sábado, 12 de maio de 2018

CLÁSSICO REFORMADO À LA WILLIS.

 = Excepcional. /  = Muito bom. /  = Bom./  = Regular. / = Fraco. / Coco do Cachorrão= Preciso mesmo dizer?.

Desejo de Matar (Death Wish).
Produção estadunidense de 2018.

Direção: Eli Roth.

Elenco: Bruce Willis, Vincent D'Onofrio, Elisabeth Shue, Dean Norris, Kimberley Elise, Camila Morrone, Beau Knapp, Lean Cariou, Mike Epps, entre outros.

Blogueiro assistiu na sala 2 do complexo Kinoplex Maceió em 11 de maio de 2018.

Cotação

Nota: 7,5.
Sinopse: Refilmagem de Desejo de Matar, clássico setentista baseado num livro homônimo. Paul Kersey (Willis), é um pai de família amoroso e médico dedicado em Chicago, que ver sua vida mudar quando a violência urbana chega a sua casa, com a invasão de assaltantes, causando uma grande tragédia. Com a morosidade da polícia em descobrir sobre os assaltantes, Kersey, chuta o pau da barraca e parte em busca de justiça com as próprias mãos. Sua primeira atuação como vigilante é filmada, e o vídeo viraliza na Internet, dividindo a opinião pública.

Comentários: Primeiramente, quero registrar o meu protesto com a distribuidora Imagem Filmes, que em seu canal oficial no YouTube, só disponibilizou apenas o trailer deste filme na bizarra versão dublada, uma total desrespeito com o público (Pô, nem todo mundo prefere ver um ator brasileiro falando em cima dos atores gringos), com o filme e os artistas envolvidos, e até com a própria distribuidora, já que a mesma lançou nos cinemas também as cópias no idioma original. Isso é vergonhoso! Mais atenção e cuidado na próxima. Feito o devido registro da minha indignação, vamos ao que interessa.

Há quarenta e quatro anos atrás, o clássico Desejo de Matar chegava aos cinemas, causando polêmica e levantando a questão sobre a justiça com as próprias. Estrelado pelo saudoso Charles Bronson, o filme acabou fazendo um enorme sucesso muito mais pela polêmica do que por méritos próprios, já que o filme tem um ritmo devagar quase parando e se leva a sério demais. Posteriormente, acabou se tornando uma franquia com mais quatro filmes lançados num período de vinte anos, todos estrelados pelo saudoso Bronson. Sem falar em diversos filmes sobre vigilantes, e até personagens dos quadrinhos, como o Justiceiro Frank Castle da Marvel, que também já ganhou filmes e uma série. Mesmo com toda essa saturação, a pouco mais de dez anos, surgiu a ideia de se fazer um remake. Sylvester Stallone estava interessadíssimo em estrelar, mas, somente agora, finalmente, saiu, sem o eterno Rambo, mas, com outro ícone do gênero de ação, Bruce Willis, que esse ano completa trinta anos do seu debute espetacular no gênero com o primeiro Duro de Matar.

Em comum, original e remake, apenas o fato de serem estrelados por dois ícones do gênero de ação e ser baseado no mesmo livro. Por mais que as comparações sejam inevitáveis, o fato é que são dois filmes diferentes. Se o original é um policial que beira a drama, com pitadas de suspense, o remake é um típico filme de ação de Willis, mas, sem as porra-louquices da franquia do exército de um homem só, John McClane. Trazendo o astro até com uma atuação contida e satisfatória, mas, nada de memorável, acompanhado de coadjuvantes talentosos, o novo Desejo de Matar conta com um roteiro razoável, que atualiza bem a trama original, mas, sem se levar a sério em nenhum momento, a ponto de provocar inevitáveis gargalhadas dos absurdos apresentados, lembrando bastante os filmes de ação oitentistas. O resultado não poderia ser outro: um filme de ação descerebrado eficiente e muito divertido, que vale a pena conferir. 

Rick Pinheiro.
Cinéfilo alagoano.

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