domingo, 30 de novembro de 2014

MERDA DO MÊS: NOVEMBRO/2014.


E por pouco não deu dobradinha brasileira, entre o filme e a merda do mês de novembro, já que Apneia vinha liderando a merda do mês. Até que fomos salvos pelo francês Saint Laurent, segunda cinebiografia, só este ano, do aclamado e polêmico estilista já falecido. Não figura aqui pelas picas jogadas na nossa cara, nem pela ousadia, muito menos pela atuação corajosa de Gaspard Uliel. Mas, pelo péssimo roteiro, ritmo lento e uma duração exageradamente longa. Enfim, por ser uma tortura entediante é a merda do mês por méritos.

Rick Pinheiro.
Cinéfilo alagoano.

FILME DO MÊS: NOVEMBRO/2014.


Nossa! Como o ano passou depressa. Já estamos chegando ao último mês do ano. Um ano que nosso cinema não fez feio. Prova disso é que, pelo segundo mês seguido, um filme nacional brilha, entrando na nossa lista do Filme do Mês, desta vez com o emocionante Irmã Dulce. Cativante, envolvente e com um show de atuação das duas protagonistas, que simplesmente, atuaram na medida certa, no mesmo tom harmônico. O resultado um filmaço que vai além das expectativas até mesmo dos mais carolas. Mais uma vez, merecidamente, deu Brasil como filme do mês.

Rick Pinheiro.
Cinéfilo alagoano.

LOVE STORY GERIÁTRICO.

 = Excepcional. /  = Muito bom. /  = Bom./  = Regular. / = Fraco. 

Elsa & Fred (Elsa & Fred).
Produção estadunidense de 2014.

Direção: Michael Radford.

Elenco: Shirley MacLaine, Christopher Plummer, Marcia Gay Harden, Scott Bakula, Chris Noth, George Segal, James Brolin, Wendell Pierce, entre outros.

Blogueiro assistiu na sala 6 do complexo Cinesystem Maceió em 29 de novembro de 2014.

Cotação

Nota: 7,5.  

Sinopse: Fred (Plummer) é um viúvo que a contragosto vai morar num prédio por imposição da filha (Harden). Recluso  e razinza, Fred só quer passar o dia todo na cama. Sua rotina muda quando sua vizinha Elsa (MacLaine) se aproxima dele. A princípio reluta, mas Fred acaba cedendo as pressões de Elsa e os dois acabam se apaixonando, passando a viver situações divertidas lado a lado, onde ela mostra para ele que o lado bom da vida.

Comentários: Fato: Hollywood, como no resto do mundo, faltam papéis bons a atores veteranos da terceira idade, geralmente, sobrando-lhes coadjuvantes. Ainda bem que, de vez em quando, aparece um bom projeto para eles brilharem. Caso desta comédia romântica bonitinha, remake de uma produção espanhola de nove anos atrás, estrelado pelos ícones MacLaine e Plummer, que abraçam a oportunidade, se divertem e nos diverte, com ótimas atuações e uma química perfeita com seus figuraças personagens. Com um roteiro satisfatório e bobinho, o filme é um romance razoável, divertido em vários momentos, principalmente, nas tiradas e de quebra, ainda conta com um homenagem do cinema ao cinema.  O resultado é um filme leve, bonitinho, agradável e divertido.  Chame a patroa! Vale a pena conferir.

Rick Pinheiro.
Cinéfilo alagoano. 



sexta-feira, 28 de novembro de 2014

UMA VEZ FODÃO...

 = Excepcional. /  = Muito bom. /  = Bom./  = Regular. / = Fraco. 

De Volta ao Jogo (John Wick).
Produção estadunidense de 2014.

Direção: Chad Stahelski David Leitich.

Elenco: Keanu Reeves, Michael Nyqvist, Alfie Allen, Adrianne Palicki, Bridget Moynahan, Ian McShane, John Leguizamo, Willem Dafoe,  Daniel Bernhardt, entre outros.

Blogueiro assistiu na sala 5 do complexo Kinoplex Maceió em 28 de novembro de 2014.

Cotação

Nota: 8,5.  

Sinopse: John Wick (Reeves) é aposentado assassino fodão que prestou serviço a máfia russa, que tem que lidar com a perda da sua esposa. Ao final dia que ela foi sepultada, John é surpreendido com a entrega de um presente da finada, que lhe presenteou com um fofo cachorrinho. Mas, pouco dias após o funeral, o pet é assassinado por manés justamente da máfia russa, que roubam o carro de John. Puto da vida, John chuta o pau da barraca, e parte para uma jornada vingativa, botando pra foder em toda máfia russa.

Comentários: No ano em que "cinquentou" e também que completa vinte anos do fodástico Velocidade Máxima, o até pouco tempo sumidinho Keanu  Reeves, reaparece nas telonas em duas produções do gênero: 47 Ronins e esse De Volta ao Jogo. Se o primeiro, o resultado ficou deixando bastante a desejar, o mesmo não podemos falar deste, já que trata-se de um filme de ação bem porra-louca, com um roteiro que só serve para justificar essa porra-louquice, com sequências que em alguns momentos lembram dos games, que de tão surreais que provocam gargalhadas, que Reeves jura que 90% delas ele mesmo que atuou, sem dublê (se for verdade, quero chegar a idade dele com essas disposição). Se tivesse sido produzido nos saudosos anos oitenta, dificilmente não seria estrelado por Arnold Schwarzenegger, ou no começo deste século seria por Jason Statham, ambos reis da porra-louquice no gênero. Mas, foi Reeves que deu sorte e acabou emplacando mais um personagem fodão em sua carreira. E olhe que estamos falando do cara que deu vida ao Neo da trilogia Matrix. Enfim, com ação do começo ao fim, De Volta Jogo é ótimo filme feito sob medida para agradar aos fãs do gênero.

Rick Pinheiro.
Cinéfilo alagoano.

ATUAÇÕES CORAJOSAS EM SESSÃO DUPLA DE CINEMA.

 = Excepcional. /  = Muito bom. /  = Bom./  = Regular. / = Fraco. 

Boa Sorte.
Produção brasileira de 2014.

Direção: Carolina Jabor.

Elenco: Deborah Secco, João Pedro Zappa, Cássia Kis Magro, Fernanda Montenegro, Pablo Sanábio, Felipe Camargo, Gisele Fróes, Enrique Díaz, entre outros.

Blogueiro assistiu na sala 4 do complexo Cinesystem Maceió em 20 de novembro de 2014.

Cotação

Nota: 7,0.  

Sinopse: João (Zappa) é um adolescente problemático que é internado numa clínica psiquiátrica, pelos seus pais (Camargo e Fróes). No local, seu comportamento só piora, vivendo voluntariamente recluso. Até que ele conhece Judite (Secco), uma dependente química que já usou de tudo, que tem HIV e está nas últimas. Os dois iniciam uma amizade, e depois, engatam um romance que irá marcar para sempre suas vidas, o que motiva João a prolongar sua estadia no local, para ficar perto da amada.

Comentários: Ao mesmo tempo veículo para o estrelato, as novelas da poderosa Rede Globo, na maioria das vezes, não apenas desperdiça os talentos do seu inegável espetacular elenco de grandes atores, como também ainda cria esteriótipos para alguns. Ainda bem que existem outros veículos para que estes deitem e rolem com seu talento. É o caso, por exemplo, de Deborah Secco que, se nas telinhas é desperdiçada com o mesmo tipo de personagem, na telona, procura projetos mais ousados, que exijam muito mais do que seu rostinho lindo. No caso de Boa Sorte, filme de estreia da filha do cineasta e metido a sabichão pseudo-intelectual Arnaldo Jabor, a atriz despe não somente a roupa, mas, também de toda vaidade, chegando a ficar magérrima para dar vida a uma personagem com altíssima carga dramática, bastante diferente das mocinhas abestalhadas e melosas que geralmente interpreta na telinha. Aproveitando-se de um bom roteiro, a atriz dar um show de atuação, contagiando seu colega de cena, o novato João Pedro Zappa  que, ressalvadas as devidas proporções, também não faz feio. Apesar de ser um drama pesadão e melancólico,o resultado final é um bom filme nacional que merece ser conferido. 




Saint-Laurent (Sain-Laurent).
Produção francesa de 2014.

Direção: Bertrand Bonello.

Elenco: Gaspard Ulliel, Jéremié Renier, Léa Seydoux, Louis Garrell, Amira Casar, Helmut Berger, entre outros.

Blogueiro assistiu na sala 1 do complexo Cinesystem Maceió em 20 de novembro de 2014.

Cotação

Nota: 2,0.  

Sinopse: Cinebiografia do estilista francês Yvês Saint Laurent (Uliel). A trama se passa entre 1967 e 1976, período do auge criativo do estilista, mas, também época em que ele mergulhou na putaria pederasta e nas drogas, atitudes destrutivas que por pouco não destruíram sua carreira e o império construído que vingou até hoje. 

Comentários: 2014 está sendo o ano das cinebiografias. Pipocaram um monte, não somente produzidas por aqui, mas, também lá fora. Só o polêmico estilista argeliano Yves Saint-Laurent (01/08/1936 - 01/06/2008) ganhou duas cinebiografias somente este ano. Não assistir a primeira, mas, sobre esta que acaba de ser lançada por aqui, posso dizer que é um filme chato pra caralho, arrastado, entendiante, que exagera na dose de ousadia, jogando na cara do espectador algumas picas, o que acaba sendo além de deselegante, irritante para quem não dar marcha-ré no quibe como o finado estilista. Além disso, abusa em detalhes técnicos que só para os que entendem o descartável e inútil mundo da moda, torna o filme ainda mais sonífero. Se o filme é essa merda toda, por quê estou dando uma cotação e nota que não condizem com tanto xingamento? Pelo simples fato do show de atuação de Gaspard Uliel, mais conhecido por aqui por ter feito o jovem Hannibal Lecter no lixo Hannibal - A Origem do Mal. Numa atuação corajosa, o cara simplesmente se joga no personagem, dando um show de interpretação. É justamente essa atuação que ameniza um pouquinho de nada as absurdas duas horas e meia de tortura francesa entediante.  


Rick Pinheiro.
Cinéfilo alagoano.