quarta-feira, 28 de julho de 2010

ASSISTIR ECLIPSE.

Como comentei anteriormente,  não sou fã da Saga Crepúsculo e se assisto aos filmes desta modinha teen, apesar de ter gostado do primeiro filme. Praticamente, um mês após o seu lançamento e tomada exagerada de várias salas de cinema da nossa Maceió, nos impedindo de assistir outros lançamentos bons de verdade (a exemplo de Kick Ass, que não veremos nas telonas alagoanas), finalmente, devidamente acompanhado da minha amiga Dani, encarei o terceiro filme da saga modinha teen: A Saga Crepúsculo: Eclipse.

Na sequência inicial, uma promessa de renovação: um cena de ação, de um rapaz sendo atacado por algo. Como entrei após o início da projeção dos trailers, achei que se tratava de um. Mas era mesmo uma cena do filme. Mas após a empolgante cena, voltamos a programação normal da série, com o casalzinho sem graça Edward e Bella, no meio das flores, com o vampiro brilhando feito destaque de escola de samba, debatendo sobre casamento. Ele, tradicional, ou melhor, das antigas, como foi dito no filme, pedindo a mocinha em casamento e ela relutando, dizendo todas aquelas frustrantes frases clichês anti-casamento, incasavelmente divulgada pela mídia e por casais fustrados que sofreram um divórcio.

Depois de uma sequência inicial de ação, tome morgação.
A partir daí, são mais de duas horas de projeção de puro tédio e romancinho de décima oitava categoria, que faria vergonha aquelas revisitinhas toscas de romance com nome de mulher, com cenas românticas muito açucaradas, fora da realidade e um triângulo amoroso muito mal criado, já que a idiota da Bella, não sabe o que quer da vida (se fosse comigo, eu já tinha mandado a Bella a merda e tinha partido para outra mulher muito mais interessante e decidida de si. rssss...). Ao menos as pouquíssimas cenas de ação (tática adotada para agradar e atrair os rapazes ao cinema) agradam, e os efeitos especiais, em especiais dos Lobisomens são excelentes e mais caprichados que o filme anterior. Mas para chegar a essas cenas, tome muito melodrama mexicano, envolvendo o triângulo amoroso, formado por um ator talentoso apenas, uma mocinha sem sal e canastrona, e um Robert Pattinson, tão ruim que supera até mesmo o pior ator que já apareceu no cinema: Steven Seagal.

A cena da tentação do sexo antes do casamento. 
Infelizmente foi encarada pelo público como cena cômica . 
Uma cena em particular chamou a nossa atenção pela reação da plateia. Em certo momento, a moderninha Bella, seduz o Edward para finalmente eles transarem, mas na hora "h", ele não cede a pressão, e faz um interessante discurso sobre castidade, culminando com o pedido de casamento, finalmente aceito pela fogosa namorada. Neste momento, a plateia, exceto eu e a Dani, ria copiosamente da cena, achando-a totalmente rídicula. Na verdade, por incrível que pareça, não era a cena que era rídicula, mas a opinião da maioria da plateia predominantemente feminina, que acham que a castidade é algo patético e sem lógica nos dias de hoje. Tenho que admitir que esta cena em particular, foi bem interessante e real, pois reune o confronto valores x tentação. Mas a maioria a viu como se fosse uma cena de comédia pastelão. E ainda dizem é que nós homens é que somos safados.

Em suma, admito que Eclipse não chega a ser um filme tão péssimo. Chega até mesmo ser melhor que o segundo, sendo superado pelo primeiro. Mas é como eu já disse em outra postagem, a série Crepúsculo não merece esta atenção toda que é dada. É uma série de filminhos bonitinhos, que até ensina valores como a castidade, que infelizmente, são levados como ficção pela maioria das adolescentes. Mas fora isso, é algo descartável, que nada tem a contribuir com a história do cinema, exceto para o bolso dos produtores, dos pseudo-atores e de sua escritora.

Que venha o(s) último(s) filme(s)  da série (querem dividir o quarto livro em dois filmes) e espero está devidamente acompanhado para assistir mais uma série descartável, que me desperta curiosidade.

Rick Pinheiro.
Cinéfilo que não é fã da série Crepúsculo.
Os dois mocinhos se estranham pelo amor da mocinha.
Se fosse num filme normal, resolviam a diferença na porrada.
Mas como trata-se da série Crepúsculo, até ensaiaram uma amizade dentro da barraca.

PREDADORES: REPETINDO A VELHA FÓRMULA.

Antes de comentar o filme, quero deixar registrado o meu protesto e nota zero dupla ao Centerplex, único cinema de Maceió a exibir Predadores, pois além de exibi-lo apenas na versão dublada, o som estava absurdamente baixo, o que tirou e muito o impacto do filme. Isso sem falar que por três vezes a exibição do filme foi interrompida para mudança de rolo. Será que o moderno Centerplex está voltando ao tempo da manivela? Mais cuidado ou vai acabar espantando muitos clientes.

Quando ouvir falar que o criativo diretor Robert Rodriguez estaria na produção do terceiro filme da franquia Predador (os dois Aliens X Predador não contam), fiquei ansioso, pois pensei que daria uma cara nova série.  Os meses de espera terminaram e ontem fui assistir Predadores.

Sinceramente, me decepcionei um pouco, pois não vimos ali o humor sacástico e o ritmo acelerado típico de Rodriguez, mas apenas uma cópia da fórmula dos dois primeiros filmes, principalmente, do primeiro estrelado pelo atual governador da Califórnia Arnold Schwarzenegger. Do segundo temos apenas  a reunião de um elenco de bons atores do 2º escalão hollywoodiano. Se naquele tivemos Danny Glover, Bill Paxton e outros astros do segundo e até terceiro escalão hollywoodiano, neste novo filme temos o ganhador do oscar Adrian Boyne, o primo do diretor e presença em todos os seus filmes Danny Trejo, um Laurence Fishburne numa participação pequena, mas estranhamente marcante, Topher Grace, praticamente repetindo o seu papel de cara bonzinho e inonfesivo, que se revela vilão no final, com em Homem Aranha 3, e a nossa Alice Braga, fazendo bonito no filme, dividindo o protagonismo com Adrian. E para agradar a nova geração, fãs dos dois bobinhos Alien vs Predador, temos uma cena de luta entre dois predadores.

A nossa Alice Braga fazendo bonito em Predadores.
O interessante do roteiro foi trazer a ação de volta a selva e reunir um grupo de personagens diferentes: um mercenário, uma israelense (a nossa Alice), um membro da Yakuza, um soldado russo, um rebelde de algum país africano, um prisioneiro condenado a morte, um traficante colombiano e um médico, que no final revela-se ser um porra-louca psicótico. Mesmo assim, faltou mais ousadia e criatividade, resumindo este novo filme a uma cópia genérica do filme de 87 estrelado por Arnoldão, com direito até cenas descaradamente copiadas, como a do membro da Yakuza que fica para trás por conta própria para enfrentar o bichano (no primeiro filme temos o índio com o mesmo ato de coragem), do protagonista melado de lama chamando e saindo no braço com o bichano no final do filme (mesmo sendo um magricela em comparação ao brucutu bombadão do original) e a música do James Brown, só que tocada nos créditos finais, já que no primeiro filme, é tocada quando o grupo das Forças Especiais estão indo à selva. Ah, ainda tem o personagem de Laurence, um lunático que aparece no meio do filme, como um sobrevivente de dez anos naquele planeta reserva de caça, passando pouco menos de quinze minutos em cena, nem influindo, nem contribuindo em nada na história.

Estão pagando mal em CSI, para Laurence pagar este micaço.
Em síntese, não é um filme ruim, chegando até empatar tecnicamente com o segundo filme, que eu também gosto (o primeiro é melhor por alguns pontos). O que faltou foi a marca de Robert Rodriguez, com sua criatividade na produção. Predadores não lembra em nada ser um filme produzido por  ele. Prevaleceu a automatização de um diretor iniciante, daqueles que ligam o piloto automático e seguem uma cartilha hollywoodiana pronta, sem ousar em criatividade e inovação. Nota 8,0.

Rick Pinheiro.
Cinéfilo.

sexta-feira, 23 de julho de 2010

DUAS NOTAS ZERO PARA O CENTERPLEX MACEIÓ.


Os Cinemas Centerplex têm pouco tempo em Maceió, mas nesta semana deu duas pisadas de bola.
A primeira foi passar uma semana tendo a Sala 2, com a tarde sem exibir filme nenhum. Poderia ter aproveitado para exibir filmes que há semanas estão em cartaz em todo país, menos em Maceió.
Como se isso não bastasse, hoje foi lançado nacionalmente o filme Predadores e o Centerplex é o único que está exibindo este aguardado filme, que ressuscita a franquia Predador. O problema é que só está exibindo Predadores em versão dublada.
Duas pisadas de bola feia, em apenas uma semana, que merece duas notas zero.

O BEM AMADO.

Hoje estreia no cinema de todo Brasil, O Bem Amado, o terceiro filme que eu estava, desde do ano passado, ansioso para ver (os outros dois são Os Mercenários, e o remake de Karatê Kid, que deveria se chamar Kung Fu Kid). Não me contive e corri, literalmente falando, para assistir a primeira sessão no cinema próximo da minha casa. Infelizmente, ao chegar lá, pela morosidade de sempre do Cine Maceió (uma bilheteria, com uma atendente apenas), fui obrigado a comprar ingresso para a segunda sessão. Enquanto esperei, comprei minha primeira camiseta do Pânico, voltei para casa, tirei um cochilo e voltei ao cinema.

Enfim, depois de uma fila imensa para comprar a obrigatória pipoca com Coca Cola, finalmente, entrei no cinema, para ver o tão esperado filme para mim. Após assistir vários trailers, entre eles, de dois filmes brasileiros (400 x 1: a história do Comando Vermelho e Tropa de Elite 2), O Bem Amado começou a ser exibido. Confeso que tiver que contei a emoção, ao ver a primeira cena, filmada justamente no Centro da Cidade de Marechal Deodoro, onde por várias vezes estive em missão, com o meu irmão e parceiro de missão Paulo Avatar Carioca.

Acabei de chegar do cinema e vim logo aqui para fazer os meus comentários sobre este filme. Na verdade os farei sobre pontos de vista diferentes. No geral, o filme me agradou em vários aspectos, mas também me decepcionou em vários, o que me fez sair do cinema um pouco fustrado, e preocupado com os outros dois filmes que estou ansioso para assistir, me fustrar também. Vamos aos comentários.

O filme como critíca a classe política e conscientização para abrirmos o olho com a nossa classe política é perfeito. Cabe muito bem em ano eleitoral. Esse filme precisa ser exibido em praça pública, para o povão ver como é enganado pelos péssimos políticos. Com certeza, é o melhor filme brasileiro que já fizeram criticando a classe política. Superou a cena clássica do final da novela Vale Tudo, onde o personagem corrupto de Reginaldo Faria vai embora do Brasil dando uma bela banana. O mais incrível é que um filme tão satírico e conscietizador político tenha como um dos produtoras, a Globo Filmes. Mesmo com a história se passando nos anos 60, no período pré-ditadura, impossível não reconhecemos que as maracutais de Odorico e do seu rival de oposição, o esquerdista Vladimir, que inclusive no filme, usa o seu jornal até para inventar histórias para prejudicar o seu rival (uso da imprensa nas mãos de político? acho que postei algo sobre isso esta semana. rsssss...). Em síntese, em questão de satírica política, o filme é nota 10.

Sobre o roteiro é razoável. Além da já citada critíca, tem também diálogos interessantes e engraçados, e uma criativa junção de ficção com fatos reais (no caso o período pré-golpe). Uma falha do roteiro foi ter alongado demais o filme, explorando a exaustão a mesma situação cômica, tornando estas muitas vezes repetitivas e sem graça. Outro ponto fraco do roteiro foi a valorização exagerada ao personagem Odorico, perfeitamente interpretado por Marco Nanini, deixando de lado os demais personagens, e consequentemente não aproveitando o elenco de excelentes atores.
  
Sobre o elenco, todos estão de parabéns, apesar de serem mal aproveitados, desperdiçando feras como Matheus Nachtergaele, que fez um Dirceu Borboleta bastante limitado e  inferior ao seu talento, totalmente diferente ao clássico personagem interpretado magistralmente por Emiliano Queirós, na TV. O casalzinho Caio Blat e Maria Flor (aliás, ela está tão estupidamente linda, que quase me apaixonei por ela), mostraram uma química excelente, só que mal aproveitados num roteiro, que devia ter explorado melhor, resumindo-se ao romacinho barato, na belíssima Praia do Gunga, deixando-se com saudades de outros casalzinhos dos filmes do Guel Arraes, como Chicó e Rosinha (O Auto da Compadecida) e Leléu e Lisbela (Lisbela e o Prisioneiro).

Em compesação, mesmo com os personagens limitados, José Wilker e Edmilson Barros, roubam a cena, interpretando Zeca Diabo e o bêbado/coveiro Chico Moleza. Interpretações tão perfeitas, que chegam a ofuscar o brilhante Nanini, que domina todoo filme. Apesar da super-valorização ao seu personagem  Odorico, as clássicas Irmãs Cajajeiras interpretadas pelo trio de excelentes atrizes Drica Moraes, Zezé Polessa e André Beltrão, são bem aproveitadas no roteiro. Em relação ao elenco, outra nota dez. Todos estão perfeitos, mesmo com as limitações que eu já mencionei.
Apesar de toda essa qualidade de elenco e roteiro, particularmente, achei o filme sem graça, rindo em poucas cenas, mesmo sendo  uma comédia pasterão com roteiro inteligentemente engraçado e bem interpretado. Faltou uma direção mais enérgica e criativa, que explorasse melhor o casamento perfeito roteiro engraçado e excelentes atores, algo que o próprio Guel fez perfeitamente nos engaçadissimos O Auto da Compadecida e Lisbela e o Prisioneiro. O Bem Amado tinha tudo para superar estas clássicas comédias.

Outro ponto fraco, e comum aos filmes produzido pela Paula Lavigne (leia-se Sra. Caetano Veloso), é a trilha musical, a pior de todos os outros filmes da dupla Lavigne/Arraes. Deviam ter utilizados as gravações originais, ao invés de regravá-las. Estas novas versões chegam até ser mais bosta que as versões insossa  de de Espumas ao Vento e Você não me ensinou a te esquecer, ambas da trilha de Lisbela.

Por fim, a inevitável comparação entre a novela/série original e o filme. Fiz questão de deixar por último porque ambos tem a sua qualidades, apesar da primeira ser superior ao filme. Sobre a caracterização dos personagens, o filme acertou em fazer um Odorico mais canalha, safado, cara-de-pau (contribuição dos escandâlos dos nosss políticos que tornaram Odorico até santino em comparação a àqueles), com as Irmãs Cajajeiras, transformadas em peruas fogosas, ao invés das beatas fogosas do original, e com o Jornalista/opositor de Odorico, Vladimir, que para ser sincero eu não lembro no seriado. Erraram feio com a caracterização do jornalista Neco Pedreira, que no original era um jornalista investigativo e principalmente do  Zeca Diabo, que no original era um personagem bem mais engraçado, interpretado por Lima Duarte. Ainda bem que o José Wilker superou esta limitação do roteiro e fez um excelente personagem, sendo sem dúvida, o melhor ator de um elenco tão excepcional.
  
Em síntese, um filme acima da média, que merece ser visto e revisto, principalmente em ano de eleição, mas que deveria ter aproveitado melhor o elenco de primeira, como soube aproveitar as belíssima locações em Marechal Deodoro e Praia do Gunga. 

Rick Pinheiro.
Feliz e orgulhoso por ver Alagoas na tela do cinema.

quarta-feira, 21 de julho de 2010

DOSE DUPLA DE CINEMA DIVERTIDO.

Depois de quase um mês sem ir ao cinema, já que a saga Crepúsculo tomou conta da maioria dos cinemas aqui de Maceió, finalmente fui ao cinema hoje. E em dose dupla com Cameron Diaz (apesar que o segundo filme assistir na versão dublada).

Posso dizer, sem medo de errar, que voltei a frequentar ao cinema, com chave de ouro, pois assistir dois ótimosfilmes  e divertidos. Melhor que isso, só se eu tivesse ido acompanhado, algo que, na próxima semana, se Deus quiser, será compensado. Enfim, vamos aos comentários sobre os filmaços.


O primeiro filme que assistir foi Encontro Explosivo, estrelado por Tom Cruise e Cameron Diaz. Reparei que este ano, Hollywood investiu em filmes de ação com muito humor e sem apelar para a violência explícita, tendo como protagonistas casais de astros. O primeiro foi o ótimo Uma Noite Fora de Sério, estrelado por Steve Carell e Tina Fay. O outro, o mais fraco dos três, Caçador de Recompensa, estrelado por Gerard Butler e Jenifer Anstion. E este Encontro Explosivo é o melhor dos três. 

Nossa, que filmaço! Divertido, com uma química perfeita entre o casal de protagonistas, com um Tom Cruise supreendentemente ótimo, num personagem carismático e cínico. Cameron não fica atrás e faz uma mocinha divertida na dosagem certa.A mesma simpatia que o casal de astros demonstrou quando veio ao Brasil semana passada, eles passam na tela.

As cenas de ação são perfeitas, bem no estilo "Me engana que eu gosto!", típicas dos filmes do James Bond e do governador da Califórnia Arnold Schwarzenegger, amarradas a um excelente roteiro. A única falha neste, foi em alguns momentos mudar o tom de humor para um tom mais sério, o que tornou essas cenas um pouco tediosa. Fora isso, um filme ótimo, que merece ser visto. Pena que o público está mais interessado no lixo Crepúsculo, já que assistir este divertido filme, numa sessão que não tinha nem 10 pessoas. É o cinema modinha, aqui em Maceió, superando o cinema bom e divertido.

Depois de uma hora e quinze minutos, andando no Shoping Pátio (ainda bem que levei um livro e fiquei lendo após a primeira meia hora de espera, pois do contrário, morreria de tédio), fui assistir o segundo filme da minha jornada dupla no Centerplex: Shrek para Sempre. Assistir a sessão 3D, lotada de crianças e de pais, muitos indo pela primeira vez assistindo um filme neste formato, já que os flashes das máquinas não parou nem durante a exibição do filme. Lembrei muito do primeiro filme neste formato que assistir, o interessante Alice no País das Maravilhas, do Tim Burton. Hoje só não foi melhor, porque não estava acompanhado com uma pessoa muito especial para mim.

Uma lição que aprendi hoje que um cinema lotado de crianças é bem mais comportado e menos barulhento, que qualquer um que esteja repleta de fãs fogosas da saga Gay... digo, Crespúculo. As crianças que estavam hoje na sessão das 16:15, deram um show de comportamento e educação. Aprendar adolescentes fogosas por Pattinson e cia. rssss...

Sobre o filme, posso dizer que, apesar do título ridículo, algo que a quadriologia adotou deste do penúltimo filme (ou alguém acha que o título Sherk Terceiro não é brega?), é um ótimo filme, divertido, engraçado, só superado mesmo pelos dois primeiros. Em compensação, este último filme tem a cena mais engraçadíssima de toda série, que eu faço questão de partilhar com vocês na postagem seguinte (a qualidade da filmagem é péssima, mas enquanto não sair em DVD, é o que eu conseguir para partilhar com vocês).

O grande mérito do filme, além de um ótimo roteiro, sem dúvida, é o efeito 3D. De todos os filmes que assistir neste formato, Shrek para Sempre é o melhor, com lindas imagens coloridas e reais que nos transportam para o Reino de tão, tão distante e sua versão alternativa.

Enfim, se de fato os produtores cumprirem a promessa deste ser o último da série (particularmente espero que seja, pois todas as ideias criativas relacionadas aos personagens, principais e secundários, já foram exploradas), encerrará com chave de ouro esta divertida franquia.

Foi uma tarde maravilhosa que, mesmo sozinho, curtir dois filmes ótimos. Ah, no ônibus, encontrei uma conhecida minha, que já me convidou a assistir Shrek para sempre. Se Deus quiser, vou de novo, rir com as peripécias do Ogro, Fiona, Burro e cia. Estou aceitando convite para assistir de novo Encontro Explosivo. rssssss...

Rick Pinheiro.
Feliz por voltar ao cinema e assistir dois filmes ótimos e divertidos.




O estranho garotinho desbancou o Burro e o Gato de Botas
como protagonista da cena mais engraçada de toda série.

segunda-feira, 12 de julho de 2010

COMENTÁRIOS SOBRE O FILME CHICO XAVIER.

Em abril deste ano, milhões de pessoas, infelizmente, a maioria católicas (até porque o número dos espíritas praticantes não é tão grande assim), correram aos cinemas para assistir ao tão comentado filme (tática de divulgação da Rede Globo) sobre a vida do médium brasileiro Chico Xavier. Como cinéfilo que sou e também para ter embasamento para poder contestar os valores do espiritismo propagado na tela, caso alguém viesse comentar, eu fui assistir. Afinal, não sou daqueles que vão metendo o pau em algo sem conhecer. Isso é atitude de fanáticos e não de uma pessoa consciente da sua fé. Sem falar que tenho convicção na minha fé e nada, nem mesmo um filme bem realizado, vai me fazer deixar de ser católico apostólico romano.

Levei um susto logo na porta do cinema. Calma, não vi o Elvis Presley, nem o Michael Jackson, nem o  Gasparzinho, nem nenhum outro fantasma! Mesmo indo quase um mês depois da sua estreia, enfrentei uma fila imensa, tendo até mesmo alguns membros de grupos e movimentos da Igreja, que não foram com a mesma intenção que a minha, mas porque simpatizam com a doutrina espírita, que, ao contrário que muitos divulgam por aí, não é mais um ramo do Cristianismo. Digo isso eu conheço bem essas pessoas e sei o quanto são católicos em cima do muro. Pregam e tentam viver apenas aquilo que lhes convêm. Enfim, deixando de falar mal do povo, vamos aos comentários deste filme tão badalado pela mídia (leia-se Rede Globo), que no final deste mês chega as locadoras e lojas de todo país, sendo mais badalado ainda. Durmam com uma vuvuzela dessa!  

Irei comentar sobre duas óticas: como cinéfilo e como defensor da minha fé. Primeiramente, os comentários do Rick cinéfilo.

O filme é bem dirigido, com excelentes interpretações. Angêlo Antônio brilha fazendo o protagonista em boa parte do filme. O cara é um excelente ator, fazendo uma interpretação excepcional. Com certeza, será premiado em muitos festivais. Nelson Xavier, que o interpreta mais velho também, apesar de está muito limitado, pois a maioria das suas cenas foram num programa de entrevista. Mas quando sai deste ambiente, arrebenta, como na engraçada cena do desespero do personagem a viajar de avião pela primeira vez, fazendo uma dobradinha perfeita com o grande ator Aílton Graça. Sem falar nas semelhanças físicas entre os Xavier, ator e biografado, que supreende. Quem acredita no Espiritismo vai jurar que o médium incorporou no ator. Mas o fato é que Nelson Xavier é um grande ator. Quem assistiu, por exemplo, a minissérie Lampião e Maria Bonita, sabe muito bem disso.

Ao contrário dos protagonistas, os demais atores decepcionam. Os sempre excepcionais Tony Ramos e Christiane Toloni desta vez não convenceram com os seus personagens, provavelmente pela limitação destes, mal elaborados e encaixados no roteiro. Pedro Paulo Rangel como o padre amigo de Chico Xavier, exagerou no sotaque, sendo cópia idêntica do seu personagem na novela A Indomada. Já Cássio Gabus Mendes exagerou na dose e acabou fazendo do padre, que parece que foi criado para ser o grande vilão do filme, uma figura caricata e patética. Aliás, vai ver que a intenção dos realizadores do filme era essa mesmo, fazer mais um personagem que riducaliza a figura do sacerdote. Para um produto da Rede Globo não seria supresa, nem muito menos novidade. Se foi mesmo essa intenção, então, Cássio conseguiu fazer um bom personagem.

O filme, em geral, é bom, apesar que arrastaram muito a história, principalmente as tediosas cenas da entrevista no programa de auditório, a choradeira da personagem da Christiane Toloni e as sessões espíritas, tornando o filme mais longo  do que merecia. Nota-se que os roteiristas fizeram o máximo para enaltecer a figura de Chico Xavier, transformando-o praticamente em um herói injustiçado, o que levanta dúvida sobre a veracidade dos fatos, limitando o filme a velha formula de bonzinhos e malvados, tornando o filme em muitas cenas, até bobinho, quase infantil.

Em síntese, um filme regular, que se segura principalmente pelas boas interpretações dos protagonistas que dividem o personagem e por algumas boas cenas de humor (a do bordel, onde o jovem Chico coloca as "primas"  para rezar é hilária), prendendo a atenção do expectador médio. Como cinema, merece nota 5,0.

Agora meus comentários no ponto de vista religioso.

É visívelmente claro o que está por trás deste filme: difundir, de forma sutil a doutrina espírita e atacar o catolicismo. Cenas como as das procissões da padroeira da cidade e o padre intolerante interpretado por Cássio Cabus Mendes são disfarçadas com humor, mas acabam sendo ofensivas aos praticantes da fé católica. Particulamente, me sentir tão ridicularizado em alguns destes momentos, que pensei em várias vezes me retirar do cinema. Mas permaneci porque queria ver até aonde aquela palhaçada sem graça iria. Ainda bem que foram prudentes e pararam de atacar antes de entortar o caldo, e vim a torna as reais intenções.

A ideia mais perigosa difundida no filme, é que Espiritismo e Catolicismo é praticamente a mesma coisa. Evidente que os inteligentes roteiristas não falam isso abertamente, mas colocam muitos elementos da nossa fé católica em momentos espíritas, como as várias Ave Maria rezadas no filme.  Nunca fui a uma sessão espírita e não sei se elementos como esta oração católica encontra-se também no espiritismo. Mesmo assim, no filme foram exaustivamente difundidas essas ideias. Sem falar no padre bonzinho, interpretado por Pedro Paulo Rangel, que muitas vezes, aparentava ser um simpatizante do espiritismo.

Como comentei acima, Chico Xavier é transposto para tela como o coitadinho, injustiçado. Com certeza deve ter sido muito perseguido, até porque naquela época a intolerância religiosa era pior que hoje. Mas percebi um certo exagero no filme, como se os roteiristas quissessem transformá-lo em um santo, e o mais grave, num novo Jesus. Pode até ser que essa não tinha sido intenção, mas é o que aparenta.

Chico Xavier como pessoa foi especial. Teve muitos sofrimentos no decorrer de sua vida, mas buscou forças em sua fé. Viveu plenamente o que acreditava e não tinha malícia em seus atos. Tudo que ele fez foi para o bem das pessoas. É inegável o ser humano abençoado que ele foi, até por conta da sua ingenuidade e pureza de coração. Temos que reconhecer isso.  Não devemos cair no discurso farisáico que só existem pessoas boas e santas em nossa Igreja. Chico Xavier, Gandhi, Martin Luther King, Nelson Mandela são exemplos de pessoas que não eram católicas (apenas os dois últimos são cristãos protestantes) mas fizeram diferença no mundo, levando, ao seu modo valores idênticos aos do Evangelho. Evidente que estas pessoas precisam ser conhecidas e admiradas por nós. Repito: as pessoas, não a fé que eles professavam. É necessário o discernimento para fazemos esta distinção, separarmos o joio do trigo.

A vivência da fé em que Chico Xavier acreditava é admirável e serve até de exemplo para vivermos também a nossa fé com o mesmo empenho. A pureza e ingenuidade dele fez com que vivesse radicalmente a doutrina da sua crença. Mas esta crença, a doutrina espírita, jamais pode ser admirada e copiada por nenhum cristão, independente que seja católico ou protestante. A verdade é esta: por trás de tanta bondade, elementos da religião católica e versículos soltos da Bíblia, principalmente do Evangelho de São João, algo que seduz os cristãos desavisados, encontra-se uma doutrina filosófica que nega cerca de 40 pontos de vista da fé cristã. E se nega a Cristo, não podemos ficar em cima do muro, mas também negamos  a tudo aquilo que rejeita o nosso Deus amado e a Sua Palavra para nós.


Rick Pinheiro.
Teologo, professor de Ensino Religioso, acadêmico de Direito e coordenador da Pastoral da Juventude da Arquidiocese de Maceió.

domingo, 11 de julho de 2010

FALANDO EM NELSON MANDELA...

No ano passado, assistir ao filme Mandela: Luta pela liberdade, estrelado por Joseph Fiennes e por Dennis Haysbert, ator que interpretou o primeiro presidente negro dos EUA, David Palmer, na seriado 24 horas, interpretado neste filme, o primeiro presidente da África sem apartheid, Nelson Mandela.  Na época, fiz uma pequena resenha deste filme no blog Evangeliza Juventude, que eu transcrevo abaixo. Assim que eu assistir o tão comentado Invictus, dirigido por Clint Eastwood eu posto aqui os meus comentários.
DICA DE FILME: MANDELA: A LUTA PELA LIBERDADE.

Minha dica de um bom filme para assistir em grupo e depois fazer uma reflexão e debater sobre o tema é Mandela: A Luta pela liberdade.

O filme conta a história real de James Gregory, um típico branco sul-africano, que enxerga os negros como seres inferiores, assim como a maioria da população branca que vivia na África do Sul sob o apartheid dos anos 60. Crescido no interior, ele fala bem o dialeto Xhosa. Exatamente por isso, não é um carcereiro comum: atua, na verdade, como espião do governo com a missão de repassar informações do grupo de Nelson Mandela para o serviço de inteligência. Mas a convivência com Mandela cria um forte laço de amizade entre eles e o transforma em um defensor dos direitos negros na África do Sul.

Sempre tinha ouvido falar do regime apartheid, mas fiquei impressionado o quanto desumano era. Este regime anticristão ignorava totalmente o Mandamento dado pelo Senhor Jesus do amor ao próximo. O mais chocante para mim, é ver os personagens brancos do filme tratar os irmãos negros como se fosse a pior criatura da face da Terra e comentasse sobre isso da forma mais natural, como se estivesse trocando uma receita de bolo. E o pior, que repassava essas idéias nojentas do racismo para seus filhos.

Mas nem só de racismo esse excelente filme aborda. Ele mostra a conversão, não no sentido religioso, mas ideológico do carcereiro que, aos poucos, vai eliminando o seu pensamento racista. Um verdadeiro exemplo que as pessoas, por mais cruéis que sejam, podem sim mudar.
Vale a pena assistir esse filme. Bem interpretado, totalmente fiel à sociedade sul africana da época. Retrato de uma triste realidade que nós como cristãos jamais devemos aceitar.


Rick Pinheiro
Teólogo, professor de Ensino Religioso, Bacharel em Direito e coordenador da equipe arquidiocesana da Pastoral da Juventude da Arquidiocese de Maceió.

Sinopse retirada do Site Adoro Cinema.
Disponível em: 
http://www.adorocinema.com/filmes/goodbye-bafana/goodbye-bafana.asp 

Artigo publicado originalmente no blog Evangeliza Juventude.
Disponível em: http://evangelizajuventude.blogspot.com/2009/04/dica-de-filme-mandela-luta-pela.html 


terça-feira, 6 de julho de 2010

STALLONE: UM LUTADOR, CAMPEÃO DOS CAMPEÕES.

Hoje é aniversário de um ator que eu sou muito fã: Sylvester Stallone, um astro hollywoodiano, que muitos não sabem, mas tem uma história de vida repleta de sofrimentos e superação.

Stallone nasceu em 06 de Julho de 1946. Dificuldades no parto fizeram que ele tivesse paralesia facial. Cresceu num seio de uma família humilde e, desde de criança, teve que ralar muito, pela sobrevivência da sua família.

Através do esporte, conseguiu uma bolsa de estudos numa renomada Universidade, onde se esforçou nos estudos e lutou pelos seus sonhos.

Como o seu personagem mais conhecido, Rocky Balboa, Stallone é um guerreiro. Casado, com dois filhos, fez de tudo para sustentar a sua família: limpador de jaula de leões, segurança de boate e, até mesmo, um filme pornô, que depois do seu sucesso foi relançado por mundo todo.

Mesmo passando por todas essas humilhações, Stallone não desistia dos seus sonhos. Um belo dia, assistindo uma luta clássica de Munhamed Ali, teve a inspiração e criou o roteiro de Rocky, Um Lutador. Este roteiro, antes de ganhar o Oscar, Stallone ofereceu a vários produtores, que ofereceram milhões, mas não o queriam protagonizando. Mesmo em dificuldades financeiras, Stallone relutou e só vendeu aos produtores que aceitaram a sua condição de estrelar. Resultado: Rocky, Um Lutador, foi indicado a vários Oscars, ganhando três, sendo um deles, o de melhor filme.

A partir dali, sua carreira estourou, e como qualquer outro astro de cinema, passou por altos e baixos, tanta na carreira, como na vida pessoal. Hoje, Stallone é um pai de família, astro de cinema e prepara-se para lançar no próximo mês, o filme que para mim é o mais esperado do ano, onde sabiamente, ele escalou a maioria dos astros de ação da atualidade, inclusive, com uma cena, com o tão esperado encontro entre ele, Arnold Schwarzenegger e Bruce Wills.

Particularmente, eu sou fã de longas datas de Stallone. Cresci assistindo seus filmes, acompanhando sua carreira, desde dos filmes bons até um montão de bomba que ele fez nos últimos anos. Quando criança e adolescente, meus filmes favoritos dele eram a trilogia Rambo, Cobra, Tango & Cash: Os vingadores e Rocky 4. Hoje, já com um senso crítico mais apurado, os meus filmes favoritos estrelados são Rocky, Um Lutador e Falcão, o campeão dos campeões.

Estou ansioso pelo seu novo filme, Os Mercenários, só de juntar tanto atores que eu gosto e ter várias cenas filmadas no Brasil, sinto que vai engrossar a minha lista dos favoritos.

Desejo toda felicidade do mundo a este grande ator, muitas vezes desvalorizado e que Deus continue abençoando Sylvester Stallone e sua família.


Rocky Balboa:
último filme do personagem e que resgata todo clima do primeiro filme.

Falcão, o campeão dos campeões.
Para mim, o melhor filme do Stallone, empatado com primeiro Rocky.


Os Mercenários: para mim, o filme mais esperado do ano.


 
Que terá no elenco, a minha ex-namorada, a lindíssima Gisele Ité.


E várias cenas que foram rodadas no Brasil.

segunda-feira, 5 de julho de 2010

QUEM NUNCA TEVE UMA GARIBALDA?


Sou fã do seriado "Todo mundo odeia o Chris". Engraçadissimas as situações que o Chris Rock passou na infância. Mesmo não sendo negro, nem morando na periféria de Nova York, quem ao menos não levou no mínimo uma dezena de trombas parecidas com as do Chris?

Hoje, coincidentemente, um dos episódios exibido foi justamente o que comentei ontem com meus irmãos da equipe arquidiocesana. Nele, uma adolescente se interessa pelo Chris. Ele até se interessa também por ele, mas tem vergonha dela, por ela ser o patinho feio da escola, recebendo o apelido de Garibalda.

Após fazer a merda de não defendê-la de uns idiotas Mauricinhos que tiraram onda da cara dela, Chris terá a desagradável supresa de vê-la, no dia seguinte, estupidamente linda e produzida, levando o maior toco. Para mim, de todas as vezes que ele se ferrou na série, esta foi a tromba das trombas.

Quem quiser conferir o tocão que a Garibalda dar no Chris é só linkar: http://www.youtube.com/watch?v=cXcPWIerSgg

Particularmente, eu já passei, por duas vezes, pelo meu momento Chris e Garibalda. Mas ao contrário dele, eu nem sequer dei uma chance as minas e depois da adolescência, encontrei as duas estupidamente lindas, e também ganhei os meus tocos, todos iniciando com: "você lembra quando..." Pelo menos não foi em vários idiomas como o Chris.

Desde então, bato na mesma tecla: "Beleza física não é o mais importante e é passageira!".

Se duvidas disso, cuidado! A feiosa, fisicamente falando, de hoje, é a gata estupidamente linda de amanhã. Uma colega de equipe disse ontem que as mulheres mudam. Se você continuar nessa de beleza física, correrá o risco de ganhar um belo toco, em vários idiomas, encerrando com a frase; "Saynora, Mr. Bobão!".

FINALMENTE UM FILME QUE VALE A PENA VER DE NOVO.

Nem tudo está perdido. Diante de tanta porcaria nos canais abertos, uma luz no fim de túnel. Depois de anos sem ser exibido, sendo trocado por lixos recentes com High School, filmes das irmãs Olsen, Diário de uma princesa parte 20, entre outros, o filmaço Indiana Jones e a Última Cruzada, deu as caras na telinha, mesmo com várias cenas sutilmente mutiladas. Voltei a minha infância e adolescência, quando Indiana Jones, Rocky Balboa, Os Trapalhões (os originais e não esses Didi e a sem graça canastrona filha Lili), Ferris Buller, Daniel San e Eudes.. ops, digo, Sr. Miyagi, Superman, Marty McFly e o Dr. Brown e tantos outros personagens clássicos e inesquecíveis dos filmes dos anos 70/80, animavam a nossas tardes de domingo. Mesmo sendo muito reprisados, esses filmes arrebetavam, por simplesmente serem bons, a ponto de, um cinéfilo como eu, sair mais cedo da praia para rever esses filmaços.

Lembro-me quando assistir esta terceira aventura do herói que usa um chapéu made in Brasil (isso mesmo galera, o chapéu do Indiana é fabricado no Brasil). Era 1989, e fui assistir no antigo Cinema Iguatemi 2, com uma menina muito mentirosa que eu só sair com nesta ocasião (depois eu posto um comentário sobre essa Pinóquia). Nossa, os adolescentes daquela época era menos barulhentos que as fogosas fãs da série Crepúsculo de hoje. Tinha zuada, mas para torcer pelo Indy e seu pai, na busca pelo Santo Graal. Nem as mentiras cara de pau da Pinóquia me tiraram a alegria de assistir Indiana Jones e a Última Cruzada, no cinema.

Para mim, toda quadriologia do personagem Indiana Jones, criada pelos dois gênios do cinema Steven Spielberg e George Lucas, é excelente. Quatro filmes marcantes, que entraram para história do cinema. Praticamente um empate técnico entre eles, onde apenas por ligeira vantagem, podemos classificá-los. O filme exibido ontem, para mim, é o segundo melhor, perdendo apenas para o primeiro Os Caçadores da Arca Perdida. Templo da Perdição e o recente O Reino da Caveira de Cristal (depois de tantos anos de espera e de ver outros aventureiros que pegaram carona no sucesso de Indy, o quarto filme deixou um pouquinho a deseja, o que não tira o mérito de ser um bom filme), ficam na terceira e quarta colocação, no meu ranking.

O roteiro é excelente, explicando a origem de algumas carcaterísticas do personagem, a menção rápida a Arca perdida do primeiro filme, ação e aventura eletrizante na dose certa, sem apelar para violência explícita, a coerência dos fatos, a implicita citação de passagens bíblicas  e um humor perfeito (as cenas do relacionamento entre Jones pai e Júnior, do velhinho bibliotecário carimbando os livros enquanto o Indy tente abrir um buraco no chão e o encontro dele com Hitler, com direito a um autográfo do diabólico ditador são hilárias). Enfim, um dos roteiros mais bem elaborados da história do cinema, que soube aproveitar um elenco de primeira, principalmente a química perfeita entre Harrison Ford e Sean Connery.

O elenco é um destaque a parte. Para mim, o melhor de toda a série. Logo no começo temos o saudoso River Phoenix (mais um jovem ator promissor, morto precocemente pelas malditas drogas), interpretando brilhantemente o Indy jovem, que se fosse feito hoje, íamos achar que era o Harrison Ford sendo juvenescido por computador. Até o famoso dedo levantado para alguém, típico de 99,99% dos filmes de Ford, foi perfeitamente reproduzido. Os vilões e os amigos do Indiana, dispensam comentário. Excelentes interpetações.

E Ford e Connery? Nossa!  Nunca mais vimos no cinema, uma química perfeita, entre dois grandes atores. Harrison Ford estava bastante a vontade com o personagem, depois de tê-lo feito por duas vezes (e imaginar que as escolha de Spielberg e George Lucas para o primeiro filme seria o tosco do Tom Selleck, que só não fez porque Caçadores seria filmado quando ele não estava de férias da série Magnum. Deus é justo). Muito carismático, passou para nós que dos quatro filmes, este foi o que ele mais se divertiu. Já o Sean Connery conseguiu, duplamente, fazer o que parecia impossível: fazer um personagem, que finalmente estivesse a altura do Indiana e, inesquecível como o seu James Bond dos anos 60. Pena que Connery se aposentou e no quarto filme, o seu personagem é falecido.  

Enfim, Indiana Jones e a Última Cruzada é um excelente filme, que merece ser visto e revisto várias vezes, sem se tornar chato e repetitivo. Uma prova que verdadeiros bons filmes marcam para sempre.  Fica a reflexão: Qual filme hoje em dia chega a este grau de perfeição? Nota: 10,0.

Rick Pinheiro.
Cinéfilo, apaixonado e saudosista dos bons filmes de verdade.