Ainda no clima do aniversário de três aninhos do nosso blog, comento nesta postagem os filmes que compõem a trilogia Matrix, criada pelos irmãos Andy e Larry Wachowski, sem sombra de dúvida revolucionou o gênero da ficção e provou que em Hollywood ainda existe roteiristas e diretores criativos, e que uma ideia original pode render uma verdadeira obra-prima do cinemão pop. Evidente que estes atributos me refiro principalmente ao primeiro filme, já que as duas continuações, mesmo mantendo o mesmo alto nível do original, é consideravelmente no quesito roteiro. Na época a Matrixmania tomou conta do mundo, gerando vários produtos, inclusive, paralelamente, nove curtas de animação, com diversos diretores e estilos, reunidos em Animatrix, lançados no intervalo do segundo para o terceiro filme (Como só assistir apenas um, o fodástico Vôo Final de Osíris, ficarei devendo os comentários). Enfim, antes que a Matrix venha a dominar o nosso mundo, vamos aos comentários. Lembrando que, para não interromper a linha de raciocínio, apenas ao final da postagem os filmes serão creditados.
A saga de Neo, Morpheus, Trinity, Agente Smith e companhia começa em 1999, ano que deveria ser de outra ficção, afinal, George Lucas estava reativando a clássica e inesquecível Star Wars, lançado naquele ano o primeiro filme da nova e decepcionante trilogia. Mas, só se falava em Matrix, que chegou com tudo e fez o impossível de ser imaginado que foi ofuscar o genial Lucas e sua cultuadíssima franquia. Diga-se de passagem merecidamente, afinal, o filme dirigido e escrito pelos irmãos Andy e Larry Wachowski (este último bem antes da viadagem de passar a se vestir como mulher e adotar o nome de Lana) simplesmente e, sem medo de exagerar Matrix é uma obra-prima. Com um dos roteiros bem mais criativos da história do cinema, que mescla da costuemria boa ação, recheada de artes marciais, até mesmo filosofia grega, que traz a história de Thomas Anderson (Keanu Reeves, em papel que antes seria de Will Smith e Tom Cruise), um jovem programador de computador, morgadíssimo com sua vida e grilado com a realidade, até que recebe algumas mensagens que o levam aos estilosos Morpheus (Laurence Fishburne, competente, em papel que, curiosamente, iria para Sean Connery, e, também Gary Oldman e Samuel L. Jackson) e Trinity (Carrie-Anne Moss).
Além do roteiro excepcionalmente criativo, Matrix tem também como qualidade efeitos especiais de tirar o folêgo, que além de inovadores, lançarem moda como o fodástico bullet-time, modalidade de efeito que mostra os movimentos dos personagens e objetos em câmera leta. Merecidamente, na parte técnica, merecidamente o filme arrastou quatro estatuetas carecas nas categorias Melhor Edição, Melhor Efeitos Especiais, Melhor Efeitos Sonoros e Melhor Som.
As atuações são competentes, incluindo o geralmente inexpressivo Reeves que não compromete o personagem que caiu como uma luva. Mas, o destaque neste quesito sem dúvida é Hugo Weaving roubando cena e ofuscando os protagonistas já no primeiro filme, como o fodástico Agente Smith, simplesmente, considerado um dos melhores vilões da história do cinema. Enfim, roteiro criativo e muito bem escrito, efeits especiais inovadores na época e uma excelente trilha fazem Matrix uma verdadeira obra-prima da sétima arte. Disparado o melhor filme da trilogia.
Com todas as inegáveis qualidades que fizeram Matrix não somente uma obra-prima, mas, um mega sucesso, estava inaugurada uma trilogia. Os dois filmes seguintes, foram produzidos praticamente juntos e lançados com um pequeno intervalo de seis meses em 2003. Matrix Reloaded é a primeira continuação que chegou as telonas. Na trama, as máquinas estão se aproximando de um ataque letal a Zion, única cidade humana resistente no mundo real. Acreditando que Neo (Reeves) é o tal messias que vai acabar com o domínio da Matrix, Morpheus (Fishburne), contrariando alguns, comunica ao conselho que irá partir numa ofensiva contra as máquinas. O roteiro deixa um pouco a desejar, consideravelmente distante da originalidade do primeiro filme, mas, os efeitos especiais, apesar de trazer pouquíssima novidade, estão cada vez mais caprichado. Com um pouco mais de ação que o original, Matrix Reloaded é um bom filme que cumpre bem direitinho sua função de fazer uma ligação entre o original e o desfecho da trilogia.
Seis meses de espera, a trilogia chega ao fim com Matrix Revolutions. Assim como foram produzidos, a trama do último filme é coladinha com a do filme anterior, prossseguindo com a missão de Neo e companhia em acabar com o reinado das máquinas e estas, finalmente, atacando Zion, e a galera humana defendendo corajosamente a cidade. Com todo climão épico, o filme tem um roteiro razoável, apesar de ainda deixa a desejar em comparação com o original, e com ação do começo ao fim que faz de Matrix Revolutions o filme da trilogia com mais ação. Porém, o triste desfecho de alguns dos personagens centrais tornam o filme também o mais triste da trilogia. Apesar disso, Matrix Revolutions encerra em grande estilo e de forma épica a trilogia graças aos efeitos especiais ainda mais caprichados.
= Excepcional. / = Muito bom. / = Bom./ = Regular. / = Fraco.
Matrix (The Matrix).