quarta-feira, 30 de novembro de 2016

MERDA DO MÊS: NOVEMBRO/2016.


2016 está quase no fim e o balanço geral, para nós cinéfilos, é que foi um ano fodástico, como nunca mais tínhamos vivido. Tanto que teve alguns meses que não tivemos um filminho ruim chegando aos nossos cinemas. Infelizmente, não é o caso de novembro que chegaram logo duas tranqueiras. Querendo embasar o excelente ano que, finalmente, o gênero do terror vem tendo, temos O Quarto dos Esquecidos, filminho que, com o perdão do tosco trocadilho, é para ser esquecido. E no quesito picaretagem, mais um vez, o Brasil marca presença em nossa lista. Aproveitando o sucesso da youtuber Kéfera, trataram logo de empurrar a tranqueira O Amor de Catarina goela abaixo, um filminho que sequer chegaria em festivais, quanto mais nos cinemas, e que só chegou, pela micro-presença da moça. No confronto direto, o filme nacional leva a pior. Mas, vamos decretar um empate técnico e premiar os dois filmes com esse título nada honroso. 

Rick Pinheiro.
Cinéfilo alagoano.

FILME DO MÊS: NOVEMBRO/2016.


E chegamos a um final de mais um mês, o penúltimo do ano. Realmente, o tempo passa rapidinho. No mês em que a maioria dos lançamentos são filmes medianos, que a crítica rasgou elogios para o legalzinho A Chegada e  que a magia reinou nas bilheterias em dose dupla, nosso filme do mês vai para Doutor Estranho. É bem verdade que a fórmula Marvel já demonstra sinais de cansaço e espero de coração que no próximo ano, haja uma boa renovação. Mesmo assim, mais uma vez, consegue a proeza digna dos super-heróis criados pelo mestre Stan Lee, de cumprir bem direitinho a missão, e arrancar mais uma vez de nós o título de filme do mês.

Rick Pinheiro.
Cinéfilo alagoano.

segunda-feira, 28 de novembro de 2016

SORRIA, VOCÊ ESTÁ SENDO FILMADO!

 = Excepcional. /  = Muito bom. /  = Bom./  = Regular. / = Fraco. / Coco do Cachorrão= Preciso mesmo dizer?.

Snowden - Herói ou Traidor. (Snowden).
Produção estadunidense, alemã e francesa de 2016.

Direção: Oliver Stone.

Elenco: Joseph Gordon-Levitt, Shailane Woodley, Melissa Leo, Zachary Quinto, Rhys Ifan, Tom Wilkinson, Timothy Oyphant, Scott Eastwoo, Nicolas Cage, entre outros.

Blogueiro assistiu na sala 4 do complexo Cinesystem Maceió em 28 de novembro de 2016.

Cotação

Nota: 7,0.  

Sinopse: Baseado em fatos. O filme gira em torno da figura controversa de Edward Snowden (Gordon-Levitt), ex-agente da C.I.A. e da N.S.A. que em 2013, procurou repórteres do jornal The Guardian,  chutou o pau da barraca e colocou a boca no trombone, denunciando um polêmico esquema de vigilância do Governo Estadunidense, que não somente espiona potenciais inimigos do país, mas, todo cidadão comum de qualquer país do mundo.

Comentários: Se tem um cara que não tem medo e é fera em meter o dedo nas feridas dos Estados Unidos é o mestre Oliver Stone. Platoon, JFK - A Pergunta que Não Quer Calar são bons exemplos disso. Mas, praticamente na mesma proporção, o mestre Stone pisa na bola fazendo filmes totalmente inferior ao seu inegável talento como por exemplo As Torres Gêmeas, um filminho bacaninha que aparenta ter sido dirigido por qualquer ilustre desconhecido menos por Stone, e o malhadíssimo por todos os lados Alexandre. Seu novo trabalho, Snowden - Herói ou Traidor fica no meio do caminho. Não chega ser uma bomba, mas, também não chega a ser um filme com Stone metendo dedo na ferida (no máximo, apenas colocando um merthiolate de hoje em dia que não arde porra nenhuma e ainda assoprando). Isso porque o roteiro não passa de um costumeira cinebiografia que romanceia demais os fatos, enaltecendo a figura do cinebiografado, respondendo de cara em que lado da pergunta do desnecessário sub-título tupiniquim o filme assume. Em síntese, um interessante filme, que não está à altura do mestre Stone, mas, pelo menos é competente, prende a atenção, graças principalmente a boa atuação de um elenco talentoso (destaque para Joseph Gordon-Levitt, que manda muito bem com um atuação sóbria) e nos faz ficar grilado que todos nós somos participantes involuntários de um Big Brother da vida real. Ah, e saia devagarzinho do cinema, pois durante a primeira metade dos créditos finais vai mostrando alguns fatos ocorridos após o verdadeiro Snowden jogar a merda no ventilador.

Rick Pinheiro.
Cinéfilo alagoano. 

domingo, 27 de novembro de 2016

RECORDAR É REVER: OS TRAPALHÕES NA GUERRA DOS PLANETAS.

 = Excepcional. /  = Muito bom. /  = Bom./  = Regular. / = Fraco. / Coco do Cachorrão= Preciso mesmo dizer?.

Os Trapalhões na Guerra dos Planetas.
Produção brasileira de 1978.

Direção: Adriano Stuart.

Elenco: Renato Aragão, Dedé Santana, Mauro Gonçalves, Mussum, Pedro Aguinaga, Arlete Moreira, Wilma Dias, Tereza Mascarenhas, Risa, Maria Cristina, Emil Rached, Carlos Kurt, Carlos Bucka, entre outros.

Blogueiro assistiu na TV aberta (Globo), em home vídeo (VHS) e no notebook.
CotaçãoCoco do Cachorrão

Nota: 0,0.  

Sinopse: Fugindo para não levar uma porrada de um monte de brutamontes após mexerem com uma mulher de um deles, quatro amigos (Aragão, Santana, Mussum e Gonçalves) vão se esconder no meio do mato. A noite, eles são visitados pelo Príncipe Flick (Aguinaga) e seu fiel parceiro Bonzo (Rached), que lhe pedem arrego para que os ajudem a combater o malvadão Zuco (Bucka), que sequestrou sua amada princesa Myrna (Nunes). O quarteto topa e parte para o outro planeta para cumprir a missão.

Comentários: Filme que marca a estreia do saudoso Zacarias (que aqui é creditado com seu nome, Mauro Gonçalves), a terceira maior bilheteria da história do grupos e, se não me falha a memória, foi o filme do divertido quarteto mais exibido na TV, superando até mesmo Os Saltimbancos Trapalhões. Como nenhum sucesso do cinema passava despercebido pelo grupo, o fenômeno de sucesso do primeiro Star Wars, não poderia ficar de fora e o quarteto tratou logo de fazer a sua paródia. Uma pena que nesse caso, acredito que a presa tenha sido a inimiga da perfeição. O problema aqui não é nem a falta de coerência, lógica e aprofundamento do roteiro, o elenco coadjuvante canastrão ao extremo (dois elementos costumeiros nos filmes do grupo, que a gente até tolerava porque se divertia demais com o carisma individual e a química entre eles), e os toscos efeitos especiais a la Chapolin Colorado, mas sim uma puta sucessão de erros grosseiros. A começar pela falta de história onde, simplesmente, pegaram a premissa original e ligaram o piloto automático na elaboração do péssimo roteiro, com uma história inexistente, com nenhuma piada realmente engraçada. Até o costumeiro irritante final infeliz amoroso do Didi (quando pirralho odiava isso) aqui chega ao ápice do ridículo e do absurdo. Mas, o tiro de misericórdia, sem sombra de dúvida, é o excesso em repetição de sequências em câmera lenta ou em fast foward, com irritantes efeitos sonoros de desenhos animados e a sofrível trilha vomitados em nós repetida e exaustivamente praticamente no decorrer de todo filme. Único ponto positivo é parte técnica, em especial, os figurinos dos vilão e sua meia-dúzia da capanga e da versão brasileira do Chewbacca. Mas, não suficientes para salvar Os Trapalhões na Guerra dos Planetas de ser um dos piores filmes do saudoso grupo, e sem a presença dos futuros pés-frios Xuxa, Angélica, Gugu Liberato e Dominó. Se quando criança eu torcia o nariz para este filme, hoje, para mim, tornou-se insuportável assisti-lo, mesmo sendo super-fão do grupo. Assista em consideração ao saudoso grupo, mas, já sabendo que é uma merda.

Rick Pinheiro.
Cinéfilo alagoano. 

sábado, 26 de novembro de 2016

ETERNA SELENE EM TERRORZINHO REPLETO DE CLICHÊS.

 = Excepcional. /  = Muito bom. /  = Bom./  = Regular. / = Fraco. / Coco do Cachorrão= Preciso mesmo dizer?. 

O Quarto dos Esquecidos (The Disappointments Room).
Produção estadunidense de 2016.

Direção: D. J. Caruso.

Elenco: Kate Beckinsale, Mel Raído, Gerald McRaney, Lucas Hill, Duncan Joiner, Michaella Conlin, Michael Landes, entre outros.

Blogueiro assistiu na sala 1 do complexo Cinesystem Maceió em 26 de novembro de 2016.

Cotação

Nota: 4,5.  

Sinopse: Após uma tragédia familiar que deixou traumas profundos, o casal David (Raído) e Dana (Beckinsale) se mudam junto com o filho pirralho (Joiner) para uma mansão velha, caindo aos pedaços, no feofó dos States. Empolgada junto com a família achando que seria o começo de uma vida nova, Dana, que é arquiteta, inventa de fazer uma puta reforma no lugar que se encontra praticamente caindo aos pedaços. Mas, ela acaba descobrindo que entrou numa roubada sobrenatural e que  ela e sua família não são os únicos moradores da casa.

Comentários: Faltando uma semana para chegar aos nossos cinemas o novo filme da franquia Anjos da Noite, chega esse filminho de terror estrelado pela eterna Selene, Kate Beckinsale. E engana-se que a talentosa atriz só viva da personagem fodona, já que ela emenda um filme atrás de outro, trafegando por variados gêneros, com direito até ser uma possível candidata a melhor atriz no Oscar do próximo ano. Uma pena que, como todos nós sabemos, nem sempre quantidade e qualidade andam juntas, e a atriz tope fazer algumas bombas como este Quarto dos Esquecidos, que tem um roteiro fraco, sem criatividade, recheadão até o talo de clichês, que ainda se arrisca no dramalhão, com uma história batidona, sem susto nenhum e com um clímax e final insossos. Beckinsale até que segura bem a nossa atenção, com uma boa atuação, mas, realmente, o roteiro e a fraca direção não ajudam, e o resultado final é frustrante. No ano que o gênero do terror deu sua merecida volta por cima, uma pena que filminhos como este, que nem fedem, nem cheiram, tentam estragar a festa. Esquecível e descartável, é melhor guardar o dinheiro para na próxima semana ver a talentosa atriz voltando com tudo como a fodona Selene. 

Rick Pinheiro.
Cinéfilo alagoano.