quinta-feira, 21 de fevereiro de 2019

DO MENOR PARA O MELHOR: JOGOS MORTAIS.

Mesmo com identidade própria e com várias diferenças, impossível não associar Escape Room, em cartaz nos cinemas há duas semanas, com Jogos Mortais. Iniciada em 2004 pelas mãos de James Wan, que acabou se tornando um Midas do gênero, a franquia se arrastou até 2010, sendo de lei que todo ano um filme chegasse aos cinemas, gerando sete filmes no período, boa parte desnecessários. Recentemente, pegando carona na alta do gênero, cujo Wan é um dos principais responsável com a franquia Invocação do Mal, tentaram em vão ressuscitar a franquia com mais um filme, Jogos Mortais: Jigsaw. Mesmo sendo estendida além da conta (deveria ser no máximo, apenas uma trilogia) e com filmes regulares, que simplesmente se repetiam, é inegável a importância da franquia Jogos Mortais para o gênero do terror. E por isso mesmo, a partir de agora, faremos o nosso ranking da franquia, partindo do mais fraco para o melhor filme. Antes que inventem de ressuscitar de novo as armadilhas mortais de Jigsaw, vamos a nossa lista.

8. Jogos Mortais V.

Disparado o mais fraco da franquia. Iniciando o lote de filmes totalmente desnecessários, os jogos mortais prosseguem com um novo seguidor do vilão Jigsaw num filme fraco, sem inspiração, e totalmente repetitivo. Não chega a ser uma merda total, nem a matar de tédio, mas, também não é nenhuma maravilha. Foi um puta sinal de alerta para encerrar a franquia, algo que, como sabemos, infelizmente, não rolou.

7. Jogos Mortais: Jigsaw.

Não deveriam mexer com quem tava morto e sepultado, mas, a ganância falou mais alto. Como sempre ocorre desde sempre, quando o gênero de terror volta a ficar em alta, os produtores gananciosos tratam logo de ressuscitar uma franquia icônica. Com Jogos Mortais não foi diferente, e  sete anos depois de ter sido encerrada oficialmente, os caras a ressuscitam em mais um filminho fraco e desnecessário da franquia. Deu merda e esperamos que os caras tenham aprendido a lição.

6. Jogos Mortais: O Final.

Esgotadíssima até a última gota de sangue, a franquia chega finalmente ao seu primeiro desfecho em mais um filminho desnecessário, descartável e esquecível. A única novidade aqui é um 3D tosquinho, que só serve para jogar sangues, vísceras e tudo que é nojeira na cara do expectador. Fora isso, mais do mesmo insosso, que nem fede, nem cheira na franquia.

5. Jogos Mortais  VI.

De todos os filminhos esquecíveis e desnecessários da franquia, que vieram após o fraquíssimo quinto filme, esse aqui tem uma ligeira vantagem sobre os demais. O tosco e chato pra caralho novo vilão do filme anterior continua mantendo vivo o legado das gerigonças mortais de Jigsaw e tocando o terror, principalmente num vendedor de plano de saúde bem filho da puta. Paralelamente, conhecemos um pouquinho mais do vilão clássico da franquia e sua assistente porra-louca, único elemento que torna o filme ligeiramente interessante, mas, sem deixá-lo de ser desnecessário.

4. Jogos Mortais IV.

Como falei na introdução, na minha humilde opinião, Jogos Mortais deveria ter sido uma trilogia. Mas, uma tetralogia até que seria aceita, já que este quarto filme da franquia, cuja a trama ocorre paralelamente com a do filme anterior, é legalzinho, e até consegue prender atenção e nos envolver. Não é grande coisa, mas, consegue ser superior a todos que vieram depois, e até seria um costumeiro final fraco, porém, aceitável de uma franquia.

3. Jogos Mortais III.

Chegamos ao filme que deveria ter encerrado a franquia. Mesmo com uma considerável queda de qualidade em relação aos dois primeiros, o terceiro filme será um bom desfecho da franquia, já que fecha muito bem o círculo do vilão Jigsaw. A trama, que se divide entre uma médica sequestrada que precisa tentar salvar o vilão para sobreviver, com outros personagens lutando para sobreviver de mais um jogo doentio promovido pelo moribundo vilão e sua cúmplice - que chega a ser mais psicótica que ele -, consegue ser bastante envolvente. Se tivesse parado por aqui, com certeza, a franquia seria uma das melhores da sétima arte. Uma pena que a ganância falou mais alto.

2. Jogos Mortais II.

É fato que, na maioria das vezes, continuações são desnecessárias, principalmente, quando a trama do original fechadinha em si, sem brecha para continuação como no primeiro Jogos Mortais. Mas, a primeira continuação da franquia consegue ser uma surpreendente e agradável exceção. Isso porque é mantido a altíssima qualidade do filme original, com uma trama empolgante e envolvente, que nos deixa tão tensos e apreensivos como naquele filmaço. O único filme da franquia tão bom e memorável quanto o original, sendo superado por ele.

1. Jogos Mortais.

Disparado o melhor filme da franquia. O grande diferencial aqui, sem sombra de dúvida, é James Wan que dirige e roteiriza esse filmaço, que quando foi lançado, foi até comparado com Seven - Os Sete Crimes Capitais. Wan deita e rola com todo seu talento, e nos presenteia com um filmaço tenso e eletrizante do começo ao fim, com uma trama simples, porém, bastante criativa e envolvente, com direito a um dos finais mais impactantes da história. Um filmaço eletrizante que fez escola. A comparação com a obra-prima do mestre David Fincher, estrelada por Brad Pitt e Morgan Freeman, não é a toa, já que o primeiro Jogos Mortais não fica atrás, e também é uma obra-prima do gênero, insuperável.

Rick Pinheiro.
Cinéfilo alagoano.

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