sexta-feira, 31 de dezembro de 2021

RETROSPECTIVA 2021: OS MELHORES FILMES DO ANO.

Vamos agora falar de coisa boa, Na segunda parte da nossa retrospectiva, vamos listar aqueles que, na minha humilde opinião de um simples cinéfilo do povão, se destacaram como os melhores de anos. Apesar de ainda estarmos saindo da pandemia, 2021 foi um bom ano para nós cinéfilos, que fomos presenteados como ótimos filmes, tanto no streaming como nos cinemas que, graças a Deus, voltaram a funcionar aos poucos, chegando ao seu ápice de público já no finalzinho do ano com um certo aguardadíssimo filme de super-herói. A qualidade dos filmes pesou para valer justamente no pódio, me obrigando a rever os três para posicioná-los de forma justa, sem deixar nenhuma dúvidas (como sempre digo, ao invés de xingar, elabore sua lista e poste para nós, que será muito bem-vindo). Outro esclarecimento é que apesar de terem obtidos notas altíssimas, o ótimo Amor e Monstros e o (cada vez mais) porra louca Velozes & Furiosos 9, ficaram de fora da nossa lista e também das nossas menções honrosas (que seguem a mesma ordem decrescente da lista) apenas por serem menos lembrados que os seus substitutos imediatos Enfim, tentando ser mais rápido que a contagem regressiva da virada, vamos a nossa lista dos melhores filmes do ano.


Após a malhadíssima versão feminina que eu particularmente até gosto, não esperava mais nada da franquia Os Caça-Fantasmas, e achava que o novo filme seria a versão infanto-juvenil. Felizmente, estava completamente errado, pois o diretor Jason Reitman, filho do diretor dos dois primeiros filmes, entrega um filme divertido que agrada igualmente a nova geração e aos nostálgicos, que com certeza foram presenteados com uma emocionante homenagem que com certeza não conseguiram controlar as lágrimas.


Provavelmente, a escolha mais polêmica, afinal, estamos falando do filme que não apenas figura na lista dos piores do ano, mas, que inclusive está no topo de algumas delas. Mas, não se trata de querer ser do contra a estas listas, pois eu simplesmente me divertir bastante com o fan service exageradamente insano, numa trama que não é das melhores. Mas, o filme me conquistou também pela temática familiar, outro ponto que o torna parecido com o novo Caça-Fantasmas, provocando um empate técnico entre eles.


E falando em empate técnico, chegamos ao único da nossa lista. Podemos chamar do empate entre as estrelas fodonas que peitaram sem medo a poderosa Disney. Outro filme que eu não esperava p.n. e que acabou me surpreendendo grandiosamente. A carismática Emma Stone consegue a proeza de ser tão boa como a icônica personagem como Glenn Close, ao mesmo tempo, nos fazendo acreditar que de fato é a versão mais jovem desta, sem deixar de imprime identidade própria Seguindo os passos da colega de empate, Stone conseguiu o que queria e ainda saiu bem na fita, já que, diante do merecido sucesso do filme, uma continuação acabou sendo inevitável.

Chegando com a gigantesca responsabilidade de abrir nas telonas a fase 4 do cultuadíssimo Universo Compartilhado Marvel, é inegável que Viúva Negra é um filme consideravelmente tardio, mas, pelo menos faz justiça a personagem, que junto com seu parça Gavião Arqueiro, era até então um dos Vingadores que ainda não tinha uma produção solo. Independente da treta fora da telonas, Scarllet Johansson se despede satisfatoriamente da personagem que imortalizou tão bem desde sua primeira aparição em Homem de Ferro 2, e principalmente, passa muito bem o manto para a igualmente carismática Florence Pugh, que rouba a cena. Sentiremos sua falta Johansson! Muito obrigado!


A combinação fatos reais e esporte geralmente origina ótimos filmes. Um dos grandes representante nesse quesito é este envolvente drama que pode render a Will Smith seu primeiro Oscar, que brilha como o pai das tenistas Vênus e Serena Williams. Não traz novidades ao subgênero, pelo contrário, até segue corretamente a cartilha, mas, é muito eficiente em nos envolver, cativar e emocionar, e por isso mesmo, não poderia ficar de fora da nossa lista.


Provavelmente o filme da Marvel lançado este ano que eu mais esperava pois, além de fã de filmes de artes marciais, em especial os chineses, o Mestre do Kung Fu foi um dos primeiros heróis das HQs que li quando criança. E valeu a pena esperar, pois o filme não me decepciona, indo um pouco além do esperado. Divertido do começo ao fim, realmente, gostaria de ver mais do herói e este núcleo marcial sendo expandido no UCM, algo que está ameaçado pelo fato do seu público-alvo, os chineses, sequer viram o filme chegar oficialmente nos seus cinemas pela censura absurda do governo totalitário. Torço para realmente isso não influa no futuro dos personagens tão bem apresentados aqui.


Com certeza, a maior surpresa da nossa lista. No ano em que a Netflix investiu pesada em produções originais, rendendo a mais cara de toda sua história, foi justamente este drama esportivo indiano que acabou sendo o melhor filme original lançado este ano que assisti. Impossível não se apaixonar pela história da pobre garota indiana que encara vários desafios, incluindo a própria para realizar seu sonho. E para nós brasileiros tem um sabor especial a mais, já que a nossa Fadinha Rayssa Leal, simplesmente brilhou nos Jogos Olímpicos justamente na modalidade, meses após o lançamento do filme na plataforma.


Após ser demitido injustamente da Marvel por conta da totalitária ditadura do cancelamento (injustiça corrigida e provavelmente, Gunn ficará prestando serviço aos dois estúdios), o diretor e roteirista James Gunn foi para a rival DC/Warner e teve toda carta branca para realizar sua versão do grupo de vilões. E ele simplesmente arrasa, nos presenteando com este filmão insano do começo ao filme, divertidíssimo. O toque de Midas do diretor e roteirista foi favorecido aqui por um elenco carismático liderado por Idris Elba, que abraça a zoeira proposta e claramente estão se divertindo tanto quanto Gunn. E a cereja do bolo fica com o figuraça Tubarão-Rei dublado pelo veterano Sylvester Stallone. Só não figura no nosso pódio, pois deu azar de estrear no mesmo ano de três filmes espetaculares.


Aposto que você deve está revoltado (a) comigo pela posição que o aguardadíssimo filme do "Miranha" ocupa em nossa lista, e por isso, reforço que fui ao cinema mais uma vez rever o filme e no streaming revi os dois colegas de pódio devido ao empate entre eles. Indiscutivelmente um fenômeno ainda quando estava sendo produzido, não é a toa que o filme está sendo comparado com Vingadores: Ultimato, já que, assim como este foi o fechamento espetacular da Saga do Infinito, Homem-Aranha: Sem Volta para Casa é o coroamento igualmente épico não apenas do herói vivido por Tom Holland mas também de toda história do Cabeça de Teia nas telonas iniciada a vinte anos por Sam Raimi. Merecidamente quebrando todos os recordes, fica com o nosso bronze apenas por pequenos detalhes, sem deixar de empatar com os colegas de pódio.


Realmente, a maior surpresa do ano para mim. Quem acompanha este blog sabe que eu estava cagando para a versão do clássico da ficção literária escrito por Frank Herbert. E trazer a frente de um elenco estrelar Timothée Charlamet, ator que nutro uma boba mas feroz antipatia, só piorava o meu ranço pelo filme. Mas, ao entrar na sala de cinema fui surpreendido por um excelente épico com uma parte técnica impecável, conduzido com uma maestria impecável pelo bajulado Dennis Villeneuve, que fez aqui um aposta arriscadíssima, ao ousar contar a história pela metade, mesmo sem nenhum sinal de confirmação do estúdio que liberaria mais grana para uma continuação. Felizmente, algo confirmadíssimo logo nos primeiros dias após a estreia nos cinemas, com o enorme sucesso de bilheterias (particularmente, me marcou por ser o primeiro filme nesse período de reabertura dos cinemas pós-pandemia que assisti numa sala lotadíssima. E que venha a segunda parte, Deus sabe lá quando.


E chegou o momento em que para muitos serei considerado um DCnauta, algo que aliás, acho uma tremenda bobagem por ter crescido lendo HQs das duas editoras, gostando igualmente delas, nem um tiquinho a mais ou menos por uma. Mas, enfim, encarando mais uma vez as quase absurdas quatro horas, percebi que mesmo com as pancadas vindas e as qualidades dos igualmente espetaculares colegas de pódio o corte do diretor Zack Snyder conseguiu manter a liderança durante todo ano, se confirmando aqui. Não nego que tenha seus problemas, principalmente pelos exageros que vão muito mais além da citada longa duração. Mas, realmente é um épico muito envolvente e tão cativante a ponto de sequer percebemos que seja tão longo. Simplesmente, um filmão épico, como seus colegas de pódio, digno do maior grupo de super-heróis das HQs.

MENÇÃO HONROSA:


No apagar das luzes de 2021, os adoráveis personagens criados pelo mestre Maurício de Sousa retornam aos cinemas em sua versões live-action, na duríssima situação de brigar pelas salas com outras produções, já que o Miranha domina absurdamente quase 90%. Fechando a safra de filmes do ano marcada pela nostalgia e o fan service,  o novo filme da turminha dirigido mais uma vez por Daniel Rezende e estrelado pelo carismático quarteto de protaganistas, diverte, emociona e cativa das crianças pequenas aos idosos, e por isso mesmo, merece ser valorizado e seja o filme que marque o retorno em massa do público para prestigiar o nosso Cinema Nacional.


Sem sombra de dúvida, 2021 não foi um ano bom para o nosso Cinema Nacional em relação a bilheterias, com apenas Marighella atraindo público e mesmo assim, dezesseis vezes menos que o fenômeno do Amigo da Vizinhança. Até o mesmo o carro-chefe, as comédias abestalhadas chegaram e saíram de cartaz das nossas salas de cinemas mais rápido que saldão de loja falida. Ao menos no streaming estas foram representadas no filme da Netflix que une os impagáveis Edmilson Filho e Matheus Nachtergaele. Abestalhada ao extremo, arrebentou nos primeiros dias após a estreia, e que com certeza, se tivesse sido lançada nos cinemas, iria bombar ainda mais nas bilheterias.


Com certeza, você deve está se perguntando o porquê o novo filme do mestre Steven Spielberg não tinha aparecido na nossa lista, afinal de contas, é para muitos um dos melhores filmes do ano (realmente por pouquinho mesmo não entrou). Fã do filme original, Spielberg faz sua estreia em grande estilo no gênero musical, e consegue a proeza de entregar um ótimo filmão tão bom quanto o clássico ganhador de dez Oscar, incluindo Melhor Filme. Tem tudo para conseguir o mesmo feito e entrar para a história.


Outro filme da gigante do streaming que chegou como não quer nada e acabou sendo uma agradabilíssima surpresa. Kevin Hart sai da zona de conforte dos seus personagens e entrega uma ótima atuação como um pai viúvo que se vira nos trinta para criar a filha, nessa deliciosa comédia dramática alto astral baseada em fatos. Assim como o debute no gênero musical, por pouco mesmo não entrou no nosso Top 10, mas, não poderia deixar de ser lembrado.


Encerrando com chave de ouro a nossa lista dos Melhores Filmes de 2021, temos esse emocionante curta-animado. No ano que Raya e o Último Dragão foi o melhor longa animado da Disney, Luca trouxe uma mensagem forte e Encanto nos contagiou com seu ritmo latino, essa pequena produção acabou sendo a melhor animação lançado este ano que eu assisti, reunindo as maiores qualidades dos citados. Em seus pouquíssimos minutos e com um enredo bem simples, traz de forma bastante eficiente uma mensagem de vida poderosíssima, que muito longa metragem passa longe de obter êxito. Realmente, saiu da lista principal de última hora, apenas para dar espaço aos longas, mas, impossível de ser deixada de citar, por ser inesquecível.

Rick Pinheiro.
Cinéfilo alagoano, desejando a todos um feliz e abençoado ano novo.

RETROSPECTIVA 2021: OS PIORES FILMES DO ANO.

Chegamos ao fim de mais um ano. 2021 foi marcado por grandes perdas, principalmente no campo artístico, mas, também foi o ano do retorno aos poucos a normalidade, graças a vacinação. Para nós cinéfilos, foi o ano em que pudermos voltar ao escurinho do cinema, sem deixar de lado o nosso novo parceiro, o streaming, que ganhou uma vital importância no período pandêmico. Como já é de costume em nosso blog, nossas últimas postagens são justamente com a lista daqueles filmes que se destacaram no decorrer do ano, seja de forma positiva ou de forma negativa. começando justamente com estes até para exorcizamos o clima chato ao revisitarmos essas bombas. A nossa lista dos piores filmes do ano poderia se chamar "não mexe com quem está quieto", já que surpreendentemente é composta majoritariamente por continuações, reboots e afins. Sinceramente, uma das listas que mais me deixaram triste de elaborar nesses onze anos do nosso blog, já que os filmes que estão nelas fazem parte de franquias que eu curto bastante. Já a nossa costumeira Menção Horrorosa sempre feita ao final, traz um fato no mínimo curioso. Apesar de serem até piores que boa parte dos filmes da nossa lista, todos eles simplesmente caíram no esquecimento, só sendo lembrados por mim ao final da elaboração da postagem (Lembrando que as menções também seguem a ordem do menos para o pior da lista). Enfim, sem perder mais tempo, vamos a nossa lista dos piores filmes do ano, de acordo com a minha opinião (discordando, não me xingue, mas, fique a vontade para fazer a sua).


Começando a nossa lista polemizando, afinal, tem gente que amou a vigésima quinta missão do agente secreto. Infelizmente, para mim, acabou sendo a maior decepção do ano. Se tivesse mantido a palavra de um homem, Daniel Craig teria encerrado com chave de ouro em 007 contra Spectre, com a marca histórica de ter uma filmografia quase perfeita dentro da franquia. Mas, a grana falou mais alto e ela acabou dando um tiro no pé com esse filme que não chega ser totalmente ruim e até tem seus momentos legais, principalmente nas sequências de ação, mas, que acaba sendo sabotado pelo seu fraco roteiro, cheio de problemas, entre eles, entregar um dos vilões mais "nem fede, nem cheira" e o pior desfecho por o icônico agente da franquia.


Único filme da nossa nada agradável lista que não faz parte de uma franquia. Aproveitando o aumento de número de assinantes principalmente por causa da pandemia, a Netflix não perdeu tempo e tratou de aumentar seu investimento em produções originais, esquecendo é claro que quantidade não é qualidade. Uma das grandes apostas desse ano foi estre interessante thriller de ação estrelado pelo brucutu Jason Momoa que, assim como o último filme do agente nada secreto, também acaba sendo prejudicado pelo fraco roteiro. Também tem seus momentos bacaninhas com bom ritmo frenético de ação, mas, nem isso salva o filme de ser marcado como um dos piores do ano.


Em 2019, Escape Room chegou aos cinema como não quer nada, mas, ao mesmo pretensioso em emplacar um franquia, algo que seu sucesso nas bilheterias acabou confirmando. O problema é que a continuação, simplesmente repete a fórmula, num roteiro preguiçoso, que só piora com a falta de carisma do elenco. O pior é que a pretensão de faturar é tamanha já que aqui também dar uma deixa escancarada para uma continuação, que se for produzida dessa forma tem tudo para ser ainda pior. 


Ao contrário de seu colega de estúdio Sony que nasceu com pretensão para ser franquia, O Homem nas Trevas, uma das grandes agradáveis surpresas dos últimos anos, foi entregue redondinho, sem brecha nenhuma para uma continuação. Mas, obviamente, em Hollywood os caras tiram leite de pedra para faturar e o resultado é essa bomba desnecessária, que ninguém pediu para existir. O estrago já começa na premissa em transformar o vilão, que roubou a cena no filme original graças a ótima atuação de Stephen Lang, num anti-herói, paizão protetor. O roteiro também não ajuda e por isso que, nem mesmo a boa atuação do Lang salvou o filme de ser totalmente ignorável.


Quando teve seu enésimo reboot com o ótimo filme de 2018, a ideia do diretor David Gordon Green era que a franquia Halloween ganhasse apenas mais um filme e pronto. Mas. os produtores forçaram a barra para fazer uma trilogia e o resultado é esse filme que, claramente, só existe mesmo para encher linguiça e esticar a trama até o seu desfecho, previsto para ser no próximo ano. Provavelmente por isso que a icônica Laurie Strode, vivida mais uma vez por Jamie Lee Curtis, fica a maior parte no filme de boa, enquanto outros ilustres desconhecidos encaram Michael Myers e claro, vão comer capim pela raiz. É bem verdade que a franquia já teve filmes bem piores. Mas, esse aqui não fica atrás, sendo tão desnecessário quanto os outros.


Mesmo que eu fosse um acionista minoritário da Disney, com certeza pediria a demissão de todos os responsáveis por essa atrocidade, do cara que deu ideia que seria uma boa fazer um remake, reboot, qualquer coisa que seja do clássico noventista Esqueceram de Mim, passando por quem deu o aval e os que escreveram a bosta do roteiro. Só pelo fato de ser idealizado Esqueceram de Mim no Lar, Doce Lar (até o título é uma bosta) já é um equívoco, mas, a execução sai pior que a encomenda. Merecidamente figura no topo de várias listas do piores do ano, e na nossa fica nessa colocação "confortável", porque sou vacinado contra continuações caça-níquel nada a ver com o original, lançadas diretamente em home vídeo e plataformas digitais. Esqueçam que essa merda existe, se bem que é quase impossível de tão ruim.


É inegável que o InvocaVerso é o universo compartilhado que mais deu certo depois da Marvel, graças principalmente a James Wan, Mais preocupado com outros projetos, em especial, o próximo filme do Aquaman, o InvocaVerso aparentemente está sendo deixado de lado por ele, que só está atuando como produtor, e quem está assumindo as direções dos projetos não estão dando conta do recado. Não é de hoje que os spin-off já vinham demonstrando isso, mas, o maior sinal de alerta foi dado justamente no terceiro filme da franquia principal, que só não foi um desastre total pelo carisma dos protagonistas Patrick Wilson e Vera Farmiga. O fato é que o futuro do InvocaVerso é incerto e preocupante e este filme é o maior exemplo disso.


E chegamos ao nosso pódio da ruindade justamente com o filme que vem dividindo opinião, e com certeza, o maior exemplo do "não mexe com quem está quieto" que mencionei na introdução da postagem. Quando disseram que Matrix ganharia um novo filme, realmente não gostei nadinha, afinal, a trilogia é uma das melhores da sétima arte, mesmo que os dois filmes posteriores ao original não tenham atingido o seu altíssimo nível que o torna uma obra-prima. Mas, mesmo com nenhuma expectativa, fui surpreendido negativamente com um filme esquisito, que sequer se define qual gênero pertence, com nenhuma sequência memorável, uma Keanu Reeves apático, aparentando está no projeto só pela grana, e a clara má vontade de Lana Wachowski, agora sem a parceria da irmã. Alguns que amaram o filme estão fazendo uma ginástica mental para defendê-lo, com argumentos que vão da diretora Lana Wachowski realizou um filme protesto contra o estúdio (como se os engravatados da Warner fosse deixar que isso realmente acontecesse) a idade avançada de Keanu Reeves (Putz! E quem faz John Wick, por acaso é um clone dele?). Nunca imaginei em minha vida que um filme da franquia Matrix estaria numa lista dos piores do ano, muito menos levando o nosso bronze de merda. Lamentável!


E vamos com mais polêmica no pódio da nossa lista! Com elogios rasgados da crítica especializada e dos sites de entretenimento, formado em sua maioria massacrante por progressistas, esse reboot do clássico terror noventista O Mistério de Candyman fica com a nossa prata de merda, e com um folga considerável em relação ao totalmente desnecessário Matrix 4. Trazer algumas novidades interessantes na mitologia da franquia e a inegável direção competente de Nia DaCosta não foram suficientes para salvar o filme, que realmente é chato, enfadonho e que comete o pecado mortal de um terror de não assustar porra nenhuma. Nem mesmo como crítica social foda serve, algo que o primeiro filme foi infinitamente mais eficiente, já que aqui optaram pela lacração barata de militantes de rede social apelando para "o nós contra eles". O mais decepcionante é que o filme tem o envolvimento do talentoso Jordan Peele, simplesmente o cara responsável pelos ótimos Corra! e Nós. Será que a fonte criativa do cara se esgotou? Espero que não.


Deixando de lado as diferenças de opiniões no pódio da nossa lista dos piores de 2021, chegamos ao nosso medalhista de merda, que praticamente é unanimidade. Se bem que, trocando ideias com alguns amigos, eles garante que Rogai por Nós consegue ser ainda pior. Mas, como não assistir e nem pretendo perder meu tempo assistindo, sobrou para a adaptação do game que ninguém pediu. Após uma franquia que divide opiniões (particularmente, eu curto), a Sony resolve dar um novo recomeço a Resident Evil, tentando resgatar o clima da sua fonte original, principalmente, os dois primeiros jogos. Mas, isso acabou sendo o único ponto positivo, já que o filme é totalmente problemático do começo ao fim, que de tão ruim, irrita até mesmo os não familiarizados com os jogos, como é o meu caso. Nada se salva nessa tranqueira, que faz com que os maiores haters de Paul W. S. Anderson e Milla Jovovich sintam saudades deles. Indiscutivelmente, com todos os (des) méritos é o nosso pior filme do ano.

MENÇÕES HORROROSAS:


Abrindo nossas menções nada honrosas com o único filme que não é um original Netflix. Esse terror é mais uma exemplo que não devemos nos iludir com o nome de um grande realizador envolvido num projeto, nesse caso, o mestre Guillermo Del Toro, que como os supracitados James Wan e Jordan Peele emprestam seus nomes prestigiados e atuam como produtores. O filme até tem um boa direção, que imprime um eficiente clima tenso e conta com boas atuações. Mas, acaba sendo mais um desse ano prejudicado por um fraco roteiro e entregando um filme que não está a altura do prestigiado nome do produtor.


Uma cinebiografia de um grande nome feminino da ciência, estrelada pela ótima Rosamund Pike, numa produção com uma parte técnica caprichada que faz uma eficiente reconstituição de época, tudo isso, não tinha como esse filme que chegou por aqui com a chancela de original Netflix dar errado. Infelizmente, deu, já que esqueceram de fazer um roteiro que preste, resultando nessa bomba frustrante. Com perdão da piadinha infame, mas realmente é um filme sem química nenhuma.


Realmente 2021 (aliás, 2019, já que apesar de serem lançados pela Netflix apenas este ano, os filmes foram produzidos dois anos atrás) não foi o ano de Rosamund Pike, mas, aqui ela não está sozinha com outros nomes responsas no elenco. Este thriller de ação, até tem uma premissa interessante mesmo que seja batida, que é totalmente desperdiçada com o péssimo roteiro, resultando num filme totalmente esquecível, que sequer serve de veículo de astro de ação para Joel Kinnaman, o Rick Flagg dos dois filmes do Esquadrão Suicida da DC.


É fato que ganhar um Oscar não garante a absolutamente ninguém uma carreira brilhante e por isso, muitos que estão com a estatueta do peladão careca na estante, topem atuar em qualquer porcaria, afinal, os boletos não se pagam sozinhos. Um bom exemplo esse ano é a talentosa Helen Hunt, que desperdiça seu talento estrelando este suspense, que tinha tudo para ser um filmão, mas, acaba sendo prejudicado... Advinha pelo quê? Claro, por um péssimo roteiro. Lamentável ver uma atriz do porte dela numa bomba como essa.


E encerrando nossa lista com chave de bosta, temos mais um desperdiço de premissa num filme original Netflix, e aqui, o culpado acaba sendo o diretor Michel Cristofer, já que também é o responsável pelo roteiro. Tye Sheridan cumpre bem o que lhe é oferecido, saindo da zona da conforto e entregando uma boa atuação. Infelizmente, o roteiro acaba não fazendo o mesmo e o resultado é que um suspense que, sem exagero nenhum, tinha tudo para arrebentar na Netflix, acabou sendo mais uma produção que caiu no esquecimento e que só confirma a veracidade da sabedoria popular que quantidade não é qualidade.

Rick Pinheiro.
Cinéfilo alagoano.

quinta-feira, 30 de dezembro de 2021

CRESCER É DIFÍCIL, MAS É MÓ LEGAL.

 = Excepcional. /  = Muito bom. /  = Bom./  = Regular. / = Fraco. /  = (Preciso mesmo dizer?).

Turma da Mônica: Lições.
Produção brasileira de 2021.

Direção: Daniel Rezende.

Elenco: Giulia Benite, Kevin Vechiatto, Laura Rauseo, Gabriel Moreira, Monica Iozzi, Paulinho Vilhena, Fafá Rennó, Malu Mader, Augusto Madeira, Isabelle Drummond, Maurício de Sousa, entre outros.

Blogueiro assistiu na sala 4 do complexo Kinoplex Maceió em 30 de dezembro de 2021.

Sinopse
: Adaptação da graphic novel homônima de Vitor e Lu Cafaggi, baseada nos personagens criados pelo mestre Maurício de Sousa. A amizade desde o maternal entre Mônica (Benite), Magali (Rauseo), Cebolinha (Vechiatto) e Cascão (Moreira) passará por uma verdadeira prova de fogo, quando a baixinha e dentuça... Ops! Digo, quando a "dona da lua" for transferida para uma escola em tempo integral.

Comentários
: Tão logo nos surpreendeu com o excelente Turma da Mônica: Laços, o competente diretor Daniel Rezende encarou 
o desafio duplo da corrida contra o tempo para gravar com o elenco central ainda criança. o que foi agravado com a pandemia, e produzi um filme que, no mínimo, fosse tão bom quanto o original. E após mais de um ano de espera, Turma da Mônica: Lições chegou hoje aos nossos cinemas, com o quarteto central esbanjando carisma, ainda mais à vontade nas suas personificações perfeitas da adorável turminha, que ganha reforços de peso de outros personagens criados pelo mestre Maurício de Sousa. num empolgante fan service. 

Quem também está mais a vontade é o diretor Daniel Rezende, que após o peso de introduzir em live-action os icônicos personagens, claramente conduz com competência, entregando um filme divertido e ao mesmo tempo emocionante, se bem que exagera e passa no ponto nesse quesito. Mas. nada que atrapalhe o nosso engajamento na trama desenvolvida num roteiro satisfatório, que para mim, peca somente em ignorar por completo o Floquinho, já que a citada dose exagerada emocional, que em alguns momentos beira ao dramalhão, acaba favorecendo o talentoso quarteto protagonista, que simplesmente arrasa. Espero que haja tempo para eles voltarem aos personagens, quem sabe, até interagindo com um certo personagem que aparece na cena extra no comecinho dos créditos finais (só rola essa cena mesmo). Caso não seja possível, pelo menos, que sejam aproveitados futuramente no já anunciado filme da Turma da Mônica Jovem.

Enfim, Rezende e sua equipe mais uma vez cumprem bem a missão, entregando um filme divertido e emocionante para todas as gerações. Falo por experiência própria, não apenas de um marmanjo que sem vergonha nenhuma soltou risadas e se empolgou em ver personagens da minha infância ganhando vida, mas também em testemunhar na fila próxima a minha família na fila próxima a minha, com avós, pais e filhos pequenos se divertindo e se emocionando igualmente Torço para que assim como o blockbuster hollywoodiano do "Miranha" está marcando a volta do grande ao público, Turma da Mônica: Lições faça o mesmo pelo nosso Cinema Nacional. CotaçãoNota: 7,5.

Rick Pinheiro.
Cinéfilo alagoano.