Se na segunda metade dos anos 1980 e primeira dos anos 1990 pipocavam astros de filmes de ação B (fica a dica de conferir uma lista com dez deles que elaboramos há pouco maus de um ano) podemos dizer que no século XXI Scott Adkins é o maior representante da nova geração de brucutus. Praticante de artes marciais desde pirralho, o ator britânico começou a carreira de ator com pé direito em papéis secundários, praticamente figurantes em bons filmes estrelados por Jackie Chan (Espião por Acidente, seu debute, e O Medalhão) e Jet Li (Cão de Briga). Fã de Bruce Lee e Jean-Claude Van Damme, atuou com seu ídolo, até agora, em quatro produções, inciando com Operação Fronteira, passando pelo interessante Jogos Letais, onde divide o estrelato com o baixinho belga, fez parte do timaço de astros de ação em Os Mercenários 2 e pagou um puta micão ao lado do ídolo no horrível Soldado Universal: Juízo Final. Acredito que tudo isso só aconteceu, graças a roubada de cena como o vilão Yuri Boyka em O Lutador, até agora seu personagem marcante, que acabou ganhando o estrelato em mais dois filmes da franquia. Curua filmografia lembra bastante a do veterano brucutu Dolph Lundgren, por oscilar entre papéis secundários em super-produções hollywoodianas (A Pantera Cor-de-Rosa, O Ultimato Bourne, X-Men Origens: Wolverine, o já citado Os Mercenários 2, A Hora Mais Escura, Hércules, Mente Criminosa, Doutor Estranho e O Assassino: O Primeiro Alvo, atualmente em cartaz), inclusive superando o brucutu sueco em número de participações, e estrelando produções classe B e C do gênero de ação. Nesta postagem iremos comentar sete destas que estão disponíveis nas das maiores plataformas streaming do nosso país. Antes que chegue mais um filme do brucutu britânico, geralmente lançado diretamente em home vídeo, vamos aos nossos comentários.
Direção: Eric Style.
Elenco: Scott Adkins, Dolph Lundgren, Huang Yi, Nathan Lee, James Lance, Lydia Leonard, Geng Lee, entre outros.
Blogueiro assistiu online (Telecine Play) em 01 de outubro de 2017.
Cotação:
Nota: 4,5.
Sinopse: Travis Preston (Adkins) é um zoólogo que anda pelo mundo com sua equipe,catalogando novas espécies animais. Em uma dessas missões, Travis acaba tendo um conflito de interesses com um dos membros, Jim Harker (Lundgren), encara uma tarefa como uma caça, enquanto que Travis quer mais é preservar a bicharada. Conflito que só piora, quando um dos membros parte desta para melhor, atacado justamente por um animal que a equipe foi catalogar, o que faz Harker meter um processo judicial em Travis. Seis meses depois, Travis é contactado por Doug McConnell (Lance), para ir a China para identificar um misterioso réptil que está atacando no feofó do país, mandando para a terra do pé-junto, e acaba reencontrando seu rival, que foi para lá, justamente para dar um fim na criatura.
Comentários: Primeiro encontro de Adkins e Lundgren sem Van Damme (antes os dois haviam se encontrado em Os Mercenários 2 e no horrível Soldado Universal - Juízo Final, neste com direito a saírem na porrada). Temos aqui um trashão de décima quinta categoria (apesar que foi lançado nos cinemas gringos em 3D), com roteiro fraco, que faz uma mistureba de Anaconda e companhia com Jurassic Park, com pitadinhas de Os Caçadores da Arca Perdida, e que nada tem a ver com o título pretensioso e picareta. Os efeitos são muito toscos a ponto da criatura, que deveria assustar, provocar risadas. É mais um filminho que de tão ruim, ridículo e patético, acaba sendo divertido, provocando algumas gargalhadas.
Nota: 7,0.
Sinopse: Continuação de Ninja (2009) e ao mesmo tempo refilmagem de A Vingança do Ninja. Casey (Adkins) está de boa no Japão, vivendo com sua amada (Hijii). Mas, essa paz é interrompida quando bandidos inventam de mandá-la para a terra do pé-junto. Arrasado e ao mesmo tempo puto da vida, o cara vai até Myannar, para desbaratar toda organização criminosa responsável pelo crime.
Comentários: Não confundir com o supracitado clássico oitentista dos saudosos tempo da sessão televisiva Domingo Maior, segundo filme da trilogia Ninja estrelada por Sho Kosugi (curiosamente, seu filho, Kane, marca presença neste filme). Aqui deram continuidade a o filme lançado em 2009, também estrelado por Adkins, com uma refilmagem, um samba do crioulo doido que acabou dando certo, já que temos um empolgante e eficiente filme de ação B, com ação do começo ao fim, sequências de lutas bem coreografadas e que conta com um roteiro satisfatório, que traz a batida trama de herói fodão, exército de um homem só, em busca de vingança. Considerável melhora em relação ao primeiro filme a ponto de superá-lo com larga vantagem. Esse sim, vale a pena conferir.
Nota: 8,5.
Sinopse: Continuação de O Alvo. Wes Baylor (Adkins) é um lutador fodão em ascensão, que tem a chance de lutar pelo título mundial, justamente contra seu melhor amigo (Troy Honeysett). Só que a luta acaba terminando em tragédia, o que enterrou de vez a carreira de Baylor que, arrasado, chuta o pau da barraca e vai viver na Tailândia, passando a sobreviver através de lutas clandestinas. Seis meses depois, ele é procurado por um misterioso empresário (Knepper), que lhe oferece uma grana preta por uma luta em Myannar. Mas, chegando lá, ele acaba descobrindo que o cara ganha a vida promovendo caçada humanas para gente endinheirada e que ele justamente é a caça da vez.
Nota: 0,5.
Sinopse: A trama se passa em 1959, na Indochina, país que na época os criminosos de guerra iam se esconder e viver de boa, mantendo suas atividades criminosas. Cinco deles são parceiros e administram um presídio, onde entre os encarcerados está o irlandês Martin Tilman (Adkins), que antes de entrar no exército, era um renomado lutador fodão. Procurado pelo Governo Britânico, representado por Harrison (Marsdsen), Tilman acaba sendo solto pelos bandidões, que não desejam que seus negócios criminosos sejam comprometidos, e ele vai viver de boa numa aldeia próxima, com a amada Isabelle (Chan). Mas, a paz não será por muito tempo já que a bandidagem irá de novo cruzar seu caminho.
Comentários: Depois de ser surpreendido por um dos melhores filmes de Adkins, a maratona prossegue com este filminho B que tem uma premissa até interessante, que acaba sendo totalmente estragada por um roteiro preguiçoso e sem criatividade, que acaba resultando no filminho chato, morgadão, entediante que só não ganha um zero redondinho e um cocô no lugar da estrelinha, por causa de algumas sequências de ação, em especial, o confronte entre Adkins e Cung Lee, outro astro de filmes de ação B e C da atualidade.
Nota: 7,0.
Sinopse: Homem (Adkins) ultrapassa a fronteira dos Estados Unidos para o lado mexicano, transportando uma bolsa com milhões de doletas, com intuito de ir à Acapulco e viver de boa por lá. Só que a primeira parada é justamente na pequenina e nada amistosa cidade de El Frontera, que é dominada pela bandidagem, que não gosta nadinha da sua presença por lá, e fará de tudo para botá-lo para correr, mas deixando a bolsa com a grana.
Rick Pinheiro.
Cinéfilo alagoano.
Direção: Isaac Florentine.
Elenco: Scott Adkins, Kane Kosugi, Mika Hijii, Shun Sugata, Vithaya Pansringarm, Mukesh Bhatt, entre outros.
Blogueiro assistiu online (Netflix) em 01 de outubro de 2017.
Cotação:
Nota: 7,0.
Direção: Roel Reiné.
Elenco: Scott Adkins, Robert Knepper, Rhona Mitra, Temuera Morrison, Jeeja Yanin, Adam Saunders, Sean Keenan, entre outros.
Blogueiro assistiu online (Telecine Play) em 02 de outubro de 2017.
Cotação:
Nota: 8,5.
Sinopse: Continuação de O Alvo. Wes Baylor (Adkins) é um lutador fodão em ascensão, que tem a chance de lutar pelo título mundial, justamente contra seu melhor amigo (Troy Honeysett). Só que a luta acaba terminando em tragédia, o que enterrou de vez a carreira de Baylor que, arrasado, chuta o pau da barraca e vai viver na Tailândia, passando a sobreviver através de lutas clandestinas. Seis meses depois, ele é procurado por um misterioso empresário (Knepper), que lhe oferece uma grana preta por uma luta em Myannar. Mas, chegando lá, ele acaba descobrindo que o cara ganha a vida promovendo caçada humanas para gente endinheirada e que ele justamente é a caça da vez.
Comentários: Quem em sã consciência achava que O Alvo, simplesmente uma obra-prima do gênero de ação, merecia uma continuação, principalmente, sem o mestre John Woo e o astro Jean-Claude Van Damme? Nem mesmo o estúdio Universal, famoso por fazer continuações de seus filmes, sem o elenco original e lançadas diretamente home vídeo pensou isso. Ao menos por vinte e três anos, tempo que separa os dois filmes. Para a nossa surpresa, O Alvo 2 vai além do esperado. É um filmaço B de ação, empolgante e envolvente, com um bom roteiro, com Adkins mandando bem nas sequências de ação. Obviamente, não chega a ser uma obra-prima memorável com o filme noventista, e comete erros grosseiros com a forçação de barra nas referências ao estilo do mestre Woo, com as flechas voando em efeitos bobinhos e a ridícula rápida sequência dos pombos voando na frente do herói. Mas, até essas pisadas de bolas são perdoadas já que O Alvo 2 é um filminho de ação B consideravelmente acima da média, que simplesmente é um dos melhores filmes de Adkins e disparada, a melhor continuação de um filme do baixinho belga sem ele. Evite comparações com o original, encare como um ótimo filme de ação B e divirta-se!
Direção: Jesse V. Johnson.
Elenco: Scott Adkins, Jujur Chan, Marko Zaror, Cung Lee, Vladimir Kulich, Charles Fathy, Matthew Marsdsen, Keith David, Aki Aleong, entre outros.
Blogueiro assistiu online (Netflx) em 02 de outubro de 2017.
Cotação:
Nota: 0,5.
Sinopse: A trama se passa em 1959, na Indochina, país que na época os criminosos de guerra iam se esconder e viver de boa, mantendo suas atividades criminosas. Cinco deles são parceiros e administram um presídio, onde entre os encarcerados está o irlandês Martin Tilman (Adkins), que antes de entrar no exército, era um renomado lutador fodão. Procurado pelo Governo Britânico, representado por Harrison (Marsdsen), Tilman acaba sendo solto pelos bandidões, que não desejam que seus negócios criminosos sejam comprometidos, e ele vai viver de boa numa aldeia próxima, com a amada Isabelle (Chan). Mas, a paz não será por muito tempo já que a bandidagem irá de novo cruzar seu caminho.
Direção: Eduardo Rodriguez.
Elenco: Scott Adkins, Christian Slater, Yvette Yates, Zahary Baharov, Valentin Ganev, Sofía Sisniega, Bashar Rahal, Michail Elenov, entre outros.
Blogueiro assistiu online (Telecine Play) em 04 de outubro de 2017.
Cotação:
Nota: 7,0.
Sinopse: Homem (Adkins) ultrapassa a fronteira dos Estados Unidos para o lado mexicano, transportando uma bolsa com milhões de doletas, com intuito de ir à Acapulco e viver de boa por lá. Só que a primeira parada é justamente na pequenina e nada amistosa cidade de El Frontera, que é dominada pela bandidagem, que não gosta nadinha da sua presença por lá, e fará de tudo para botá-lo para correr, mas deixando a bolsa com a grana.
Comentários: Outro filminho B de ação, com climão de faroeste moderno, que copia descaradamente o jeitão do mestre Robert Rodriguez em A Balada do Pistoleiro. Contando com um roteiro satisfatório, o resultado vai um pouquinho além do esperado, com muita ação e dosagem certa de humor. Descompromissado, sem trazer nenhuma novidade ao gênero e eficiente, cumpre direitinho sua função de divertir sem exigir uma queima de neurônios nossa.
Renascido das Trevas (Re-Kill).
Nota: 1,5.
Sinopse: A trama se passa cinco anos após um apocalipse zumbi ter acontecido e ferrado com boa parte da humanidade, e acompanha o programa televisivo Re-Kill, que mostra a missão diária de um grupo fodão de elite no combate aos zumbis esfomeados remanescentes que teimam em continuarem andando por aí.
Produção estadunidense de 2012.
Direção: Valeri Milev e Mike Hurst.
Elenco: Roger Cross, Scott Adkins, Daniella Alonso, Jesse Garcia, Bruce Payne, Mark Adams, entre outros.
Blogueiro assistiu online (Telecine Play) em 04 de outubro de 2017.
Blogueiro assistiu online (Telecine Play) em 04 de outubro de 2017.
Cotação:
Nota: 1,5.
Sinopse: A trama se passa cinco anos após um apocalipse zumbi ter acontecido e ferrado com boa parte da humanidade, e acompanha o programa televisivo Re-Kill, que mostra a missão diária de um grupo fodão de elite no combate aos zumbis esfomeados remanescentes que teimam em continuarem andando por aí.
Comentários: Filminho produzido em 2012, lançado três anos depois, que tenta pegar carona na "zumbimania", com um roteiro colcha de retalhos recheado até o talo de clichês, que faz uma mistureba de Resident Evil, [Rec] 2, RoboCop - O Policial do Futuro, com pitadinhas de Tropas Estrelares e Fuga de Nova Iorque, e com Adkins sendo um mero coadjuvante que aparece pouco, dar uns tirinhos e depois sai da trama. Preciso dizer mais alguma coisa? Acredito que não. Filminho ruim e esquecível que nem merece que percamos tempo com ele.
Perigo Extremo (Close Ranger).
Nota: 7,0.
Sinopse: Cotton MacReady (Adkins) é um ex-militar fodão que vai ao México, invade um prédio de luxo onde um grupo de traficantes está de boa, manda todos para a terra do pé-junto, resgata sua sobrinha gata (Lawlor) que tinha sido e estava mantida em cativeiro por eles, e a leva sã e salva para a cidadezinha estadunidense próxima, onde reside com a mãe (Keats), irmã do nosso herói. Só que o poderoso chefão do tráfico (Perez), não gostou nadinha da ação de Cotton que na ocasião pegou um pendrive contendo todas as informações financeiras da organização, e com seus capangas atravessa a fronteira para tentar ferrar com Cotton e recuperar o pendrive.
Produção estadunidense de 2015.
Direção: Isaac Florentine.
Elenco: Scott Adkins, Nick Chinlund, Caitlin Keats, Madison Lawlor, Tony Perez, Jake La Botz, entre outros.
Blogueiro assistiu online (Telecine Play) em 04 de outubro de 2017.
Blogueiro assistiu online (Telecine Play) em 04 de outubro de 2017.
Cotação:
Nota: 7,0.
Sinopse: Cotton MacReady (Adkins) é um ex-militar fodão que vai ao México, invade um prédio de luxo onde um grupo de traficantes está de boa, manda todos para a terra do pé-junto, resgata sua sobrinha gata (Lawlor) que tinha sido e estava mantida em cativeiro por eles, e a leva sã e salva para a cidadezinha estadunidense próxima, onde reside com a mãe (Keats), irmã do nosso herói. Só que o poderoso chefão do tráfico (Perez), não gostou nadinha da ação de Cotton que na ocasião pegou um pendrive contendo todas as informações financeiras da organização, e com seus capangas atravessa a fronteira para tentar ferrar com Cotton e recuperar o pendrive.
Comentários: Encerramos nossa maratona com chave de ouro, com um filme onde Adkins mandando ver com herói fodão exército de um homem só, em sua quinta e até agora última parceria com o diretor Isaac Florentine, iniciada justamente em O Lutador, e que prosseguiu com Operação Fronteira e os dois Ninja. Temos aqui um roteiro raso, com alguns furos absurdos (o pior deles é a irmã do herói, viúva de um xerife honesto, inventar de casar com um bandidão escroto e ainda leva a filha gostosinha para morar com eles), que serve apenas como desculpa para a porradaria correr solta em sequências de ação eletrizantes e empolgantes. Eficiente filme de ação B feito sob medida para agradar aos fãs menos exigentes, que lembra bastante os clássicos filmes dos anos 1980.
Cinéfilo alagoano.
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