quinta-feira, 31 de outubro de 2013

FILME DO MÊS: OUTUBRO/2013.

  

Outubro está figurando entre um dos melhores meses do ano quando o assunto é lançamentos nos cinemas brasileiros. Teve encontro de ícones dos filmes de ação (minha aposta como melhor filme do mês), comédias nacionais que se superaram e foram realmente boas e engraçadas. Num mês com ótimos lançamentos, o surpreendente e asfixiante Gravidade chegou com tudo e, merecidamente, para mim, é o filme do mês. Criativo, inovador e envolvente, não é a toa que este filmaço estrelado por Sandra Bullock e George Clooney está sendo cogitado pelos especialistas e críticos como presença certa e marcante no Oscar do próximo ano. E de fato só não estará se os membros da Academia forem muito sacanas. 

Rick Pinheiro.
Cinéfilo.

MERDA DO MÊS: OUTUBRO/2013.

 

Não chega a ser totalmente uma merda. Mas, num mês onde os lançamentos foram bem acima de média, sobrou para Aposta Máxima, o título da merda do mês. Decepcionante, com enredo poderia ser muito melhor e fraquíssimas interpretações, desculpa o trocadilho, mas, foi uma aposta erradíssima.

Rick Pinheiro.
Cinéfilo.

quarta-feira, 30 de outubro de 2013

SUPERANDO O ENJOO.

 = Excepcional. /  = Muito bom. /  = Bom./  = Regular. / = Fraco.

Meu Passado Me Condena - O Filme.
Produção brasileira de 2013.

Direção: Julia Rezende.

Elenco: Fábio Porchat, Miá Mello, Marcelo Valle, Inez Viana, Alejandro Claveaux, Juliana Didone, Raphael Queiroga, Stepan Necessian, Elke Maravilha, entre outros.

Blogueiro assistiu na sala 03 do Complexo Kinoplex Maceió em 30 de outubro de 2013.

Cotação

Nota: 8,0.

Sinopse: Filme baseado no seriado homônimo do Multishow. Na trama, Fábio (Porchat) e Miá (Mello) se casam num piscar de olhos,  após se conhecerem numa festa infantil. Os pombinhos vão passar a lua de mel num cruzeiro rumo a Itália. Mas, não esperavam encontrar a bordo Beto (Claveaux), um milionário egocêntrico ex-namorado dela, e Laura (Didone), ex paixonite dos tempos de escola deles, que estão casados e ex-casal de trambiqueiros, Wilson (Valle) e Suzana (Viana), doidos para tirar grana com a desgraça dos casais. Para complicar, numa parada no Marrocos, Cabeça (Queiroga), amigo mala sem alça de Fábio, se junta ao casal.

Comentários: Sinceramente, e me desculpem os fãs, mas, o fato é que Fábio Porchat, para mim, é um exemplo  que tudo que é demais enjoa, em especial, no caso dele, que, ao meu ver, não é lá grande coisa como comediante e pouquíssima vezes me faz rir. Além de está em diversos programas televisivos, o cara dar as caras também nas telonas (só esse ano, com este, foram três filmes). Para completar, temos o gênero comédia romântica que vem pipocando exageradamente no nosso cinema nacional. Porchat e o gênero modinha está formado casamento perfeito da piada sem graça chamado Meu Passado Me Condena. O que acabou não rolando, já que o filme surpreende, com um bom roteiro, piadas leves e bobas que arrancam gargalhadas fáceis e um elenco afiado no entrosamento, com destaque para o casal central, mesmo com Prochat sem graça, mas, com Miá dando conta do recado, e o casal impagável formado por Marcelo Valle e Inez Viana, roubando cena. Mesmo com a presença do saturado e sem graça comediante e o enredo nos últimos minutos cair na pieguice clichê das comédias românticas, Meu Passado Me Condena é uma divertida e engraçadinha comédia romântica. Disparado, até agora, o melhor filme de Porchat. Se você tem o riso frouxo, vale a pena conferir.


Rick Pinheiro.
Cinéfilo.

segunda-feira, 21 de outubro de 2013

SESSÃO BRASIL EM DOSE TRIPLA.

 = Excepcional. /  = Muito bom. /  = Bom./  = Regular. / = Fraco.

Flores Raras.
Produção brasileira de 2012.

Direção: Bruno Barreto.

Elenco: Glória Pires, Miranda Otto, Tracy Middendorf, Lola Kirke, Marcello Airoldi, Treat Williams, entre outros.

Blogueiro assistiu na sala 05 do Complexo Kinoplex Maceió em 21 de outubro de 2013.

Cotação

Nota6,0.

Sinopse: A poetisa Elizabeth Bishop (Otto), em busca de motivação, viaja ao Rio de Janeiro a fim de passar umas semanas na casa de sua amiga Mary (Middendorf), que vive com a arquiteta brasileira Lota de Macedo Soares (Pires). As duas se estranharam, mas, acabam se apaixonando e vivendo uma história de amor complicada, principalmente, por que Lota não abre mão de Mary, vivendo um complicado triângulo amoroso lésbico.

Comentários: Este final de semana, entre os lançamentos, estrearam três produções nacionais, uma delas chegou com bastante atraso por aqui, no caso deste Flores Raras. Como toda cinebiografia, a trama é romanceada demais a ponto de não sabemos o que de fato é realidade ou não. Mas, em compensação, o filme está bem acima da média de uma cinebiografia, com um bom roteiro que não enaltece exageradamente a figura das cinebiografadas, como na maioria das cinebiografias, e ainda não tem medo de expor os defeitos e erros delas. Mas, o grande mérito do filme, sem sombra de dúvida, são as excelentes atuações das protagonistas Glória Pires e Miranda Otto. Um bom filme nacional, que foge tanto das regras das cinebiografias quanto do gênero da comédia, ultimamente tão em alta no nosso cinema.


Serra Pelada.
Produção brasileira de 2012.

Direção: Heitor Dhalia.

Elenco: Juliano Cazarré, Júlio Andrade, Sophie Charlotte, Wagner Moura, Matheus Nachtergaele, entre outros.

Blogueiro assistiu na sala 01 do Complexo Kinoplex Maceió em 21 de outubro de 2013.

Cotação

Nota8,5.

Sinopse: Passando por dificuldades financeiras, os amigos Juliano (Cazarré) e Joaquim (Andrade) resolvem chutar o pau de barraca e se mandarem para Serra  Pelada, no Pará, com a finalidade de encher o bolso e voltarem a São Paulo podre de ricos. Porém, ao chegar no maior garimpo do mundo, a ficha cai e eles descobrem que não será tão fácil realizar o sonho, tendo que se adaptar as leis locais.

Comentários: Fico feliz em ver um filme brasileiro sendo destacado e anunciado como principal lançamento do final de semana, principalmente, quando este filme foge da regrinha sem graça de ser uma comédia. Serra Pelada, que tem como um dos produtores Wagner Moura, que inclusive mais uma vez rouba a cena, desta vez com um personagem figuraça, é o filme em questão. Contando com um ótimo roteiro e um elenco afiado,o filme é envolvente, prendendo nossa atenção do começo ao fim, e retrata bem, tanto com mesclagem de imagens de arquivo com uma boa cenografia como a trilha sonora repleta de bregas da época, a loucura gananciosa da El Dourado brasileira no começo dos anos 80. Merecidamente e de fato e de direito, Serra Pelada é o melhor lançamento do último final de semana.


O Tempo e o Vento.
Produção brasileira de 2012.

Direção: Jayme Morjardim.

Elenco: Thiago Lacerda, Marjorie Estiano, Fernanda Montenegro, Cléo Pires, Suzana Pires, Paulo Goulart, José de Abreu, entre outros.

Blogueiro assistiu na sala 05 do Complexo Kinoplex Maceió em 21 de outubro de 2013.

Cotação

Nota7,5.

Sinopse: Baseado na obra O Continente de Érico Veríssimo, a trama se passa no Rio Grande do Sul, no final do século XIX, quando a família Terra-Cambará é cercada pelos rivais da família Amaral. Durante esse cerco, a matriarca Bibiana (Montenegro) começa a recordar, tendo uma alucinação com seu falecido marido, capitão Rodrigo (Lacerda) a história de mais de 150 anos da sua família, em especial, seu romance com o falecido.

Comentários: Outro filme que chega com algumas semanas de atraso às salas alagoanas, O Tempo e o Vento é a nova adaptação com padrão Globo de qualidade (na década de 80 foi uma marcante e excelente minissérie na emissora) da obra escrita por Érico Veríssimo. Com elenco estrelar e um bom enredo, o filme tem como ponto alto a belíssima fotografia que nos enche os nossos olhos, por isso mesmo, recomendado para ser conferido nas  telonas. Perde apenas nas pouquíssimas sequências de batalhas, que na minissérie televisiva, mas, aqui são fraquíssimas, quase inexistente. No geral, O Tempo e o Vento é um ótimo filme nacional, com uma história envolvente, bem encenada por um bom elenco, e serve para alerta aos produtores nacionais que o nosso cinema não é apenas comédias, mas, também, tem espaço também para épicos bem realizados como este.



Rick Pinheiro.
Cinéfilo.