Depois de alguns meses, finalmente e infelizmente (afinal, ninguém gosta de perder tempo e dinheiro assistindo filme ruim), tivemos filmes ruins em dose dupla para concorrerem ao nosso fedido e nada honroso título. 2:22 - Encontro Marcado tinha tudo para ser nossa merda do mês, e até se melou um pouco. Mas, a merda escorregou pela mão e ficou só no cheirinho, quando Mãe! chegou com tudo para ser não somente a merda do mês, mas, do ano. O novo filme do competente diretor Darren Aronofsky, que traz uma produção caprichada e um elenco estrelar talentoso encabeçado pelo brigadeiro de festa Jennifer Lawrence, o problema é que temos um filme confuso, irritante em alguns momentos e esquisito durante toda projeção, que parece que foi escrito quando Aronofsky estava totalmente drogado. Conversando com funcionários da lanchonete, entenderam o filme melhor do que eu, defendendo que fazem um analogia ao livro do Gênesis da Bíblia, argumento interessante, que me fez até pensar em rever minha opinião sobre o filme. Mas, como não tive tempo de assisti-lo de novo, fica com nosso título e ainda está no topo dos piores filmes do ano.
Setembro chega ao fim com um filme do mês que não apensa superou expectativas mas também reinou absoluto durante todo mês. No mês em que completou 70 anos, Stephen King é presenteado, junto conosco com uma das melhores adaptações de uma obra sua.It: A Coisa é um filmaço que faz jus ao mestre King e ainda por cima marca o ápice da excelente fase que o gênero do terror. Não apenas nos dando susto e nos deixando tenso na medida certa, merecidamente reinou absoluto durante todo mês e fica com nosso título.
= Excepcional. / = Muito bom. / = Bom./ = Regular. / = Fraco. / = Preciso mesmo dizer?.
Pânico (Scream).
Produção estadunidense de 1996.
Direção: Wes Craven.
Elenco: David Arquette, Neve Campbell, Courtney Cox, Matthew Lilard, Rose McGown, Skeet Ulrich, Jamie Kennedy, Henry Winkler, Liev Schneiber, Drew Barrymore, Roger L. Jackson, Wes Craven, Roger L. Jackson, entre outros.
Blogueiro assistiu em home vídeo (VHS e DVD).
Cotação:
Nota: 10,0.
Sinopse: Exatamente um ano após o assassinato brutal de Maureen Prescott (Lyn McRee), a pequena cidadezinha Woodsboro ver sua rotina pacata mudar mais uma vez, quando o casal de adolescentes Steve Orth (Kevin Patrick Walls) e Casey Becker (Barrymore) são assassinados. A partir de então, inicia-se assassinatos em séries, principalmente, do círculo de amizade da jovem Sidney Prescott (Campbell), que junto com seus amigos, lutam contra o tempo para sobreviver e descobrir quem é o misterioso assassino.
Comentários: No ano passado, o gênero do terror finalmente iniciou uma nova volta por cima, depois de anos mergulhado na merda da modinha do found footage. Coincidentemente vinte anos o gênero também tinha um resgate com este filmaço fodástico escrito por Kevin Williamson e dirigido pelo saudoso mestre do gênero Wes Craven, Inspirado ligeiramente num caso real e principalmente pela paixão de Williamson por filmes de terror, em especial, o primeiro Halloween, temos um filme com um excelente roteiro que ao mesmo tempo que faz uma deliciosa homenagem ao gênero do terror, também envolve, prende a atenção do inesquecível e eletrizante começo com a participação especial de Drew Barrymore ao clímax quando somos surpreendidos pela revelação dos assassinos, e de quebra, ainda nos dar bons sustos. Sobre a pergunta célebre do filme "Qual seu filme de terror favorito?", com certeza, muitos de nós dirão Pânico, que simplesmente é um dos melhores e mais divertidos filmes do gênero.
Merecidamente o filme fez um enorme sucesso e, como dito, resgatou o gênero do terror, gerando uma penca de novas produções sejam novatas (Eu Sei Que Vocês Fizeram no VerãoPassado - escrito também por Kevin Williamson -, Lendas Urbanas, Prova Final, entre outros), e "volta dos que não foram" de franquias clássicas do gênero (H20 - Halloween: Vinte Anos Depois, A Noiva de Chucky) e, obviamente, gerando continuações. A primeira, um ano depois, com o roteirista e o mestre Craven repetindo a parceria, trazendo de volta os sobreviventes do filme original. Desta vez, a trama se passa num campus universitário onde Sidney (Campbell) e Randy (Kennedy) estudam, que ver sua rotina mudar quando um casal de estudantes (Epps e Smith) são assassinados no cinema na sessão de pré-estreia de A Punhalada, filme baseado num livro escrito por Gale Weathers (Cox) sobre os eventos do filme anterior, o que faz mais uma vez Sidney e seus amigos lutarem para sobreviver. Com um roteiro bem mais elaborado, o filme consegue ser tão bom quanto original, e só não o é para mim, por se arrastar ligeiramente, perdendo tempo com momentos xaropes como o do namorado de Sidney, vivido por Jerry O'Connell, fazendo cantoria no refertório, e o ensaio de uma peça teatral com Sidney. Mas, nada que tire o brilho de Pânico 2 ser um filmaço empolgante e eletrizante, um dos melhores do gênero.
Sem Kevin Willamson roteirizando, a franquia volta três anos depois, mais uma vez sob a batuta de Wes Craven e trazendo o trio de protagonistas. Desta vez, a trama se passa em Hollywood, onde está sendo filmado A Punhalada 3. Mas, a rotina é mudada quando o mal sem alça e agora apresentador de talk show, Cotton Weary (Schreiber), sua namorada (Kelly Rutherford) e membros da equipe do filme são assassinados, o que acaba fazendo Sidney (Campbell), que agora vive isolada, escondidinha no meio do nada, vá a Hollywood para junto com os pombinhos Dwight (Arquette) e Gale (Cox Arquette) e o policial Mark Kincaid (Dempsey), lutem contra o tempo para sobreviver e descobrirem quem está por trás da máscara de Ghostface. Com um roteiro regular e preguiçoso, repleto de furos e forçação da barra, o resultado é um filminho frustrante que só não é uma merda total, graças a primorosa direção do mestre Craven, e o carisma do elenco, principalmente, o então casal Arquette, aqui com muito mais tempo de cena que Campbell. Mas, não suficiente para salvar o filme de ser o mais fraco da franquia.
Anunciada como uma trilogia, Wes Craven e o trio central voltam onze anos depois para mais um filme, desta vez, contando com a volta de Kevin Willimson no roteiro. Pânico 4 traz a franquia de volta à fictícia Woodsboro, onde Sidney (Campbell), totalmente superada dos seus traumas, está de volta a sua cidade natal, após quinze anos dos eventos do primeiro filme, para lançar um livro, mas, é surpreendida pela volta de novos assassinatos. O filme tem uma considerável melhora em relação ao anterior, apesar de não ser tão genial quanto os dois primeiros. Nossos comentários você pode conferir clicando neste link.
Havia um planejamento para mais dois filmes, algo que foi pelo raro, ao menos por enquanto, com o falecimento de Wes Craven, em 30 agosto de 2015. No mesmo ano, a MTV estadunidense lançou um seriado televisivo baseado na franquia, que já conta com duas temporadas e uma a caminho, que irá estrear em março do próximo ano, fazendo um reboot com novos personagens. Ainda não assistir, mas, tão logo o faça, comentarei aqui.
Sobre a franquia nas telonas, mesmo com a derrapada nos dois últimos filmes, o fato é que Pânico é uma das melhores, mais empolgante e inesquecível tetralogia não somente do gênero do terror, mas, do cinema. Uma das pouca que ainda consegue empolgar e assustar (em especial, os dois primeiros filmes), mesmo que você tenha assistido várias vezes.
Pânico 2 (Scream 2).
Produção estadunidense de 1997.
Direção: Wes Craven.
Elenco: David Arquette, Neve Campbell, Courtney Cox, Jamie Kennedy, Sarah Michelle Gellar, Laurie Metcall, Elise Neal, Jerry O'Cornnell, Timoth Olyphant, Jada Pinkett, Liev Schreider, Lewis Arquette, Duane Martin, Omar Epps, Tori Spelling, Roger L. Jackson, entre outros.
Blogueiro assistiu na extinto Cine Iguatemi Maceió, em home vídeo (VHS), na TV por assinatura (Telecine Action) e online (Telecine Play).
Cotação:
Nota: 8,5. Sinopse e Comentáriosnos parágrafos acima.
Pânico 3 (Scream 3).
Produção estadunidense de 2000.
Direção: Wes Craven.
Elenco: David Arquette, Neve Campbell, Courtney Cox Arquette, Patrick Dempsey, Scott Foley, Lance Henriksen, Matt Keeslar, Jenny McCarthy, Emilly Mortimer, Parker Posey, Deon Richmond, Liev Schreiber, Patrick Warburton, Jamie Kennedy, Roger Corman, Kevin Smith, Jason Mewes, Carrie Fisher, Roger L. Jackson, entre outros.
Elenco: David Arquette, Neve Campbell, Courtney Cox Arquette, Emma Roberts, Hayden Panettiere, Anthony Anderson, Adam Brody, Rory Culkin, Mary McDonnell, Marley Shelton, Nico Tortorella, Erik Knudsen, Aimee Teegarden, Britt Robertson, Anna Paquin, Kristen Bell, Lucy Hale, Shenae Grimes, Roger L. Jackson, entre outros.
Blogueiro assistiu no extinto Cine Iguatemi Maceió e online (site Clássicos Sombrios).
= Excepcional. / = Muito bom. / = Bom./ = Regular. / = Fraco. / = Preciso mesmo dizer?.
Duas de Mim.
Produção brasileira de 2017.
Direção: Cininha de Paula.
Elenco: Thalita Carauta, Latino, Márcio Garcia, Letícia Lima, Alessandra Maestrini, Stella Miranda, Polly Marinho, Maria Gladys, Gabriel Lima, Luma Costa, Claude Troisgros, Flávia Quaresma, Andre Mifano, Nizo Netto, Gil Coelho, Carla Daniel, Daniel Filho, entre outros.
Blogueiro assistiu na sala 1 do complexo Kinoplex em 29 de setembro de 2017.
Cotação:
Nota: 7,0.
Sinopse: Suryellen (Carauta) é uma mulher batalhadora que tem que se virar nos trinta para sustentar sozinha seu filho (Lima), sua mãe (Gladys) e sua irmã mais nova folgadona (Lima). Um belo dia, ela conhece uma misteriosa confeiteira (Miranda), que se diz mágica, e lhe oferece um bolo do desejo. Antes de comer o pedaço, ela inventa de pedir que apareça outra dela para dar conta do recado, o que acaba acontecendo, surgindo uma cópia muito mas atrevida, ousada e sem noção.
Comentários: Depois de Samantha Schmütz e Tatá Werneck, finalmente, chegou a vez da também talentosa Thalita Carauta de finalmente ser protagonista nas telonas, que marca o debute nas telonas da veterana diretora televisiva Cininha de Paula. Temos aqui mais uma típica comédia tupiniquim abestalhada, com roteiro regular, com algumas piadas engraçadinhas (uma delas, Latino tirando sarro de si mesmo) que provocam algumas tímidas gargalhadas. Não é um filme à altura do talento da sua protagonista, mas, pelo menos cumpre sua função de provocar algumas risadas. Rick Pinheiro. Cinéfilo alagoano.
