quinta-feira, 31 de março de 2011

A ÚNICA BOYS BAND REALMENTE TALENTOSA.

Vídeos/Resenha.
A única Boys Band realmente talentosa.


O que aconteceria se cinco dos melhores diretores hollywoodianos de todos os tempos, se reunissem para formar um grupo musical? Com certeza, a única Boys Band realmente talentosa. Foi pensando nisso, que algumas mentes criativas criaram Hollywood StreetBoys, que vocês podem conferir neste interessante vídeo acima.

O grupo é formado pelos gênios: Steven Spielberg, Quentin Tarantino, Alfred Hithchock, Woody Allen e Martin Scorcese.

Espero que, assim como eu, vocês se divirtam.

Rick Pinheiro.
Cinéfilo.

UMA VIAGEM FANTÁSTICA E ALUCINANTE, MUITO ALÉM DA IMAGINAÇÃO.

Filmes.
Uma viagem fantástica e alucinante, muito além da imaginação.

Na semana que a minha carteira estudantil 2010  da meia-entrada caminhava para aposentadoria (expirou hoje), aproveitei ao máximo indo ao cinema, por três vezes, número acima da média semanal. E encerrei a jornada de quase um ano em sua companhia, com chave de ouro, conferindo na tela do Cine Farol 1, a aventura/ficção/fantasia (definição do gênero escrita na bilheteria das salas do Lumière), Sucker Punch - Mundo Surreal, novo filme do diretor de 300,  o talentoso Zack Snyder.

Geralmente, os títulos de filmes traduzidos não literalmente dos originais e os subtítulos criados pelos distribuidores nacionais são toscos e não combinam com o filme. Mas não no caso de Sucker Punch, pois o subtítulo Mundo Surreal, define perfeitamente o filme. Ou alguém tem outra definição melhor para um filme que tem monstros-samurais gigantes, nazistas-zumbis e dragões medievais, tudo isso e muito mais, ao som de heavy metal e música eletrônica?

A trama é simples, e apenas uma desculpa esfarrapada para a imaginação de Snyder, que dirige pela primeira vez um roteiro 100% de sua autoria, correr solta. A recém-órfã Babydoll (ignore os nomes toscos das personagens) é internada pelo padastro num sanatório, para que seja feita lobotomia, tornando-a mentalmente incapaz,e consequentemente,  fazendo do canalhão o único herdeiro da fortuna da finada. Para tentar permanecer sã, a lindinha foge da realidade, criando um mundo imaginário, arrastando todos, mocinhas e vilões, para ele. 

Esqueça qualquer lógica do roteiro, pois o filme é uma viagem fantástica e alucinante, muito além da imaginação. A criatividade corre solta, num visual perfeito, acompanhado de uma trilha empolgante, que transporta o espectador para esta viagem, sem precisar recorrer ao 3-D, já que Snyder, bateu o pé e não aceitou a proposta do estúdio Warner Bros, produtor do filme, de após a filmagem, o filme receber o tosco tratamento para convertê-lo ao formato. Decisão sábia, já que o resultado final é perfeito, nos presenteando com um dos melhores e mais criativos filmes dos últimos anos.

Graças a direção impecável e criativa, Snyder, nos presenteia com um filme divertidíssimo, sendo disparado o seu melhor filme, inclusive superando o excepcional 300.  Se a Warner continuar dando carta branca ao genial diretor, o próximo Superman, que será dirigido por ele, tem tudo para fazer o que parecia impossível: superar os dois primeiros filmes do herói. É espera para ver.

Voltando ao presente, o elenco de Sucker Punch está ótimo, e é nítido que todos entraram de cabeça na diversão criada e comandada por Snyder. Até mesmo a fraca e ex- High School Musical Vanessa Hughes, consegue convencer como Blondie, uma das internas que entram no mundo imaginário de Babydoll. Mais um mérito do diretor Zack Snyder, que conseguiu contagiar todos com a sua viagem surreal.

O único ponto fraco, na minha opinião, foi o final do filme, um pouco sem graça e previsível. Mas nada que tire o mérito deste filme excepcional, que para mim, é o melhor filme que assistir neste primeiro trimestre do ano. E quem acompanha este blog sabe que não foram poucos excelentes filmes que assistir neste período.

Criativo, empolgante, divertido, faltam adjetivos para definir Sucker Punch - Mundo Surreal. Imperdível e obrigatório para assistir no cinema, o trailer abaixo é apenas um pequeno aperitivo. Quem deseja diversão e viver uma experiência eletrizante no escurinho do cinema, não perca tempo e vá agora mesmo assisti-lo. 



Rick Pinheiro.
Cinéfilo.

BANDIDO REAL É PICARETA VIP NAS TELONAS.

Filmes.
Bandido real é picareta VIP nas telonas.

Antes de comentar VIPs, novo filme nacional estrelado por Wagner Moura, que eu assistir na última segunda na tela do Cine Maceió 2, quero partilhar a minha alegria de ver o nosso cinema ocupando cada vez mais as nossas salas, inclusive sendo priorizado em relação aos filmes gringos.

O nosso cinema está de vento em polpa, e vive uma fase que nem os mais esperançosos sonhariam. Para termos ideia dessa moral que o nosso cinema está gozando, cito os dois últimos grandes lançamentos do nosso cinema: enquanto Bruna Surfistinha e o novo filme de Moura entraram em cartaz, aqui em Maceió nas datas de suas respectivas estreias nacionais (As mães de Chico Xavier já está confirmado para entrar em cartaz nas três redes de cinema que atuam por aqui, amanhã, aliás, particularmente, achei a data de estreia - 01 de Abril -, perfeita  para um filme de temática espírita), filmes gringos lançados no mesmo período como o concorrente ao Oscar 127 horas, Assassino a preço fixo, novo filme do astro de ação Jason Statham, O Retrato de Dorian Gray, entre outros, ainda não deram as caras nas telas alagoanas. Uma prova que cada vez mais, o nosso cinema está cada vez mais conquistando o público. Partilhada a minha felicidade, vamos aos comentários sobre o filme.

Assim como Bruna Surfistinha, VIPs é baseado em fatos reais. Desta vez, o cinebiografado é o estelionatário e traficante Marcelo Nascimento, que enganou Deus e o mundo, se passando, na maior cara de pau, por outras pessoas. Até o colunista social eletrônico Amaury Jr. (que refaz no filme a maior gaffe da sua carreira, evidentemente, sem a mesma empolgação da realidade ao dar de cara com o falso Henrique Constantino) e o eterno cigano Igor, o ator (?) Ricardo Macchi (que no filme recebe um nome fictício, sendo interpretado por um ator bem mais expressivo que ele), caíram no lero do cara de pau.

Como no filme estrelado por Deborah Secco, VIPs tem um roteiro quase fantasioso, omitindo bastante a realidade (enquanto o verdadeiro Marcelo foi preso inúmeras vezes, no filme é preso apenas duas vezes). Só que desta vez exageraram na dose apresentado  ao público o bandido real como uma figura carismática e até certo ponto como vítima, pois o roteiro trabalha bastante a tese do bandido sofrer de problemas psíquicos relacionados a personalidade, algo que nem mesmo a defesa dele deve ter trabalhado em seu julgamento, já que o meliante continua preso até o presente momento, em presídio comum,  pagando pelos crimes cometidos. Uma pena que os roteiristas cometeram o mesmo erro típico do nosso cinema, idolatrando o bandido, ignorando os males que ele causou a  sociedade, no caso de Marcelo, as várias famílias destruídas pelas drogas que ele traficou. Não foi por acaso ou mero preconceito que Wagner Moura relutou tanto em fazer o filme.

Críticas a veracidade dos fatos à parte, VIPs é um bom filme, principalmente, graças a Wagner Moura que mais uma vez dar um show de interpretação, fazendo um personagem contrário ao Coronel Nascimento, seu personagem mais conhecido. Moura está perfeito em cada uma das várias facetas do personagem, sem exageros, na dose certa, conseguindo convencer até mesmo quando está usando uma peruca ridícula ao  interpretar o personagem adolescente (ao menos neste filme, os figurantes adolescentes, foram feitos por pessoas aparentamente da mesma idade do protagonista, ao contrário do deslize da produção de Bruna Surfistinha). Não é a toa que Moura é um dos melhores atores da atualidade e, graças a versatilidade que somente os atores completos possuem, emenda um filme atrás do outro. Espero que em Hollywood reconheça isso e lhe ofereça papéis à altura do seu talento.

Em síntese, como obra de ficção, VIPs é um bom filme, e eu recomendo. Agora, como retrato da realidade, é vergonhoso, já que não tem profundidade e mascara bastante os fatos ocorridos. Conselho: encare VIPs  da mesma forma que outros filmes ficcionais que têm bandidos como mocinhos (Onze homens e um segredo, Uma Saída de Mestre, Armadilha, a série Velozes e Furiosos, entre outros), ou seja, sem levá-lo a sério, e tentando ignorar que é baseado na história de vida de um bandido real, que a diversão estará garantida.

Confira agora o trailer (aliás, perfeito, pois resume bem o filme), deste que é mais um campeão de bilheteria do nosso cinema:


Rick Pinheiro.
Cinéfilo.

Micaço da vida real: o verdadeiro Marcelo e Amaury Jr.
Até o experiente apresentador foi enganado pelo cara de pau.

domingo, 27 de março de 2011

A VITÓRIA DO MAIS FRACO.

Filmes.
A vitória do mais fraco.

Noite de sábado, encalhado, sem nenhum programa com os amigos. Para um cinéfilo nesta situação, o melhor refúgio é o escurinho do cinema, assistindo um bom filme, na companhia obrigatória da pipoca quentinha e da coca-cola gelada. Foi o que eu fiz ontem, indo conferir, após semanas de adiamento da minha parte, na tela do Cine SESI (única sala onde o preço do ingresso é o mesmo todos os dias, algo que as grandes redes deviam adotar), O Discurso do Rei, o grande vencedor do Oscar deste ano.

Para início de conversa, quero dizer que a minha opinião sobre o filme não é a de um crítico, algo que eu não sou, nem tão pouco de alguém com gosto refinado. Como já disse aqui no blog, volto a dizer e sempre direi, os  meus gostos cinematográficos são 100% povão. Logo, os intelectuais de plantão e os cinéfilos de gosto refinados, não estranhem o título desta postagem está relacionado ao grande vencedor do Oscar deste ano, baseado em fatos reais, que narra a história do Duque de York, que sofre de gagueira nervosa, e só piora quando seu irmão Edward abdica do trono por causa de uma feiosa safada, forçando-lhe a assumir (sua filha Elizabeth é a atual rainha da Inglaterra).

O Discurso do Rei é um ótimo filme. Um drama comovente, emocionante e envolvente, com uma bela mensagem de força de vontade e superação (o primeiro sentido do título da postagem), isso graças principalmente a um ótimo roteiro e um elenco afiadíssimo, em especial Colin Firth, brilhando numa interpretação forte, sóbria, sem caricatura do rei gaguinho (mesmo eu não tendo assistido ao desempenho dos outros concorrentes, digo, sem medo de errar, mereceu o Globo de Ouro e o Oscar de melhor ator), e Geoffrey Rush, que simplesmente rouba a cena, numa interpretação perfeita e cativante. Helena Bonham Carter também está ótima, numa interpretação contida, não lembrando em nada outra rainha que interpretou no ano passado (no caso, a Rainha de Copas, de Alice no País das Maravilhas, dirigido pelo seu maridão Tim Burton).

Até aqui, eu e os demais cinéfilos, como também a crítica estamos de acordo. As divergências começam agora. Particularmente (e não queiram me trucidar por isso), apesar de ser um ótimo filme, não vi nada demais, além das brilhantes atuações e direção de arte, que merecesse as 12 indicações ao Oscar, e principalmente, ganhar como melhor filme. Sinceramente, de todos concorrentes deste ano que assistir até agora (A Origem, A Rede Social e Cisne Negro)1, O Discurso do Rei é o mais fraco (segundo sentido do título da postagem). E tem mais: acho que os ainda  inéditos para mim, 127 Horas e O Vencedor2 também são melhores que o grande vencedor.

Vou mais além e, por favor, não venham esculhambar comigo, ainda. Deixem ao menos eu terminar. rss... Dos quatro Oscar recebidos (Melhor Filme, Melhor Diretor, Melhor Roteiro Original e Melhor Ator), para mim, apenas o de melhor ator e melhor diretor foram merecidos, afinal, não é todo diretor que mesmo com um elenco magistral, consegue tirar destas feras atuações memoráveis. Mas o roteiro de O Discurso do Rei, apesar de ótimo, jamais será mais original do que A Origem, um dos roteiros mais criativos dos últimos anos.

Pronto, agora  podem me xingar a vontade, mas estas são as minhas opiniões sobre o grande vencedor do Oscar, que, aliás, não acredito ser a única que diverge da maioria. Aposto que a opinião das duas lindas jovens sentadas (e as vezes deitadas) a minha direita, que dormiram durante boa parte dos 118 minutos de filme, é bem mais ácida e contraditória que as minhas.

Opiniões contraditórias (e viva a democracia por isso) e soneca das belas adormecidas  à parte, o fato é que O Discurso do Rei é um ótimo filme, que, acima de tudo, prova que excelentes atuações são infinitamente melhores do que efeitos especiais e o modismo do formato 3-D. Bom programa para quem  deseja se envolver e se emocionar com ótimas atuações de um excelente roteiro, que nos ensina que até os poderosos deste mundo têm suas fraquezas, e como todos nós, precisam ser superadas.

Confira abaixo o trailer deste ótimo filme:


Rick Pinheiro.
Cinéfilo do contra a opinião da maioria.

Notas:

1. Veja ou reveja os meus comentários em:
Cisne Negro: http://blogdorickpinheiro.blogspot.com/2011/03/um-bale-supreendentemente-assustador.html 

2. Meu achismo sobre os filmes citados foi baseado apenas em leitura das sinopses e observações dos seus respectivos trailers, que vocês podem conferi abaixo.




sexta-feira, 25 de março de 2011

A ESTRELA SOBE.

Homenagem.
A estrela sobe.

Na última quarta-feira o mundo do cinema amanheceu mais triste, com o falecimento de um dos seus grandes ícones: Elizabeth Taylor.

Liz Taylor, como era conhecida, é um exemplo raro de artista mirim que tiveram carreira quando adulta, porque simplesmente ela era, verdadeiramente, uma grande. Apesar de ter uma vida pessoal conturbada (casou-se oito vezes, consumiu drogas, envolveu-se em alguns escandâlos), é inegável sua grande contribuição a sétima arte, como também em campanhas humanitárias, como a luta contra a AIDS. São estes valores positivos de Taylor que devem ficar marcados para sempre.

Por isso, dedico a 600ª postagem deste humilde blog a este grande ícone do cinema. 

Que Deus a acolha em seus braços misericordios, como também conforte seus familiares, amigos e fãs neste momento que a dor da saudade aperta os seus corações.

Rick Pinheiro.
Cinéfilo.

VELOZES E FURIOSOS 5 VEM AÍ!

Como comentei na postagem anterior, estou muito ansioso para assistir o novo filme da franquia Velozes e Furiosos. Desta vez tenho um motivo a mais que as eletrizantes cenas de ação e as manobras radicais a quatro rodas realizadas por dublês: a história desta quinta aventura se passa no Brasil.

Veja o trailer acima e tire suas próprias conclusões. Se possível, desta vez opine, tá?

Rick Pinheiro.
Esperando ansiosamente por Velozes e Furiosos 5.

INVASÃO DE ASTROS NORTE-AMERICANOS NO BRASIL.

Opinião / Cinema.
Invasão de astros norte-americanos no Brasil.


Diz o ditado popular "Se Maomé não vai a montanha, a montanha vai a Maomé". No nosso caso, Maomé e montanha, estão indo, paralelamente, ao encontro um do outro. Se, por um lado, astros brasileiros como Wagner Moura, José Padilha, Sophie Charlotte, estão indo a Hollywood, por outro, Hollywood descobriu o nosso país. 


Está semana o mundo do cinema voltou seus olhos para o Rio de Janeiro, onde ocorreu a prévia de Rio, desenho animado dirigido pelo brasileiro Carlos Saldanha, o mesmo responsável pela trilogia A Era do Gelo. Com ele, astros e estrelas hollywoodianos que dublaram originalmente o desenho como Jesse Eisenberg,  indicado ao Oscar deste ano de melhor ator por A Rede Social, a apresentadora da premiação, Anne Hataway, o nosso Rodrigo Santoro, prestes a participar do novo filme de Nicole Kidman e na expectativa da possibilidade de estrear como protagonista em Hollywood na continuação de 300, e o ganhador do Oscar Jamie Foxx, que além de badalar ao lado da panicat Nicole, foi alvo de crítica dos pseudo-patriotas tupiniquins por sua piadinha que tinha conhecido o Brasil através de sites pornográficos.


Um pouco menos badalado, mas também em nossas terras brasileiras estão o diretor James Cameron e o ex-governador da Califórnia, Arnold Schwarzenegger, que participam em Manaus do Fórum  Mundial da Sustentabilidade. No carnaval, pipocaram, astros e estrelas, como Will I Am, do The Black Eyed Peas, animando um camarote em Salvador, Jude Law, no camarote da Marquês de Sapucaí, entre outros. 


O lançamento mundial da animação Rio é só o começo. A prévia do aguardado Velozes e Furiosos 5 (para mim o filme norte-americano filmado no Brasil mais aguardado.) também será por aqui e já está confirmada para o dia 15 de Abril (um mês antes do seu lançamento nos cinemas norte-americano), com a presença de todos os astros do elenco. A Saga Crepúsculo: Amanhecer - Parte 1, que teve cenas rodadas aqui, também poderá ter seu lançamento mundial em terras brasileiras, com a presença de todo o elenco. Outras produções, serão filmadas no Brasil, entre elas um filme estrelado por Samuel L. Jackson e outro pelo cantor Leny Kravitz, que terá a nossa belíssima e simpática atriz Sophie Charlotte.


Tudo isso, só se confirma uma tendência, que vem ocorrendo no decorrer dos últimos anos: a cada ano, Hollywood vem descobrindo o nosso país. Isso é ótimo, pois não apenas mostrará para o mundo as nossas belezas naturais e os nossos talentosos artistas,  mas principalmente,  será quebrado o mito que nosso país é uma selva, onde animais e selvagens caminham pelas ruas e nossa capital é Buenos Aires.


Melhor do que isso, só mesmo ver o nosso povo valorizando o nosso cinema. Bruna Sufistinha, atingiu esta semana a marca de 2 milhões de espectadores. Daqui para 2014, ano que teremos a Copa do Mundo de Futebol, aposto que veremos muito o nosso país nas telonas do mundo inteiro.

Rick Pinheiro.
Cinéfilo, feliz em ver o Brasil, nas telonas.

INVASÃO DO MUNDO, MAIS UMA VEZ.

Filmes.
Invasão do Mundo, mais uma vez.

Na ficção, em especial na sétima arte, o planeta favorito para ser invadido por extra-terrestres é o nosso. E deste, o país  campeão absoluto de invasões , o principal alvo de ataque e, consequentemente, o salvador mundial, servindo de exemplo aos demais países a derrotarem os invasores inter-galáticos são os Estados Unidos. Invasão do Mundo: Batalha de Los Angeles, que eu conferi na segunda passada na tela do Cine Maceió 2, é mais um filme a entrar nesta lista.

A história é a de sempre. No dia 12 de agosto deste ano (não me pergunte o porquê da data, pois ninguém sabe explicar), nosso planeta será invadido por extraterrestres, que entrarão disfarçados, pasmen caros internautas, de meteoros. As principais cidades do mundo, inclusive o nosso Rio de Janeiro serão dizimadas, sem explicação. Um grupo de fuzileiros entrará na Los Angeles destruída (e não Nova York ou Washington  como na maioria dos filmes do gênero), para resgatar um pequeno grupo de sobreviventes civis, e de quebra, descobrir ao longo da missão, o ponto fraco e o QG dos toscos ETs, ensinando ao mundo como  se deverá derrotar os invasores. Confira o trailer no final desta postagem.

O diferencial deste novo filme de invasão alienígena,  é o roteiro, sendo o seu ponto forte e ao mesmo tempo fraco. Neste filme, ao contrário da maioria dos gênero, a ação é initerrupta, não dando tempo para explicações, muito menos de aprofundar os personagens. Invasão do Mundo: Batalha de Los Angeles é um ótimo filme de ação/guerra. Isso mesmo galera, não se engane. Invasão do Mundo está mais para Falcão Negro em Perigo do que para Indepedence Day. Desta vez não termos o presidente dos Estados Unidos, muito menos algum cientista (ambos sequer dão as caras neste filme) ou um mero popular desajustado, lutando contra os aliens, mas os militares norte-americanos, que na maioria dos filmes sobre invasão alienígena, são meros coadjuvantes. 

Como disse acima, o ponto fraco e ao mesmo tempo forte é o roteiro. Se, por um lado, termos uma inversão de protagonistas, por outro, somos bombardeados com um festival de clichês bem ao estilo de filmes de guerra, com direito a um sargento traumatizado por perder todo seu pelotão numa outra missão, um soldado que não gosta dele por seu irmão fazer parte daquele tal pelotão, ato heróico suícida, a discurso para levantar a moral  da tropa  quuando está na merda e até mesmo gritinhos de guerra antes de entrar em ação. Em certo ponto,  parece que o filme é mais uma propaganda do tipo "os Estados Unidos têm o melhor exército do mundo, que estão preparados para qualquer ataque supresa", do que um filme de ficção sobre invasão alienígena.

Com o roteiro focado exclusivamente na ação e nas mensagens patrióticas norte-americanas, quem se ferraram nesta Batalha de Los Angeles foram os atores, que ficaram um pouco perdidos nos seus personagens, limitando à atuações medianas e nada mermoráveis. Os protagonistas, todos bons atores mas do segundo escalão hollywoodiano, e os coadjuvantes, ilustres desconhecidos, até se esforçam, mas o roteiro sem aprofundamento dos personagens não ajuda. Aaron Eckhart (o vilão Duas Caras, de Cavaleiro das Trevas), visivelmente é o mais esforçado, tentando tirar leite de pedra. Já  a linda Michelle Rodriguez está fazendo pela "miléssima centéssima octagéssima nona vez", o seu habitual personagem masculinizado de  "Paraíba, masculina, mulher macho, sim senhor!" como em Velozes e Furiosos (1 e 4), SWAT, Avatar, entre tantos outros.  

Em compensação, os efeitos especiais e as empolgantes cenas de ação, são ótimos, tornando o filme acima da média, superando até mesmo outros filmes com o mesmo tema, à exemplo dos remakes  Guerra dos Mundos e O Dia que a terra parou. Mesmo com todos os clichês e situações óbvias, com direto a um final que dar um gancho claro que a batalha só está começando,  impossível não nos pegamos torcendo pelos mocinhos contra os invasores espaciais mais sem graça da história do cinema. O mais incrível é que o filme não se rendeu a moda do 3-D, sendo lançado apenas no formato convencional, causando no espectador uma sensação de inclusão dentro da ação do filme superior a maioria dos filmes em 3-D. Uma prova clara que a velho e bom formato está muito vivo e muito bem, obrigado.

Em síntese, mesmo com suas deficiências, Invasão do Mundo: Batalha de Los Angeles, é pura diversão clássica, um ótimo filme para assistir no escurinho do cinema, comendo pipoca, tomando refrigerante, torcendo e vibrando pelos mocinhos.

Rick Pinheiro.
Cinéfilo.

quarta-feira, 23 de março de 2011

PIADAS VELHAS, RISADAS NOVAS.

Filmes.
Piadas velhas, risadas novas.

No sábado de Zé Pereira, enquanto as estradas estavam entupidas de foliões que só puderam viajar de última hora, fui conferir tranquilamente, na tela do Cine Lumière 2, o lançamento daquele fim de semana, a comédia romântica Esposa de Mentirinha, estrelada pelo simpático Adam Sandler e pela péssima atriz Jennifer Aniston.

O filme inicia com Danny (Sandler) um adolescente feioso tendo uma decepção amorosa quando estava rumando ao altar. Arrassado, o feioso vai a um bar, para tentar amenizar a sua dor, e ao colocar a aliança no dedo, uma linda mulher se aproxima dele. A partir daí, ele descobre que as mulheres se atraem por homem casado, e passa sempre a usar o artifício para pegá-las. Anos depois, ele é um bonitão e bem sucedido cirurgião plástico, mas ainda usando o meu artifício. Até que numa festa, ele encontra a mulher da sua vida, que descobre por acidente a tal aliança, e o então pegador se ver obrigado a mentir, dizendo que está se separando da esposa. A moça insiste em conhecer a suposta esposa, fazendo o carinha solicitar a sua assistente (Aniston), se passar por sua  ex-esposa. E a avalanche de mentiras só aumenta, quando a a tonta da assistente atende por acaso o telefonema dos filhos, culminando numa viagem em família ao Hawaii. (Confira o trailer no final da postagem).

O roteiro é só uma desculpa esfarrapada para um festival de clichês: do relacionamento difícil, de início, com as crianças, que depois tornam-se como pai e filhos, até o óbvio dos amigos se apaixonarem, e o motivo principal de toda mentira, neste caso a loira gostosa, ser deixada de lado. Chato e sem graça, né? Nada disso. Esta é a grande sacada de Esposa de Mentirinha. Mesmo com tanto clichê, o filme é ótimo, muito engraçado mesmo. Eu e o público que estava  na mesma sessão das 16 horas, rimos do começo ao fim desta produção.

O elenco está ótimo. Sandler, faz o mesmo personagem boa gente de sempre, mas ainda provocando risadas. As crianças são tão fofas, como talentosas. mostrando que têm futuro. Aniston, apesar de péssima atriz, supreende, e entra no embalo da diversão, sem prejudicar o produto final, inclusive, até tendo uma certa química com os colegas de cena. Com certeza, seu melhor desempenho. Outra supresa é a excelente atriz Nicole Kidman, num raro papel  coadjuvante e cômico, como uma rival dos tempo de escola da personagem de Aniston. Os demais coadjuvantes cumpre seus respectivos papéis, nos arrancando altas risadas. O legal do filme é que aparentemente todo elenco se divertiu nas filmagens e refletem para o público toda esta alegria.

Com certeza o Hawai é pé quente para Sandler, já que o seu melhor filme, o excepcional Como se fosse a primeira vez, se passa também na belíssima ilha. Esposa de Mentirinha, passa longe de ser melhor que este maravilhoso filme, mas em contrapartida, figura na lista dos seus melhores filmes. Porém, faltou um elemento fundamental de todos os filmes de Sandler: a presença do impagável Rob Schneider, que sempre faz uma ponta (e Sandler, nos filmes estrelados por ele), que desta vez,  não deu as caras. Uma pena, já que as pequenas participações tradicionais sempre são engraçadas e marcantes.

Quem quiser diversão, sem compromisso, e soltar a gargalhada facilmente, recomendo este divertido filme. Se 2010, explodiram as comédias românticas, Esposa de Mentirinha encerra (espero eu), este ciclo, que ao longo do ano tornou-se chato e repetitivo.

Rick Pinheiro.
Cinéfilo.

Brooklyn Decker, a musa inspiradora.
"Eu inventaria uma família por ela".
Faço minhas as palavras de um dos personagens.

Jennifer Aniston e Brooklyn Decker: amigas e rivais.
Advinha qual das duas ficará com Sandler, no final.


BRUNA SURFISTINHA: A NOVA HEROÍNA NACIONAL.

Filmes.
Bruna Surfistinha: a nova heroína nacional.

No fim de semana que no Brasil pipocava as prévias carnavalescas, Bruna Surfistinha, filme baseado no sucesso editorial O Doce Veneno do Escorpião, auto-biografia de uma ex-garota de programa e atriz pornô, abre alas e consegue a proeza de arrebentar nas bilheterias, fazendo a segunda melhor estreia daquele fim de semana, superando vários filmes gringos, inclusive o aguardado pelas adolescentes Never say never, filme em 3-D sobre a vida do ídolo teen Justin Bieber. Uma prova clara que nem mesmo uma festa popular como o carnaval está impedindo do público valorizar cada vez mais o nosso cinema nacional.

Brasil, meu Brasil brasileiro. Como disse anteriormente numa postagem, temos o melhor cinema do mundo, graças ao excelente nível dos nossos artistas. Mas, parece que nos falta heróis da vida real. Na verdade temos, e  vários, em todos os campos. Sem falso moralismo, o fato é que, numa sociedade onde as pseudo-celebridades são idolatradas, elevadas ao posto de astros e estrelas, mesmo que não tenham talento, muito menos valores pessoais para inspirar outras pessoas, não é de se estranhar que essas figuras façam sucesso e  vendam  produtos relacionados aos seus nomes. Alguém, que eu não recordo quem, certa vez disse que o cinema reflete a realidade. Por isso, mesmo pessoas que pisem na bola acima da média da maioria das pessoas, como por exemplo a bandidagem (400 contra 1, Carandiru, Meu nome não é Jonhny, entre outros. VIPs está chegando aos cinemas no fim de semana e os bandidos que assaltaram o Banco Central, em breve também estarão nas telonas) e outras figuras nada exemplares, têm suas vidas retratadas nas telonas, de formas distorcidas, na maioria das vezes tornando-as verdadeiros heróis nacionais.  Chegou a vez de uma garota de programa engrossar esta lista.

Na trama, Raquel é uma adolescente adotada por uma família classe média alta que, sem motivo aparente justificado no filme, sai de casa e entra para o mundo da prostituição, inicialmente indo morar num prostíbulo, onde recebe o nome de Bruna, e, posteriormente, o apelido Surfistinha. Tempo depois, sai do inferninho, administra sua própria "carreira", adquire seu próprio quantinho para receber os clientes, se envolve com drogas, vai ao fundo do poço e dar a previsível volta por cima. Você não assistiu, mas está com a sensação que já viu este filme? Não se espante. Normal. O filme, apesar de ser baseado em fatos reais, está lotado de clichês.

Pois é galera, não se iludam. Cinebiografias, sejam nacionais ou gringas, não retratam fielmente a realidade. Semana passada, numa entrevista ao programa Pânico da Jovem Pan, a própria Bruna afirmou que os roteiristas mesclaram sua vida com ficção (até um irmão, que na vida real ela não tem, deu as caras no filme). Mesmo que eu não tivesse escutado esta entrevista, em momento nenhum acreditei que vi 100% ocorrido na realidade da moça, justamente por essa falha grosseira ser tão comum em filmes, de qualquer nacionalidade, baseados em fatos reais (ou alguém acredita, por exemplo, que O Grande Dragão Branco é 100% fiel aos fatos ocorridos com o lutador Frank Duxx?). Mas antes de me aprofundar sobre o roteiro, vamos logo aos pontos positivos do filme.

O elenco está afiado, com destaque para Deborah Secco que apesar de fazer o seu personagem habitual de "moça doidinha que faz de tudo para aparecer", supreende. Mesmo não se parecendo fisicamente com a verdadeira Surfistinha, Deborah consegue nos convencer que é a própria (leia-se: a personagem do filme e não a figura real), e não uma atriz global, acrescentando mais uma personagem habitual, ao seu currículo. Ela dar um show de interpretação, estando bem a vontade na personagem, em todas as suas fases,  até mesmo quando interpreta a personagem adolescente, apesar de cercada de verdadeiros adolescentes, uma falha grosseira da produção, na escalação dos figurantes.

Apesar de girar em torno de uma garota de programa e o seu ofício, o filme em momento nenhum apela para as cenas de sexo mais picantes. Em comparação aos filmes nacionais dos anos 70 e 80, até que é comportado, e limita-se  a mostrar os seios de Deborah Secco a cada cinco minutos de projeção. As cenas de mastubação feminina e lesbianismo do filme Cisne Negro, foram bem mais fortes.

A trilha sonora é outro ponto positivo do filme, mesclando vários ritmos, nacionais e internacionais, que vai do rock pesado do Radiohead até um brega tosco de sei lá quem, bem cara de inferninho mesmo. Todas as músicas devidamente encaixadas no filme. Se tem um ponto que a crítica e público concordaram é em relação a excelente trilha.
Bruna Surfistinha é um ótimo filme. Mas, assim como 99% de cinebiografias, o problema está no roteiro, onde se comete o grave erro de maquiar a realidade e enaltecer de forma heróica os cinebiografados, quase transformando-os em personagens de contos de fadas. No caso de Bruna Surfistinha, na  tentativa de enaltecer a figura da moça, que na vida real saiu de casa pela simples vontade de se prostituir (a própria Bruna já afirmou isso em várias entrevistas, motivo este evidentemente não mostrado no filme), os roteristas reuniram alguns clichês, com direito ao homem apaixonado e fiel amigo, que faz de tudo para a mocinha sair da prostituição, a melhor amiga trocada por uma  falsa  amiga que no momento mais difícil da protagonista mostra sua verdadeira face de vilã, abandonando-a, e  até mesmo uma cena de balada  na night entre amigas a la Sex and the city.

O roteiro tem um agravante a mais: ao não retratar  a dura e difícil vida de uma garota de programa, mesmo não intencionalmente, o filme chega a fazer uma apologia a prostituição, já que frases do tipo "Você ganha mais fazendo programa do que atrás de um balcão de loja", "Sair de casa para não depender de ninguém", "Você pode realizar os seus sonhos como eu realizei", são ditas com enfâse e de forma mais marcante, do que a rara frase "não é fácil esta vida". Até mesmo o momento fundo do poço da moça é menos impactante que o clima "A vida é uma festa" de boa parte do filme. Consequentemente, quem for cabeça de vento e já tiver a curiosidade de entrar para este mundo, o filme pode servir como desculpa de um forte incentivador.

Volto a dizer: o filme é ótimo. Mas  jamais devemos esquecer que, apesar de uma ou outra  cena ser baseada em fatos reais, é uma obra de ficção, logo, a realidade é bem mais dura e muito menos colorida e festiva do que retratada na tela. Qualquer pessoa que, neste exato momento que escrevo esta postagem, está vendendo o seu corpo por dinheiro, pode confirmar melhor do que eu esta afirmação.

Rick Pinheiro.
Cinéfilo.

As duas faces de Bruna Surfistinha: personagem e pessoa real.
Dura realidade é maquiada nas telonas.