sexta-feira, 30 de março de 2018

TOP 10: PRODUÇÕES BÍBLICAS COM O ELENCO ESTRELAR.

Reunindo vários estilos literários e trazendo histórias emocionantes, a Bíblia é uma riquíssima fonte de inspiração para as mais variadas artes, o que resulta ainda hoje de peças teatrais amadoras nas igrejas (participei de várias nos vinte anos que passei engajado na Igreja evangelizando através do teatro) à super-produções épicas hollywoodianas do cinema e espetáculos musicais da Broadway. Muitas dessas adaptações bíblicas profissionais reúnem um elenco estrelar (próximo a nós, Nova Jerusalém em Pernambuco, é um ótimo elenco), e nessa postagem iremos listar as produções para as telonas e as telinhas que mais reuniu astros e estrelas para contar histórias da Bíblia. O critério que utilizamos é que a obra tenha sido adaptada da Bíblia - independente da fidelidade ou não aos textos sagrados -, e não de livros ou ideias originais, como por exemplo, Ben-Hur, Spartacus, O Manto Sagrado, A Última Tentação de Cristo, Ressurreição e Últimos Dias no Deserto. Cada listado vem acompanhado de uma estrela (), indicando o número de nomes conhecidos no elenco. Obviamente, você pode discordar da minha lista, principalmente, por muitos dos atores citados são astros e estrelas do passado, e que hoje em dia, infelizmente, são poucos lembrados. Então, fique a vontade para discordar da nossa lista, e sugiro que faça a sua nos comentários (algo que peço mas, infelizmente, ninguém faz. Rssssss...). Enfim, antes que chegue o domingo de Páscoa, vamos ao nosso Top 10.

10. Os Dez Mandamentos - O Filme.
 = 6.

Abrimos a nossa lista com aquele que, até o momento em que escrevo esta postagem, é o filme de maior bilheteria do cinema nacional, infelizmente, não por méritos próprios. A novela retalhada às pressas da Rede Record traz um elenco de ex-globais, a maioria com passagens pouco memoráveis pela poderosa emissora carioca da família Marinho. Tinha tudo para está no topo da nossa lista, mesmo sem levar em conta a novela que, por ser consideravelmente mais longa, deve ter mais gente. E só não está, porque resolvi fazer uma rápida pesquisa prévia entre alguns amigos, perguntando quais os nomes conhecidos do elenco (como assisto muitos filmes e séries, tem muita gente que não estourou, sendo um ilustre desconhecido para a maioria das pessoas comuns), e acabei me surpreendendo na redução drástica. Encabeçado por Guilherme Winter (tanto eu, como meus amigos, não lembram de outro trabalho memorável do cara) que surpreende e dar um show como Moisés, pelo ex-galã de Malhação, Sérgio Marone como Ramsés, foram lembrados a musa de Os Mercenários, Giselle Itié, a eterna Maysa, Larissa Maciel, a eterna Anita, Mel Lisboa, e as ex-mocinhas de Malhação, Juliana Didone e Samara Felippo (curiosamente, está voltando a contracenar com Roger Gobeth, seu par romântico na novelinha teen sem fim da Globo). Para minha surpresa, a galera não lembrou da ex-apresentadora da MTV, Babi Xavier, do pai da Sasha, Luciano Szafir, e de veteranos atores como Paulo Gorgulho (da novela Pantanal e do remake O Cangaceiro), Lizandra Souto (ex-esposa do ex-jogador de vôlei Tande, que teve alguns personagens memoráveis em novelas globais) e da eterna Divina Magda, Vera Zimmermann, entre outros, o que acabou resultando na queda drástica de posição na nossa lista. Realmente, brasileiro é povo de memória fraca. E isso acabou prejudicado a posição do filme na nossa lista, mas, pelo menos não ficou de fora,  e ainda desbancou um monte de super-produções clássicas hollywoodianas.

9. Êxodo: Deuses e Reis.
 = 6.

Mais uma produção recente que desbancou clássicos hollywoodianos. A versão épica do mestre Ridley Scott, que narra a história de Moisés à la Gladiador, é protagonizada por Christian Bale, num elenco que conta também com Joel Edgerton (coadjuvante que cada vez mais ganha espaço, atualmente em cartaz, ao lado de Jennifer Lawrence, em Operação Red Sparrow), um dos parceirões frequentes de Adam Sandler, John Turturro, Ben Mendelsohn (outro coadjuvante que também está ganhando mais espaço, atualmente em cartaz como o vilão de Jogador Nº 1) e os veteranos Ben Kigsley e a eterna Ripley da tetralogia Alien, Sigourney Weaver.

8. O Senhor dos Milagres.
 = 7.

Geralmente, animações hollywoodianas reúnem um elenco estrelar dando vozes aos seus personagens, e esta adaptação em bonecos de barro da vida de Jesus de Nazaré, é uma delas. Dando voz a Jesus, Ralph Fiennes, encabeça um elenco de atores veteranos formado por Julie Christie, William Hurt, o eterno Bilbo Bolseiro da trilogia O Senhor dos Anéis, Ian Holm, Miranda Richardson, o Dr. Octupus de Homem-Aranha 2, Alfred Molina, e do quase Wolverine, Dougray Scott.

7. Irmãos de Fé.
 = 8.

Outra produção tupiniquim que desbancou muitas super-produções épicas gringas. A segunda e última inclusão nas telonas do Padre Marcelo Rossi, conta a história de Paulo Apóstolo, vivido por Thiago Lacerda, que encabeça o elenco que conta com nomes como os veteranos Othon Bastos, José Dumont e Bemvindo Siqueira, do marido da Fernanda Lima, Rodrigo Hilbert, dos saudosos Cláudio Corrêa e Castro e Fábio Sabag,  e do Bené de Cidade de Deus, Phelippe Haagensen.

6. Noé.
 = 8.

O primeiro filme bíblico ruim na nossa lista. Para contar sua versão para a história de Noé, o diretor ateu Darren Aronofsky (Cisne Negro e do controverso Mãe!) promoveu o reencontro do casal de astros do oscarizado Uma Mente Brilhante, Russell Crowe e Jennifer Connelly, e do casal da adaptação do best seller, As Vantagens de Ser Invisível, o eterno Percy Jackson e eterna Hermione, Logan Lerman e Emma Watson. Além disso, escalou também os veteranos, Ray Winstone, Nick Nolte, Frank Langella e o eterno Hannibal Lecter, Anthony Hopkins. Uma pena que o filme não faça jus ao seu elenco. Ao menos é superior ao telefilme A Arca de Noé, estrelado por Jon Voight, simplesmente o pior filme bíblico da história.

5. A Bíblia... No Início.
 = 8.

Saltando radicalmente de um dos piores para um dos melhores filmes bíblicos de todos os tempos. De forma poética e criativa, e ao mesmo tempo com uma impressionante fidelidade ao primeiro livro bíblico, o saudoso diretor John Huston reuniu um elenco estrelar da época, e de quebra, ainda foi o único que até hoje, trouxe dignidade a Noé, dando vida ele mesmo ao personagem. Além de Huston, dão vida aos personagens bíblicos do Livro do Gênesis astros e estrelas hollywoodianas que marcaram época, os saudosos Richard Harris (um ator que podemos dizer que foi do Gênesis ao Apocalipse, já que três décadas depois, deu vida a Abraão e ao escritor do último livro bíblico, o apóstolo João), Ava Gadner, Peter O' Toole, George C. Scott, Michael Parks, e o eterno Messala do clássico oscarizado Ben-Hur, Stephen Boyd. Também no  elenco, o eterno Django, Franco Nero.

4. A Maior História de Todos os Tempos.
 = 9.

Mais um salto qualitativo na nossa lista, desta vez, do melhor para o pior. Na mesma época do clássico Rei dos Reis, o cultuado diretor George Stevens também trouxe sua versão para a história de Jesus de Nazaré com elenco muito mais estrelar que o clássico da Sessão da Tarde e do Corujão, encabeçado pelo competente Max Von Syndow como Jesus, trazendo astros como Chalton Heston, Martin Landau, Roddy McDowall, Donald Pleasence, o eterno Kojak, Telly Savalas, Robert Loggia, John Wayne e Sidney Poitier, boa parte em pequenas participações, inclusive, os dois últimos são praticamente figurantes de luxo. Até hoje é o filme sobre Jesus, que reuniu o maior número de astros e estrelas. Pena que um elenco tão estrelar esteja num dos piores filmes bíblicos de todos os tempos, que, curiosamente, vem acompanhado em boxes de DVD com a obra-prima de Huston.

3. Maria, Mãe do Filho de Deus.
 = 10.

Para mim, a segunda grande surpresa da nossa lista. No meio de inúmeras produções bíblicas épicas e clássicas, deu Brasil no pódio, levando o nosso bronze. O debute do Padre Marcelo Rossi nas telonas, que estrela ao lado da então atriz-mirim Ana Beatriz Cisneiros, e dos globais Giovanna Antonelli e do atual garoto-propaganda da Mega da Virada, Luigi Barrichelli, à frente de um ótimo elenco que conta com José Dumont, Thiago Martins, Tonico Pereira, Ewerton de Castro e os saudosos José Wilker, Fábio Sabag, Ítalo Rossi e o eterno Visconde do Sitio do Pica-pau Amarelo, André Valli.

2. O Príncipe do Egito.
 = 10.

Para mim, a grande surpresa da nossa lista. Eu lembrava que a ótima animação sobre Moisés, contava com as vozes de Val Kilmer, Ralph Fiennes e Sandra Bullock. Mas, pesquisando para essa postagem constatei que o trio é apenas a ponta do iceberg, de um elenco estrelar formado por Michelle Pfeiffer, Jeff Goldblum, o eterno Professor Xavier, Patrick Stewart, Danny Glover, Helen Mirren, Steven Martin e Martin Short. Já pensou esse elenco de feras num live-action? Seria demais. Curiosamente, Kilmer voltou a viver Moisés nos palcos, soltando a voz - e muito bem, de acordo com quem conferiu - num musical da Broadway.

1. Jesus de Nazaré.
 = 15.

Em 1977, o mestre Franco Zeffirelli reuniu um elenco estrelar para contar a história de Jesus numa épica minissérie televisiva, e que teria um astro a mais, se Dustin Hoffman ou Al Pacino, pegasse o papel de Jesus, que acabou indo para o ilustre desconhecido Robert Powell, tão imortalizado no personagem a ponto de ferrar sua carreira. Reprisado exaustivamente na Record, a espetacular minissérie tem no elenco com a eterna Julieta e até hoje a mais linda atriz a viver a mãe de Jesus, Olivia Hussey, Anne Bancroft, Ernest Borgnine, Claudia Cardinale, a eterna voz de Darth Vader, James Earl Jones, James Mason, Ian McShane, Sir Laurence Olivier, Donald Pleasence, Christopher Plummer, Anthony Quinn, Rod Steiger, Peter Ustinov, Michael York e Ian Holm. Ufa! Insuperável até hoje em número de astros, que nem o renomado espetáculo teatral de Nova Jerusalém conseguiu esse feito. Merecidamente, com larguíssima folga, leva o nosso ouro.

BÔNUS.

Na primeira metade dos anos 1990, a emissora televisiva Rai, em parceria com outras emissoras mundo a fora, produziu telefilmes e minisséries bíblicas, que foram distribuídos internacionalmente pela estadunidense Turner, uma das parceiras, e que por aqui, chegou em home vídeo (ainda disponível em DVDs), na Coleção Bíblia Sagrada da Flashstar. Intitulado A Bíblia Sagrada, o projeto conta com produções que mesclam atores novatos com renomados atores locais e gringos (principalmente, nas produções do Antigo Testamento) como Richard Harris, Sean Bean, Christoph Waltz, o eterno Spock, Leonard Nimoy, Max Von Syndow, Dennis Hopper, Patrick Dempsey e tanto outros. Destaque para Moisés, estrelado por Ben Kingsley, na melhor personificação do líder judeu bíblico, e que traz o curioso encontro dos dois mais célebres interpretes de Drácula, Christopher Lee e Frank Langella, que aqui vivem pai e filho. Quem também marca presença numa pequena participação é a nossa Sônia Braga, que vive Séfora, esposa de Moisés.

Rick Pinheiro.
Cinéfilo alagoano.

quinta-feira, 29 de março de 2018

TOP 5: AS MELHORES PRODUÇÕES SOBRE JESUS CRISTO.

Acredito que Jesus de Nazaré seja a personalidade bíblica e também da história mais retratada de todos os tempos. Desde os primórdios da sétima arte, pipocaram filmes sobre Ele. A telinha, também não fica atrás, e inúmeras minisséries e telefilmes só reforçam a minha opinião. Sem falar no teatro, que desde sempre tivemos montagens sobre Ele, ou produções onde o Filho de Deus é apenas coadjuvante e até mesmo figurante. É bem verdade que quantidade não significa dizer que seja qualidade. E nem Jesus escapa de ter adaptações ruins sobre Ele. Mas, também existe muita coisa boa, verdadeiras obras-primas. Entrando no clima do fim de semana santo, queimamos alguns neurônios e listamos as cinco melhores produções sobre Jesus Cristo


Animações bíblicas, em especial sobre Jesus, existem aos montes, e cada vez surgem mais. De todas, destaque para esse singelo filme, com boneco da argila em movimento. Um atrativo aos olhos para todas as idades, que prende atenção do começo ao fim, com um bom roteiro, e com um elenco estrelar, encabeçado por Ralph Fiennes como Jesus, que dão vozes aos personagens. 

4. Jesus de Nazaré.

Esta série televisiva com elenco estrelar sob a batuta do mestre Franco Zeffirelli é presença obrigatória na lista das melhores produções bíblica. Usando e abusando da liberdade poética, sem deixar de ser fiel aos relatos evangélicos, Zeffirelli nos presenteia com uma verdadeira obra-prima, que de tão atraente e envolvente, que nos faz encarar numa boa a longa duração. Com uma atuação soleníssima e convincente, Robert Powell acabou imortalizado como Jesus, tanto por ser o papel da sua carreira (realmente, não lembro de outros trabalhos dele), como também por ter seu rosto estampando capas de livros, mensagens, etc. Curiosamente, ele interpretaria Judas, e Jesus estava sendo disputado por ninguém menos que Al Pacino e Dustin Hoffman. Mas, ao vê-lo se protegendo do sol com um manto, Zeffirelli disse ter tido uma revelação que Powell era a pessoa certa para viver Jesus.

3. O Evangelho Segundo Mateus.

Não confunda com o filme homônimo sessentista cultuadíssimo pela crítica, dirigido pelo também cultuadíssimo Pier Paolo Passolini. Poucas informações temos sobre essa produção oitentista, provavelmente uma minissérie televisiva. Rodado no Marrocos, temos aqui o citado Evangelho dramatizado versículo por versículo, entendiando ligeiramente em alguns momentos. Algo que é superado  pelo grande atrativo, que é a brilhante atuação do ilustre desconhecido Bruce Marchiano, que traz um Jesus carismático, sorridente, espontâneo, totalmente fora do costumeiro solene, que na minha opinião, é o retrato fiel do verdadeiro Jesus, que arrastou multidões para ouvi-Lo.

2. Rei dos Reis (1961).

Ao contrário do colega de pódio que traz versículo por versículo dramatizado, este clássico não é tão fiel aos Evangelhos (nos créditos, é dito que é baseado no Evangelho de João), por usar e abusar da liberdade poética, e dar muita ênfase a personagens e situações fictícias. O que acaba sendo superado pelo brilhantíssimo desta obra-prima da sétima arte, que traz momentos inesquecíveis, como a belíssima sequência quase poética do sermão da montanha. A inesquecível trilha, adotada até hoje nas chamadas da Paixão de Cristo de Nova Jerusalém e um elenco inspiradíssimo, encabeçado pelo saudoso Jeffrey Hunter como Jesus, são as cerejas do bolo desta obra-prima da sétima arte. Sou suspeito para falar deste clássico, já que simplesmente foi o primeiro filme bíblico que assistir na minha vida, nas incontáveis reprises nos saudosos bons tempos da Sessão da Tarde e do Corujão, geralmente Sexta-feira Santa e no Natal. 


Para superar um filme sobre Jesus que é meu favorito desde a minha infância, somente uma obra-prima com toques Divinos. Mesmo focando apenas as últimas doze horas de Jesus Cristo, o filme dirigido de forma magistral por Mel Gibson, é disparado a melhor adaptação bíblica de todos os tempos, que consegue impactar e emocionar todas as vezes que é assistido. Sem medo de expor todo sofrimento físico, emocional, psicológico e espiritual que Jesus passou - segundo a teologia cristã para salvar a cada um de nós -, falado em aramaico, hebraico e latim (infelizmente, Record e Telecine estragam ao exibir dublado), e com atuações iluminadíssimas, com destaque para Jim Caviezel como Jesus e Maia Morgenstern como Maria, A Paixão de Cristo vai além de um filme, sendo uma experiência de fé a cada exibição.

Rick Pinheiro.
Cinéfilo alagoano.

quarta-feira, 28 de março de 2018

TOP 5: OS MELHORES FILMES TEENS DE JOHN HUGHES.

Nunca na história da sétima arte alguém compreendeu tão bem a galera adolescente que o saudoso diretor e roteirista John Hughes. Rei absoluto da Sessão da Tarde, com diversos filmes que dirigiu (foram apenas seis filmes, sendo quatro do sub-gênero teen) e roteirizou verdadeiros clássicos da sessão de filmes vespertina mais antiga do nosso país, Hughes soube como ninguém mergulhar no universo teen, nos presenteando com filmes divertidíssimos que, ao mesmo tempo, são verdadeiras obras-primas do sub-gênero teen que, sem medo de exagerar, só existe porque Hughes foi percursor (para saber mais sobre o mestre, fica a sugestão de conferir a matéria especial sobre ele no site da revista Galileu). Agora, listamos os seus cinco melhores filmes no sub-gênero. O critério para ordenamos os escolhidos foi do retrato mais fiel dessa fase tão complicada da vida do ser humano que é a adolescência. Antes que as espinhas desapareçam, vamos a nossa lista.


Iniciamos, com o filme teen menos realista e cultuado de Hughes, mas que, que particularmente, eu gosto demais, e que se fosse uma lista dos Melhores filmes dos diretores, estaria na frente de pelo menos dois filmes que estão acima dele aqui. Tenho um imenso carinho por ser o único dirigido por Hughes que assistir no cinema, que traz dois adolescentes zero à esquerda, que acidentalmente cria uma mulher perfeita no computador, vivida pela beldade estupidamente linda e atualmente sumidona Kelly LeBrock. Seu segundo trabalho como diretor é um dos seus melhores filmes, muito divertido e engraçado por ser tão bobo. Quem aparece como coadjuvante, num pequeno papel, mas, chamando atenção é ninguém menos que o Tony Stark do UCM, Robert Downey Jr.

4. A Garota de Rosa Shocking.

Clássico dos clássicos do sub-gênero teen e da Sessão da Tarde, responsável por coroar a sumidona Molly Ringwald como a grande rainha dos filmes teen, como a mocinha desta comédia romântica. Aqui, Hughes é o roteirista, e a direção é do amigo e parceirão Howard Deutch. Algo impercebível, pois, temos aqui um filme que é a cara de Hughes, a ponto de acharmos que realmente foi dirigido por ele. O então futuro Alan Harper, Jon Cryer, em seu segundo trabalho nas telonas, é o grande destaque do elenco, ofuscando os demais colegas como o amigo da mocinha. Curiosamente, Hughes não gostou do final deste que é um dos filmes teens mais conhecidos, pois, queria - assim como eu, admito - que a mocinha terminasse com o amigo figuraça, vivido por Cryer, e não com o Mauricinho insosso vivido por Andrew McCarthy. A discordância fez com que ele escrevesse Alguém Muito Especial, outro clássico oitentista do sub-gênero e dos saudosos bons tempos da Sessão da Tarde, também dirigido por Deutch.


O melhor e mais cultuado filme da carreira de Hughes, que só não está no topo, pelo critério do "retrato fiel da adolescência" que utilizamos, já que, apesar de todo adolescente desejar matar aulas e não ser pego, o filme foge consideravelmente da realidade, sendo uma deliciosa gaiatice. O lendário Ferris Bueller, vivido de forma excepcional por Matthew Broderick no papel da sua vida, consegue realizar esse fetiche dos teens - e convenhamos, de muitos jovens e adultos também - de forma épica e grandiosa, com direito até se meter numa parada, e dar um puto show ao som de Twist and Shout. O quarto e último filme teen que Hughes dirigiu é seu maior clássico dos clássicos e mais inesquecível filme. 

2. Gatinhas e Gatões.

O debute de Hughes como diretor e também o inicio da sua parceria com Molly Ringwald e Anthony Michael Hall. Considerado pela crítica e por muitos fãs um dos melhores filmes teen de todos os tempos e por tabela também de Hughes. Ringwald vive uma adolescente de dezesseis anos que não apenas é ignorada pela bonitão Mauricinho por quem é apaixonada, mas, principalmente, pela sua família, que está toda empolgada com o casório da irmã mais nova. A roubada de cena fica por conta de Hall, que está hilário, como um adolescente donzelão, abestalhado. Apesar de praticamente empatado com Mulher Nota 1000 e levar um surra homérica de Curtindo a Vida Adoidado, fica com nossa prata por retratar fielmente alguns dilemas da fase como o sentimento de rejeição pela família que muitos adolescentes sentem e o donzelão metido a pegador.


Um dos maiores filmes teens de todos os tempos, simplesmente, uma obra-prima do sub-gênero. Hughes simplesmente chega ao seu ápice como o grande mestre dos filmes para adolescentes, na trama que traz cinco deles, totalmente diferentes entre si e representando cada tipo - o rebelde, o esportista, a esquisita (aqui, praticamente a percursora dos góticos e emos), a Patricinha e o nerd -, que ficam confinados na escola, após aprontarem das suas, e tentam conviver com as diferenças nas horas de detenção. Assim como seus dois colegas de pódio, são filmes atemporais, que apresentam a essência da fase adolescente de qualquer tempo. Filme tão cultuado que serve de referências para vários filmes para o público adolescentes e recebe inúmeras homenagens, como recentemente no seriado Merlí.

Rick Pinheiro.
Cinéfilo alagoano.

segunda-feira, 26 de março de 2018

MODERNINHO À MODA ANTIGA.

 = Excepcional. /  = Muito bom. /  = Bom./  = Regular. / = Fraco. / Coco do Cachorrão= Preciso mesmo dizer?.

Com amor, Simon (Love, Simon).
Produção estadunidense de 2017.

Direção: Greg Berlanti.

Elenco: Nick Robinson, Jennifer Garner, Josh Duhamel, Katherine Langford, Alexandra Shipp, Logan Miller, Keiynan Lonsdale, entre outros.

Blogueiro assistiu na sala 5 do complexo Cinesystem Maceió em 26 de março de 2018.

Cotação

Nota: 7,0.


Sinopse: Inspirado no best-seller Simon vs A Agenda Homo Sapiens escrito por Becky Albertalli. Simon Spier (Robinson) é um adolescente de dezessete anos, que é homossexual, mas, ainda não assumido, por não ter contado ainda aos seus pais (Duhamel e Garner), algo que lhe traz muito sofrimento. O que acaba sendo aliviado quando ele passa a conversar virtualmente com um misterioso colega que também sofre com a mesma situação, o que acaba fazendo com que Simon se apaixone pelo misterioso carinha. Mas, seu segredo acaba sendo descoberto por um dos seus colegas de montagem teatral na escola, o mala sem alça e sem noção Martin (Miller), que o chantageia para que desenrole para ele, uma de suas melhores amiga, Abby (Shipp).

Comentários: O que eu não faço pela minha linda amiga Daniele, que mais uma vez, me arrasta para assistir um filme que eu não estava dando a mínima. Desta vez, mais um sucesso literário teen que ganha sua versão nas telonas e algumas sessões únicas de pré-estreias duas semanas antes do seu lançamento oficial, e que, admito, acabou sendo para mim uma agradável surpresa. Com Amor, Simon é um filme teen que ao mesmo tempo é moderninho e à moda antiga, por ser um típica comédia romântica teen, que segue à risca a cartilha dos clássicos oitentistas do sub-gênero, em especial, os dirigidos pelos saudoso John Hughes. Trazendo alguns rostos jovens conhecidos, principalmente, da telinha (como a protagonista de 13 Reasons Why e o Kid Flash de The Flash), o filme conta com um bom roteiro que traz uma trama simples, bobinha, mas, bem interessante, e toca leveza e muito bom humor um tema delicadíssimo, e que só pisa na bola ao exagerar um pouco na dosagem do dramalhão meloso do clímax para o final, sem prejudicar o resultado final. Em suma, já nascendo como um futuro clássico do sub-gênero teen, Com Amor, Simon é um filminho legal e divertido, feito sob medida para agradar a galera teen, romântica e, evidentemente, a comunidade gay, que acaba, por tabela, agradando também ao público em geral, que esteja procurando diversão leve e escapista.

Rick Pinheiro.
Cinéfilo alagoano.