Produção brasileira de 2017.
Direção: Daniel Rezende.
Elenco: Guilia Benite, Kevin Vechiatto, Laura Rauseo, Gabriel Moreira, Mônica Iozzi, Paulo Vilhena, Fafá Rennó, Ravel Cabral, Rodrigo Santoro, Mauricio de Sousa, entre outros.
Blogueiro assistiu na sala 2 do complexo Kinoplex Maceió em 27 de junho de 2019.
Cotação:
Nota: 10,0.
Sinopse: Adaptação da graphic novel Laços dos irmãos Vitor e Lu Cafaggi, que faz uma releitura dos personagens icônicos criados pelo mestre Maurício de Sousa. A rotina da turminha do bairro do Limoeiro é modificada drasticamente, quando Floquinho, o cãozinho do Cebolinha (Vechiatto) é roubado. Vendo o amigo na deprê, Cascão (Moreira), Mônica (Benite) e Magali (Rauseo) vão visitá-lo para dar uma força. Eles resolvem procurá-lo pelo bairro. Quando ficam sabendo que Floquinho provavelmente foi roubada por um misterioso homem do saco (Cabral) e que o mesmo se embrenhou no Parque das Andorinhas, os amigos partem numa jornada para encontrá-lo.
Comentários: Impossível encontrar alguém que no decorrer das últimas seis décadas, não conheça os adoráveis personagens criados pelo genial Mauricio de Sousa, mesmo que não tenha crescido lendo os quadrinhos e consumindo os demais produtos. E se você, assim como eu, tenha tido o prazer de crescer lendo as revistinhas que trazem as aventuras da turminha do bairro do Limoeiro e demais personagens de todo universo criado por Sousa, com certeza, imaginou vê-los em carne e osso. Custou, mas, um belo dia, fomos surpreendidos com o anúncio que o nosso sonho de criança iria se tornar realidade. E a emoção já começou, quando fomos apresentados aos atores mirins que dariam vida aos nossos queridos personagens, o que elevou a nossa hype a enésima potência, numa intensidade que para muitos - e eu me incluo - nunca tinha sentido por uma produção nacional. Enfim, a longa espera acabou e Turma da Mônica - Laços chega aos cinemas, para a alegria de crianças de todas as idades.
O competente Daniel Rezende conduz com maestria e dedicadíssimo empenho um filme desafiador (além da imensa responsabilidade de fazer um live-action de cultuadíssimos personagens, sabemos que não é nada fácil dirigir um filme que envolva crianças e animais), se saindo muito bem, nos proporcionando com um filme que provoca em nós as mais diversas emoções, que vão do riso frouxo com as piadas bobas e infantis até momentos de pura emoção (um em especial, onde esperamos um atitude da Mônica e ela surpreende com outra totalmente inesperada, toca tão fundo, que na sessão que estava fez muito adulto chorar feito um bebê). E o toque de Midas para isso tudo ocorra, é a trilha excepcional, na medida certa e muito bem colocada em cada cena, algo que, até onde me lembre, nunca tinha visto numa produção nacional.
Diante de um filme tão perfeito, recheado de qualidades, o maior destaque do filme, sem sombra de dúvida, é o quarteto de protagonistas. Rodrigo Santoro, até chega roubar a cena na sua pequena participação, que acaba sendo o segundo mais memorável easter egg do filme (não preciso dizer que o primeiro é a micro-participação à la Stan Lee de Mauricio de Sousa). Mas, é o quarteto mirim que arrasa. Que crianças talentosas! Claramente se divertindo, ao mesmo tempo assumindo a responsabilidade como adultos, os estreantes Guilia Benite (perfeitíssima como Mônica), Kevin Verchiatto (Cebolinha), Laura Rauseo (Magali) e Gabriel Moreira (Cascão) - os três últimos, hilários, responsáveis pelas melhores piadas -, simplesmente dão um espetáculo com atuações excepcionais, muitas vezes apenas com um olhar, e uma química e entrosamento impressionantes. Se forem mesmo fazer uma franquia - o qual torcemos que ocorra -, os realizadores precisam manter esse quarteto tão fofo e talentoso. Sugiro, como fã e tão encantado com as brilhantes atuações infantis, que adiem o filme da Turma da Mônica Jovem, para que esse quarteto venha viver os personagens também neste filme.
Enfim, tocante, emocionante, nostálgico e divertido, Turma da Mônica - Laços é uma deliciosa viagem ao mundo encantado criado pelo mestre Mauricio de Sousa, que faz jus aos adoráveis personagens, e por isso mesmo, merece nosso reconhecimento e prestígio. Assim como tudo que foi criado pelo mestre Mauricio de Sousa no decorrer destes sessenta anos, uma obra-prima inesquecível, atemporal, apaixonante, para ser vista e revista infinitas vezes, portanto, imperdível!
Rick Pinheiro.
Cinéfilo alagoano.
Cinéfilo alagoano.
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