sexta-feira, 12 de maio de 2017

DOSE DUPLA DE GÊNIOS DO HUMOR NACIONAL NAS TELONAS.

 = Excepcional. /  = Muito bom. /  = Bom./  = Regular. / = Fraco. / Coco do Cachorrão= Preciso mesmo dizer?.

A Espiã Que Entrou em Fria.
Produção brasileira de 1967.

Direção: Sanin Cherques.

Elenco: Agildo Ribeiro, Carmen Verônica, Jorge Loredo (Zé Bonitinho), Afonso Stuart, José Santa Cruz, Ary Leite, Tânia Scher, Dedé Santana, Mario Alimari, Paulo Celestino, Amândio, Jorge Cherques, entre outros.

Blogueiro assistiu no notebook em 10 de maio de 2017.

Cotação

Nota: 0,5.

Sinopse: O mundo todo está de olho no Brasil por uma invenção revolucionária. O renomado, mas, esquecidão cientista Professor Plácido (Stuart) inventou a fórmula do Sigma-Alfa, um combustível poderoso que pode vim a substituir todos existentes. A descoberta desperta interesse de países do mundo inteiro, que manda seus maiores espiões para tentar roubar a fórmula. É o caso, por exemplo, da União Soviética, que envia o agente garanhão e pegador, Yuri (Loredo). Paralelamente a perseguição e sequestro de Plácido por um bando de gostosas, um desastrado assistente seu (Santa Cruz), que é confundido com ele e também é perseguido, acaba derramando outro invento dele no reservatório de água da cidade, fazendo com que a população tenha uma drástica mudança de voz.

Comentários: Por mais que torçamos o nariz e reclamemos, o fato é que a comédia está no DNA do nosso cinema nacional. Das chanchadas da Atlântida, passando pelos filmes do Mazzaropi e dos Trapalhões, as pornochanchadas setentistas, até chegarmos aos nossos dias, o gênero sempre levou milhões de expectadores aos cinemas, mesmo pecando pelo excesso de produções que são lançadas, o que faz com que o gênero tire um minúsculo cochilinho e volte com tudo antes que sintamos falta. Nesta postagem comentaremos dois clássicos do gênero do nosso cinema. A começar por este aqui, que é um ótimo exemplo de um erro de muitas comédias nacionais atuais ainda cometem. Pegando uma premissa interessantíssima de fazer uma paródia com os filmes do 007 e trazendo um puta elenco estrelar e talentoso, o grande problema é justamente não saber aproveitar isso, e destruiu todo potencial com um roteiro péssimo, num enredo um pouco confuso, com excesso de personagens, que nem fedem, nem cheiram a trama, colocando o protagonista (o impagável Agildo Ribeiro) totalmente perdido e avulso a trama, e de quebra ainda comete o pecado mortal de uma comédia: não ser engraçada. Só não leva um zero redondinho, porque o eterno fricote das mulheres Zé Bonitinho, o saudoso José Loreto, rouba a cena e por si só, graças ao eu inegável carisma e talento individual, provoca as únicas risadas.


Se Meu Dólar Falasse...
Produção brasileira de 1970.

Direção: Carlos Coimbra.

Elenco: Dercy Gonçalves, Grande Otelo, Borges de Barros, Zilda Cardoso, Milton Ribeiro, Manoel Vieira, Zélia Hoffman, Roberto Ferreira, Sadi Cabral, David Cardoso, Leda Lúcia, Dedé Santana, Dino Santana, Marlene França, Valery Martins, entre outros.

Blogueiro assistiu no notebook em 10 de maio de 2017.

Cotação

Nota: 7,0

Sinopse: Bisisica (Gonçalves) é dona de uma boutique chiquérrima que sonha entrar na alta sociedade paulistana. Sua chance aparece quando uma de suas clientes, a dondoca afrescalhada Madame Veruska (Hoffman), lhe pede para ir no lugar dela negociar e pegar uma estátua chinesa, com o misterioso Subaiaky (Hiroshi Kikuti), que lhe entrega o artefato, e pede para que ela leve a quantia de US$ 15 mil em seis dias. Veruska entrega a grana para Bisisica, que acaba, acidentalmente, perdendo, indo parar no lixão, onde é achado por um grupo de amigos mendigos, liderados pelo metido a sabichão Comendador (Barros).

Comentários: Se no filme comentado acima, temos um erro que muitas produções nacionais atuais do gênero ainda cometem, aqui temos uma acerto. Apesar de ser estrelado pela saudosa e impagável Dercy Gonçalves (espantosamente, sem soltar um palavrão), o filme aproveita bem o seu elenco estrelar de saudosos e excelentes humoristas, dando espaço para todos brilharem. Com um roteiro satisfatório, o filme traz uma historinha simples e bem bobinha, descerebrada, mas, que, em compensação, cumpre bem sua missão de divertir, sem exigir nenhuma queimadinha de neurônios nosso.  Único ponto negativo (e também estranho demais) é a ponta de Dedé Santana e seu irmão o saudoso Dino Santana, onde o eterno trapalhão é misteriosamente dublado na única frase que fala, que tinha tudo para ser engraçada, mas, é estragada pela dublagem (se alguém soube o porquê dessa asneira, por gentileza, diga nos comentários). Mas, nem isso tira o brilho do filme ser uma comédia abestalhada eficiente, atemporal, já que é bem típica das que vemos constantemente em nosso cinema. 


Rick Pinheiro.

Cinéfilo alagoano. 

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