sexta-feira, 31 de dezembro de 2021

RETROSPECTIVA 2021: OS MELHORES FILMES DO ANO.

Vamos agora falar de coisa boa, Na segunda parte da nossa retrospectiva, vamos listar aqueles que, na minha humilde opinião de um simples cinéfilo do povão, se destacaram como os melhores de anos. Apesar de ainda estarmos saindo da pandemia, 2021 foi um bom ano para nós cinéfilos, que fomos presenteados como ótimos filmes, tanto no streaming como nos cinemas que, graças a Deus, voltaram a funcionar aos poucos, chegando ao seu ápice de público já no finalzinho do ano com um certo aguardadíssimo filme de super-herói. A qualidade dos filmes pesou para valer justamente no pódio, me obrigando a rever os três para posicioná-los de forma justa, sem deixar nenhuma dúvidas (como sempre digo, ao invés de xingar, elabore sua lista e poste para nós, que será muito bem-vindo). Outro esclarecimento é que apesar de terem obtidos notas altíssimas, o ótimo Amor e Monstros e o (cada vez mais) porra louca Velozes & Furiosos 9, ficaram de fora da nossa lista e também das nossas menções honrosas (que seguem a mesma ordem decrescente da lista) apenas por serem menos lembrados que os seus substitutos imediatos Enfim, tentando ser mais rápido que a contagem regressiva da virada, vamos a nossa lista dos melhores filmes do ano.


Após a malhadíssima versão feminina que eu particularmente até gosto, não esperava mais nada da franquia Os Caça-Fantasmas, e achava que o novo filme seria a versão infanto-juvenil. Felizmente, estava completamente errado, pois o diretor Jason Reitman, filho do diretor dos dois primeiros filmes, entrega um filme divertido que agrada igualmente a nova geração e aos nostálgicos, que com certeza foram presenteados com uma emocionante homenagem que com certeza não conseguiram controlar as lágrimas.


Provavelmente, a escolha mais polêmica, afinal, estamos falando do filme que não apenas figura na lista dos piores do ano, mas, que inclusive está no topo de algumas delas. Mas, não se trata de querer ser do contra a estas listas, pois eu simplesmente me divertir bastante com o fan service exageradamente insano, numa trama que não é das melhores. Mas, o filme me conquistou também pela temática familiar, outro ponto que o torna parecido com o novo Caça-Fantasmas, provocando um empate técnico entre eles.


E falando em empate técnico, chegamos ao único da nossa lista. Podemos chamar do empate entre as estrelas fodonas que peitaram sem medo a poderosa Disney. Outro filme que eu não esperava p.n. e que acabou me surpreendendo grandiosamente. A carismática Emma Stone consegue a proeza de ser tão boa como a icônica personagem como Glenn Close, ao mesmo tempo, nos fazendo acreditar que de fato é a versão mais jovem desta, sem deixar de imprime identidade própria Seguindo os passos da colega de empate, Stone conseguiu o que queria e ainda saiu bem na fita, já que, diante do merecido sucesso do filme, uma continuação acabou sendo inevitável.

Chegando com a gigantesca responsabilidade de abrir nas telonas a fase 4 do cultuadíssimo Universo Compartilhado Marvel, é inegável que Viúva Negra é um filme consideravelmente tardio, mas, pelo menos faz justiça a personagem, que junto com seu parça Gavião Arqueiro, era até então um dos Vingadores que ainda não tinha uma produção solo. Independente da treta fora da telonas, Scarllet Johansson se despede satisfatoriamente da personagem que imortalizou tão bem desde sua primeira aparição em Homem de Ferro 2, e principalmente, passa muito bem o manto para a igualmente carismática Florence Pugh, que rouba a cena. Sentiremos sua falta Johansson! Muito obrigado!


A combinação fatos reais e esporte geralmente origina ótimos filmes. Um dos grandes representante nesse quesito é este envolvente drama que pode render a Will Smith seu primeiro Oscar, que brilha como o pai das tenistas Vênus e Serena Williams. Não traz novidades ao subgênero, pelo contrário, até segue corretamente a cartilha, mas, é muito eficiente em nos envolver, cativar e emocionar, e por isso mesmo, não poderia ficar de fora da nossa lista.


Provavelmente o filme da Marvel lançado este ano que eu mais esperava pois, além de fã de filmes de artes marciais, em especial os chineses, o Mestre do Kung Fu foi um dos primeiros heróis das HQs que li quando criança. E valeu a pena esperar, pois o filme não me decepciona, indo um pouco além do esperado. Divertido do começo ao fim, realmente, gostaria de ver mais do herói e este núcleo marcial sendo expandido no UCM, algo que está ameaçado pelo fato do seu público-alvo, os chineses, sequer viram o filme chegar oficialmente nos seus cinemas pela censura absurda do governo totalitário. Torço para realmente isso não influa no futuro dos personagens tão bem apresentados aqui.


Com certeza, a maior surpresa da nossa lista. No ano em que a Netflix investiu pesada em produções originais, rendendo a mais cara de toda sua história, foi justamente este drama esportivo indiano que acabou sendo o melhor filme original lançado este ano que assisti. Impossível não se apaixonar pela história da pobre garota indiana que encara vários desafios, incluindo a própria para realizar seu sonho. E para nós brasileiros tem um sabor especial a mais, já que a nossa Fadinha Rayssa Leal, simplesmente brilhou nos Jogos Olímpicos justamente na modalidade, meses após o lançamento do filme na plataforma.


Após ser demitido injustamente da Marvel por conta da totalitária ditadura do cancelamento (injustiça corrigida e provavelmente, Gunn ficará prestando serviço aos dois estúdios), o diretor e roteirista James Gunn foi para a rival DC/Warner e teve toda carta branca para realizar sua versão do grupo de vilões. E ele simplesmente arrasa, nos presenteando com este filmão insano do começo ao filme, divertidíssimo. O toque de Midas do diretor e roteirista foi favorecido aqui por um elenco carismático liderado por Idris Elba, que abraça a zoeira proposta e claramente estão se divertindo tanto quanto Gunn. E a cereja do bolo fica com o figuraça Tubarão-Rei dublado pelo veterano Sylvester Stallone. Só não figura no nosso pódio, pois deu azar de estrear no mesmo ano de três filmes espetaculares.


Aposto que você deve está revoltado (a) comigo pela posição que o aguardadíssimo filme do "Miranha" ocupa em nossa lista, e por isso, reforço que fui ao cinema mais uma vez rever o filme e no streaming revi os dois colegas de pódio devido ao empate entre eles. Indiscutivelmente um fenômeno ainda quando estava sendo produzido, não é a toa que o filme está sendo comparado com Vingadores: Ultimato, já que, assim como este foi o fechamento espetacular da Saga do Infinito, Homem-Aranha: Sem Volta para Casa é o coroamento igualmente épico não apenas do herói vivido por Tom Holland mas também de toda história do Cabeça de Teia nas telonas iniciada a vinte anos por Sam Raimi. Merecidamente quebrando todos os recordes, fica com o nosso bronze apenas por pequenos detalhes, sem deixar de empatar com os colegas de pódio.


Realmente, a maior surpresa do ano para mim. Quem acompanha este blog sabe que eu estava cagando para a versão do clássico da ficção literária escrito por Frank Herbert. E trazer a frente de um elenco estrelar Timothée Charlamet, ator que nutro uma boba mas feroz antipatia, só piorava o meu ranço pelo filme. Mas, ao entrar na sala de cinema fui surpreendido por um excelente épico com uma parte técnica impecável, conduzido com uma maestria impecável pelo bajulado Dennis Villeneuve, que fez aqui um aposta arriscadíssima, ao ousar contar a história pela metade, mesmo sem nenhum sinal de confirmação do estúdio que liberaria mais grana para uma continuação. Felizmente, algo confirmadíssimo logo nos primeiros dias após a estreia nos cinemas, com o enorme sucesso de bilheterias (particularmente, me marcou por ser o primeiro filme nesse período de reabertura dos cinemas pós-pandemia que assisti numa sala lotadíssima. E que venha a segunda parte, Deus sabe lá quando.


E chegou o momento em que para muitos serei considerado um DCnauta, algo que aliás, acho uma tremenda bobagem por ter crescido lendo HQs das duas editoras, gostando igualmente delas, nem um tiquinho a mais ou menos por uma. Mas, enfim, encarando mais uma vez as quase absurdas quatro horas, percebi que mesmo com as pancadas vindas e as qualidades dos igualmente espetaculares colegas de pódio o corte do diretor Zack Snyder conseguiu manter a liderança durante todo ano, se confirmando aqui. Não nego que tenha seus problemas, principalmente pelos exageros que vão muito mais além da citada longa duração. Mas, realmente é um épico muito envolvente e tão cativante a ponto de sequer percebemos que seja tão longo. Simplesmente, um filmão épico, como seus colegas de pódio, digno do maior grupo de super-heróis das HQs.

MENÇÃO HONROSA:


No apagar das luzes de 2021, os adoráveis personagens criados pelo mestre Maurício de Sousa retornam aos cinemas em sua versões live-action, na duríssima situação de brigar pelas salas com outras produções, já que o Miranha domina absurdamente quase 90%. Fechando a safra de filmes do ano marcada pela nostalgia e o fan service,  o novo filme da turminha dirigido mais uma vez por Daniel Rezende e estrelado pelo carismático quarteto de protaganistas, diverte, emociona e cativa das crianças pequenas aos idosos, e por isso mesmo, merece ser valorizado e seja o filme que marque o retorno em massa do público para prestigiar o nosso Cinema Nacional.


Sem sombra de dúvida, 2021 não foi um ano bom para o nosso Cinema Nacional em relação a bilheterias, com apenas Marighella atraindo público e mesmo assim, dezesseis vezes menos que o fenômeno do Amigo da Vizinhança. Até o mesmo o carro-chefe, as comédias abestalhadas chegaram e saíram de cartaz das nossas salas de cinemas mais rápido que saldão de loja falida. Ao menos no streaming estas foram representadas no filme da Netflix que une os impagáveis Edmilson Filho e Matheus Nachtergaele. Abestalhada ao extremo, arrebentou nos primeiros dias após a estreia, e que com certeza, se tivesse sido lançada nos cinemas, iria bombar ainda mais nas bilheterias.


Com certeza, você deve está se perguntando o porquê o novo filme do mestre Steven Spielberg não tinha aparecido na nossa lista, afinal de contas, é para muitos um dos melhores filmes do ano (realmente por pouquinho mesmo não entrou). Fã do filme original, Spielberg faz sua estreia em grande estilo no gênero musical, e consegue a proeza de entregar um ótimo filmão tão bom quanto o clássico ganhador de dez Oscar, incluindo Melhor Filme. Tem tudo para conseguir o mesmo feito e entrar para a história.


Outro filme da gigante do streaming que chegou como não quer nada e acabou sendo uma agradabilíssima surpresa. Kevin Hart sai da zona de conforte dos seus personagens e entrega uma ótima atuação como um pai viúvo que se vira nos trinta para criar a filha, nessa deliciosa comédia dramática alto astral baseada em fatos. Assim como o debute no gênero musical, por pouco mesmo não entrou no nosso Top 10, mas, não poderia deixar de ser lembrado.


Encerrando com chave de ouro a nossa lista dos Melhores Filmes de 2021, temos esse emocionante curta-animado. No ano que Raya e o Último Dragão foi o melhor longa animado da Disney, Luca trouxe uma mensagem forte e Encanto nos contagiou com seu ritmo latino, essa pequena produção acabou sendo a melhor animação lançado este ano que eu assisti, reunindo as maiores qualidades dos citados. Em seus pouquíssimos minutos e com um enredo bem simples, traz de forma bastante eficiente uma mensagem de vida poderosíssima, que muito longa metragem passa longe de obter êxito. Realmente, saiu da lista principal de última hora, apenas para dar espaço aos longas, mas, impossível de ser deixada de citar, por ser inesquecível.

Rick Pinheiro.
Cinéfilo alagoano, desejando a todos um feliz e abençoado ano novo.

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