sexta-feira, 31 de maio de 2019

FILME E MERDA DO MÊS: MAIO/2019.

FILME DO MÊS:

Maio surpreendeu em relação aos lançamentos que chegaram aos nossos cinemas, obviamente, os que eu conferi. O motivo é que a maioria dos filmes serem ligeiramente acima da média, com notas oscilando entre 7,0 e 8,0. Logo, não é surpresa temos um empate técnico entre dois filmes, que conseguiram a proeza de obterem notas maiores. Mas, a grande surpresa é que um dos empatados é justamente Aladdin, inclusive, sendo o filme que recebeu de nós a maior nota.. Para ser sincero, não estava levando muita fé no live-action da clássica animação noventista da Disney, mas, acabei sendo surpreendido com um filmaço que nos leva por quase duas horas a um mundo de fantasia, com canções bem interpretadas, em números musicais memoráveis, bem coreografados. Ao mesmo tempo respeitando a animação original, mas, trazendo novidades e melhoras significativas, simplesmente, um espetáculo para todas as idades com o padrão Disney de qualidade.

O colega de empate não poderia ser outro que John Wick 3: Parabellum, que com certeza, deve encabeçar a lista dos melhores filmes do mês. Afinal, estamos falando num filme que já nasce como obra-prima do gênero de ação, com sequências eletrizantes, muito bem coreografadas e de fazer qualquer um pular da cadeira de tanta empolgação. O veterano Keanu Reeves se supera mais uma vez, e vai cada vez mais confirmando na seletíssima lista dos maiores astros de ação de todos os tempos. Filmaço que só não reinou sozinho e absoluto - ao menos na nossa lista -, apenas por ter dado o azar chegar no mesmo mês da surpresa que a Disney. Mesmo assim, não ficou de fora, arrancando o empate como nosso Filme do Mês, e com certeza, estará entre os melhores do ano.

MERDA DO MÊS:

Como nem tudo é perfeito nessa vida, infelizmente, mesmo num mês que tivemos vários filmes acima da média, não tivemos a mesma alegria do mês passado de não temos um filme ruim. Com todo jeitão de piloto de seriado televisivo (e se fosse, seria bem melhor e bastante eficiente) o novo Hellboy chegou a figurar isolado como único filme ruim do mês e se encaminhava tranquilamente para levar o nosso nada honroso título. Mas, justamente, na última semana do mês, a frustrante adaptação dos quadrinhos foi passada para atrás, por três filmes realmente ruins que brigaram feio para serem nossa Merda do Mês, que acabou indo para Anos 90. O filme de estreia como diretor do ator Jonah Hill está arrancando elogios da crítica, e com certeza, é presença obrigatória na lista dos melhores filmes do mês de muita gente. Mas, como sou apenas um cinéfilo do povão com gostos bem simples e sem nenhuma formação acadêmica de crítico de cinema, achei o filme uma bosta, com personagens chatos pra caralho, numa trama em ponto morto, que resulta num filme tão morgadão e arrastadão, a ponto da sua aproximada uma hora e vinte minutos de duração, parecerem cinco horas de pura tortura entendiante. Mesmo com a criatividade de Hill em nos ofertar não apenas um filme que se passa na década que dar título, mas, como se tivesse produzido na época, o resultado final é decepcionante. Não deu para concorrência, e disparado, é o nosso pior filme do mês e um seríssimo candidato ao pior do ano.

MENÇÕES HORROROSAS:

Como disse no parágrafo acima, a briga essa semana foi realmente feia entre três bombas que fazem o filme do anti-herói capeta ser um bom filme. Infelizmente, um dessas bombas é brasileira, o sucesso de bilheterias Kardec. Mesmo sendo uma produção luxuosa e caprichada, bem acima do padrão tupiniquim, isso nada adiantou ao filminho que mantém os mesmos erros grosseiros das produções nacionais de temática espírita, principalmente, o péssimo roteiro, que opta por um tosco didatismo, reforçado pelas atuações robóticas exigidas de um competente elenco totalmente desperdiçado, que simplesmente, dita suas falas ao invés de interpretá-las. Tão torturante quanto nosso pior filme do mês.

Ao menos Ma, nossa outra bomba do mês, consegue provocar inevitáveis gargalhadas por ser o típico "filme tão ruim que acaba divertindo", graças ao seu péssimo roteiro, que pega uma premissa até interessante e manda para as picas, com uma trama recheada de absurdos ridículos. Se tivesse sido anunciado como uma comédia de humor negro e satírica, até que não seria um filme tão ruim assim, mas, como oficialmente insiste em seu definir como uma produção do gênero do terror, acaba sendo, junto com a produção espírita tupiniquim, uma bosta, que dificilmente, ficará de fora da lista dos piores do ano.

Rick Pinheiro.
Cinéfilo alagoano.

MONSTROS À SOLTA!

 = Excepcional. /  = Muito bom. /  = Bom./  = Regular. / = Fraco. / Coco do Cachorrão= Preciso mesmo dizer?.

Godzilla II: Rei dos Monstros (Goodzilla: King of Monsters).
Produção estadunidense e japonesa de 2019.

Direção: Michael Dougherty.

Elenco: Kyle Chandler, Vera Farmiga, Millie Bobby Brown, Bradley Whitford, Sally Hawkins, Charles Dance, Thomas Middleditch, O'Shea Jackson Jr., Ken Watanabe, Ziyi Zhang, Aisha Hinds, entre outros.

Blogueiro assistiu na sala 2 do complexo Cinesystem Maceió em 31 de maio de 2019.

Cotação

Nota: 7,5.

Sinopse: Continuação de Godzilla (2014). Após perder o filho na treta de Godzilla em São Francisco em 2014, que acabou resultando na morte do filho pirralho, o cientista Mark Russell (Chandler) abandonou os estudos dos monstros titãs. Ao contrário dele, sua esposa e ex-parceira de pesquisas, Emma (Farmiga), prosseguiu e acaba de construir uma gerigonça para controlar os monstrengos. Mas, o ecoterrorista malvadão tá cagando para isso, sequestra Emma e sua filha (Brown), e Mark é procurado, e obviamente, se reintegra a antiga função.

Comentários: Cinco anos após o primeiro filme e dois anos após Kong: A Ilha da Caveira, o Monsterverse da Warner continua com mais um filme, que irá culminar no próximo ano com Godzilla vs. Kong, que trará o embate entre os dois icônicos monstros (inclusive, pegando o embalo do novo filme do lagartão, saiu ontem o primeiro cartaz do filme que treta entre eles). E em relação ao primeiro filme, temos uma significativa melhora, principalmente, no quesito porradaria entre os monstros. Mas, ainda sofre com o mesmo calcanhar de Áquiles do dois filmes anteriores do Monsterverse, em relação ao roteiro apenas satisfatório, com alguns furos e incoerências, e uma trama que só existe mesmo como mera desculpa esfarrapada para o fan service rolar solto e nos empolgar. Enfim, cumpre direitinho sua função de divertir como espetáculo descerebrado, mantendo o bom nível da franquia, e ainda eleva nossa ansiedade para Godzilla vs. Kong. Ah! E sem pressa de sair do cinema, já que, como os dois filmes anteriores, rola uma cena pós-créditos.

Rick Pinheiro.
Cinéfilo alagoano.


REALIDADE FANTASIADA E CANTAROLADA.

 = Excepcional. /  = Muito bom. /  = Bom./  = Regular. / = Fraco. / Coco do Cachorrão= Preciso mesmo dizer?.

Rocketman.
Produção britânica de 2019.

Direção: Dexter Fletcher.

Elenco: Taron Egerton, Jamie Bell, Richard Madden, Bryce Dallas Howard, Gemma Jones, Steven Mackintosh, Tom Bennett, Matthew Illesley, Kit Connor, Charlie Rowe, Tate Donovan, entre outros.

Blogueiro assistiu na sala 5 do complexo Kinoplex Maceió em 30 de maio de 2019.

Cotação

Nota: 7,0.

Sinopse: Cinebiografia musical, inspirada em fatos da vida do cantor e compositor Elton John. Desde criança (Illesley e Connor), Elton John (Egerton) mostrou um dom único para a música, apesar de não ser incentivado pelos pais (Mackintosh e Howard), mas, com todo apoio da avó (Jones). O filme mostra sua ascensão ao estrelato, a parceria e a amizade com Bernie Taupin (Bell), seu estouro como astro do pop rock e a queda e volta por cima pelos excessos.

Comentários: Depois do saudoso Freddie Mercury em Bohemian Rhapsody, agora é a vez do igualmente talentoso Elton John ter sua vida retratada e musicalizada nas telonas (e a modinha só está conversando, já que essa semana foi anunciado o filme sobre o Boy George). E impossível não fazer uma relação entre os dois filmes, principalmente, por ambos optam por mescla realidade e fantasia, embalados por números musicais, algo muito mais bem acentuado aqui. Dirigido pelo cara que foi chamado às pressas para finalizar Bohemian Rhapsody, Rocketman conta com um bom roteiro, que traz os pontos principais da conturbada vida e carreira de Elton John, trabalhando muito bem suas dores, sem medo de expôr o astro e de ousar, e nesse ponto, consegue levar uma ligeira vantagem sobre o filme anterior. Assim como este, o grande destaque fica para as atuações, em especial, do protagonista Taron Egerton, que simplesmente dar um show e incorpora de forma impressionante o cantor e compositor, numa performance completa (além de atuar, o cara também canta) que merece render prêmios ao ator.

É bem verdade que, assim como a cinebiografia de Freddie Mercury poderia ter sido muito melhor, mas, o resultado final aqui também não decepciona. Rocketman é  um bom filme, que cumpre bem sua função de retratar a vida do astro, sem apelar para o dramalhão e com bom humor e bem embalado nostalgicamente, que nos faz segurando para não dançar na sala do cinema. Vale a conferida.

Rick Pinheiro.
Cinéfilo alagoano.