Foram apenas quatro filmes no curtíssimo período de dois anos. O suficiente para Bruce Lee se tornar o maior ícone das artes marciais de todos os tempos, insuperável até hoje. Atuando desde criança, o saudoso Dragão Chinês era um exímio lutador, para muitos o maior de todos os tempos, emprestou seu imenso talento marcial e carisma em quatro filmes, recheados de sequências de lutas inigualáveis, que definiram para sempre o sub-gênero das artes marciais, até então restrito ao mercado oriental, apresentando-o para o mundo. Queimamos muitos neurônios, afinal, os quatro filmes são excepcionais, e nesta postagem fizemos o ranking destas verdadeiras obras-primas. Mais rápido que um golpe do dragão, vamos a nossa lista.
5. O Jogo da Morte.
Ao contrário do que possa parecer, o filme inacabado pelo Dragão Chinês não está na nossa lista apenas para completá-la. É bem verdade que é uma tranqueira, que pega uma excelente premissa criada pelo próprio Lee, que tinha tudo para ser a quinta obra-prima do sub-gênero das artes marciais estrelada por ele, e joga no lixo, num péssimo roteiro repleto de furos e incoerências numa trama patética. Tudo piorado por uma tosca montagem e pela utilização de um dublê cabeçudo que, apesar de lutar bem, não se parece tanto com o astro, e só serviu para dar vida ao personagem de Lee que mais apanha. Como se não bastasse, os caras foram ao cúmulo do oportunismo mórbido, ao colocar no filme o velório real do ator. Mas, essa pérola trash, que por aqui também recebe o título Bruce Lee no Jogo da Morte, acabou sendo também um marco como o quarteto de obras-primas, influenciando bastante a cultura pop, que vai de games ao icônico macacão amarelo usado por Lee reverenciado pelo mestre Quentin Tarantino nos dois Kill Bill. As várias influencias, somadas as pouquíssimas cenas de lutas inéditas de Lee (destaque para o inesquecível confronto com o ex-jogador de basquete Kareem Abdul-Jabar), que tornam o filme presença obrigatória na nossa lista.
4. O Dragão Chinês.
O filme responsável pelo estouro de Lee como astro e também um divisor de águas no sub-gênero das artes marciais. De cara, somos apresentados a todo carisma e talento marcial do astro, que simplesmente brilha, e arrebenta, num filmaço com um roteiro que traz elementos que seriam utilizados em dois dos três filmes posteriores (personagem de Lee chegando numa localidade apenas para passar um tempo com familiares e amigos, evitando o máximo brigar, só cedendo quando os caras passam dos limites) e sequência de lutas memoráveis. Um filme simples, porém, já na sua gênese uma obra-prima.
3. A Fúria do Dragão.
Um lendário herói chinês é apresentado ao mundo de forma espetacular tanto pelo ótimo roteiro que toca na ferida do preconceito racial, como por Lee, que simplesmente, dar um show de carisma talento marcial, e de quebra, ainda mostra que é um ótimo ator, mostrando toda sua versatilidade em sequências dramática e cômicas (destaque para as sequências em que se o personagem se disfarça), o que torna do filme obrigatório para ser assistido no idioma original. O show à parte fica com a icônica sequência que Chen Zhen sai na porrada com uma academia inteira, simplesmente, um marco no gênero, e até hoje insuperável. Encontrado por aqui também com o título Conexão Chinesa, simplesmente outro filmaço de artes marciais que também já nasceu uma obra-prima.
2. O Voo do Dragão.
Penúltimo filme completo feito por Lee, marca também seu debute e, infelizmente, única vez como diretor. Mesmo com a premissa idêntica de O Dragão Chinês, isso é quase impercebível, já que o filme tem identidade própria. Após mostrar sua versatilidade como ator no filme anterior, Lee simplesmente eleva a enésima potência sua veia cômica, mas, sem deixar de ser o astro marcial fodão. Mas, sem dúvida, o grande marco que torna o filme memorável é o icônico confronto dele com Chuck Norris, naquela que, simplesmente, até hoje, é a mais icônica sequência de luta da história do cinema. São esses elementos que tornam o filme ligeiramente superior aos seus antecessores, sendo tão obra-prima como eles.
1. Operação Dragão.
Das quatro obras-primas protagonizadas pelo saudoso Dragão Chinês, nosso primeiríssimo lugar não poderia ser outro, simplesmente, o filme que colocou Lee no seleto time de astros hollywoodianos, algo que, infelizmente, não chegou a usufruir, já que faleceu antes mesmo do filme ser lançado nos cinemas. Parceria Hollywood e China, temos aqui o clássico dos clássicos das artes marciais, um filmaço com roteiro excepcional, que se por um lado traz um Lee num personagem ligeiramente fora do habitual dos filmes anteriores, sendo uma espécie de James Bond das artes marciais, que se infiltra num torneio secreto, premissa que até hoje rende uma porrada de filmes. Claramente com um orçamento maior que do costume, esta espetacular obra-prima traz Lee no ápice, com coreografias excepcionais que renderam momentos antológicos e memoráveis como a sequência do espelho no clímax do filme. Imitadíssimo infinitas vezes, e ainda insuperável, um filmaço que, além de ser o melhor de Lee, também é o melhor filme de artes marciais de todos os tempos.
Rick Pinheiro.
Cinéfilo alagoano.
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