Este ano Hollywood está refilmando várias histórias. Falta de criatividade? A primeira vista sim. Mas ao observamos com mais cuidado, veremos que não é bem assim. Quatro filmes, que assistir a pouco tempo, têm em comum, além de ser grandes sucessos de bilheterias e filmes caríssimos que abusam dos efeitos especiais, é justamente o fato dos quatro contarem a mesma história de forma diferente.
O primeiro que eu assistir da safra 2010 de remakes foi Alice no País das Maravilhas, do diretor Tim Burton, já conhecido pelo seus filmes com tom obscuro e histórias malucas com personagens mais pirados ainda. Para refilmar Alice não teria diretor mais perfeito. A novidade sem dúvida é a história. Ao contrário que muitos pensavam, Alice não é a garotinha que se aventura pela primeira vez no País que devia se chamado "País das Maluquices", mas uma jovem de 19 anos, prestes a contrair um matrimônio arranjado com um seboso mauricinho. Na verdade o título do filme deveria se chamar "Alice DE VOLTA AO País das Maravilhas". Mas o diretor e os produtores hollywoodianos preferiram manter o título do grande sucesso do cinema e da literatura, correndo o risco de fustrar os fãs de ambos os formatos.
Infelizmente, assistir a versão dublada e só ficou memorável para mim a chatíssima frase "Corte a cabeça!" dita repertinamente pela dubladora da Rainha de Copas. Mesmo dublado e com muita maquiagem, deu para perceber que ela foi bem interpretada por Helena Bonham Carter, ao contrário da sua irmã Rainha Branca, interpretada (se é que podemos chamar assim), de forma robótica, ridícula e sem sal por Anne Hathaway. Percebi também que Jonnhy Deep, interpretou da mesma forma afetada de sempre, o que tornaria o Rambo um Bambi, graças aos trejeitos exagerados e caricatos do talentoso ator. Chapeleiro Louco caiu como uma luva para um ator tão acostumado a interpretar tipos esquisitos.
A falha mais grosseira de Alice sem dúvida foi o pouco uso do recurso 3D, o que decepcionou um pouco. Mas que conseguiu superar, neste quesito, Fúria de Titãs, onde praticamente não se percebe esta tecnologia.
O segundo foi o remake do clássico do terror dos anos 80 e um dos filmes mais assíduo da extinta Sessão das Dez do SBT, A Hora do Pesadelo. O roteiro muito interessante, mesclando cenas do original refeitas (numa clara homenagem ao original), com fatos e personagens ineditos. Se comparar com o original perde feio, até porque tiraram o carismático ator de todos os filmes anteriores Robert Englund e deram o papel do vilão-protagonista para um desconhecido, sem graça e sem talento nenhum. Isso sem falar que a maquiagem do personagem Freddy Krueger estava ridícula, não assustando ninguém, que nem mesmo os tradicionais "Alaursos" dos carnavais aqui em Alagoas, usaria. Para quem curte filme de terror é um ótimo filme, evitando comparar com o original de Wes Craven. Nota 8,5.
O outro filme desta onda de remake, e na minha opinião o melhor e mais criativo e original dos quatro, é Robin Hood, do grande diretor hollywoodiano, Ridley Scott. Confeso que não esperava grande coisa deste filme, até porque não gosto muito do chatérrimo e metido a merda, Russel Crowe. Mas fui supreendido com um excelente filme, como ótimas interpretações e um roteiro muito criativo e empolgante, já que, ao contrário de contar a tão manjada história do herói que rouba dos ricos para dar aos pobres, narra um Robin mais humano, sério, envolvido com causas políticas, antes de se tornar o lendário herói. As cenas de batalha recorda muito o grande filme Coração Valente, de Mel Gibson, mas não tira o mérito de Robin Hood ser um excelente, criativo e empolgante filme. Nota 8,5.
Por fim, Fúria de Titãs, refilmagem de um clássico tosco da antiga e saudosa Sessão da Tarde. Muitos efeitos especiais, mas o 3d é praticamente nulo, pois não percebemos a diferença entre assisti-lo neste formato e convencional. De fato, foi a maior decepção deste filme, já que a divulgação exaltava que "A fúria começa em 3D." Devia ter sido completado com a frase: "3D???? Aonde????"
O filme tem um roteiro mediano, com muita ação, mas com diálogos e coerência na história que deixaram a desejar, principalmente na cena de encontro dos talentosos Liam Neeson e Ralph Fiennes, respectivamente protagonista e antogonista de A Lista de Schindler, e o clímax , onde a tão esperada luta de Perseu contra o deus Hades, assassino de sua família, resumiu-se em apenas um golpe. Fora isso, também achei um bom e divertido filme, que também nos levar a reflexão e comparação com a nossa fé. Falarei mais deste filme, num artigo que escreverei comparado a mitologia grega com o Cristianismo.
Bem, a onda de remake não para. Esta semana estreia Esquadrão Classe A, versão para o cinema do famoso seriado dos anos 80, que alavancou a audiência do SBT. Em agosto, chega Karatê Kid, onde os produtores teimam em chamá-lo asssim, já que o filme, estrelado pelo filho do Will Smith, coloca o protagonista na China, aprendendo Kung-fu com o mestre Han, interpretado pelo grande ator e lutador Jackie Chan, ao invés de aprender Karatê, na ensolarada Califórnia, com o inesquecível Sr. Miyagi, interpretado magistralmente pelo saudoso Pat Morita. O ideal seria chamar o filme Kung Fu Kid, mas como os gananciosos e muitas vezes burros produtores hollywoodianos preferem o título original, será inevitável a comparação com o original outro clássico da saudosa Sessão da Tarde, o que correrá o grande risco de tornar esta versão um grande fiasco.
Bem, a onda de remake não para. Esta semana estreia Esquadrão Classe A, versão para o cinema do famoso seriado dos anos 80, que alavancou a audiência do SBT. Em agosto, chega Karatê Kid, onde os produtores teimam em chamá-lo asssim, já que o filme, estrelado pelo filho do Will Smith, coloca o protagonista na China, aprendendo Kung-fu com o mestre Han, interpretado pelo grande ator e lutador Jackie Chan, ao invés de aprender Karatê, na ensolarada Califórnia, com o inesquecível Sr. Miyagi, interpretado magistralmente pelo saudoso Pat Morita. O ideal seria chamar o filme Kung Fu Kid, mas como os gananciosos e muitas vezes burros produtores hollywoodianos preferem o título original, será inevitável a comparação com o original outro clássico da saudosa Sessão da Tarde, o que correrá o grande risco de tornar esta versão um grande fiasco.
Falta de criatividade ou recontar a história de forma criativa? A dúvida permanece e não serei eu, um simples cinéfilo a esclarecê-la. Cabe a cada um analisar cuidadosamente cada um destes e outros filmes que foram e virão a ser refilmados.
Rick Pinheiro.
Cinéfilo.
KKKKKKKKKKKKKKKKKKK... Obrigado, parceiro! Bondade sua! Tô longe disso! Sou apenas um cinéfilo apaixonado.
ResponderExcluirKKKKKKKKKKKKKKKKKKK... Obrigado, parceiro! Bondade sua! Tô longe disso! Sou apenas um cinéfilo apaixonado.
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