quarta-feira, 16 de maio de 2018

WILLIS BEM ACOMPANHADO EM DOSE TRIPLA.

Com uma filmografia que consta com cerca de cento e dez trabalhos creditados, obviamente, que Bruce Willis já marcou presença ao lado de grandes astros e estrelas, sendo dirigido por grandes diretores. Pulp Fiction - Tempo de ViolênciaOs 12 Macacos, O Quinto Elemento, O Chacal, Armagedom, Sin City - A Cidade do Pecado, Os Mercenários 2, Moonrise Kingdom, Red - Aposentados e Perigosos, são só alguns exemplos. Dando continuidade a nossa maratona especial revisitando a filmografia do astro, comentaremos três filmes em que o eterno John McClane está muito bem acompanhado.

 = Excepcional. /  = Muito bom. /  = Bom./  = Regular. / = Fraco. / Coco do Cachorrão= Preciso mesmo dizer?.

Nova York Sitiada (The Siege).
Produção estadunidense de 1998.

Direção: Edward Zwick.

Elenco: Denzel Washington, Annette Bening, Bruce Willis, Tony Shalhoub, Sami Bouajila, David Proval, entre outros.

Blogueiro assistiu em home vídeo (DVD) e na TV por assinatura (Fox).

Cotação

Nota: 2,5.
Sinopse: O agente especial do FBI Anthony "Hub" Hubbard (Washington) chefia uma pequena equipe de combate ao terrorismo em Nova Iorque. Numa missão rotineira de um ataque falso a um ônibus Hub acaba esbarrando com a misteriosa Elise Kraft (Benning), agente da CIA. Ao princípio os dois se estranham, principalmente, pela intrometida está claramente guardando informações. Mas, quando um ônibus lotado de passageiros é sequestrado e explodido no Brooklyn, iniciando outros ataques, eles unem forças e lutam contra o tempo para acabar com a festa dos terroristas. 

Comentários: Quando lançado há quase vinte anos, Nova York Sitiada foi malhado pela crítica, gerou protesto da comunidade muçulmana e foi totalmente ignorado pelo público, mesmo trazendo um trio de astros no elenco, encabeçado por Denzel Washington, que voltava a ser dirigido pelo mesmo diretor que Tempo de Glória (filme responsável pelo seu primeiro reconhecimento como excelente ator) e Coragem Sob Fogo. Mas, com os atentados de 11 de setembro, o filme acabou entrando em evidência, inclusive até arrancando alguns elogios da crítica, que por uma triste ironia do destino se passa na cidade dos atentados e mostrando constantemente imagens das Torres Gêmeas. Particularmente, comigo quase aconteceu a mesma coisa, só que de modo inverso. Ao assistir pela primeira vez, até achava um bom filme, mas, à medida que fui revendo, fui criando ranço, a ponto de hoje achá-lo ruim demais. Isso por causa do desperdiço em dobro de um bom elenco e de uma premissa interessante, num péssimo roteiro que traz uma trama arrastadíssima e chata pra caralho, sem aprofundamento dos personagens e dos fatos, sem nenhuma emoção, o que acaba nos prejudicando bastante temos alguma empatia ou nos importamos com que é apresentado. Uma cagada enorme da parceria Zwick e Washington, que por sinal, recebe alguns elogios pela boa atuação, assim como sua colega, Annette Bening, que realmente, tiram letra de pedra de um roteiro tão ruim que traz diálogos horríveis. Ao contrário de Willis, que é mais um coadjuvante de luxo, que a crítica meteu o pau na sua atuação no piloto automático. Hoje, acredito que ele fez isso de propósito, ao perceber na merda em que se meteu, não se deu ao trabalho de atuar. Péssimo, só não recebe um zero redondinho pelas sequências de ação. 


Vida Bandida (Bandits).
Produção estadunidense de 2001.

Direção: Barry Levinson.

Elenco: Bruce Willis, Billy Bob Thornton, Cate Blanchett, Troy Garity, Brian F. O'Byrne, Stacy Travis, Bobby Slayton, January Jones, entre outros.

Blogueiro assistiu na TV aberta (SBT) e online (Telecine Play).

Cotação

Nota: 7,5.
Sinopse: O impulsivo e porra-louca Joe Blake (Willis) e o inseguro e hipocondríaco Terry Collins (Thornton) são amigos inseparáveis e estão no xilindró, cumprindo pena. Um belo dia, Joe chuta o pau da barraca e simplesmente foge, arrastando com ele seu amigo e parça. Os dois passam a roubar bancos, mas, de uma forma diferente da usual, se "hospedando" na casa dos gerentes das instituições, fazendo de reféns calmamente e sem alarde estes e seus familiares. Antes de uma dessas ações, Terry acaba conhecendo Kate (Blanchett), que anda cansadona e quase numa deprê da vidinha infeliz e medíocre que tem, e se junta ao bando. Só que o interesse de Joe e Terry por Kate e dela pelos dois, podem embaçar a amizade dos dois, colocando em risco a onda de roubos à bancos perfeitos deles.

Comentários: Efeito contrário com que aconteceu com Nova York Sitiada foi com este filme. Inicialmente, não gostava de Vida Bandida, achava chatinho e abestalhado. Mas, à medida em que fui revendo, em especial, na madrugada de hoje, acabei mudando meu conceito com o filme do mesmo diretor do oscarizado Rain Man, a ponto de me divertir. Isso porque o filme traz uma trama que, se não é original, é bem interessante e desenvolvida, com personagens carismáticos, que ganham forças com as ótimas atuações, em especial, de Billy Bob Thornton, que está hilário, roubando a cena e com um entrosamento perfeito com Willis e Blanchett, ambos igualmente ótimos. O resultado é um agradável surpresa, um filme divertido, ligeiramente acima da média dos costumeiros filmes de bandidos que são mocinhos.


A Guerra de Hart (Hart's War).
Produção estadunidense de 2002.

Direção: Gregory Hoblit.

Elenco: Bruce Willis, Colin Farrell, Terrence Howard, Cole Hauser, Marcel Iures, Linus Roache, Vicellous Shanon, Jonathan Brandis, Sam Worthington, entre outros.

Blogueiro assistiu na TV por assinatura (MGM) e online (Telecine Play).

Cotação

Nota: 7,0.

Sinopse: Baseado no livro homônimo escrito por John Katzenbach em 1999. Na Alemanha, nos últimos dias do ano de 1944, durante a Segunda Guerra Mundial, o estadunidense Tenente Tommy Hart (Farrell) é capturado pelos alemães, e levado a um campo de concentração são de combatentes capturados. O clima entre eles fica tenso com a chegada dos tenentes da Força Aérea, Lincoln A. Scott (Howard) e Lamar T. Archer (Shanon), já que ambos são os negros e a maioria dos soldados, mesmo sendo do mesmo país, são racistas. Tudo piora quando um dos branquelos, o Sargento Bedford (Hauser) arma para Lamar, que é executado pelos nazistas. Na noite seguinte, Bedford aparece morto, e ao lado dele, está Scott, o que tudo leva a crer que ele foi assassinado. O Coronel William McNamara (Willis), maior patente entre os prisioneiros, instaura uma Corte Marcial, e nomeia Hart, que antes da Guerra, chegou a cursar até o segundo ano de Direito, para defender o acusado.

Comentários: Depois de desce e sobe de conceitos, encerramos nossa lista com um filme que se manteve no mesmo. Mesclando perfeitamente filmes de guerra com os de tribunais, A Guerra de Hart conta com um bom roteiro, que traz uma trama interessante, envolvente e cativante, que prende a nossa atenção do começo ao fim. Deixa um pouco a desejar apenas na execução, já que faltou um pouquinho mais de emoção, ao invés de alguns dramalhõezinhos e pieguices. Mesmo assim, o resultado final é satisfatório, neste filme que, curiosamente, traz também o astro de Avatar, do remake Fúria de Titãs e sua continuação, e do recente A Cabana, Sam Worthington, em sua estreia nas telonas, e um dos últimos trabalhos do saudoso Jonathan Brandis, ex-astro teen de A História Sem Fim II e Unidos para Vencer, ambos, praticamente figurantes, quase impercebíveis, entrando mudos saindo calados como soldados prisioneiros.


Rick Pinheiro.
Cinéfilo alagoano.

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