domingo, 31 de agosto de 2014

MERDA DO MÊS: AGOSTO/2014.


Infelizmente, sempre tem um filme para melar a boa fase do nosso cinema nacional. Também, com a quantidade exagerada de comédias bobas e descerebradas que são produzidas e cinebiografias desnecessárias de gente desinteressante, não era para menos. Mesmo assim, até que as danadas das comédias estão se saindo bem, não somente de bilheterias, mas, também por não serem tão ruins. Mas, para garantir a presença nacional neste desconfortável ranking, eis que surge Não Pare na Pista - A Melhor História de Paulo Coelho. A cinebiografia do bajuladíssimo escritor não chega ser uma merda total e até tem bons momentos, graças a atuação de um elenco afiadíssimo. Mas, não só de um bom elenco vive um filme, mas, também de todo o conjunto, com destaque para o roteiro. E é justamente neste, que o filme erra feio a ponto de tornar o cinebiografado mais chato, antipático e mala do que é realmente. Por isso mesmo, gabaritou o filme para ganhar o incômodo título de Merda do Mês deste blogueiro.

Comentários em:

Rick Pinheiro.
Cinéfilo alagoano.

FILME DO MÊS: AGOSTO/2014.


Mais um mês termina e com ele a avaliação dos filmes que chegaram a telona. Como vem ocorrendo em boa parte dos meses deste ano, mais uma vez, a média deixa muito a desejar. Prova disso que o filme do mês, Os Mercenários 3, teve a nota deste blogueiro 8,5. Não que a nova aventura de um histórico elenco estrelar, encabeçada por Sylvester Stallone, seja um filme ruim. Mas, o eterno Rambo errou feio no roteiro. Como se não bastasse diminuir ainda mais a minúscula participação do ícone marcial Jet Li, ainda por cima, tira de cena muito cedo um dos membros da equipe original mais interessante, e comete a burrada das burradas em afastar por um tempinho o elenco original, dando um tempo desnecessário a ilustres desconhecidos da nova geração que, sinceramente, nem fede, nem cheira. Mas, com todos esses defeitos, o filme consegue ser divertido, empolgante, envolvente, dando-lhe todo o mérito de ser o filme do mês. As Tartarugas Ninja e De Olho no Tornado surpreenderam e, por meio ponto, não figuravam ao lado da festa da testosterona promovida por Stallone.

Comentários em: 

Rick Pinheiro.
Cinéfilo alagoano.

MUITO MAIS CAROLA DO QUE FILOSÓFICO.

 = Excepcional. /  = Muito bom. /  = Bom./  = Regular. / = Fraco. 

Deus Não Está Morto (God's Not Dead).
Produção estadunidense de 2014.

Direção: Harold Cronk.

Elenco: Shane Harper, Kevin Sorbo, David A.R. White, Dean Cain, Paul Kwo, Marco Khan, entre outros.

Blogueiro assistiu online (site Assistafilme.com) em 30 de agosto de 2014.

Cotação

Nota: 6,5.  

Sinopse: Josh Wheaton (Harper) é um jovem carola que acaba de ingressar na universidade. Logo na primeira aula tem de encarar Radisson, arrogante professor de filosofia que não acredita em Deus e quer impôr suas ideias ateias. O professor o desafia a provar a existência de Deus em três aulas. Inicia-se um confronto ideológico onde cada um irá provar que suas respectivas crenças e convicções são verdadeiras e por tabela que as do outro são falsas.

Comentários: Uma premissa bastante interessante, afinal, parte de uma frase polêmica dita pelo filósofo Friedrich Nietzsche, que me deixou super-ansioso para assistir este filme. Infelizmente, não assistir no cinema, já que o Kinoplex, única sala de Maceió a exibi-lo, presta o desfavor de ofertá-lo apenas na versão dublada. Ainda bem que existem os sites que postam filmes online. Infelizmente, a premissa é desperdiçada totalmente com um roteiro fraco, que ao invés de ousar, provocar o diálogo e a reflexão com questionamentos filosóficos das duas posições, limita-se a argumentos fracos que sequer tocam ou mencionam ideias de pensadores cristãos e nem citam o nome do pensador cuja frase dar nome ao filme. Para completar o desperdiço, o filme ainda traz um monte de desnecessárias sub-tramas que vão da repórter que descobre ter câncer, passando por dois jovens, uma muçulmana e outro chinês, que se convertem ao Cristianismo, até um pastor e amigo que tentam viajar de férias, boa parte delas sem desfecho, que só servem apenas para encher linguiça. Salva-se apenas justamente as sequências de embates entre aluno e professor, mesmo com argumentos tão fracos de ambos os lados, que tornam o filme bem interessante, mais do que realmente é. Enfim, na verdade trata-se de mais um filminho carola protestante que são lançados ao monte nos States e que chegam aqui diretamente em home vídeo. Bobinho, bonitinho divertido em alguns momentos e com ótimas mensagens de fé clichês para toda a família (por isso mesmo, não deixa de ser recomendável). A novidade, a ousadia e o debate filosófico levado a sério ficaram no vácuo. 

Rick Pinheiro.
Cinéfilo alagoano. 



sábado, 30 de agosto de 2014

REFLEXÕES FILOSÓFICAS DE WOODY ALLEN.

 = Excepcional. /  = Muito bom. /  = Bom./  = Regular. / = Fraco. 

Magia ao Luar (Magic in the Moonlight).
Produção estadunidense de 2014.

Direção: Woody Allen.

Elenco: Colin Firth, Emma Stone, Eileen Atkins, Marcia Gay Harden, Hamish Linklater, Simon McBurney, Jacki Weaver, entre outros.

Blogueiro assistiu na sala 8 do complexo Cinesystem em 30 de agosto de 2014.

Cotação

Nota: 7,0.  

Sinopse: Stanley Crawford (Firth) é um excêntrico cético que ganha a vida como mágico. Convidado por um amigo de longas datas, Stanley vai a uma mansão no sul da França para desmascarar Sophie (Stone), uma suposta médium. Seco para desmascarar a moça, Stanley a medida em que se aprofunda da investigação, alguns fatos farão questionar e abalar suas convicções céticas.

Comentários: Galera intelectualizada está em festa. Chegou às telonas um novo filme do bajuladíssimo Woody Allen. Particularmente, não tenho tanta empolgação, apesar de admitir que o cara é genial e, de vez em quando, realiza obras-primas que agradam intelectualizados e o povão como este blogueiro. Sobre seu novo trabalho, temos mais um filme com um roteiro inteligente, muito bem elaborado por Allen, desta vez com direito a citações de filósofos com Nietzsche e alguns questionamentos filosóficos, que não provoca risadas e gargalhadas gratuitas como um besteirol que arrebenta nas bilheterias, com excelentes atuações de um elenco estrelar, muito bem conduzido por Allen. Em síntese, mais um bom filme do diretor que agradará aos seus fãs, e alguns poucos fora deste círculo intelectualizado.

Rick Pinheiro.
Cinéfilo alagoano. 



AÇÃO DESENFREADA EM SESSÃO DUPLA DE CINEMA.

 = Excepcional. /  = Muito bom. /  = Bom./  = Regular. / = Fraco. 

No Olho do Tornado (Into the Storm).
Produção estadunidense de 2014.

Direção: Steven Quale.

Elenco: Richard Armitage, Sarah Wayne Callies, Matt Walsh, Max Deacon, Nathan Kress, Alycia Debnam-Carey, Arlen Escarpeta, Jeremy Sumpter, entre outros.

Blogueiro assistiu na sala 5 do complexo Cinesystem Maceió em 29 de agosto de 2014.

Cotação

Nota: 8,0.  

Sinopse: Numa pequena cidade do interior dos Estados Unidos, um poderoso tornado é formado causando destruição por onde passa. Em seu encalço, um grupo de documentaristas caçadores de tornados liderados pelo ganancioso Pete (Walsh), que vive batendo de frente com a meteorologista Allison Stone (Callies), e dois sem-noções porra-loucas que querem se tornar celebridades da internet. Paralelamente, um pai de família (Armitage), vice-diretor de uma escola, se arrisca com um dos seus filhos (Kress), para resgatar seu outro filho, Donnie (Deacon), que ao ajudar sua paixonite Kaitlyn (Debnam-Carey) na realização de um documentário escolar, acabam ficando soterrados com a passagem do tornado.

Comentários: Em 1996, com um roteiro bobinho, Twister arrebentou como um furacão, arrastando público mundo a fora, que ficou de queixo caído com os efeitos especiais. Dezoito anos depois chega esse No Olho do Tornado e, com o avanço da tecnologia, o resultado ainda é mais surpreendente. O roteiro raso, com personagens fraquinhos e desinteressantes, apenas para justificar os efeitos especiais, continua o mesmo. E são justamente os efeitos especiais que tornam o filme empolgante, envolvente, prendendo a nossa atenção de tal maneira que nos pegamos torcendo justamente pelos personagens fraquinhos e interessantes. Enfim, por ter um excelente parte técnica, No Olho do Tornado surpreende por ser um ótimo filme, bem melhor do que prometia e pretendia ser, portanto, vale a pena conferi-lo, de preferência, numa sala muito bem equipada.


 



Lucy (Lucy).
Produção francesa de 2014.

Direção: Luc Besson.

Elenco: Scarlett Johansson, Morgan Freeman, Min-sik Choi, Amr Waked, Analeigh Tipton, entre outros.

Blogueiro assistiu na sala 2 do complexo Cinesystem Maceió em 29 de agosto de 2014.

Cotação

Nota: 7,0.  

Sinopse: Após uma noitada, Lucy (Johansson) é forçada pelo seu ficante a entregar uma mala ao misterioso bandidão Sr. Jang (Choi). De cara, descobre que se meteu numa roubada e o bandidão a usa como mula, para transportar dentro do seu corpo, uma nova droga sintética. Só que um dos capangas do cara, inventa de dar umas porradas em Lucy e o pacote dentro dela se rompe, liberando a droga. O resultado é que a danada provoca a liberação de áreas do cérebro da moça que nenhum ser humano tinha usado e, gradativamente, ela vai usar toda a sua capacidade cerebral, botando para foder na bandidagem, contando com a ajuda de um renomado cientista especialista no tema (Freeman) e de um policial francês (Waked).

Comentários: Que Luc Besson é o mais hollywoodiano dos diretores europeus não é novidade nenhuma. Que o cara é criativo, também não. Muito menos é novidade que boa parte de suas produções tem um roteiro surreal que serve de trampolim para sequências de ação frenética e eletrizantes. Lucy tem tudo isso e um único detalhe que faz a diferença: a presença de Scarlett Johansson, que mais uma vez arrebenta tanto nas sequências de ação, como também com uma atuação impecável, dando um show "pra variar". O resto é o do mesmo: roteiro satisfatório, raso, surreal, apenas para justificar a porra-louquice correr solta, mas, que se perde um pouco por acrescentar uma xaropada pseudo-científico e pseudo-filosófica que nem fede, nem cheira e, principalmente, no clímax e desfecho fraco demais. Enfim, diversão descerebrada a la Besson que provoca risadas involuntárias pelos absurdos que são jogados em menos de uma hora e meia.


Rick Pinheiro.
Cinéfilo alagoano.