domingo, 20 de maio de 2018

DE FILHO PARA PAI.

 = Excepcional. /  = Muito bom. /  = Bom./  = Regular. / = Fraco. / Coco do Cachorrão= Preciso mesmo dizer?.

Eu Só Posso Imaginar (I Can Only Imagine).
Produção estadunidense de 2018.

Direção: The Erwin Brothers.

Elenco: J. Michael Finley, Madeline Carroll, Trace Adkins, Priscilla C. Shirer, Cloris Leachman, Dennis Quaid, Rhona Giffis, Jason Burkey, Gianna Simone, entre outros.

Blogueiro assistiu na sala 5 do complexo Cinesystem Maceió em 20 de maio de 2018.

Cotação

Nota: 9,5.

Sinopse: Baseado em fatos. Bart Millard (Finley) é um competente músico e compositor gospel, vocalista da banda Mercy Me, que sempre teve um relacionamento complicadíssimo com seu pai, Arthur (Quaid), com os dois sempre batendo de frente. Esta relação mal resolvida atrapalha o processo criativo de Bart, que para ver sua banda avançar, precisa ter um acerto de contas com seu pai.

Comentários: Parafraseando o ditado popular, de grão em grão o sub-gênero gospel vem enchendo o papo, e conquistando seu espaço. Ninguém imaginaria há doze anos atrás da chegada em home vídeo de Desafiando Gigantes, que os filmes do sub-gênero chegariam aos cinemas, fariam bilheterias altas, e ainda com direito até ganhar sessões de pré-estreia. E se o filme que gira em torn do treinador Grant Taylor serviu para chamar atenção deste filão de filmes, Eu Só Posso Imaginar é a consagração do subgênero.

Para ser sincero, realmente, não sabia da existência da música gospel que este filme se baseia (e não me queira mal, nem me amaldiçoe por isso, mas, perdoe a minha ignorância musical gospel), mas, tão logo vi o trailer (aliás, que por aqui, infelizmente, a distribuidora cometeu a bizarrice de narrador ler as palavras que são jogadas para nós no segundo trailer legendado, achando que somos alguns analfabetos ou imbecis) fiquei tão interessado, principalmente, pela presença do ótimo Dennis Quaid, a ponto de ir logo na pré-estreia. E acabei sendo surpreendido por um filme que vai muito além do gospel, fugindo das armadilhas do subgênero, em especial, de ficar vomitando toda hora e desnecessariamente versículos bíblicos e de apresentar um Deus versão Gênio da lâmpada de Aladim. Nenhuma dessas carolices que enfadonha e espanta o público em geral não aparece em nenhum momento. Mas, o público que curte filme gospel também não pode reclamar, já que mensagem do Evangelho e Deus está presente em todo filme, seja de forma explícita como nas canções, ou implícita, como por exemplo, em sequência onde o personagem coloca a Bíblia na mochila. E esse respeito a nossa inteligência e a eficiência em passar a mensagem são os maiores acertos do filme, que o torna o ápice do subgênero.

Com um roteiro satisfatório que traz uma trama bem simples, porém, sensível, envolvente e cativante, o filme acaba sendo universal, agradando e emocionando não somente o público gospel mas o geral, já que é muito eficiente também como cinebiografia musical, drama familiar e filme motivacional. O resultado é um filme tocante, que exala a todo momento emoção à flor da pele, que merece ser conferido, se possível, com toda família. A única ressalva é apenas para os mais sentimentais, que levem um estoque de lenços, já que as atuações somada a trilha na hora certa estão sob medida para sensibilizar e arrancar lágrimas. 

Rick Pinheiro.
Cinéfilo alagoano.



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