quarta-feira, 2 de janeiro de 2019

RETROSPECTIVA 2018: OS MELHORES FILMES DO ANO.

2018 chegou ao fim. Um ano de contrastes extremos para nós cinéfilos. Tivemos filmaços, alguns que marcaram para sempre a história da sétima, outros muito criativos e algumas agradabilíssimas surpresas em filmes que não esperávamos grande coisa. Como já é de costume, faremos a nossa retrospectiva em duas postagens onde elegemos os melhores e também os piores que chegaram aos nossos cinemas tupiniquins no decorrer do ano. Nesta postagem, listaremos aqueles que, na minha humilde opinião, foram os melhores filmes do ano que está acabando hoje. Vale sempre lembrar que temos aqui um gosto pessoal do blogueiro e não de um crítico ou um cinéfilo com gostos mais refinados, portanto, não fique com raiva se não teremos aqui, por exemplo, o ganhador do Oscar A Forma da Água e os também bajuladíssimos Nasce uma Estrela, Bohemian Rhapsody (que estão no nosso mosaico ao lado com os filmes que consideramos os melhores do ano, mesmo que achem que nenhum dos dois seja) e Hereditário (este com certeza, estará na próxima postagem dos piores do ano). Também esclareço que a ordem aqui é de acordo como o filme ficou marcado na minha memória e veio logo na minha memória tão logo eu pensei em elaborar a lista. Sendo assim, não estranhe, se um Filme do Mês nosso não estiver na lista e se um filme com nota menor está bem posicionado que outro com nota maior. Inclusive, vários não estão na nossa lista, sendo que três destes, por terem chegado aos cinemas por aqui no comecinho do ano, eu jurava que tinha sido lançados no ano passado, no iremos fazer uma menção honrosa no final. Feito os devidos esclarecimentos, vamos a nossa primeira lista.


Iniciamos com o badalado filme que é presença obrigatória em praticamente todas as listas dos melhores filmes de 2018, e merecidamente não poderia ficar de fora. Num ano sofrível para os fãs dos gênero do terror, o filme dirigido e estrelado por John Krasinski, ao lado da sua esposa Emily Blunt, é uma agradabilíssima exceção sendo uma verdadeira obra-prima do gênero que já nasceu clássica.


Também não foi um ano bom para o nosso Cinema Nacional, com o lançamento de várias tranqueiras e com filmes aguardadíssimos decepcionando. Mas, a produção estrelada pelo ótimo Murilo Benício, numa das melhores atuações de sua carreira, chegou como não quer nada e acabou sendo uma agradabilíssima surpresa que salvou a honra tupiniquim, e por isso mesmo, não poderia ficar de fora da nossa lista.

9. Operação Overlord.

Mais um empate na nossa lista, desta vez entre dois filmes que pegam uma premissa tosca, digna de um filme trash e nos presenteia com obras criativas e divertidíssimas. A começar por esta produção do Midas J. J. Abrams, que faz uma mistura arretada de filme de guerra com terror e ficção, resultando neste filmaço empolgante do começo ao fim.

Chutar bundas alheias é uma especialidade de Jason "motherfucker" Statham. Desta vez o o brucutu pouca-telha se supera ao chutar uma bunda de um tubarão pré-histórico com mais de vinte metros de altura, neste que é o primeiro blockbuster hollywoodiano estrelado por ele.

8. O Motorista de Táxi.

A vida real serve de inspiração para dois filmaços lançados este ano que empatam em nossa lista. Lamentavelmente esquecido e ignorado pela crítica, e mais ainda pelo grande público, temos esta pequena produção sul-coreana muito cativante e envolvente, que vale a pena ser descoberta e não poderia ficar na nossa lista dos melhores filmes que chegaram aos cinemas em 2018.

Infiltrado na Klan.

Ao contrário do colega de empate sul-coreano, o novo filme do mestre Spike Lee, é um filmaço badaladíssimo, presente praticamente em todas as listas dos melhores do ano da crítica especializada. E não é para menos, já que o Spike Lee aproveita-se de uma curiosa operação policial real para usar e abusar da sua criatividade, mandando um recado indigesto, um verdadeiro soco no estômago, e sem deixar de nos divertir.

7. Bumblebee.

Prevalece a nostalgia no último empate da nossa lista, e desta vez, triplo. Sem sombra de dúvida, uma das grandes surpresas do ano, afinal, quem diria que a desgastadíssima e malhadíssima franquia Transformers, poderia a essa altura do campeonato, ter um filmaço que, merecidamente, está sendo considerado pela maioria como o melhor filme da franquia. Mérito do diretor Travis Knight, que mais do que nos presentear com um filme que mais do que se passar nos anos 1980, tem todo estilo de um clássico da época.

Jurassic World - Reino Ameaçado.

Outra franquia que, na minha humilde opinião, já deu o que tinha que dar, mas surpreendeu no seu novo filme. Para ser sincero, não estava animado para o quinto filme da franquia, iniciada em 1993 por Steven Spielberg, principalmente, pelo péssimo trailer que me fez ir ao cinema achando que iria encontrar o filme mais bosta da franquia. Mas, acabei sendo surpreendido com uma aventura empolgante que mantém direitinho o bom nível da franquia.


E falando em anos 1980 e no grande nome dos blockbusters da época, o mestre Spielberg, volta às raízes com esta divertidíssima aventura nostálgica do começo ao fim. Assim como o estreante Knight, o veterano genial e icônico nos transporta para a época, nos presenteando também com um filme que é a cara da época, sem deixar de ser atual, usando e abusando da tecnologia dos nossos dias.


E falando de usar e abusar da tecnologia atual, umas das maiores surpresas do ano faz isso muito bem, de forma simples, direta e muito criativa. Aproveitando-se da batidona premissa de pai desesperado em busca da cria que tomou chá de sumiço, o diretor ilustre desconhecido Aneesh Chaganty nos transporta para dentro do filme, usando todas as ferramentas da era da informática que utilizamos no nosso dia-a-dia, provando logo no seu primeiro filme que tem tudo para ser um dos grandes mestres da sétima arte.


Outro filme pequeno que chegou como não quer nada e se revelou uma agradabilíssima surpresa, levando o gênero gospel ao ápice. Com uma trama simples e batidona inspirada em fatos e, principalmente, sem cair no proselitismo chato típico do gênero, o filme é feito sob medida para tocar e emocionar, algo que faz muito bem.


O único filme live-action da DC/Warner do ano chegou com tudo para fechar mais um dos ano incrível para os fãs das adaptações dos quadrinhos, nos empolgando e trazendo uma nova esperança para o desacreditado por muitos Universo DC. No ano em que comemoramos os quarenta anos do filmaço Superman - O Filme, que não apenas marcou o ponta-pé inicial da parceria da editora com o grande estúdio cinematográfico, mas,  todo o sub-gênero, o diretor James Wan nos presenteia com um filmaço divertido do começo ao fim, que não se leva a sério, e que manda para as picas o tom sombrio e mais sério, iniciado por Christopher Nolan, e que Zack Snyder impôs ao Universo DC nas telonas.


A franquia estrelada pelo astro engajadíssimo Tom Cruise, que mesmo cinquentão continua em plena forma,bancando o Jackie Chan, não apenas mantém o seu altíssimo nível de qualidade, mas, se supera e ao acidente do seu astro e ao mimimi do bigode da discórdia de Henry Cavill. Com ação do começo ao fim muito bem executada e uma trama muito bem elaborada, não é a toa que o filme é considerado por boa parte da crítica e dos fãs o melhor filme da franquia.


2018 sem sombra de dúvida foi mais uma vez o ano da Marvel Studios, com dois dos seus três filmes lançados em todas as listas de melhores do ano, tanto da crítica como do público em geral. O herói de Wakanda ganha um espetacular filme solo que simplesmente é uma verdadeira obra-prima da sétima arte, a ponto de quebrar o preconceito contra filmes baseados em super-heróis dos quadrinhos por parte dos responsáveis por premiações. Com excelente roteiro que ganha forças com atuações espetaculares,  uma condução com maestria de Ryan Coogler e sequências de ação fodásticas, sem sombra um filmaço espetacular que vai muito além de uma das melhores adaptações dos quadrinhos de todos os  tempos. Wakanda, forever!

1. Vingadores: Guerra Infinita.

E nosso filme do ano não poderia ser outro, afinal, também está em todas as listas dos melhores do ano. O ápice dos dez anos do excepcional Universo Compartilhado Marvel simplesmente é um espetáculo épico de grandes proporções que ultrapassam tudo que já foi feito no gênero até agora, sendo uma obra-prima da sétima arte, que já nasce clássica, que consegue despertar em nós os mais variados sentimentos. Como bônus, ainda pavimenta o caminho para o desfecho também espetacularmente épico não somente da Fase 3, mas, de todo o UCM em Vingadores: Ultimato. Ousado, surpreendente, fodástico dos fodásticos e inesquecível, sem sombra de dúvida um marco divisório na sétima arte que, merecidamente, é o nosso Melhor Filme do Ano.

MENÇÕES HONROSAS.

O Insulto.

Uma costumeira briga ridícula de vizinhos, que a maioria de nós já se envolveu pelo menos uma vez na vida, é o pretexto para que o absurdo conflito étnico seja exposto de forma direta e criativa neste interessantíssimo filme que só não está na nossa lista, porque realmente, a memória me traiu e eu jurava que tivesse chegado aos nossos cinemas em 2017.

Quem diria que o atual parça de Seth Rogen, James Franco, iria fazer a dupla função de diretor e protagonista nesta interessantíssima cinebiografia que conta os bastidores da produção do filme que é considerado um dos piores filmes de todos os tempos. É vergonhoso que Franco e o filme tenham sido ignorados nas premiações, principalmente, o Oscar. A gente pode até ter esquecido que foi lançado este ano, mas, jamais deixaria de receber uma menção honrosa.

Fechando a conta dos três ótimos filmes que chegaram esse ano, elogiados pela crítica, mas, prejudicados pela memória fraca deste blogueiro, temos este excelente e cativante drama, que conta a história de uma mãe em busca de justiça, que premiou merecidamente com o Oscar de Coadjuvantes os excelentes Frances McDormand e Sam Rockwell. Infelizmente, não deram o Oscar de Melhor Filme, em mais um caso que o melhor filme não é premiado.

Hotel Artemis.

Um excelente elenco encabeçado pela veterana Jodie Foster, um bom roteiro que traz uma trama tensa e envolvente, que se passa num hotel-hospital só para a bandidagem, tornam este filme uma das grandes surpresas do ano que se nossa lista fosse pelo menos um Top 11, estaria marcando presença. Mas, não esquecemos e fica nossa menção para este filmaço eletrizante que vale a pena ser descoberto.

Peço licença para quebrar a regra que eu mesmo estabeleci de apenas listar os filmes que foram lançados nos cinemas brasileiros. Mas, não poderia encerrar a lista sem mencionar o atual fenômeno pop, que vem gerando muitas discussões e dividindo opiniões. Não preciso dizer que sou dos partidários que amaram esta produção original da Netflix estrelada pela ótima Sandra Bullock. Dane-se algumas incoerências como a da mocinha que anda de olhos vendados numa floresta, sem tropeça ou meter a fuça numa árvore, ou se não sabemos ou vemos os tais monstros! Realmente, gostei demais do filme, e por isso mesmo, merece ser mencionado.

Rick Pinheiro.
Cinéfilo alagoano.

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