MUITO LONGE DA EXTINÇÃO

Passando todos os dias pelo estacionamento do Shopping Maceió, onde está acontecendo a exposição Mundo Jurássico, me recordo como tempo passsa rápido. Parece que foi ontem que os dinossauros dominavam o mundo. E não me refiro a era jurássica onde os calangos gigantes andavam pelo nosso planeta, mas, a quase vinte anos atrás (completa no próximo dia 13 de junho) quando o mago Steven Spielberg arrebentou na bilheteria com o fodástico Jurassic Park - Parque dos Dinossauros, gerando uma verdadeira dinomania que dura até os dias hoje, com vários produtos, imitações toscas (até a Disney entrou na onda com a série televisiva Dinotropia) e duas continuações oficiais. E a dinomania tem tudo para não ser extinta nem tão certo já que em agosto Jurassic Park será relançando em 3-D e no próximo ano, a quarta aventura será produzida, mais uma vez sem o mestre Spielberg na direção, mas, estando presente pela quarta vez na produção executiva. Enquanto o velho filme requentado em 3-D e a nova aventura não chega as telonas, vamos aos comentários dos filmes que até o presente momento formam a trilogia Jurassic Park.

 = Excepcional. /  = Muito bom. /  = Bom./  = Regular. / = Fraco.  

Jurassic Park - Parque dos Dinossauros (Jurassic Park).

Produção estadunidense de 1993.

Direção: Steven Spielberg. 

Elenco: Sam Neill, Jeff Goldblum, Laura Dern, Richard Attenborough, Ariana Richards, Joseph Mazzello, Wayne Knight, Samuel L. Jackson, entre outros.

Blogueiro assistiu no extinto Cinema São Luiz Maceió, em home vídeo (VHS e DVD) e na TV aberta (Globo) e por assinatura (Universal).

Cotação: 

Nota: 10,0.  

Sinopse: O miilionário visionário John Hammond (Attenborough) recria os dinossauros e pretende criar um parque temático intitulado Jurassic Park. Para ter um aval, Hammond convida um trio de renomados cientistas especialistas na área, Dr. Alan Grant (Neill), sua namorada Dra. Ellie Sattler (Dern) e Dr. Ian Malcolm  (Goldblum) para conhecer o local. Ao fazerem um tour pelo local, junto com os pirralhos Lex (Richards) e Tim (Mazzello), netos de Hamond, uma  falha elétrica provocada por um funcionário sabotador (Knight) irá colocá-los cara a cara com os dinossauros, inclusive o terrível e faminto Tiranossauro Rex.

Comentários: Spielberg conduzindo toda maestria e criatividade dos bons e velhos tempos (a cena do primeiro ataque do Tiranossauro Rex é um espetáculo de suspense), um excepcional roteiro que mescla perfeitamente ação suspense e humor, um  elenco afiadíssimo, a perfeita trilha do mestre e eterno colaborador do diretor, John Williams e a parte técnica de primeira qualidade, que rederam o filme três Oscar nas categorias Melhores Efeitos Especiais, Melhores Efeitos Sonoros e Melhor Som, são os  ingredientes perfeitos que fazem de Jurassic Park - Parque dos Dinossauros um filmaço inesquecível e insuperável, uma verdadeira obra-prima do cinemão blockbuster. Simplesmente, um dos melhores filmes da excepcional filmografia de Spielberg. Disparado, até agora, o melhor da franquia que, particularmente, acredito que deveria ter ficado nesta obra-prima tão divertida, empolgante e envolvente.

No quesito curiosidade, vale salientar a presença do atual e já eterno Nick Fury, Samuel L. Jackson, fazendo um dos empregados de John Hammond e prato do dia dos calangos gigantes. Vale salientar que apesar da pequena participação, Jurassick Park não é o primeiro filme do ator, como alguns acham, mas, trata-se do décimo primeiro trabalho nas telonas do astro boa praça. Uma prova viva que a carreira de um grande astro não se faz instantâneamente do dia para noite. 

 

Agora a porra ficou séria.

Primeiro ataque do Rex ao carro com as crianças é uma 

das cenas mais assustadoras e empolgante da história do cinema.

 

Mudando os conceitos.

Apesar de odiar crianças, 

Dr. Alan cuida da sobrevivência dos baixinhos.

 

Longe da extinção.

Inesquecível obra-prima dos blockbusters 

volta este ano às telonas em 3D.

 

Trailer legendado do filmaço.

O Mundo Perdido: Jurassic Park. (The Lost World: Jurassic Park).

Produção estadunidense de 1997.

Direção: Steven Spielberg. 

Elenco: Jeff Goldblum, Julianne Monroe, Vince Vaughn, Pete Postlethwaite, Peter Stormare, Vanessa Lee Chester, Richard Attenborough, Ariana Richards, Joseph Mazzello, entre outros.

Blogueiro assistiu no extinto Cinema Iguatemi Maceió, em home vídeo (VHS e DVD) e na TV aberta (Globo) e por assinatura (Universal).

Cotação: 

Nota: 8,0.  

Sinopse: Uma famíla rica, de boa numa ilha deserta, descobre de forma trágica que o local é habitado por calangos mortais que deveriam está extintos, quando estes atacam sua filhinha. Trata-se da ilha B, local onde os dinossauros, que abasteciam Jurassic Park, se criam e reproduzem. Afastado da direção das empresas, por um parente de olho em ganhar grana com os dino, John Hammond convoca outro time de especialistas, entre eles, o Dr. Ian Macolm (Goldblum), que está puto com o velho, por ter sido desmentindo na mídia e, consequentemente, ter ferrado sua carreira, desta vez para estudar os bichanos, antes que a companhia tome o lugar e bote tudo a perder. Evidente que Ian a princípio nega o convite do velhote, mas, ao saber que sua namorada, a Dra. Sarah Hading (Moore) não somente aceitou o convite, mas, já está na ilha B, estudando os calangos pré-históricos, o cara parte para lá, na companhia do restante dos especialistas, sem saber que também está levando, Kelly (Chester), uma de suas filhas. Além de encontrar Sarah e outra equipe bem mais equipada e enviada pelos gananciosos da empresa, Ian e companhia irão, obviamente, encarar os terriveis e mortais dinossauros.

Comentários: Tirando raríssimas exceções, o fato é que continuações são desnecessárias e ainda por cima não conseguem superar a qualidade do original. O Mundo Perdido - Jurassic Park é mais um filme a comprovar essa teoria. Mesmo trazendo de volta na batuta o mestre Spielberg e com elenco que, se não conta mais com Sam Neill e Laura Dern, mas, com Jeff Goldblum e da micro-participação de Richard Attenborough e microscópica aparição dos pirralhos do filme orginal, e o reforço de peso de Julianne Monroe, Vince Vaughn (em um dos seus filmes de estreia, provavelmente, se tivesse feito antes o horrível remake Psicose, no mínimo, se fosse escalado por Spielberg, viraria comida dos dinos facilmente), Pete Postlethwaite e  Peter Stormare, em relação ao original deixa muito a desejar em todos os aspectos, do roteiro até os efeitos especiais que não são tão impressionantes quanto do fodástico filme original. 

Se tentarmos ignorar que é uma continuação do fodástico filme original e analisarmos individualmente sem as inevitáveis comparações veremos que O Mundo Perdido - Jurassic Park é um filme muito bem divertido, que prende a atenção e cumpre direitinho sua função de divertir. Não chega a ser uma merda total como a maioria das continuações, mas, também não chega a ser uma obra-prima como o original. Enfim, evite comparações com o primeiro filme e encare numa boa esta divertida aventura, com direito a uma ligeira e rápida homenagem de Spielberg a Godzilla, no clímax, com uns japinhas correndo gritando desesperados do ataque do Rex em San Diego. 

 

Julianne Monroe é uma das estrelas a encarou os dinos na franquia.

 

Trailer legendado de O Mundo Perdido - Jurassic Park. 

Jurassic Park III (Jurassic Park III).

Produção estadunidense de 2001.

Direção: Joe Johnston. 

Elenco: Sam Neill, William H. Macy, Téa Leoni, Alessandro Nivola, Trevor Morgan, Michael Jeter, John Diehl, Laura Dern, entre outros.

Blogueiro assistiu na TV por assinatura (Sky Premiere) e em home vídeo (VHS e DVD).

Cotação: 

Nota: 8,0.  

Sinopse: O Dr. Alan Grant (Neill) está numa boa encarando fosséis de dinos, junto com seu assistente Billy (Nivola), Precisando de grana para suas pesquisas, mesmo não gostando muito da ideia, acaba topando em servir de guia do casal Paul (Macy) e Amanda (Leoni) que está disposto em financiar a pesquisa, sobrevoando a ilha B, mostrando quem é quem. Porém, ao chegar no local, Alan percebe que entrou numa furada, pois, além do casal, na  verdade separados, serem mais fodidos financeiramente do que eles, na verdade, querem achar seu filho Eric (Morgan), que acidentalmente, caiu na ilha junto com um amigo de Amanda.

Comentários: Mesma nota e mesmos comentários feitos ao filme anterior são aplicados a este terceiro filme da franquia. As diferenças aqui estão apenas em relação a direção, elenco e curtíssima duração (menos de uma hora e meia, ao contrário dos dois filmes anteriores que passam um pouquinho das duas horas). Spielberg sai da batuta, atuando apenas como produtor executivo, passando a batuta para o competente Joe Johnston (dos excelentes Querida, Encolhi as Crianças, Jumanji e mais recentemente Capitão América - O Primeiro Vingador). Quem também se despede da franquia é Jeff Goldblum e demais companheiros do filme anterior, que passa a bola para seu colega do filme original Sam Neill, que conta com a micro-participação da colega do original, Laura Dern (absurdamente citada apenas nos créditos finais), e com o reforço de peso dos competentes Willliam H. Macy, Téa Leoni e o saudoso Michael Jeter (26/08/52 - 30/03/03). Assim como no filme anterior, o conselho é mesmo: tente evitar comparações com o original e encare numa boa esta divertida aventura que deveria encerrar bem a franquia, se o quarto filme não estivesse sendo encaminhado.  

 Trailer legendado.

Rick Pinheiro.

Cinéfilo.