quarta-feira, 2 de novembro de 2011

MARATONA DE FILMES NO FERIADO.

Filmes.
Maratona de filmes no feriado.


Feriado, liberação de sinal promocional de um razoável canal de filmes e uma boa programação: um trio tão perfeito quanto os que são vendidos nas lanchonetes multinacionais. De ontem para hoje, assistir bons filmes exibidos no Max HD. Que fique claro: não estou ganhando nada deste canal fechado para divulgá-lo, mas apenas, como cinéfilo e blogueiro, sempre uso este espaço, para partilhar os filmes que assisto. Sem perder tempo, vamos aos comentários dos filmes assistidos de ontem para hoje.

QUEM VÊ CARA...

A maratona iniciou às 21 horas de ontem, quando cheguei em casa e liguei a TV, onde começava a ser exibido o suspense A Órfã, filme inédito para mim. Na trama, o casal John (Peter Sarsgaard) e Kate (Vera Farmiga, ótima), que  tem dois filhos e acabou de perder a terceira filha antes de nascer, resolve adotar uma criança de nove anos. Na ida ao orfanato, eles conhecem Esther (Isabelle Furhman, surpreendente), uma criança de nove anos meia caladona e isolada dos demais, e resolve adotá-la. Só que por trás do jeitinho de garotinha prendada, com carinha de anjo, esconde-se algo muito aterrorizante.

Filme com criança como vilã não é novidade, como por exemplo, o clássico do terror A Profecia e o injustamente sumido O Anjo Malvado, com Macaulay Culkin. O que surpreende em A Órfã são as cenas fortes de violência, protagonizadas pelas crianças do filme. Mas, nem estas, muito menos a desnecessária sequencia inicial a la Bebê de Rosemery tiram do filme o status de um ótimo filme de suspense, principalmente, graças a um roteiro bem elaborado e interpretações acima da média. Em síntese, um filmaço de suspense, que prende atenção do começo ao fim e rende bons sustos. Para os fãs do gênero, um prato cheio.


PORRADA EM GRANDE ESTILO.

Logo após a exibição do suspense tendo crianças em surpreendente destaque, foi exibido, ainda no final da noite de ontem, o excelente Gangues de Nova York, de Martin Scorsese, um diretor que particularmente não gosto como pessoa, devido algumas entrevistas onde ele demonstra ser um boçalzinho, mas, como sou um grande defensor que devemos separar autor e obra, admito que o cara dirigiu alguns ótimos filmes, em especial, os que fez em parceria com Robert De Niro e Leonardo DiCaprio. Este último interpreta em sua primeira parceria com Scorcese interpreta o jovem Amsterdam que busca se vingar de William "The Butcher" Cutting (Daniel Day-Lewis, como sempre dando um show de interpretação), líder de uma gangue rival que assassinou de seu pai (Liam Neeson). Amsterdam entra na gangue do rival e acaba ganhando  a confiança de William, e de quebra, ainda se apaixona por Jenny Everdane (Cameron Diaz, descartável), uma bela e traiçoeira jovem.

O filme tem um ótimo roteiro, apesar de ser arrastado um pouco demais, disparado, está entre os melhores de Scorsese, principalmente, graças a boa reconstrução da época e um elenco afiado, principalmente, Day-Lewis, que simplesmente nos presenteia, mais uma vez, com uma atuação surpreendente. Em síntese, Gangues de Nova York é uma super-produção, muito bem realizada,  para ser vista e revista. Imperdível! Nota 10,0.


TÍTULO FAZ JUS AO FILME.

Já na segunda metade da madrugada, após assistir programas televisivos em outros canais,  foi a vez de voltar ao Max HD para rever o sumidíssimo e comovente drama Tempo de Despertar, estrelado por Robin Williams (outro que não me agrada como pessoa, desde do triste episódio que ele fez uma piada grosseira com o nosso país) e Robert DeNiro. Baseada em fatos reais, a trama traz um médico inexperiente Malcolm Sayer (Williams, competente), que consegue um emprego em um hospital psiquiátrico e trabalhando numa ala de doentes catatônicos, percebe que os mesmos podem ser despertados, se medicados corretamente com uma nova droga, utilizada em pacientes com o Mal de Parkinson. Para testar sua teoria na prática, o médico escolhe  Leonard Lowe (DeNiro, excepcional), que há décadas estava "adormecido. Inicialmente, o tratamento dar certo e o médico aplica a medicação em outros pacientes. Mas com o tempo, infelizmente, Lowe começa a apresentar estranhos e perigosos efeitos colaterais.

O filme é um drama com um roteiro muito bem construído, que só ganha força graças as brilhantes atuações, principalmente de De Niro, que dar um show e rouba a cena com uma brilhante interpretação. Muito bem dirigido por Penny Marshall, Tempo de Despertar é um drama envolvente e comovente, que prende atenção e emociona. Incrível como um ótimo filme como este, anda sumido das grades televisivas. Nota 9,5.


TERAPIA DO RISO.

Dando uma pausa para o bom sono e outros afazeres, a maratona retornou na tarde de hoje, com o divertido Tratamento de Choque, estrelado por Adam Sandler e Jack Nicholson, ambos em um dos melhores e mais engraçados filme de suas respectivas filmografias. Na trama, após ser condenado equivocadamente a um tratamento psiquiático para controlar o temperamento explosivo, o pacato Dave Buzinik (Sandler, ótimo, numa atuação acima da média da maioria dos seus filmes) irá encarar um tratamento nada convencional com o Dr. Buddy Rydell (Nicholson, como sempre ótimo e roubando cena), um louco e figuraça psiquiatra, que só vai torná-lo um carinha explosivo.

Tratamento de Choque é uma divertida comédia, com um roteiro inteligente e bem escrito, e ótimas atuações, principalmente da dupla de protagonistas, que dão um show de interpretação e química perfeita. Um filme divertidíssimo que arranca gargalhadas facilmente, sem apelação. Curiosamente, o filme está prestes a ganhar um seriado cômico televisivo tendo ninguém menos que o figuraça Charlie Sheen, dando vida ao doutor loucão. Sheen e os roteiristas terão que se esforçar bastante para a série ser tão boa quanto este filme. É esperar para ver. Nota 9,0.


ENCERRANDO COM CHAVE  DE OURO.

A maratona do feriado de hoje chega ao fim, com o supreedente (ao menos para mim, que não acreditava que o filme daria certo sem o seu protagonista original) O Exterminador do Futuro - A Salvação, último filme da franquia e o primeiro sem Schwarzenegger estrelando e o segundo sem o seu criador James Cameron. Ao contrário dos filmes anteriores, a trama se passa no futuro, precisamente em 2018, onde John Connor (Christian Bale, competente), está firmando sua liderança na resistência humana contra o domínio das máquinas. Um belo dia, surge o misterioso Marcus Wright (Sam Worthington, um filme antes do estouro em Avatar), que na verdade é um ciborgue, fruto das primeiras experiências das máquinas em se disfarçar com humano, para se infiltrar e detonar nossa espécie. No início Connor resolve exterminar o homem-máquina, mas acaba unindo forças a ele, já que o mesmo conheceu o adolescente Kyle Reese (Anton Yelchin), que no futuro (ou seria no passado?) será o pai do líder.

Depois de um fraquinho terceiro filme, não acreditava no desempenho do novo filme, desta vez sem Schwarzenegger no elenco. Mas, O Exterminador do Futuro - A Salvação  surpreende, e é um bom filme, graças a um ótimo roteiro que traz uma trama que sai da mesmice da viagem do tempo, mantém todo enredo e climão dos filmes anteriores estrelados pelo ex-governador da Califórnia, e aos efeitos especiais que também manter o nível dos anteriores, com direito a nos proporcionar um momento antológico, onde o T-800 (Schwarzenegger) aparece em versão digital no climax do filme, saindo na porrada com o ciborgue Marcus. Por estes motivos que o último filme da tetralogia (até agora) é para mim um dos melhores da franquia, perdendo apenas para o primeiro e o segundo, apesar que está anos luz de distância destes, que são verdadeiras obras-primas. Um filme empolgante que encerrou com chave de ouro minha maratona de filmes deste feriado. Nota 8,0.

Rick Pinheiro.
Cinéfilo. 

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