quinta-feira, 11 de agosto de 2016

TOP 10: O MELHOR DA CANNON FILMS.

Nunca na história do cinema uma produtora de filmes de baixo e médio orçamento foi tão fodástica quanto a Cannon Films. Fundada em 1967, viveu sua época de ouro a partir de 1979, quando os primos israelitas Menahem Golan (31/05/1929 - 08/08/2014) e Yoram Globus a compraram e criou um modelo de negócio de comprar scripts de roteiristas, boa parte ilustres desconhecidos, e torná-los filmes. O resultado foi um fenômeno oitentista até hoje não repetido, onde uma pequenina produtora bombou e faturou como estúdio grande. De pornochanchada teen a filmes de artes e até indicado ao Oscar, tudo foi produzido pela Cannon, que teve o feito heroico de ter entre suas produções e projetos, filmes baseados em heróis da Marvel e da D.C. sob a mesma tutela. Mas, foram os filmes de ação descerebrados o carro-chefe da produtora, que tinha Chuck Norris, Charles Bronson e Michael Dudikoff como garotos propaganda. O ápice da fase de ouro Golan-Globus foi em 1986, quando foram lançados o espantoso número de 43 produções. Pena que, no ano seguinte, foram necessários apenas três filmes, que, curiosamente, fizeram sucesso aqui no Brasil, para quebrar a produtora e pôr um fim na era de ouro, com a  Cannon sobrevivendo sem o mesmo brilho até 1994. O que fodeu com a Cannon foi a ambição de sair da zona de conforto e produzir mega-produções, blockbusters. Mas, enfim, o curtíssimo período foi suficiente para um feito tão fodástico que, recentemente, ganhou dois documentários, que eu estou seco para assistir. Há rumores de uma volta esse ano, mas, é praticamente impossível repetirem o mesmo feito de outrora. 

No Brasil, o fenômeno Cannon coincidiu como o boom do VHS, e hoje é difícil não associar as produções do estúdio com a saudosa distribuidora América Vídeo, do grupo Paris Filmes, e também com os bons e saudosos tempos da disputa por audiência entre Globo e SBT (a TV que tem torcida foi a pioneira em exibir os filmes da produtora, e, somente posteriormente, foi que a Globo passou a também exibi-los). Uma pena que hoje em dia as duas emissoras esqueceram as produções made in Cannon que tanto lhes deram audiência, que devem está morfando nos seus porões. 

Gosto não se discute, se curte, e por mais que as produções da Cannon sejam malhadíssimas pela crítica e parte do público, é inegável que o feito heroico da dupla Golan e Globus é inigualável, e por isso mesmo, ganha deste saudosista e entusiasmado fã uma postagem especial, com os melhores filmes, Diga-se de passagem, uma das listas mais difícil desde que inventei de fazê-las aqui no blog, que exigiu muita queima de neurônios e alguns critérios para tentar solucionar os inevitáveis empates. Para tentar resolver as pendências, utilizei dois critérios: o primeiro, que fossem filmes produzidos pela Cannon na fase de ouro Golan-Globus, o que não adiantou em nada,. Aí, tive que apelar para o segundo critério, o da relevância do filme, seja positiva, seja negativa, para a história do estúdio. Problema permanecendo, apelei para um critério mais rigoroso: que as produções tivessem que ser 100% Cannon, sem parcerias com outros estúdios e produtoras, o que deu uma enxugada, com a exclusão de títulos como Stallone Cobra, 10 Minutos para Morrer, Kickboxer: O Desafio do Dragão (só descobrir hoje que era da Cannon, quando pesquisava para esta postagem), Desejo de Matar 2, entre outros, mas que também trouxe um pequeno probleminha em mexer nos até então tranquilões quatro primeiros lugares, o que me obrigou a utilizar um último critério: o inevitável memória afetiva. E mesmo assim, ainda não foi suficiente pois, na edição ainda houveram mudanças. Enfim, depois de uma queimada homérica de neurônios, vamos logo a nossa lista, antes que haja mais mudanças.



Iniciamos a nossa lista com um empate entre duas produções estreladas pelos saudoso Charles Bronson (03/11/1921 - 30/08/2003), o mais prejudicado na nossa lista, pelo critério de desempate da produções serem 100% Cannon. Mesmo assim, um dos astros carro-chefe da produtora emplacou duas produções em nossa lista. Na época do estouro de um exército de homem só no gênero de ação, os primos israelitas não perderam tempo e trataram logo de transformar o justiceiro Paul Kersey num Rambo geriátrico, com direito a começar uma terceira guerra mundial num subúrbio novaiorquino e ao final do filme, no início dos créditos finais, sair andando tranquilamente, como se nada tivesse acontecido, com toda força policial da cidade indo ao lugar limpar o estrago que Kersey começou. Mais atitude típica de John Rambo e companhia, impossível.


Com considerável moderação, mas, também tão fodão quanto Kersey, temos Bronson como Tenente Crowe do policial Kinjite: Desejos Proibidos. Mandando para as picas os direitos humanos e qualquer regra de boa conduta profissional, Crowe bota pra foder (literalmente falando) em cima da bandidagem chegada em meninas menores de idade, com direito a enfiar um consolo num pedófilo endinheirado. Perto de Crowe o nosso Capitão Nascimento é um frouxo fanfarrão. 



Mais um inevitável empate. Pode uma mistureba de ninjas, O Exorcista e Flashdance dá certo? Obviamente que não! Mas, não é que os mais geniais-picaretas da sétima arte conseguiram?! No último filme da trilogia Ninja, um ninja fodão, quase imortal, após ser fuzilado pela polícia, consegue escapar e passar sua espada e seu espírito para uma gostosinha da companhia telefônica, vivida pela sumidona Lucinda Dickey (que também deu as caras no mesmo ano de 1984 nos dois Breakdance), cabendo a um ninja caolho interpretado pelo também sumidão Sho Kosugi acabar com a carnificina. Clássico fodástico dos bons e saudosos tempos do Domingo Maior, que, infelizmente, não aparece mais na sessão.


Pegar cenários e figurinos de duas pré-produções - a continuação de Mestres do Universo e, pasmen, caro internauta que nos visita, um filme do Homem-Aranha - que não vingaram, é fichinha para os caras que fizeram a mistureba citada acima. A reciclagem devido a seríssimas limitações orçamentárias deu certo e o resultado é essa fodástica ficção apocalíptica, uma das melhores do sub-gênero, muito bem realizada, estrelada por Van Damme, que considerava (não sei se ainda) como seu filme favorito. O filme marcou como o último grande lançamento da Cannon nos cinemas, inclusive no Brasil, sendo um dos últimos que eu tive o privilégio de assistir no saudoso cinema São Luiz, aqui de Maceió.



Aberta à exceção no critério 100% Cannon no topo da lista, tive que abrir aqui também e o resultado foi o empate entre dois musicais made in Cannon, clássicos dos bons e saudosos tempos da Sessão da Tarde. Até hoje não assistir o primeiro Breakdance, lançado no mesmo ano de 1984, mas, o segundo filme, que foi distribuído nos cinemas pela TriStar Pictures, é empolgante, mesmo com roteiro fraquinho, apenas existindo para tentar justificar os divertidos e bem coreografados números musicais. Datado para os dias de hoje, é o retrato de uma saudosa época que ainda diverte e provoca vontade de sair dançando no meio da sala. 


Quando Dirty Dancing estourou, fazendo um inesperado enorme sucesso nos cinemas mundo afora, os geniais-picaretas trataram logo de contratar o coreógrafo daquele filme, Kenny Ortega, para uma versão latina made in Cannon, e escalaram o ex-líder do grupo Menudo, Robby Rosa para ser o protagonista. Na pressa para pegar carona no sucesso, copiaram e colaram o roteiro de Amor de Menina, quinto filme da franquia de pornochanchada teen, Sorvete de Limão, produzida por eles em seu país natal. Mesmo trazendo o mesmo problema de roteiro do seu colega de empate, com o agravante de ter um personagem protagonista, afrescalhado, egocêntrico, egoísta, machista, metido a pegador e se achando o pica das galáxias, as ótimas sequências de dança, muito bem coreografadas e a deliciosa trilha superam, e o resultado, ao menos aqui no Brasil, foi o mesmo estrondoso sucesso de bilheterias e audiência na Sessão da Tarde, do filme estrelado pelo saudoso Patrick Swayze (18/08/1952 - 14/09/2009).



Quando Os Caçadores da Arca Perdida estourou, pipocaram filmes do gênero de aventura copiando a mesma fórmula, tentando repetir o mesmo sucesso. Obviamente, os picaretas-geniais de olho nas doletas, não perderam tempo e produziram alguns filmes do gênero, sendo que apenas dois são realmente bons. Um deles, o mais bem sucedido nas bilheterias, os caras pegaram um clássico da literatura, que já tinha tido uma versão em 1950,  e transformaram neste divertidíssimo filme, com o carismático Richard Chamberlain, dando vida a um Alan Quatermain, versão sub-Indiana Jones e uma Sharon Stone, estupidamente linda, em comecinho de carreira, como a mocinha. O filme fez um enorme sucesso e ganhou uma continuação que está no topo das piores e desnecessárias continuações de todos os tempos. 



Pode um cara que não luta porra nenhuma se tornar um astro de filmes de artes marciais? Pela lógica não, mas, dane-se a lógica quando falamos da Cannon da Era Golan-Globus. Planejado inicialmente para ser estrelado por Chuck Norris, inexplicavelmente acabou indo parar nas mãos do então ilustre desconhecido Michael Dudikoff, que superou o "pequeno" detalhe de não saber lutar, graças ao seu inegável carisma, e tornou-se o terceiro astro carro-chefe da Cannon, atuando numa porrada de filmes pelo estúdio. A franquia teve cinco filmes, com Dudikoff atuando em mais dois deles, sendo a primeira continuação, A Volta do Guerreiro Americano, um filme tão bom e até ligeiramente superior ao primeiro, mesmo com um roteiro consideravelmente inferior. Mais um feito ilógico da Cannon.



A última mudança na dança das cadeiras de posição na elaboração da nossa lista se deu por causa de um filme, já que, a franquia anterior, apesar de ter mais filmes (cinco no total), só dois merecem figurar na nossa lista, ao contrário desta trilogia, onde todos têm o mesmo nível. Sem sombra de dúvida, junto com American Ninja, a trilogia Braddock é o maior sucesso da Cannon. Estrelada por Norris, o primeiro filme, produzido após o segundo, mas, lançado antes, é marcada pela polêmica de ser acusado de ser cópia cagada e cuspida de Rambo II - A Missão, mesmo tendo sido produzido e lançado antes do filmaço estrelado por Sylvester Stallone. Isso porque o roteiro de James Cameron, andou zanzando de mãos em mãos por anos, até chegar nas mãos de Stallone e ser filmado. Polêmicas à parte, o fato é que os primos israelitas deram uma cartada de mestre quando ao verem os dois primeiros Braddock prontinhos, resolveram inverter a ordem de lançamentos, já que o segundo, é o mais fraquinho da trilogia fodástica. Quando já estavam na pindaíba, para tentar resgatar as finanças, produziram o último e melhor filme da fodástica trilogia, que traz o feito inédito nos filmes de Norris de um personagem seu ser ferido. 



Provavelmente deve ser surpresa para você essa aventura, atualmente presença constante nas manhãs de uma emissora por assinatura, que traz um Norris um pouco fora da habitual zona de conforto, figurar nessa posição, desbancando as franquias American Ninja e Braddock. Sempre que assisto o filme, me divirto com Norris, numa surpreendente boa atuação, totalmente diferente dos durões cara amarradas que marcaram sua carreira, com um entrosamento perfeito com o oscarizado Louis Gossett Jr., ambos hilários, na pele dos dois figuraças aventureiros. O interessante é que existem essas consideráveis mudanças, mas sem Norris deixar de ser fodão e distribuir porrada para tudo que é lado, pois, aí já era querer pedir demais dele. Parece que não teve o mesmo sucesso de bilheterias que As Minas do Rei do Salomão, nem mesmo de outros filmes de Norris para a Cannon, mas, na minha humilde opinião, é um dos melhores filmes do estúdio e dos dois atores.



O maior acerto e ao mesmo tempo o maior erro dos geniais-picaretas atendem pelo nome de Jean-Claude Van Damme. Acerto, por o terem escalado para estrelar esse filme, que acabou se tornando um clássico fodástico do sub-gênero das artes marciais e da Sessão da Tarde. Erraram feio por, terem o baixinho belga no seu cast desde de 1984, quando o usaram como mero figurante no primeiro Breakdance (onde soltou a franga num constrangedor rebolado) e em Braddock, O Super Comando (onde até hoje, ainda não o vi em qual cena ele deu as caras). Nada contra Dudikoff, mas, fico imaginando o que passou na cabeça dos geniais-picaretas em escalar um cara que não lutava porra nenhuma para o primeiro American Ninja, tendo em mãos um campeão europeu de artes marciais. Já pensou como seria Van Damme na pele do caladão, mas fodão ninja americano? Enfim, deixando de lado a imaginação, o fato é que O Grande Dragão Branco é um puta clássico fodástico, um filmaço que, até hoje, é um dos melhores do baixinho belga, e só fica com bronze na nossa lista, apenas por organização, pois empata tecnicamente com seus outros parceiros de pódio.



O melhor filme de Norris e também um dos melhores do gênero de ação quase pegava o ouro se eu não tivesse aberto uma exceção no critério 100% Cannon. Planejado inicialmente para ser o encontro dos dois astros do estúdio, Norris e Bronson, o papel deste acabou indo para o seu colega do clássico Os Doze Condenados, o também saudoso Lee Marvin (19/02/1924 - 29/08/1987), que mandou tão bem ao lado de Norris a ponto de ignorarmos que por pouco não rolou o encontro dos dois astros do gênero de ação. Golan saiu do escritório para dirigir esse filmaço, recheado de um elenco de atores europeus respeitáveis, com um roteiro bem elaborado, um percursor de um filme de ação com história bem elaborada, sem pressa, e ao mesno tempo com ritmo perfeito de ação, com Norris no melhor estilo durão-fodão, distribuindo porrada para tudo que é lado, e a deliciosa trilha composta pelo mestre Alan Silvestri, com destaque para a música-tema, é a cereja do bolo deste filmaço de ação completíssimo. Fica com a prata, mas, praticamente empatado com a mão no ouro, junto com o filme que levou Van Damme ao estrelato.



Fechando a nossa lista, com um dos três responsáveis pela quebra financeira da Cannon. Na época, Stallone recebeu o maior salário pago a um astro Hollywood, e como a produção não tem grandes efeitos especiais, nem tanto luxo assim, provavelmente foi o altíssimo salário pago ao astro que contribuiu para o filme ser um dos que ferraram com as finanças da Cannon. Mais uma vez Golan colocou as mãos na massa, e dirigiu esse fodástico e emocionante drama a la Rocky, que figura entre os melhores filmes do rei de filmes de ação. Ironicamente, pelo critério 100% Cannon, o filme ficaria fora da nossa lista, pois, descobrir hoje na pesquisa, que o filme foi distribuído pela Warner nos States. Mas, impossível não associar o filme a produtora. principalmente, por ter chegado por aqui, tanto nos cinemas, onde tive a graça de assistir no saudoso cinema São Luiz, como em VHS, pela América Vídeo., inclusive, sendo um dos filmes carro-chefe da saudosa distribuidora das capinhas com as cores da bandeira dos States. Por isso mesmo, utilizei o critério da memória afetiva, abrindo uma exceção ao critério que eu mesmo estabeleci e o deixei no topo da lista como tava desde do começo, junto com os outros três primeiros colocados. Clássico fodástico do gênero de ação, que não poderia ficar de fora da nossa lista. 

BÔNUS: MENÇÕES HONROSAS. 

Não sei se você é fã (se for, por gentileza, elabore e deixe sua lista nos comentários) ou abomina os filmes da Cannon, logo, não sei se você acha que estou certo em gastar horas elaborando essa lista, ou que eu tenho um péssimo gosto, que eu amo trashões, essas coisas. Mas, o fato é que, na minha humilde opinião, a lista de filmes produzidos pela Cannon geraria pelo menos um Top 20. Como não é possível (já basta os inevitáveis empates, que acabam aparentando ser uma picaretagem a la Golan-Globus), não posso encerrar a postagem sem mencionar alguns filmes que ficaram de fora da lista oficial. Vamos lá! 



Raríssima exceção de um filme da Cannon que agradou a crítica e a parte do público com gosto mais refinado, esse clássico fodástico oitentista foi indicado ao Globo de Ouro e ao Oscar. Diga-se de passagem merecidamente. Totalmente fora dos padrões Cannon, é um filmaço eletrizante, fodástico e inesquecível, para ser visto e revisto infinitas. Só saiu da lista oficial, pelo critério memória afetiva, já que, só assistir a esse filme adulto, o que o prejudicou bastante a ponto de perder três posições para filmes consideravelmente mais desprestigiados na comparação direta. 



Com adaptação de animação é um desastre, destrói toda mitologia estabelecida no mega-sucesso He-Man e os Defensores do Universo. Muito menos é o "Star Wars dos anos 80", que a divulgação picareta da Cannon prometia. Mas, o filme que traz Dolph Lundgren, no ápice da canastrice, em um dos primeiros papéis de mocinho, pagando um micaço como o figurino de dançarino do Clube das Mulheres, e um Frank Langella roubando a cena como o vilão Esqueleto versão sub-Darth Vader, é uma divertida aventura-ficção científica, com uma produção mais bem caprichada que a costumeira da produtora, que foi um dos responsáveis pela sua quebra. Fez o enorme sucesso e iria até ganhar continuação, abrindo a pretensa fase dos blockbusters made in Cannon, o que acabou não rolando devido a quebra financeira que ele mesmo foi um dos responsáveis.



Se hoje podemos nos divertir com as verdades sobre Chuck Norris, devemos principalmente a essas duas produções da Cannon, inclusive, as imagens de Norris em ambas são as mais usadas nos memes que trazem as divertidas pérolas que circulam na grande rede. Em Invasão U.S.A., Norris é um ex-agente fodão da C.I.A., que deixa a tranquila aposentadoria, com o delicado hobbie de caçar jacarés, para detonar um exército de terroristas antas que inventa de invadir os States. Já Comando Delta 2 como continuação é uma bosta, figura entre as piores de todos os tempos, pois é infinitamente inferior ao original, destruindo tudo que foi estabelecido no filme original. Mas, curiosamente, funciona como filme de ação B, conseguindo a proeza de  está  está entre os melhores de Norris. Mais um feito ilógico típico da Cannon que, a essa altura da postagem, não é mais novidade para você. 

O Último Americano Virgem. 


Você deve está pensando como um clássico da pornochanchada teen ficou de fora da nossa lista. Refilmagem do primeiro Sorvete de Limão, que os primos produziram em seu país, está aí o filme divertido, que é estragado pelo péssimo e triste final, que figura entre os piores de todos os tempos (parece que o original também comete a mesma merda). Na época que assistir, fiquei puto e até hoje tenho antipatia pelo filme só pela cagada homérica no final. Mesmo assim, é inegável que o filme é um dos inesquecíveis da Cannon e, por mais que tenha antipatia pelo filme, não poderia deixá-lo de citar. Não o comentei ainda aqui no blog, pois, preciso revê-lo. Em tempo: filmes com finais ruins será tema em breve de uma lista que postaremos aqui. Já estou começando a colocar a cabeça para pensar.



Com o estouro do primeiro Máquina Mortífera, pipocaram filmes policiais, estrelados por duplas inter-raciais. A Cannon, que foi pioneira em duplas assim com American Ninja e Firewalker, não poderia ficar de fora e tratou logo de tentar emplacar uma, formada por Robert Carradine e Billy Dee Williams, outro pioneiro, quando fez parceria com Sylvester Stallone em Falcões de Noite. Não vingou, e até hoje, pouquíssima gente assistiu. E o fato de ter sido exibido pouquíssimas vezes na TV, e apenas de madrugada na Globo, só contribuíram para isso. Mesmo assim, o Máquina Mortífera versão Cannon merece ser descoberto pois é divertido e traz uma dupla que se esforça.



Encerrando a polêmica postagem com uma última polêmica. Por mais que seja um filme que figure na lista dos piores filmes de super-heróis dos quadrinhos de todos os tempos, tenha um roteiro ruim, efeitos especiais toscos, horríveis, seríssimas e claras limitações orçamentárias, o que não evitou de ser um dos responsáveis por foder ainda mais com as finanças da Cannon, não poderia deixar de citá-lo. Particularmente, concordo com tudo isso, mas é impossível falar da Cannon sem falar do filme, tanto que ele está presente nos dois documentários sobre a produtora. Mesmo com tanto defeitos citados, fora outros omitidos, pelo menos ainda consegue ser melhor que os blockbusters mega produzidos Superman III e Supergirl. Vale para ver em cena o melhor Superman/Clark Kent de todos os tempos, o saudoso Christopher Reeve (25/09/1952 - 10/08/2004), os inesquecíveis Gene Hackman e Margot Kidder, se despedindo dos seus respectivos personagens de forma constrangedora, e um jovem Alan Harper, Jon Cryer, fazendo o que faz de melhor: roubando a cena de forma hilária.

Top 10: O Melhor da Cannon Films.

6 comentários:

  1. Um bom artigo seria falar sobre filmes que não são da Cannon mas parecem, por exemplo, Esporte Sangrento de 1994. Não sabia que o filme Falcão tinha sido uns dos que faliram o estúdio, achei que só o Superman IV e He-Man tinha feito isso.

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    1. Olá!

      Primeiramente, obrigado pela visita e pelos comentários! Esteja sempre a vontade a fazê-los! É muito bem-vindo! Volte sempre!

      Sobre a falência da Cannon, na verdade foi um conjunto de fatores. Um deles foi o número exagerado de produções. Outro foi quando os produtores inventaram de sair da zona de conforto e investiram em super-produções, junto com o altíssimo salário do nosso ícone Stallone, que na época era o ator hollywoodiano mais bem, o que só aumentou o rombo.

      Mais uma vez, muito obrigado! Volte sempre!

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    2. Ah! Sobre Esporte Sangrento, eu jurava também que era da Cannon, tanto por ser um filme padrão do estúdio, como também pelo fato do filme ter sido lançado por aqui pela América Vídeo. Mas, na lista oficial dos filmes da produtora, que eu encontrei na pesquisa que fiz, ele não estava listado, o que fez eu tirá-lo da lista ainda na fase de elaboração.

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    3. Ah! Sobre Esporte Sangrento, eu jurava também que era da Cannon, tanto por ser um filme padrão do estúdio, como também pelo fato do filme ter sido lançado por aqui pela América Vídeo. Mas, na lista oficial dos filmes da produtora, que eu encontrei na pesquisa que fiz, ele não estava listado, o que fez eu tirá-lo da lista ainda na fase de elaboração.

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  2. Boa noite!

    Um filme produzido pela Cannon, que fez parte da infância de muita gente, por ter passado na sessão da tarde, foi o filme João e Maria, o achava muito divertido e ainda continuo achando. Amava ver aquelas delícias todas no filme, em especial as tortas doces. Depois que assistia ao filme ia direto atacar a geladeira, para mim, era tudo muito lúdico mesmo tendo aquela bruxa horrosa. Oh infância querida que ñ volta mais. Parabéns pela lista!

    Abraço.

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    1. Boa noite, Fabiana!

      Bem lembrando! De fato, a Cannon abrangia vários gêneros, e na extensa lista de produções, não faltaram as infantis.

      Bons tempos que éramos felizes, sabíamos muito bem disso e nos divertimos bastante. Saudades!

      Muito obrigado pelos comentários e por nos visitar! Esteja sempre a vontade para vim aqui mais vezes.

      Abraço! Fica com Deus!

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