícil de conseguirmos, a fustração ao final da projeção pode ser superada.

Rick Pinheiro.
Cinéfilo. 
 

D'Antagnan em um dos poucos momentos que lembra a obra original.

Orlando Bloom: Vilão caricato.

Mosqueteiro Ninja.
De olho na grana de uma futura franquia,
nova versão foge exageradamente às origens.

OS TRÊS MOSQUETEIROS ANTES DO 3-D.

Curiosidades/Filmes/Seriados e Programas de TV.
Os Três Mosqueteiros antes do 3-D.

Não adianta. Algumas obras mesmo com incalculáveis adaptações para o cinema, TV ou teatro, sempre  acabam ganhandos novas versões. É o caso de Os Três Mosqueteiros, que acaba de ganhar uma versão em 3-D, feita pelo mesmo diretor da franquia Resident Evil, e que acabei de assistir na sala 3, do Complexo Kinoplex Maceió. Mas, antes de comentar a nova versão, farei uma breve revisão das melhores, ao menos na minha opinião, versões para este clássico da literatura mundial, escrito por Alexandre Dumas, públicado pela primeira vez entre março e julho de 1844 e que especialmente na sétima arte, vem ganhando versões desde dos tempos do cinema mudo

CLÁSSICO INESQUECÍVEL.

Meu primeiro contato com uma versão para esta obra-prima de Dumas, foi através da saudosa Sessão da Tarde, nos meados dos anos 80, no clássico de 1948 Os Três Mosqueteiros, estrelado pelo saudoso ícone do cinema Gene Kelly e um elenco de atores e atrizes excepcionais, também de saudosa memória, que incluem Vicent Price, Lana Turner, entre outros. Na trama, Kelly interpreta de forma carismática o herói D'Artagnan, que vai a Paris para integrar o grupo dos Mosqueteiros, e acaba não somente ingressa no grupo, como também se envolvendo junto com o grupo numa perigosa trama política contra o reinado francês, arquitetada pelo traiçoeiro Cardeal Richelieu (Price, explêndido). Com muita ação e memoráveis embates de esgrima, o filme é bastante divertido e para mim é disparado a melhor versão para as telonas da obra-prima de Dumas. Um clássico do cinemão de aventura capa-espada, que infelizmente, é mais um filmaço que sofre com o descaso dos programadores televisivos nacionais. Um filmação imperdível para assistir com toda família. Imperdível!


DUMAS, VERSÃO CANINA E JAPONESA.

Também nos meados dos anos 80, meu segundo contato com uma versão dos heróis franceses de Dumas, foi no divertido e inesquecível desenho D'Atacão e os Três Mosqueteiros, que eram exibidos nos finais de tarde e começinho da noite, no saudoso Clube da Criança, da extinta Rede Manchete. Nesta versão japonesa, os clássicos personagens eram cachorrinhos bem bonitinhos. Um desenho muito bem roteirizado, que foge totalmente dos animes violentos de heróis defendendo o nosso planeta de ataques alienígenas, tão típicos do país. Um bom exemplo que, quando há boa vontade e criatividade, desenhos animados educam, sem deixar de ser bastante divertidos.


TRÊS MOSQUETEIROS, VERSÃO BRASILEIRA.

Não falo da peça que fez grande sucesso no começo deste século XXI, que tinha Rodrigo Santoro no elenco, até porque, como a peça nunca veio aqui em Maceió, eu não assistir. Mas, falo da tosca, mas divertida versão dos saudosos Os Trapalhões, para o clássico de Dumas, no filme Os Três Mosquiteiros Trapalhões, de 1980, que também tive contato nos bons tempos, que não voltam mais, da Sessão da Tarde. Na versão do quarteto, os três mosqueteiros (Dedé Santana,Mussum,Zacarias) trabalham na casa da Sra.Ana Rocha(Rosita Tomáz) e tem a difícil missão de ir na Foz do Iguaçu recuperar um colar de esmeraldas,com o qual a fábrica de Sr.Luís está em jogo, e Zé Galinha (Renato Aragão) um pobre que mora no galinheiro se mete na missão, para ajudar. Apesar de fugir totalmente da versão clássica, a versão da trupe é bastante divertida e arranca risadas gratuitas, de tão bobinha que é. Um clássico do nosso cinema nacional imperdível, que não preciso mais dizer, também anda sumidíssimo.


TRÊS MOSQUETEIROS, VERSÃO DISNEY.

Em 1993, foi a vez do estúdio do Mickey realizar sua versão em carne e osso, para o clássico no divertido Os Três Mosqueteiros, recrutando os galãs teens da época, para viver o quarteto heroíco:  Kiefer Surtheland como Athos, Charlie Sheen como Aramis, o impagável Oliver Platt como Pothos e Chris O'Donnell como o jovem D'Antagnan, e de quebra ainda escalou talentosos atores como Tim Curry e Rebecca De Mornay. A trama é basicamente a mesma, com ojovem D'Antagnan indo a França para intergrar o grupo dos Mosqueteiros, se envolvendo contra as tramóias do Cardeal Richelieu (Curry), em defesa do reinando francês. Esta versão consegue a proeza de ser tão boa quanto a clássica de 1948, graças a um ótimo roteiro, que, à exemplo do clássico estrelado por Gene Kelly, dousa  perfeitamente humor e aventura. Em síntese, outro filmaço imperdível que figura entre as melhores versões do clássico de Dumas.



Onze anos depois, foi a vez de Mickey, Donald e Pateta, estrelarem uma paródia muito animada, que foi lançada diretamente em DVD. Uma pena, já que o desenho é divertidíssimo e bem melhor do que muitos desenhos do estúdio, lançados nas telonas.

 

TRÊS MOSQUETEIROS SAINDO DA APOSENTADORIA.

A última versão do quarteto heroíco da obra-prima que eu assistir nos cinemas,  foi  a versão da Disney. Mas, a última aparição que eu assistir nas telonas foi o envolvente O Homem da Máscara de Ferro, estrelado por Leonardo Di Caprio em seu primeiro papel após o estouro em Titanic, e que tinha os mosqueteiros formado por ninguém menos que os excelentes atores John Malkovich (Athos), Geraud Depardieu (Porthos, na minha opinião, com a atuação mais fraca do quarteto), Jeremy Irons (Aramis) e  Gabriel Byrne (D'Antagnan). A trama se passa anos depois da clássica primeira aventura do quartero, onde a França é governada pelo cruel Luís XIV (Di Caprio, fraco), que na calada da noite colocou seu irmão gêmeo numa masmorra, com o rosto coberto por uma máscara de ferro. Aramis, desconfia do ocorrido e tenta convencerr os seus ex-companheiros para a importante missão de resgatar o verdadeiro rei, algo que não será fácil, principalmente, por causa de D'Antagnan, que é fidelíssimo ao falso rei. Um filmaço que prende atenção do começo ao fim, graças ao excelente roteiro e as atuações memoráveis de boa parte do elenco (Apenas Di Caprio e Depardieu, não convencem). Imperdível!


Como disse no início da postagem, várias foram as versões tanto para a primeira e as outras aventuras do quarteto Três Mosqueteiros. Listei aqui apenas as versões que me agradaram e que de fato assistir. Afinal, só da primeira aventura do grupo foram feitos cerca de vinte produções, desde do cinema mudo até a mais nova versão, que comentarei na próxima postagem. Sem sombra de dúvida, as  empolgantes aventuras do lendário quarteto heroico francês, ainda ganharão mais aventuras, seja no cinema, na TV ou no teatro.

Rick Pinheiro.
Cinéfilo.

STATHAM EM DOSE DUPLA.

Filmes.
Statham em dose dupla.

Depois do mega-sucesso do filmaço Os Mercenários, aumentaram as expectativas dos fãs de filmes de ação pelos novos filmes solos dos astros deste filme memorável, em especial, os estrelados pelo inglês Jason Statham, o astro de filme de ação mais privilegiado por Stallone no filme, a tal ponto de aparecer um pouquinho a mais  em cena que o próprio eterno Rambo e Rocky Balboa. Stallone é esperto (por isso o apelido dele é Sly, que em bom português significa astuto) e sabe que Statham é o grande astro de ação da atualidade, por isso mesmo fez questão de aproveitar a reunião de tantos ícones do gênero para passar o seu cetro de Rei dos filmes de ação para o inglês careca.

Algo interessante e ao mesmo tempo perigoso, já que corre o risco de ficar desgastado, é que Statham, assim como o seu colega do "Clube dos Durões Carecas", Bruce Wills, emenda um filme atrás do outro. No geral, seus filmes são repletos de muita ação, cenas surreais que lembram bastante os filmes de Arnold Schwarzenegger, o grande rei dos filmes repletos de cenas "Me engana que eu gosto!". Os dois novos filmes de Statham, que acabei de assistir on line, são um pouco mais contidos neste quesito, mas, não deixam de ser empolgantes e divertidos, como você poderá deduzir através dos comentários que passo a fazer.

O primeiro filme tem os mesmos produtores de Os Mercenários e trata-se do remake Assassino à Preço Fixo, onde Statham revive o personagem que no original foi interpretado pelo saudoso Charles Bronson, outro ícone do gênero. Na trama, Statham é Arthur Bishop, um assassino bastante eficiente de uma sociedade secreta, que recebe a mais difícil missão da sua vida: assassinar seu mentor e melhor amigo Harry McKenna (Donald Sutherland), suspeito de ter passado informações de uma missão fracassada, que resultou na morte de cinco agentes desta misteriosa prestadora de serviços nada convencionais. Após cumprir a difícil missão, no velório do amigo que ele mesmo mandou desta para melhor, o filho problemático de McKenna, Steve (Ben Foster), faz um pedido inusitado de entrar no mesmo ramo que seu pai atuava. Bishop, reluta, mas depois acaba topando, se tornando o mentor do rapaz, treinando-o e promovendo seu estágio na nova ocupação.

Com um roteiro simples, Assassino à Preço Fixo é um filmaço eletrizante, com ação do começo ao fim. Dirigido de forma bastante competente por Simon West (ele estará a frente do tão aguardado Os Mercenários 2 e estreiou nas telonas simplesmente como o melhor filme de Nicholas Cage, Con Air - A Rota da Fuga), o filme prende atenção e tem um ritmo acelerado. Não lembro do original estrelado por Bronson, já que fazem décadas que assistir no Domingo Maior, mas duvido que seja tão eletrizante e envolvente quanto esta nova versão estrelada por Statham. Arrisco em dizer que neste caso, estamos diante do feito raríssimo de um remake ser melhor que o original.

As interpretações são raozáveis, nada de extraordinárias. Statham está bem a vontade em mais um personagem durão, de poucas palavras e mais ação, e tem uma química legal com seu parceiro de cena Forster, que também não fica atrás na atuação.  Já Sutherland, apesar de desperdiçado num personagem menor que seu talento, cumpre bem a sua pequena participação, assim como Tony Goldwyn, que desde de Ghost - Do Outro Lado da Vida, sempre é escalado para interpretar vilão.

Com um roteiro bem escrito e ritmo acelerado, Assassino à Preço Fixo é um filme eletrizante e empolgante, que prende a atenção do espectador do começo ao fim. Mais um filmaço que está na lista dos melhores da filmografia de Statham. Não tem o ritmo frenético e alucinante da trilogia Carga Explosiva e do loucão Adrenalina, seus melhores filmes ao lado de Os Mercenários. Mas, também diverte tanto quando estes filmes. Imperdível para os fãs do gênero. Nota 9,0.


Já em Blitz,  é um filme policial inglês, onde Statham interpreta o sargento Brant, tira durão, que devido ao seu comportamento violento, é o alvo preferido dos famigerados tablóides ingleses, que não cansam de descer a lenha nele.  Paralelamente, Potter Nash, um policial homossexual torna-se seu chefe e uma jovem policial tenta ajudar um jovem que agrediu um homem (cena não exibida no filme), a sair desta encrenca e da gangue que participa. Neste meio tempo, um serial killer bastante psicótico e levemente tosco, que se auto-denomina Blitz, começa a matar friamente policiais e  passa a relatar tudo a um dos jornalistas que vive pegando no pé de Brant. Ele e o seu chefe, mesmo com  temperamentos e estilos de trabalho totalmente diferentes, se unem para investigar os terríveis fatos tão bem explorados pela mídia sensacionalista inglesa e correm contra o tempo para acabar a carnificina festiva contra policiais, promovida pelo sádico serial killer.

Com ação a menos e um ritmo bem mais lento que Assassino à Preço Fixo, Blitz é um policial envolvente, que também prende a atenção. O roteiro é razoável e tem pontos interessantes, como no início da parceria entre o brucutu Brant e seu superior certinho Nash, mas, infelizmente, não soube explorar mais esta diferença que poderia render um enredo mais interessante. Outro erro grave do roteiro é cair nos clichês do gênero, como na cena em que a dupla policial vai a casa do psicótico assassino na metade do filme, sem prendê-lo, devido a não achar nada que o dedure. As tramas paralelas são muito mal elaboradas, principalmente da policial, e sequer deveriam está no roteiro, pois nem influem, nem contribuem ao enredo do filme.

O elenco está afiado, com ótimas atuações. Statham está perfeito como o durão Brant, numa interpretação bem acima da média da maioria dos seus filmes. Quem também está ótimo é Paddy Considene que faz o policial homossexual, sem afetação e de forma bastante contida. Agora, quem dar um show e rouba a cena é Aidan Gillen, como o psicopata que dar título ao filme. Isso não apenas por mérito do ator, mas do próprio roteiro já que seu personagem é o mais bem elaborado da trama.

Apesar dos clichês do gênero, que nos leva a deduzir como será o desfecho da trama, Blitz é um bom filme policial com um enredo envolvente, que prende atenção do começo ao fim, graças ao bom desempenho do diretor Elliot Lester, que nos faz ignorar todos os furos e situações óbvias do roteiro. Enfim,  mais um filme ótimo adcionado a filmografia de Statham, tão repleta de empolgantes filmes de ação. Assim como Assassino à Preço Fixo, um filme que também irá agradar aos fãs do gênero.


No geral, ambos os filmes divertem e não ficam tão atrás dos melhores e mais empolgantes filmes de Statham, já citados anteriormente. Além disso, servem de aperitivos para os seus próximos filmes do ator. Antes do aguardado Os Mercenários 2, Statham irá estrelar Assassinos de Elite, onde dividirá a cena com ninguém menos que Robert De Niro e terá como rival Clive Owen (que estrelou o alucinante e surreal Mandando Bala), outro ator inglês que está se dando bem no gênero de ação. Um filme que promete e, se não ficar só na promessa, tem tudo para está entre os primeiros da filmografia do ator. É esperar para ver.


Rick Pinheiro.
Cinéfilo.