quarta-feira, 30 de novembro de 2011

JET LI INTERPRETA OUTRO LENDÁRIO HERÓI CHINÊS.

Filmes.
Jet Li interpreta outro lendário herói chinês.

Sem sombra de dúvida, Jet Li é o ator chinês que mais deu vida aos heróis lendários do seu país. Um deles foi Fong Say Yuk, revolucionário que lutou com a dinastia Manchu, em dois filmes, ambos de 1993, produzidos e estrelados por Li e dirigidos por Cory Yuen, que usou o seu inegável talento de coreográfo de luta, também em filmes internacionais como Carga Explosiva e a trilogia Matrix.

Nos dois filmes, o lendário herói é retratado de forma bem humorada e ganhou força graça a ótima atuação de Li, que além de um excepcional lutador é um ótimo ator. Em A Saga de Um Herói (encontrado também com o título de A Última Luta), somos apresentados a Fong Say Yuk, um jovem até certo ponto irresponsável que se envolve com uma linda jovem, que na verdade é filha do homem mais rico da província que reside. A boa vida de um folgado do nosso figuraça herói acaba com a chegada do governador, um homem frio e calculista, que busca descobrir uma lista com os nomes dos membros da Irmandade da Flor Vermelha, organização patriota revolucionária que o pai de Fong faz parte, que busca derrubar do poder a dinastia Manchu.

Já em A Saga de Um Herói 2, Fong Say Yuk ingressa junto com sua esposa na Irmandade da Flor Vermelha, arruma um desafeto com outro membro (um carinha tão feio e tosco quanto o Tong Po da franquia Kickboxer), um sujeito claramente nada confiável, e encara sua primeira missão, tendo que pegar um caixa que contém um documento, que prova que o seu padrinho e líder da Irmandade é o irmão do verdadeiro imperador chinês. Para a sua missão ele não está sozinho, já que a sua figuraça mãe, tão boa lutadora quanto ele, vai visitá-lo, para levar uma sopinha e acaba se envolvendo também na trama, distribuindo porrada em família, para tudo que é lado. Como se isso não bastasse, o herói acaba envolvido num tosco, mas divertido triângulo amoroso, já que para pegar a tal caixa, o quase  atrapalhado herói terá que encarar uma linda jovem, filha do detentor da caixa.

Ambos os filmes têm um roteiro fraco e um pouco confuso, que se salva, graças as excelentes cenas de ação e ao carisma do elenco, principalmente, de Jet Li e de Josephine Siao, que interpreta a figuraça mãe do herói. Algo bastante comum nas produções chinesas que são  toscas pelos diálogos patéticos e os  exageros mostrados de heróis e vilões praticamente voando e fazendo outras coisas surreais nas sequências de lutas. Mesmo assim, o gênero agrada e tem um legião de fãs espalhados pelo mundo, inclusive este cinéfilo blogueiro. Os dois filmes podem ser conferidos na telinha do SBT, onde de vez em quando são exibidos.  

Mesmo sendo produzidos ao mesmo tempo, o primeiro A Saga de Um Herói é superior a sua continuação, com as sequências de ação mais empolgantes e um roteiro um pouco mais bem elaborado. No geral, ambos os filmes não fogem do rótulo de "tosco", porque de fato o são (repito: algo comum em produções chinesas de artes marciais, nada pejorativo, muito menos que prejudique o produto final), mas divertem e empolgam, principalmente os fãs do gênero. 

Rick Pinheiro.
Cinéfilo.



terça-feira, 29 de novembro de 2011

JET LI DETORNA COMO LENDÁRIO HERÓI CHINÊS.

Filmes.
Jet Li detorna como lendário herói chinês.

Imortalizado pelo saudoso Bruce Lee no excepcional clássico A Fúria do Dragão, o lendário herói chinês ChenZhen foi retratado várias vezes nas telonas, sendo a mais recente interpretado pela sensação do momento Donnie Yuen (cf. http://blogdorickpinheiro.blogspot.com/2011/07/finalmente-o-novo-dragao-chines.html). Em Lutar ou Morrer, de 1994, o herói é interpretado pelo carismático Jet Li, numa trama que dar uma nova roupagem ao clássico de Lee, se passando também na época que os chineses sofriam com a  dominação japonesa. Após a misteriosa morte do seu mestre, ChenZhen volta a Shangai para investigar e, evidentemente já que estamos falando de um filme de artes marciais, vingar a morte daquele que era como um pai para ele.

Com um roteiro um pouco mais bem elaborado que a maioria das produções do gênero, Jet Li, que também é produtor do filme, brilha com uma ótima atuação e, principalmente, nas sequências de lutas muito bem coreografadas, algo que as produções chinesas ainda são imbatíveis. Não é a toa que os diretores e produtores hollywoodianos, como os da trilogia Matrix, recorrem sempre a coreógrafos chineses para dar mais veracidade as cenas de luta.

Em síntese, Lutar ou Morrer é um excelente filme de artes marciais, acima da média da maioria e que de vez em quando dar as caras na telinha do SBT. Agrada principalmente os fãs do gênero e de Li, em ótima forma, que simplesmente dar um show do começo ao fim. Para alguns, um dos melhores filmes tanto do gênero quanto do talentoso ator. Diversão garantida.

Rick Pinheiro.
Cinéfilo. 

Capa do DVD nacional de Lutar ou Morrer.
Abaixo, trailer deste filmaço de artes marciais.

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

FALANDO EM GERE E TRIBUNAIS...

Filmes.
Falando em Gere e tribunais...

Como vimos nas duas últimas postagens não só do milionário romântico de Uma Linda Mulher e de filmes bundas lixos como Dr. T e as Mulheres e Dança Comigo? sobrevive a carreira de Richard Gere. Em alguns momentos de sua extensa filmografia, o canastrão sempre faz um boa escolha, atuando em um excepcional filme. Caso de As Duas Faces de um Crime, filmaço de tribunal de 1996 que conta no elenco com a estreia de Edward Norton, brilhando numa excepcional atuação como um jovem coroinha acusado do brutal assassinato do arcebispo de Chigago. Como é o caso que chama a atenção da mídia, o inescrupuloso advogado Martin Vail (Gere, no piloto automático, mas sem comprometer) se oferece para defender o jovem. À medida em que convive com o seu cliente, Vail reavalia seus próprios conceitos e aos poucos vai abraçando seriamente a defesa do jovem.

Um filmaço, com um roteiro muito bem escrito, com diversas reviravoltas e um final supreendente e impactante, que ganhou força graças a brilhante atuação de Norton que já no seu filme de estreia, mostra porque é um dos melhores atores da sua geração. O veterano Gere é totalmente ofuscado pel então novato Norton, que simplesmente dar um show de interpretação e merecidamente lhe rendeu sua primeira indicação ao Oscar. Para quem deseja conhecer a diferença entre um excepcional ator e um canastrão é só assistir este filme.

Em síntese, As Duas Faces de um Crime é um filme excepcional, uma verdadeira obra prima que envolve e prende atenção do começo ao fim. Outro clássico moderno que sofre com o descaso dos programadores das emissoras abertas e por assinatura, do nosso país.

Rick Pinheiro.
Cinéfilo.


FALANDO EM GERE E THRILLEY ELETRIZANTE...

Filmes.
Falando em Gere e thirlley eletrizante...

Em 1997, Richard Gere estrelou um thirlley, repleto de ação e suspense ainda mais eletrizante que Justiça Vermelha. Trata-se do excepcional O Chacal, onde ele divide o estrelato com o astro Bruce Wills e o excepcional ator Sidney Poitier, numa trama envolvente, repleta de reviravoltas. O FBI descobre que o famoso terrorista de rosto desconhecido, Chacal (Wills, provavelmente na melhor atuação de sua carreira)  é contratado para detornar com um importante político norte-americano. Junto com agentes russos, tentam descobrir quem é este cara, especialista em disfarces e que não deixa rastro. O único que conhece  a sua face é Declan Mulqueen (Gere, convicente), ex-membro do IRA, que cumpre prisão perpétua. Depois de um acordo, Mulqueen é solto e junto com o agente americano Carter Preston (Poitier, perfeito, mesmo num personagem um pouco inferior ao seu inegável talento) e a russa Valentina Koslova (Diane Venora, excepcional), correm contra o tempo para evitar mais um ataque fatal do perigossísmo Chacal.

O filme tem um roteiro excepcional que só é valorizado com as ótimas sequências muito bem realizadas pelo diretor Michael Caton-Jones, que deu um toque de mestre a incluir músicas eletrônicas na trilha. São essas cenas muito bem realizadas que nos fazem esquecer algumas cenas de péssimo gosto e até constrangedoras, como a do personagem de Wills fletando outro homem ou o fuzilamento do personagem mala, interpretado pelo mais mala ainda Jack Black (quem não gosta do ator, assim como eu, até que irá se divertir com a citada cena. rssss...). 

As atuações estão acima da média, com destaque para Wills, num personagem diferente do convencional da sua extensa filmografia e dos excepcionais atores Poitier e Venora, que simplesmente roubam a cena. Até Gere, costumeiro canastrão, pega o embalo e convence, numa típica atuação contida, que não prejudica o resultado final.

Com um ritmo frenético de videoclipe e um roteiro que dosa perfeitamente ação e suspense, O Chacal é um filmaço que, infelizmente, anda esquecido pelos programadores das emissoras do nosso país. Um thrilley eletrizante, de tirar o fôlego que está entre os melhores já produzidos. Outro clássico moderno para ser visto e revisto inúmeras vezes.

Rick Pinheiro.
Cinéfilo.


ATRAÇÃO FATAL EM TERRAS ESTRANGEIRAS.

Filmes.
Atração fatal em terras estrangeiras.

Um dos melhores thirlley produzido por Hollywood e também da carreira do canastrão Richard Gere,  Justiça Vermelha, dirigido por Jon Avnet em 1995,  será exibido no começo da tarde de amanhã, no canal por assinatura A&E. Na trama, Gere é Jack Moore, um advogado norte-americano que vai a China para intermediar um negócio milionário entre uma emissora televisiva norte-americana e outra chinesa. Numa noite de folga conhece uma linda modelo e vai para cama com ela. Acorda no outro dia, com a polícia chinesa lhe prendendo e com o corpo da moça morta no quarto. Moore se depara com um sistema judicial desleal, onde o réu praticamente não tem direito de defesa e muito menos os direitos civis são respeitados. Como não pode advogar em causa própria, por ser estrangeiro, o Estado chinês nomeia a jovem e idealista advogada Shen Yuelin (Ling Bai, ótima), que fará de tudo para inoncentar o seu réu, que mesmo sem conhecê-lo, acredita na sua inocência.

Justiça Vermelha é um filmaço eletrizante que envolve e prende atenção do começo ao fim, graças a competente direção, que nos brinda com excepcionais sequências dramáticas e também  empolgantes sequências de ação de tirar o fôlego, e um enredo muito bem escrito, repleto de reviravoltas e  suspense de primeira. Tudo isso, reforçado com ótimas atuações, principalmente da desconhecida Lin Bai, que interpreta a jovem advogada. Gere está convincente numa atuação contida, mas acima da média da sua extensa filmografia. Os demais atores dos filmes, ilustres desconhecidos, cumprem bem seus respectivos papéis com boas atuações, tornando o filme ainda mais realista e envolvente.

Em síntese, com a dosagem certa de ação e suspense, e um enredo envolvente Justiça Vermelha é um filmaço empolgante que prende atenção e diverte. Obrigatório para quem gosta de um bom filme. Pena que será exibido num horário um pouco incoveniente e num canal por assinatura. Para mim, um clássico moderno que precisa ser descoberto pelo grande público.

Rick Pinheiro.
Cinéfilo.


domingo, 27 de novembro de 2011

SUSPENSE DE PRIMEIRA, COM MORGAN FREEMAN.

Filmes.
Suspense de primeira, com Morgan Freeman.

Além de ser um excelente ator, Morgan Freeman é um dos que mais trabalham em Hollywood, sempre emendando um filme no outro, sem se tornar cansativo ao público, que geralmente é brindado com uma ótima atuação. Seja como presidente dos Estados Unidos (no chatíssimo Impacto Profundo), prisioneiro (o excepcional, mas sumido das telinhas Um Sonho de Liberdade), ex-membro da CIA (o recente RED - Aposentados e Perigosos) e até mesmo como Deus (Todo Poderoso e sua desnecessária e tosca continuação A Volta do Todo Poderoso), geralmente Freeman dar um toque especial, o que torna cada personagem tão importante quanto os demais. Com uma galeria tão extensa e diversificada de personagens, particularente, um me chama atenção: o psicológo forense e detetive Alex Cross, que Freeman interpretou brilhantemente, em duas ocasiões. Uma delas, Na Teia da Aranha, será exibida hoje, no Domingo Maior da Rede Globo.

Porém, sua estreia como este interessante personagem foi 1997, no eletrizante Beijos Que Matam, onde Cross investiga o desaparecimento de sua sobrinha, de um campus universitário e acaba descobrindo que outras mulheres também desapareceram da mesma maneira. Uma delas, a médica Katie McTiernan (Ashley Judd, ótima), consegue escapar do sequestrador psicótico. Os dois unem força e correm contra o tempo para encontrar a jovem e outras mulheres desaparecidas, antes que o pior aconteça. Suspense envolvente de primeira, com excelentes atuações e um roteiro excepcional, que figura não somente na lista dos melhores filmes de Freeman e Judd, como também do gênero. Uma pena que este seja mais um filmaço que esteja sumido da programação das emissoras televisivas brasileiras. 

Apesar de ser produzido posteriormente, precisamente quatro anos depois, a trama de Na Teia da Aranha se passa anos antes da mostrada em Beijos Que Matam. Desta vez, Cross luta contra o tempo, em mais uma eletrizante e intrigante investigação, para descobrir quem é o psicopata que planeja e executa suas ações com a precisão de uma aranha tecendo sua teia e que, desta vez, acaba de sequestrar a filha de um importante senador. Apesar de ligeiramente inferior ao seu antecessor, o filme tem um ótimo roteiro e mantem todo climão e excelente nível, sendo tão bom quanto a estreia do personagem na telonas. Em síntese, um filmaço que merece ser conferido. Imperdível!

Rick Pinheiro.
Cinéfilo.



TÍTULO HORRÍVEL DE MAIS UMA COMÉDIA SOBRE ZUMBIS.

Filmes.
Título horrível de mais uma comédia sobre zumbis.

Sinceramente, não sei o que passa na cabeça dos distribuidores de filmes do nosso país, em colocar péssimos títulos que só afastam o público, como no caso de  Todo Mundo Quase Morto, comédia inglesa sobre zumbi, que acabei de assistir no canal por assinatura Liv. Não sou muito fã de comédia inglesa e o péssimo título só cooperou em não ter assistido antes este filme que conta a velha história de amigos que acordam um belo dia, num meio de uma epidemia de zumbis, e têm que se desdobrarem para sobreviver, sem serem mordidos pelos mortos vivos. Neste caso, acompanhamos o desajeitado Shaun (Simon Pegg, ótimo), que mora com um folgado amigo gorducho bastante mala (Nick Frost, convicente), e não está passando o melhor momento da sua vida rotineira, quando, de repente, ocorre a clássica  epidemia que detorna com uma parcela bastante significativa da humanidade.

O filme tem o mesmo enredo das onéssimas produções sobre zumbis e não traz nenhuma novidade. Tem alguns momentos realmente engraçados, mas no geral, é mais uma comédia sem graça, repleta de clichês do gênero. Não chega ser tão ruim como o título nacional e está acima da média das comédias produzidas na terra da rainha. Mas também não é nenhum filmaço deste sub-gênero como Zumbilândia, por exemplo. Em síntese, mesmo com um péssimo título nacional, dar para encarar numa boa e divertir principalmente os fãs deste sub-gênero de filmes.

Rick Pinheiro.
Cinéfilo.


sábado, 26 de novembro de 2011

RECORDAR É REVER: DIRTY DANCING - RITMO QUENTE.

Filmes.
Recordar é rever: Dirty Dancing - Ritmo Quente.

O que dizer de um filme, com um roteiro simples e bobinho, com meia dúzia de cenas com casais rodopiando pelo salão, que na época de seu lançamento foi um grande fenômeno de  bilheterias, tornando-se hoje um clássico moderno? Este filme é Dirty Dancing - Ritmo Quente, grande sucesso de bilheteria de 1987. Um filme modesto, sem efeitos especiais e até tosco, em comparação as mega-produções das franquias teen modinhas Harry Potter e A Saga Crepúsculo, mas que, ao menos aqui em Maceió, ainda não bateram o recorde dos oito meses que musical estrelado pelo saudoso Patrick Swayze e Jenifer Grey permaneceu em cartaz . Mesmo com enredo simples e orçamento baixíssimo até para os padrões da época, este filme que tinha tudo para ser mais um esquecido no passado, tornou-se um clássico moderno oitentista, que mesmo depois de mais de vinte anos que foi produzido e lançado não envelheceu um minuto, e ainda continua emocionando, empolgando e colocando para remexer o esqueleto até aqueles que, como este blogueiro, têm uma molejo musical superado até mesmo por um poste.

O enredo de Dirty Dancing é mais simples do que aprender uma das danças coreografadas do filme, que tanto foram imitadas nas valsas  dos noivos e das meninas de quinze anos mundo à fora. Em 1963, Baby (Grey, que antes fez a irmã do protagonista de Curtindo a Vida Adoidado) é uma adolescente que junto com a família vai passar as férias de verão num hotel bem animado. Lá, ela conhece Johnny Castle (Swayze, que tinha contracenado com Grey alguns anos antes no tosco e patético filme de ação Amanhecer Violento), um instrutor de dança, e se apaixona por ele. Quando Penny Johnson (Cynthia Rhodes), a parceira de dança de Johnny, fica grávida, Baby se oferece para aprender a dançar e substitui-la, o que vai esquentar ainda mais o clima entre os dois.

O filme tem um roteiro mediano, sem nenhuma preocupação de retratar fielmente a época, mas que envolve e prende a nossa  atenção. As atuações  são convicentes, nada de extraordinárias, mas também nada que comprometa. Swayze e Grey estão bem a vontade em seus personagens e rola uma química legal entre eles, acima da média. Mas, sem dúvida o grande mérito do filme é sua boa coreografia, que junto com uma excepcional trilha sonora, que mescla perfeitamente músicas da época que o filme se passa bem com músicas até então inéditas, dão todo tom do filme. A trilha de Dirty Dancing está entre as melhores de todos os tempos, com destaque para a música The Time of My Life, cantada por Bill Medley e Jennifer Warnes, ganhadora do Oscar de Melhor Canção. Curiosamente, além de dançar super-bem o saudoso Swayze solta a voz na brega She Like The Wind, bastante tocada até hoje nos toscos programas radiofônicos de final de noite.

Com um enredo simples, Dirty Dancing é um  filme muito divertido, envolvente e nostálgico. Uma prova viva que uma ideia simples quando é bem realizada, rende um ótimo filme campeão de bilheteria e clássico inesquecível, que não envelheceu com o tempo. Aliás, está em fase de pré-produção um remake, que será dirigido pelo coreográfo do primeiro filme, Kenny Ortega. Vai ter que ensaiar bastante para ao menos chegar ao dedinho do pé de um clássico memorável como o original.

Além de um aguardado remake, infelizmente este clássico oitentista ganhou uma desnecessária e tardia continuação, Dirty Dancing - Noites de Havana, que se passa antes da história original, em 1958, no começinho da revolução cubana, onde desta vez quem desafia seu círculo social para se envolver com um pobretão é a  linda jovem Katey Mille (Romola Garai), uma garota 18 anos, que se engraça por Javier (Diego Luna), um garçom cubano apaixonado pela dança e juntos irão participar de um concurso de dança latina de um clube chique da cidade cubana. Apesar de ter uma enredo regular e danças bem coreografadas, não preciso dizer que o filme é fraquíssimo, totalmente inferior ao original. Nem mesmo a pequena participação do saudoso Patrick Swayze, como um instrutor de dança sem nome, que usa as mesmas roupas do Jonhny do filme original, consegue salvar o filme da mediocridade. Em síntese, um fiasco total que mesmo sendo produzido recentemente, em 2004, não dar as caras na telinha nem mesmo numa emissora fechada.

Deixando o fiasco no lugar merecido, ou seja, pegando poeira no porão de alguma emissora, quem ainda não assistiu ou deseja rever o filmaço original, terá oportunidade na próxima  segunda de conferi está apaixonante história na Sessão da Tarde. Mesmo sendo exibido dublado e provavelmente mutilado, vale a pena conferi-lo e entrar no ritmo da dança deste clássico oitentista tão divertido e empolgante. Um filmaço para ser visto, revisto e curtido bastante.

Rick Pinheiro.
Cinéfilo.



RECORDAR É REVER: KARATÊ KID.

Filmes.
Recordar é rever: Karatê Kid.

O que dizer de um filme com coreografia de luta beirando à brincadeira de criança e uma trama com muita falação didática e quase nenhuma ação? Com certeza muitos adjetivos negativos viriam a nossa cabeça e ninguém definiria como um clássico inesquecível, uma obra-prima dos anos 80. O fato é que Karatê Kid - A Hora da Verdade é muito mais que um clássico inesquecível. É um filmaço envolvente e emocionante que influenciou toda uma geração que lotou as academias para aprender a luta marcial que é muito mais que o bobo golpe da garça da cena final,  ganhou três desnecessárias continuações e um dos melhores remake já produzidos, e até hoje é bastante imitado. Poderia passar o fim de semana todo só falando da importância e influência deste clássico dirigido pelo imprevisível John G. Avildsen e estrelado pela dupla Ralph Macchio e o saudoso Noriyuki Pat Morita, na cultura pop, mas irei me conter e comentar apenas pelo ponto de vista de um cinéfilo.

A trama deste clássico de 1984 todo mundo já conhece, mas vale a pena comentar. Daniel Larusso (Ralph Macchio, na época com 24 anos de idade, mas com cara de 14 anos) é um jovem de New Jersey, que ver sua razoável popularidade acabar quando é obrigado a se mudar com a sua mãe para a ensolarada Califórnia. Lá, conhece e se apaixona por Ali (Elizabeth Shue, linda e convicente, minha musa dos tempos de infância e adolescência). Mas, o pró é que a moça tem um rolo com Lawrence (o sumidíssimo William Zabka, que depois deste filme, fez meia-dúzia de filmes praticamente repetindo o mesmo vilão), aluno da academia de karate do loucão John Kreese (o também sumidíssimo Martin Klove, que assumiu o personagem após a recusa de Chuck Norris). Daniel passa a sofrer bullying (décadas antes desta palavra virar moda) dos carinha e seus capachos, até que numa bela noite é salvo de levar a surra da sua vida pelo misterioso zelador do seu prédio, Miyagi (Pat Morita, merecidamente indicado ao Globo de Ouro e ao Oscar de Melhor Ator Coadjuvante, mas injustamente não levou nenhum dos dois). A partir daí, começa uma parceria e amizade que marcou para sempre a história do cinema.

Esta obra prima moderna tem um roteiro muito bem escrito, apesar de ser um pouco cansativo e arrastado, principalmente na falação do treinamento. Mas, tudo superado graças ao bom humor do roteiro (o treinamento de Daniel disfarçado de trabalho escravo é insuperável) e as interpretações brilhantes de todo elenco, destacando a dupla de protagonistas que demonstra uma química perfeita. A inesquecível e empolgante trilha sonora é outro ponto alto do filme e tanto as músicas instrumentais composta e conduzida pelo maestro Bill Conti como também as músicas pop cantadas por ilustres desconhecidos por nós brasileiros, estão em nossa memória até hoje.

Envolvente, cativante empolgante e bastante emocionante Karatê Kid - A Hora da Verdade prende a nossa atenção do começo a fim e mesmo sendo exautivamente exibido na saudosa e verdadeira Sessão da Tarde da Rede Globo, ainda nos diverte e empolga como se fosse a primeira vez que o assistimos. Um filmaço ainda insuperável, mesmo com um remake tão bom quanto o original, que está entre os melhores filmes de todos os tempos. Um clássico oitentista que o tempo não apagou.

Evidente que com o estrondoso sucesso o inevitável aconteceu, e por três vezes. Em 1986, o trio Avildsen, Macchio e Morita retornam em Karatê Kid II - A Hora da Verdade Continua, numa trama tão arrastada quanto o primeiro filme, só que desta vez girando um pouco mais em torno do inesquecível Sr. Miyagi. O filme inicia justamente no final do primeiro filme, com uma excepcional sequência onde alguns minutos após a derrota para Daniel, o treinador psicótico do primeiro filme vai descontar sua raiva no "coitado" do Lawrence, mas acaba se ferrando, tendo uma lição do nanico Miyagi. Alguns dias depois, Miyagi recebe uma carta que seu pai está morrendo e parte para Okinawa, levando consigo seu pupilo e amigo Daniel. Lá, ele reencontra um antigo rival sedento para acertar as contas com o simpático e figuraça mestre. Daniel também não fica atrás e também se envolve numa situação parecida do primeiro filme, ou seja, se apaixona por uma linda garota, que tem um psicótico e possessivo fã.

O segundo filme não é totalmente ruim e chega a ser tão bom quanto o primeiro, perdendo apenas para este e para o remake estrelado por Jaden Smith e Jackie Chan. Tem um roteiro muito bem escrito e amarra bem um filme ao outro, apesar de praticamente repetir a mesma fórmula do primeiro filme. As atuações também estão acima da média e a trilha mantêm o nível do primeiro filme, com destaque para a oscarizada canção Gloria of Love, cantada por Peter Cetera e que até hoje, é tocada exaustivamente nas rádios, principalmente naqueles programas bregas de finais de noite. Em síntese, uma continuação que apesar de ser um pouco inferior ao original,  faz jus ao original.

Tudo ia bem, até que os produtores inventaram de continuar a franquia. Foi quando, em 1989, reuniu de novo o trio central, diretor e protagonistas, para o decepcionante Karatê Kid III - O Desafio Final, que não somente é o pior filme da franquia, mas também uma das piores continuações de  todos os tempos. A trama deste triste filme se passa logo após Miyagi e Daniel voltarem de Okinawa, onde um milionário chatíssimo, canalha (Thomas Ian Griffith, em seu filme de estreia) e, evidentemente, sem tem o que fazer na sua fúrtil vida, além de ordenar despejo de lixo tóxico não sabemos aonde, arquiteta e executa uma vingança contra a dupla, apenas para alegrar a vida do seu amigo John Kreese (Martin Klove, perdidaço), que está falido e mergulhado na deprê após a derrota dupla, dentro e fora do tatame.

Nada funciona nesta porcaria de filme, com um roteiro péssimo e muito triste. Até o herói Daniel, ganha a nossa repulsa e chegamos, inclusive, a torcer para que ele se ferre todinho, por ser tão burro e ter traído seu amigo e mestre Miyagi. E tudo piora quando tenta fugir da fórmula dos filmes anteriores, como colocar a mocinha logo de cara dar o clássico toco "Você é só meu amigo!" em Daniel, impedindo desta vez do cara se envolver amorosamente com alguém, e o mais absurdo, a ideia patética do campeão do torneio anterior só luta uma vez. Em síntese, o pior filme da série e também de todos os tempos, que nem merece perdemos tempo comentando.

Mesmo com um filme tão ruim, os produtores secos por dinheiro, inventaram de não parar a franquia. E em 1994, Karate Kid 4 - A Nova Aventura chega as telonas, numa tentativa fustrada de ressuscitar a franquia. Desta vez, Avildsen é substituído na direção pelo desconhecido Christopher Cain e o Karate Kid Macchio é substituído por uma garota, a talentosa atriz Hillary Swank (A Menina de Ouro do triste mas ótimo filme de Clint Eastwood), em início de carreira.  A trama inicia com Miyagi participando de uma homenagem a heróis da 2ª guerra. Após a homenagem vai jantar na casa da viúva do seu melhor amigo e parceiro de guerra, e percebe que ela tem problemas com a neta adolescente Julie Pierce (Swank). Inexplicavelmente, Miyagi manda a velha ir cuidar da casa dele, na Califórnia e fica em casa tomando conta da moça, que de uma hora para outra, deixa de ser um rebelde sem causa para se tornar a nova aluna de Miyagi.

De um clássico inesquecível como o filme original, a franquia Karate Kid encerra com o filminho medíocre "B", com roteiro repleto de furos, que se salva apenas pela boas atuações de Swank e Pat Morita, ambos visivelmente tirando leite de pedra de um roteiro tão ruim. Não chega a ser um péssimo filme como o seu antecessor, mas também não é nenhuma obra prima como o primeiro ou um ótimo filme como o segundo. Em síntese, um triste fim para uma série que deveria ter parado no segundo filme.

Rick Pinheiro.
Cinéfilo.







  

O TERRÍVEL E CARÍSSIMO PREÇO DE UM DIAMANTE.

Filmes.
O terrível e caríssimo preço de um diamante.

Leonardo DiCaprio é um astro hollywoodiano muito paparicado pela crítica, mas que não me convence como ator. Apesar de sempre está engatando um projeto diferente atrás do outro, com exceção da supreendente atuação, ainda garotão, em Gilbert Grape - Aprendiz  de Sonhador, seu desempenho interpretativo oscila em esforçado e o velho piloto automático, algo típico de atores preguiçosos ou péssimos (sinceramente, não sei se DiCaprio é um bom ator dominado pela preguiça de um astro hollywoodiano milionário ou simplesmente é uma péssimo ator que foi contagiado pelo carisma de Jonhny Deep, seu colega em Gilbert Grape e uma vez na vida,  atuou de forma brilhante.). Mas, em compensação, é inegável que algo DiCaprio sabe fazer muito bem, principalmente nos últimos anos, é escolher perfeitamente seus projetos, pois sempre está marcando presença em ótimos filmes, como no caso do interessantíssimo Diamante de Sangue, que o SBT exibe na noite deste sábado, na Sessão Cine  Belas Artes.

A trama desta super-produção de 2006 dirigida pelo talentoso Edward Zwick (que nos presenteou com épicos memoráveis como  Tempos de Glória, O Último Samurai, entre outros filmaços), se passa em Serra Leoa, no final da década de 90, onde o país vive uma terrível guerra civil,  com conflitos constantes entre o governo e a Força Unida Revolucionária (FUR). Quando uma tropa da FUR invade uma aldeia da etnia Mende, o pescador Solomon Vandy (Djimon Hounson, ótimo) é separado de sua família e encontra um preciosissimo diamante cor-de-rosa e o esconde. Na prisão conhece Danny Archer (Leonardo DiCaprio, péssimo), um ex-mercenário que vive do contrabando de diamantes, que ouve um integrante da FUR acusar Solomon de ter escondido o diamante e se interessa pela tal pedra. Ao deixar a prisão Danny faz com que Solomon também saia, propondo-lhe um trato: que ele mostre onde o diamante está escondido, em troca de ajuda para que possa encontrar sua família. Solomon não acredita em Danny, já que descaradamente um mal caráter, mas, desesperado para ver sua  família, aceita o acordo. Os dois são acompanhados de perto por uma jornalista (Jennifer Connelly, competente) que investiga o que está acontencendo no país. Paralelamente, vemos o que acontece com um dos filhos de Solomon, recrutado forçadamente para atuar num exército de pirralhos da FUR.

O filme tem um excelente roteiro que dosa perfeitamente a ação frenética, o suspense e principalmente, nos leva a refletir sobre o preço terrível e caríssimo de um diamante. Peca apenas em alguns, mas poucos, exageros, ao tentar enaltecer o antipático personagem secundário de DiCaprio que, aliás, foi ofuscado por ótimas atuações de um elenco competente, principalmente Djumon Hounson, este sim o grande ator do filme e merecedor da indicação do Oscar pela sua brilhante atuação (DiCaprio, inexplicavelmente, também foi indicado).

Com uma trama envolvente e ótima direção Diamante de Sangue é mais que um filmaço emocionante indicado a cinco Oscar,  conduzido por um ótimo diretor e com um elenco  afiadíssimo. Mas, antes de tudo isso, é um alerta importantíssimo para o mundo inteiro do terrível preço de um diamante. Em síntese, uma obra-prima dos dias atuais para ser vista e revista, como também refletida infinitas vezes, a que ponto o ser humano trata os seus semelhantes e valoriza um pedaço de mineral. Imperdível!

Rick Pinheiro.
Cinéfilo.

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

ANNA FARIS EM DOSE DUPLA.

Filmes.
Anna Faris em dose dupla.

Sou muito fã da atriz Anna Faris desde do seu estouro no primeiro Todo Mundo em Pânico. Além de bonita, Faris é ótima comediante, apesar de sempre ser escalada para fazer o mesmo tipo de personagem: moça de bom coração, bobinha, burrinha e extremamente desastrada. Seu inegável talento chama atenção  até mesmo quando é coadjuvante como no caso de Garota Veneno, onéssima comédia sobre troca de corpo, aqui estrelada pelo figuraça Rob Schneider. Recentemente, assistir dois filmes estrelados pela moça, aos quais comento a partir de agora.

Em A Casa das Coelhinhas, de 2008, Faris interpreta mais uma burrinha de bemm neste caso, Shelley Darlingson, uma coelhinha da Playboy  que por inveja de outra coelhinha, acaba saindo da mansão mais famosa do mundo e indo parar numa fraternidade universitária à beira da extinção, formada por moças inteligentes e legais, mas sem nenhuma popularidade, por serem extremamente desajeitadas. Com o seu jeito perculiar e ingênuo, a coelhinha muda a vida das moças da fraternidade e elas a ajudam a conqusitar um rapaz do bem mas que curte mulher com conteúdo, algo que a loirinha burra e fúrtil evidentemente não é.

O filme é uma comédia muito divertida e que arranca risadas soltas com as bobagens que se desenrolam na trama, graças principalmente a Faris, ótima como sempre mesmo fazendo mais um típico papel em sua filmografia. Em síntese, uma comédia bobinha e descompromissada, que não é nenhuma obra-prima do gênero, mas diverte gratuitamente. Um ótima opção para relaxar das correria do dia-a-dia.



Se Faris acertou em cheio em fazer A Casa das Coelhinhas, o mesmo não posso dizer de Qual Seu Número?, comédia romântica que é o seu último filme exibido nas telonas,  onde ela interpreta Ally Darling uma jovem que acabou de ser demitida. A moça entra em parafusa após ler uma matéria de uma revista feminina, que afirma que as mulheres têm 10,5 parceiros sexuais ao longo da vida e que mulheres que tiveram 20 parceiros dificilmente irão casar, número já alcançado por ela. Com receio de encalhar, a moça começa a correr atrás dos ex-parceiros com esperança de um deles ser o homem da sua vida. Ela pede a ajuda do seu vizinho mulherengo Colin (Chris Evans, o Capitão América) para localizar os carinhas. Não preciso dizer o que acontece, né?

Este filme bobinho demais, é totalmente sem graça, que ainda prende um pouco a atenção pelo carisma da atriz que, aliás, tem uma química perfeita com Evans. Mesmo assim, Qual o Seu Número? é um dos  filmes dos mais fracos da filmografia de ambos os atores e não diverte em hipótese nenhuma, mesmo quando tenta apelar para citações de baixo escalão típicas das comédias masculinas. Em síntese, bola fora de Farris, num filme inferior ao seu inegável talento.



Rick Pinheiro.
Cinéfilo.

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

DEPOIS DE UM RAZOÁVEL ECLIPSE, UM AMANHECER FUSTRANTE.

Filmes.
Depois de um razoável Eclipse, um Amanhecer fustrante.

Tem gente que não acredita em milagre. Então, me arranje outra palavra para definir uma sessão de cinema lotada de um novo filme da série teen modinha A Saga Crepúsculo, sem um grito histérico de alguma fogosa  aborrescente, fã da saga. Pois acreditem que isso aconteceu comigo, na sessão das 19 horas de A Saga Crepúsculo: Amanhecer - Parte 1, que eu conferir junto com a minha amiga Dani (aproveito mais uma vez e lhe agradeço pela disponibilidade de vim de Messias para encarar comigo mais uma sessão de um filme da franquia teen), na sala 2 do Cine Lumière Farol, na última segunda-feira. Se eu tive esta agradável supresa em relação a plateia que estava consoco naquela sessão, infelizmente, a supresa que eu tive com o filme não foi nada agradável.

A trama inicia com os preparativos e casamento de Edward (Robert Pattinson) e Bella (Kristen Stewart), que vem ao Rio de Janeiro passar sua lua-de-mel, e finalmente consumar aquilo que a moça e as fãs mais afoitas da série já estavam esperando (com direito a quebrar a cama e bagunçar todo quarto durante o ato, exageros que tornaram uma cena que tinha tudo para ser bela, numa cena típica de besteirol). Tudo ia bem, apesar de Edward meio receioso em perder o controle e morder a amada, até que o inesperado (ao menos no mundo vampiresco-tosco de Stephenie Meyer, já que na vida real, é algo tão óbvio de acontecer com sexo sem nenhum tipo de precaução) acontece e Bella engravida, alog que pode lhe custar a vida, já que o feto que ela carrega, não é como os demais. Inicia, então, um dramalhão que vai ser esticado durante toda trama, onde mal se expõe o grande dilema da história, ou seja, se segue o desejo do pai de abortar ou  da jovem mãe de continua sua arriscada gravidez.

O problema da trama deste novo filme da franquia é que deixou a ação de lado (resume-se apenas uns empurrãozinhos patéticos entre lobos digitais e os Cullen, na sequência final) e arrastou-se exageradamente no dramalhão que de tão mal elaborado fazem as novelas mexicanas, reprisadas exaustivamente no SBT, corarem de vergonha. Sem falar nos erros grosseiros no roteiro que refletiram na produção. Tudo bem que a maioria dos fãs da franquia não são tão exigentes, mas cenas como a de Edward debaixo do sol, sem o tradicional e tosco brilho de pupurina, e os lobisomens que ao se transformarem rasgam as roupas e ao voltarem a forma humana voltam completamente vestidos, chegam ser uma ofensa a inteligência dos mais fanáticos dos fãs. E para os que, assim como eu, são irados com Meyer por detornar absurdamente a mitologia dos vampiros, o novo filme irrita ainda mais, pois além do habitual vampiros saírem à luz do dia, sem agressão nenhuma a sua existência, desta vez seus reflexos são vistos no espelho, enterrando de vez toda mitologia sobre os  vampiros, construída ao longo dos séculos.

Outra decpeção são as atuações. Pattinson e Stewart se superam e conseguem ser menos convincentes que os outros filmes não somente da franquia, mas de suas carreiras. E para piorar ainda mais, o único bom ator da franquia, Taylor Lautner, é colocado em segundo plano, aparecendo pouco. Mesmo assim, ainda consegue roubar a cena, e não somente por arrancar a blusa e levar as meninas fogosas à loucura, mas por sua ótima atuação, que junto com as belíssimas locações no nosso Rio de Janeiro e os pouquíssimos efeitos especiais, principalmente, dos lobisomens, proporcionam os únicos e pouquíssimos verdadeiros bons momentos do filme. Aliás, são por eles que este blogueiro dar ao filme a nota 2,5. Do contrário...

Visivelmente arrastado, justamente para se ter história a contar na desnecessária e imitável segunda parte, com direito a uma cena no meio dos créditos finais tão desnecessária quanto a divisão da trama em dois filmes, A Saga Crepúsculo: Amanhecer - Parte 1 é uma decepcionante continuação, que consegue superar Lua Nova, ficando com o título de pior filme da franquia. Se a franquia continuar alternando entre filmes razoáveis e péssimos (confira os comentários dos outros filmes em: http://blogdorickpinheiro.blogspot.com/2011/11/crepusculo-antes-do-amanhecer.html ), o próximo e derradeiro filme tem tudo para ser um bom filme.  É esperar para ver e torcer que o previsível se confirme.

Rick Pinheiro.
Cinéfilo.




Partida de Xadrez na Lua-de-Mel:
Que isso não vire moda.

Povo alegre e que vive rebolando no meio da rua:
Nem a Saga Crepúsculo nos poupou de um dos maiores
clichês preconceituosos made in States.