Custou, mas, finalmente chegou o dia de falarmos aqui sobre a franquia Sexta-Feira 13, e não por acaso, numa sexta-feira 13. Com um ideia tão simples e nada original, a franquia acabou sendo o carro-chefe do sub-gênero slasher dos filmes de terror e de quebra ainda presenteou a sétima arte, com um dos seus vilões mais memoráveis e cultuados: o praticamente indestrutível e imortal Jason Voorhees. Curiosamente, dos onze filmes até agora da franquia, incluindo o remake/reboot (nem vou falar da série televisiva, Sexta-Feira - O Legado, que teve três temporadas e nenhuma relação com a franquia nas telonas), o implacável assassino caladão agiu para valer em nove filmes, já que no primeiro, é sua mãe, vivida de forma competente pela saudosa Betsy Palmer, que manda a garotada viciada em sexo para a terra do pé junto, e no quinto filme, é um imitador. Sem falar que no nono filme, ele aparece pouquíssimo já que seu espírito vai se apossando de outros personagens que cruzam seu caminho, fazendo a matança. Enfim, vamos ao que interessa. Dedico essa postagem a minha amiga de longas datas Shirley Custódio, que é super-fã de Jason e que passou praticamente o ano todo esperando o novo filme, que foi cancelado desde de fevereiro. O filme pode não ter vindo, mas, a postagem está prontinha para você, e todos que visitam nosso blog, conferirem.
Direção: Sean S. Cunninghan.
Elenco: Betsy Palmer, Adrienne King, Jeanine Taylor, Robbi Morgan, Kevin Bacon, Harry Crosby, Laurie Bartram, Mark Nelson, Ari Lehman, entre outros.
Blogueiro assistiu na TV aberta (Globo e SBT), em home vídeo (VHS) e online (Blog Clássicos Sombrios).
Cotação:
Nota: 7,0.
Sinopse: Em 13 de junho de 1958, no acampamento Crystal Lake, um casal de jovens monitores (Willie Adamscomo e Debra S. Hayes) é brutalmente assassinado na hora que estavam de boa no sapeca iaiá. Vinte anos depois e após algumas tentativas, mais uma vez, chega um grupo de jovens com a boa intenção de reabrir o acampamento. É um início de uma nova matança. onde um por um, irá para a terra do pé-junto de forma brutal.
Comentários: A saga se inicia com um filme de terror competente, que mantém todo climão de suspense do começo ao fim, contando com um roteiro satisfatório que traz um história simples, envolta em mistério até a revelação da identidade da pessoa responsável pela matança. Mas, a partir daí decai com um clímax estendido um pouco além de conta. Mesmo sim, serviu de um eficiente e satisfatório ponta-pé inicial na franquia. Destaque para a ótima atuação de Betsy Palmer e pela presença de Kevin Bacon, em seu quarto trabalho nas telonas. E foi a partir deste filme que este blogueiro, que já não gostava tanto de dublagem, passou odiar de corpo, alma e coração, por causa da tosca e assassina da língua portuguesa frase "Mata ela, mamãe!", dita de forma ridícula.
Direção: Steve Miner.
Elenco: Amy Stell, John Furey, Adrienne King, Kirsten Baker, Stu Charno, Warrington Gillette, Betsy Palmer, entre outros.
Blogueiro assistiu na TV aberta (Globo e SBT), em home vídeo (VHS) e online (Blog Clássicos Sombrios).
Cotação:
Nota: 7,5.
Sinopse: Cinco anos após os eventos do primeiro filme, Paul Holt (Furey), inventa de abrir um acampamento próximo ao extinto Crystal Lake. O que ele e os jovens monitores não sabiam é que Jason Voorhees (Gillette), que supostamente teria se afogado ainda pirralho em 1957, está vivinho da Silva, e seco por sangue, passando a mandar um por um para comer capim para raiz.
Comentários: Com um orçamento de apenas 500 mil dólares, o primeiro filme faturou quase 40 milhões de dólares. Obviamente que uma continuação era inevitável. E sem perder tempo, ela veio logo no ano seguinte, com o mesmo climão de suspense do filme anterior, e com uma ligeira melhora no roteiro, mas, já começando a manter a mesma fórmula. Aqui, somos apresentados ao malvado favorito de milhares de cinéfilos, usando uma tosca máscara de saco de farinha, mas, totalmente letal, sem escolher vítimas, com direito a matar de uma só vez um casal bem na hora do coito e um rapaz na cadeira de rodas, duas memoráveis sequências da franquia. Assim como Ginny Field, interpretada de forma competente por Amy Steel, que até hoje, é a mocinha mais memorável da franquia.
Direção: Steve Minner.
Elenco: Dana Kimmell, Paul Kratka, Tracie Savage, Jeffrey Rogers, Catherine Parks, Larry Zerner, David Katims, Rachel Howard, Richard Brooker, entre outros.
Blogueiro assistiu na TV aberta (Globo e SBT) e online (blog Clássicos Sombrios).
Cotação:
Nota: 6,5.
Sinopse: Após o confronto com Ginny Field (Amy Steel, no filme anterior) Jason (Brooker) está vivinho da Silva, e recomeça seu festival da carnificina. Desta vez, contra um grupo de jovens que vai passar o fim de semana na casa de campo da família de um deles, e o que era para ser de total sossego, acaba sendo fatal para eles.
Comentários: Curiosamente, a intenção não era colocar Jason como o grande antagonista da franquia, mas, com a inevitável primeira continuação, isso acabou acontecendo e o filme seguinte, seria o final do assassino, algo que já sabemos que não rolou. Contando com o mesmo diretor do filme anterior (que dezesseis anos depois dirigia o fodástico Halloween H20 - Vinte Anos Depois), o filme, que foi produzido em 3-D (curiosamente, o primeiro da Paramount no formato desde 1954) tem uma considerável queda de qualidade no roteiro, mas, ainda sendo eficiente e satisfatório filme de terror. É neste filme que Jason usa pela primeira vez a famosa máscara de hóquei que ficou imortalizado.
Direção: Joseph Zito.
Elenco: Kimberley Beck, Peter Barton, Corey Feldman, E. Erich Anderson, Crispin Glover, Alan Hayes, Barbara Howard, Lawrence Monoson, Joan Freeman, Judie Aronson, Camilla and Carey More, Ted White, entre outros.
Blogueiro assistiu na TV aberta (Globo), em home vídeo (VHS) e online (blog Clássicos Sombrios).
Cotação:
Nota: 7,5.
Sinopse: Depois do confronto com a jovem Chris (Dama Kimmell no filme anterior) que lascou uma machadada em sua cabeça, Jason (White) é dado como morto, levado ao hospital e colocado na geladeira do necrotério. Obviamente, seguindo o ditado popular "vaso ruim não se quebra", ele sai de lá e começa mais uma vez sua matança. Ele vai parar numa região de floresta e lago, onde jovens estão armando um festa surpresa para um amigo, numa casa vizinha de uma família, formada pela mãe divorciada (Freeman), com seus dois filhos, a adolescente Trish (Beck) e o CDF e cabaço Tommy (Feldman).
Comentários: Mais uma vez, era para ser o final da saga de Jason. E nesse caso, os caras cumpriram, já que no filme seguinte, não será o fodão indestrutível que ataca, mas, um imitador. Temos aqui mais uma melhora significativa, com um roteiro bem mais elaborado que os demais filmes da franquia, apesar da manutenção da fórmula costumeira. Temos aqui o filme da franquia com mais rostos conhecidos (Além de Corey Feldman, temos o eterno George McFly da trilogia De Volta Para o Futuro, Crispin Glover, Lawrence Monoson, praticamente repetindo o mesmo papel de jovem bestão com as mulheres de O Último Americano Virgem e a bela Judi Aronson, que viria ser a mocinha do primeiro American Ninja). O clímax com o embate entre o personagem de Feldman e Jason é um dos mais marcantes e tensos da franquia, com uma das melhores atuações do então ator mirim.
Direção: Danny Steinmann.
Elenco: Melanie Kinnaman, John Shepherd, Shavar Ross, Richard Young, Marco St. John, Juliette Cummins, Carol Lacatell, Vernon Washington, Dick Wieand, Corey Feldman, entre outros.
Blogueiro assistiu na TV aberta (Globo), em home vídeo (VHS) e online (Blog Clássicos Sombrios).
Cotação:
Nota: 4,5.
Sinopse: Anos após o seu confronto com Jason, Tommy (Sheperd) está internado numa clínica psiquiátrica. Com uma ligeira melhora ele é enviado para uma casa de campo para continuar seu tratamento, junto com outros jovens, num clima mais fresco e tranquilo, totalmente inverso ao confinamento. Mas, tão logo ele chega, uma série de assassinatos no mesmo estilo de Jason começa acontecer na região, deixando uma dúvida no ar se ele é o responsável ou o próprio Jason está vivinho da Silva.
Comentários: Com Jason, realmente, mortinho e enterrado, os produtores resolveram continuar a franquia com um novo assassino (o final do filme anterior já ensaiava isso). Mas, acabou sendo uma machetada no próprio pé já que os fãs torceram nariz. E para piorar, temos uma queda drástica de qualidade com um roteiro fraco e preguiçoso, que traz uma historinha fraca e ainda não traz a inovação que seria necessário. Bastante malhado pelos fãs da franquia, não chega ser o pior, pois é um daqueles filmes que de tão ruins, conseguem ainda divertir e provocar gargalhadas. Mas, é a primeira pisada de bola na franquia.
Direção: Tom McLoughlin.
Elenco: Thom Mathews, Jennifer Cooke, David Kagen, Renie Jones, Kerry Noonan, Darcy Demoss, Tom Fridley, C.J. Graham, Tony Goldwyn, entre outros.
Blogueiro assistiu na TV aberta (Globo), em home vídeo (VHS) e online (Blog Clássicos Sombrios).
Cotação:
Nota: 8,5.
Sinopse: Anos após seu confronto com Jason, Tommy (Mathews) encasqueta que Jason (Graham) e foge da clínica psiquiátrica, arrastando seu amigo Allen (Ron Palillo) até o cemitério onde está enterrado Jason. Eles abrem a cova e ver o corpo totalmente em estado de decomposição, com os vermes fazendo banquete. Só que isso não é o bastante para Tommy, que inventa de pegar um ferro e enfiar no corpo. O que ele não esperava era que um raio iria cair em cheio no ferro, que passa corrente elétrica e ressuscita Jason para mais matanças rolarem.
Comentários: Mesmo com uma pequena participação de Corey Feldman no comecinho do filme anterior (curiosamente, a cena foi rodada num domingo, único dia que o ator não estava filmando Os Goonies), praticamente este filme é uma continuação direta do quarto filme. E para nossa surpresa, temos uma verdadeira reviravolta na franquia, simplesmente com o melhor filme, graças a um roteiro bem escrito, que, mesmo mantendo a fórmula costumeira, não se leva a sério em nenhum momento, nos presenteando com sequências divertidas, trazendo a franquia oficialmente para o sub-gênero do terrir, mas, sem sair do slasher. A própria ressurreição do personagem a la Frankstein e as matanças que Jason promove em um grupinho de executivos nerds que estão jogando paintball no meio do mato são alguns dos momentos hilários e inesquecíveis do filme.
Direção: John Carl Buechler.
Elenco: Lar Park Lincoln, Kevin Blair, Susan Blu, Terry Kiser, Susan Jennifer Sullivan, Elizabeth Kaitan, Kane Hodder, entre outros.
Blogueiro assistiu na TV aberta (Globo), em home vídeo (VHS) e online (Netflix).
Cotação:
Nota: 7,5.
Sinopse: Quando criança, Tina (Lincoln) descobriu que tem poderes telecinéticos da pior forma: mandando o pai para o fundo de um lago. Anos depois, Dr. Crews (Kiser), um médico picareta que cuida de Tina com intenções de explorar seus poderes, inventa de levá-la a casa de lago da tragédia, junto com a mãe dela (Blu). Coincidentemente, na casa ao lado, chega um grupo de jovens que está preparando uma festa surpresa para um deles. Só que uma bela noite, após ser contrariada, Tina sem querer usa seus poderes na beira do lago, acaba ressuscitando Jason (Hodder), que passa a matar geral.
Comentários: Depois da surpreendente volta por cima, a franquia volta trazendo uma ligeira novidade, com a mocinha não tão indefesa e com poderes. Curiosamente, a ideia inicial era fazer um confronto de Jason com Freddy Krueger, mas, a Paramount e a New Line, detentora dos direitos da franquia A Hora do Pesadelo, não entraram em acordo. Temos uma ligeira queda de qualidade em relação ao anterior, mas, nada que atrapalhe o filme, que traz uma boa história, num roteiro satisfatório, que introduz bem a pequena novidade, mas, sem atrapalhar a mesmice da matança do fodão Jason que tanto os fãs adoram. O resultado é eficiente e temos mais um bom filme na franquia, com outro clímax marcante que sai da mesmice com o confronto entre Tina e Jason, que aqui é interpretado pela primeira vez por Kane Hodder que viria viver o personagem mais quatro vezes e se tornaria, até hoje, o ator que mais o interpretou.
Direção: Rob Hedden.
Elenco: Jensen Daggett, Scott Reeves, Barbara Bingham, Peter Mark Richman, Kelly Hu, Kane Hodder, Shannon Elizabeth, Stephen Lang entre outros.
Blogueiro assistiu na TV aberta (Globo), em home vídeo (VHS) e online (Telecine Play).
Cotação:
Nota: 4,5.
Sinopse: Uma noite antes de partirem num cruzeiro que os levarão, junto com sua turma a Nova Iorque, para comemorar a formatura no colegial, uma casalzinho (Toddy Sheffer e Tiffany Paulsen) inventa de passear num pequeno iate no lago Crystal Lake, e enquanto estão no sapeca iaiá, a âncora do barco esbarra num corrente elétrica, liberando eletricidade que acaba ressuscitando Jason (Hodder). No dia seguinte, o cruzeiro parte com jovens, levando Jason de gaiato no navio, fazendo com os ocupantes é que entrem pelo cano.
Comentários: Picaretagem em altíssimo nível aqui já que, ao contrário do que diz o título, Jason passa boa parte do filme fazendo suas vítimas num navio e só no clímax, faz um pequeno passeio pela zona portuária novaiorquina. O filme até tenta sair da mesmice, mas, o roteiro não ajuda, trazendo uma historinha insossa, sem emoção, que existe apenas como desculpa, para Jason fazer a costumeira matança. Jason arrancando a cabeça de um boxeador apenas com um soco e vomitando quando a água podre do esgoto está para atingir são os momentos marcantes desta pérola tosca que só não é uma merda total, porque é mais um caso dentro da franquia de um filme ruim que diverte e provoca risada.
Direção: Adam Marcus.
Elenco: John D. LeMay, Kari Keegan, Allison Smith, Steven Culp, Billy Green Bush, Kane Hodder, Erin Gray, Steven Williams, Richard Gant, entre outros.
Blogueiro assistiu na TV aberta (Globo) e em home vídeo (DVD).
Cotação:
Nota: 3,5.
Sinopse: Jason (Hodder) está prestes a fazer mais uma vítima, mandando mais uma gostosa para a terra do pé-junto. Para surpresa dele, a moça na verdade é só uma isca, para os agentes do F.B.I., acabarem com sua raça, com muito tiros e bomba, fazendo em pedacinho. Mas, seu coração fica inteirinho e batendo, com poderes para hipnotizar o legista (Gant), que acaba incorporando o espírito de Jason, e sai matando geral. Quando fica sabendo que tem uma irmã (Gray) e uma sobrinha (Keegan), Jason encarnado de corpo em corpo, vai em busca delas, para que possa renascer de vez em uma delas.
Comentários: Com o fracasso do oitavo filme, a franquia foi enterrada na merda e a Paramount vendeu os direitos a New Line, o que animou os fãs do gênero, afinal, os dois ícones do terror, Jason e Freddy Krueger estavam na mesma casa. E o primeiro filme de Jason no novo estúdio até que prometia, trazendo uma premissa interessante, saindo quase por completo da mesmice. O problema é que foi prejudicado por um péssimo roteiro, que traz uma histórica ridícula e patética que não convencer em nenhum momento. Com todo potencial para uma nova virada na franquia, acabou sendo jogado na merda, resultando simplesmente num dos piores filmes da franquia.
E a fase New Line só não foi uma desgraça total, por causa do fodástico crossover Freddy x Jason, simplesmente, o melhor filme do personagem, apesar de dividir o estrelato e as vítimas com o fodástico Freddy Krueger. Simplesmente, respeitando a mitologia dos dois personagens e ao mesmo tempo não se levando a sério, temos um filmaço divertido e empolgante do começo ao fim, que também já comentamos aqui e você pode conferir clicando no título linkado.
Seis anos depois do fodástico encontro, foi a vez da New Line e Paramount unirem forças com o reboot e ao mesmo tempo remake dos três primeiros filmes, Sexta-Feira 13: Bem-vindo a Crystal Lake, que traz um dos astros do seriado Supernatural, Jared Padalecki, vivendo um jovem que vai em busca de irmã (Righetti), que desapareceu a mais de um mês quando foi acampar em Crystal Lake, Lá ele encontra jovens, que estão na casa de campo de um Mauricinho cuzão (Winkle), que acabarão se deparando com Jason (Mears). Com um roteiro satisfatório que soube aproveitar muito bem as melhores premissas dos três primeiros filmes, mas, acrescentando algumas novidades, temos o filme mais violento da franquia, provavelmente, para atrair os fãs atuais, acostumados com a franquia Jogos Mortais. Eficiente, deu uma ligeirinha repaginada na franquia e a recuperou da merda que se encontrava.
Direção: Marcus Nispel.
Elenco: Jared Padalecki, Danielle Panabaker, Amanda Righetti, Travis Van Winkle, Aaron Yoo, Derek Mears, entre outros.
Blogueiro assistiu na TV por assinatura (A&E) e online (Netflix).
Cotação:
Nota: 7,0.
Sinopse e Comentários: no parágrafo acima.
Rick Pinheiro.
Cinéfilo alagoano.
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