Na última terça perdemos o grande ator Roger Moore, que ficou imortalizado na sétima arte como um dos atores que deu vida ao espião britânico com licença para matar mais conhecido do mundo por doze anos em sete produções, números até hoje imbatíveis. É bem verdade que Moore assumiu o personagem tardiamente (curiosamente, ele era o favorito do criador do personagem, o saudoso escritor Ian Fleming, para viver o personagem, mas, teve que recusar devido a compromissos com o seriado O Santo, cabendo ao cultuadísismo Sean Connery a honra de ser o primeiro Bond), protagonizando na fase mais fraca da franquia, onde os filmes não se levavam tão a sério, num clima fanfarrão, beirando a paródia, inclusive, resultando alguns dos piores filmes da franquia. Mas, Moore conseguiu se superar, emprestando charme, carisma e senso de humor ao personagem, e na minha humilde opinião, até hoje, é o melhor Bond de todos. Nesta postagem relembraremos momentos marcantes de Moore como Bond no decorrer de seis dos sete filmes que viveu o personagem. Apenas 007 Contra Octopussy ficou de fora por não trazer nenhum momento inesquecível positivo (Bond bancando o Tarzan ou vestido de palhaço está mais para os piores momentos da franquia do que melhores. Ninguém merece!). Enfim, uma pequena e singela homenagem para Sir Roger Moore, que só temos a agradecer por nos presentear com seu talento e nos divertir bastante. Que Deus te acolha em Seu Reino. Enfim, vamos a nossa lista!
10. Duelo Bond X Scaramanga em 007 Contra o Homem com a Pistola de Ouro.
Começamos nossa lista com um duelo histórico. No segundo filme de Moore como Bond, o agente secreto mais conhecido das telonas enfrenta o milionário excêntrico Francisco Scaramanga, vivido pelo saudoso Christopher Lee, que passa seu tempo fazendo joguinho de mata-mata. No clímax do filme, o assassino finalmente vai encarar oponente que tanto admira. numa sequência eletrizante que envolve e prende nossa atenção. Curiosamente, na dublagem tupiniquim, além do duelo entre Moore e Lee, temos também o duelo Superman/Stallone X Chuck Norris, já que Bond e Scaramanga são dublados pelos saudosos André Filho e Darcy Pedrosa, respectivamente, mesmos dubladores dos citados personagens.
9. Porradaria no topo da Golden Gate em 007 - Na Mira dos Assassinos.
O último filme de Moore como o personagem é malhado pela maioria dos fãs, mas, particularmente, gosto muito e tenho como o segundo melhor filme de Moore como o personagem e o terceiro da franquia. É bem verdade que temos um 007 versão geriátrica, cansadão e com o dublê descaradamente aparecendo nas sequências de ação. Mas, o filme encerra bem a Era Roger Moore na franquia. No clímax do filme, que também marca o debute do brucutu Dolph Lundgren nas telonas numa ponta minúscula, Bond sai pendurado num dirigível perseguindo o vilão, vivido pelo brigadeiro de festa Christopher Walker, até chegar na famosa Golden Gate, em São Francisco, onde rola o confronto e, de quebra, ainda tem que se equilibrar e tentar salvar a mocinha, vivida pela sumidona Tanya Roberts. Apesar de claramente vemos o dublê e do tosco e ultrapassado até para a época efeito visual onde os atores ficam em frente a uma tela onde rola a projeção, a sequência é empolgante, e com todo mérito marca presença em nossa lista.
8. Bond andando sobre crocodilos em Com 007 Viva e Deixe Morrer.
Sequência curtinha, porém, marcante, principalmente, por ter sido exibida exaustivamente em reportagens e chamadas do filme que marca o debute de Moore. Encurralado pelo capanga do vilão num pedacinho de terra, cercado por crocodilos, Bond seria o prato do dia dos esfomeados repteis. Para sair dessa, a solução foi fazer dos bichanos de ponte para sair da roubada mortal com uma corridinha básica. Solução simples, curta e grossa, porra-louca e de falta de amor às próprias pernas que não poderia ficar de fora da nossa lista.
7. Carro submarino em 007 - O Espião Que Me Amava.
A galera da franquia Velozes & Furiosos fazem as maiores porra-louquices com seus carros. Mas, ainda não fizeram o que o nosso bom e velho Bond fez no terceiro e melhor filme de Moore na franquia. Antes mesmo de Toretto e companhia sonhar existir, nosso agente fodão está sofrendo uma frenética e fodástica perseguição em alta velocidade pelos capangas do vilão, e a Lótus do agente cair no mar. Para surpresa da bandidagem, em especial de uma gostosona num helicóptero que parte desta para uma melhor, o carro foi modificado pelo fodão Q, ganhando simplesmente, a utilidade de poder se transformar num pequeno submarino, num feito ainda inédito para a família Toretto. Chupa!
6. Perseguição em Paris em 007 - Na Mira dos Assassinos.
Paris, cidade luz, lugar dos românticos e também cenário de uma eletrizante perseguição do agente secreto mais fodão da sétima arte. Após a capanga e peguete do vilão (vivida pela cantora sumidona Grace Jones, a bond girl mais exótica e esquisita da franquia) matar um informante, Bond sai atrás dela numa perseguição que se inicia na Torre Eiffel, prossegue pelas principais ruas da capital francesa, e termina com Bond caindo num bolo de casamento. Sequência frenética que o Bond geriátrico tirou de letra.
5. Bond X Nick Nack em 007 Contra o Homem com a Pistola de Ouro.
Durante toda franquia, Bond já encarou muitos adversários fodões, indestrutíveis, boa parte com o dobro do seu tamanho e força. Mas, quem diria que um anãozinho filho da puta iria dar tanto trabalho. Por mais bizarro que seja, principalmente, nessa época que os filmes da franquia tem um tom mais sério e traz um Bond brucutu, a sequência final desse filme é tão marcante que consegue até superar o clímax, onde rola o duelo entre Bond e o vilão do filme. O resultado é uma das sequências mais hilárias e divertidas da franquia.
4. Acerto de contas entre Bond e Blofeld em 007 Somente Para os Seus Olhos.
Na fase de Moore como Bond, a organização SPECTRE foi totalmente ignorada, dando lugar a vilões egocêntricos agindo por conta própria, geralmente milionários megalomaníacos. Mas, após dez anos sumidão, o cabeça da organização criminosa. o pouca-telha malucão Ernst Stavro Blofeld, mesmo todo fodidão - e vivido por algum figurante ilustre desconhecido que sequer é creditado - inventa de aparecer na sequência inicial do quinto filme de Moore como Bond, querendo mandá-lo para a terra do pé-junto. Acabou se fodendo, partindo desta para uma melhor, e sumindo de vez da franquia, só reaparecendo recentemente em 007 Contra Spectre, numa versão com cabelos, ainda no comecinho da carreira vilanesca.
3. Bond no Brasil em 007 Contra o Foguete da Morte.
Filme que só existe porque os produtores cresceram os olhos no sucesso do primeiro Star Wars. O quarto filme de Moore como Bond é um dos mais malhados da franquia, e só não caiu totalmente no esquecimento, ao menos para nós brasileiros, por ser, até agora, o único que o espião deu um pulinho por aqui. Bond passa bem no meio do carnaval do Rio de Janeiro, quando as escolas de samba ainda não tinham o sambódromo para desfilarem, sofre apuros no Pão de Açúcar, e termina a excursão em Foz do Iguaçu. Impossível não falar de Moore como Bond sem vim a memória o espião passando por aqui. Por esse motivo fica com o nosso bronze.
2. Perseguição nos Alpes austríacos em 007 - O Espião Que Me Amava.
O topo da nossa lista não poderia ser outro, afinal, O Espião Que Me Amava não somente é o melhor filme do já saudoso ator como Bond, mas, também um dos melhores da franquia, só sendo superado recentemente por 007 - Operação Skyfall. A sequência de abertura onde Bond tenta se safar de agentes inimigos numa eletrizante e fodástica perseguição nos Alpes austríacos (na verdade, a sequência foi filmada no Canadá) é de tirar o fôlego e figura entre as melhores sequências de abertura de toda franquia. De tão fodástica a gente até perdoa o tosco e já na época superado efeito de Moore ficar em frente de uma tela, já que o trabalho da equipe de dublês se sobressai. Merecidamente fica com a nossa prata.
Indiscutivelmente, a franquia 007 tem alguns dos vilões mais memoráveis e fodásticos da sétima arte. E com certeza, Jaws está entre os melhores e mais inesquecíveis da franquia. Vivido pelo saudoso e impagável Richard Kiel, o assassino grandalhão quase imortal, que tem praticamente uma força de um semideus grego e ostenta uma letal dentadura de aço, fez seu debute no fodástico O Espião Que Me Amava em grande estilo com pequenos embates que fizeram Bond suar. O vilão voltaria no filme seguinte sem o mesmo destaque (no clímax, fazem o estrago de transformá-lo em mocinho), mas, com dois momentos memoráveis que rolam no nosso Rio de Janeiro: um comecinho de embate interrompido por grupo de animados foliões tupiniquins e, principalmente, o embate em cima de um bondinho no Pão de Açúcar. O melhor Bond saindo na porrada com um dos vilões mais memoráveis da franquia não poderia resultar outra coisa que não fosse o topo mais alto da nossa lista com ligeira folga.
BÔNUS: Feito sedutor inédito em Com 007 Viva e Deixe Morrer.
Que Bond é o personagem mais pegador da história da sétima arte isso não é novidade. O agente secreto é um pica-doce com a mulherada e passa o rodo geral nas gostosonas estupidamente lindas que cruzam seu caminho. Mas, foi vivido pelo saudoso Sir Roger Moore que Bond realizou uma inédita façanha, ainda não repetida na franquia: tirar a virgindade de uma de suas incontáveis conquistas. A felizarda foi a vidente Solitaire, vivida pela lindona e atualmente sumidona Jane Seymour (que anos depois faria o clássico meloso da Sessão da Tarde Em Algum Lugar do Passado e o seriado televisivo Dra. Quinn - A Mulher Que Cura), que foi enganada descaradamente por Bond, que deu uma mexidinha nas cartas. Além do chifre, Bond acabou embaçando os planos do vilão, já que a descabaçada era uma vidente que sabia do futuro nos mínimos detalhes pelas cartas, e seu dom foi para as picas, quando ela deixou de ser donzela. Bond é o fodão dos fodões com as mulheres e essa tirada de cabaço faz de Moore o fodão dos fodões dos Bond.
Rick Pinheiro.
Cinéfilo alagoano.
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