quarta-feira, 9 de dezembro de 2020

NO EMBALO DA PREGUIÇA.

 = Excepcional. /  = Muito bom. /  = Bom./  = Regular. / = Fraco. /  = (Preciso mesmo dizer?).

Footloose - Ritmo Contagiante (Footloose).
Produção estadunidense de 20111.

Direção: Craig Brewer.

Elenco: Kenny Wormald, Julianne Hough, Andie MacDowell, Milles Teller, Ray McKinnon, Patrick John Flueger, Kim Dickens, Dennis Quaid,  entre outros.

Blogueiro assistiu no streaming (Netflix) em 08 de dezembro de 2020.

Sinopse
: Refilmagem de Footloose - Ritmo Louco. Após uma trágico acidente que vitimou fatalmente cinco jovens, o conselho da pequena cidade de Bomont sanciona uma lei com uma série de restrições aos jovens, entre elas, a proibição de se ouvir música alta e dançar em público. Três anos depois, chega a cidade o jovem Ren McCormack (Wormald), vindo de Boston, que por amar dançar, tentará mudar a lei da cidade, batendo de frente com um dos incentivadores da lei, o pastor Shaw Moore (Quaid). Paralelamente, Ken vai se envolvendo aos poucos justamente com a filha deste, Ariel (Hough).

Comentários
: Entre trinta e quarenta segundos. Esse é tempo que eu consegui assistir este filme na primeira tentativa quando foi exibido na TV. Realmente, criei um ranço só de ver a cena de abertur4a, um monte de jovens dançando feitos babacas ao som da ótima música tema do original, o que foi suficiente para desistir de encarar esse remake. Somente depois de anos daquela tarde, após tanto adiar e mantê-lo na minha lista na Netflix, que finalmente, resolvi dar uma chance, na maior boa vontade, sem aquele ranço. Infelizmente, o filme não ajuda e a pergunta que não quer calar, continua: Quem em sã consciência teve a ideia imbecil de fazer um remake de Footloose? Não que o filme original seja uma obra-prima intocável. Muito pelo contrário, tem uma série de problemas, principalmente, em relação ao roteiro. Porém, o saudoso diretor Herbert Ross entregou um filme divertido, com um elenco carismático, números musicais bem coreografados, embalados por uma excelente e contagiante trilha, que acabou dando o filme um certo charme, tornado-o um verdadeiro clássico oitentista. O mesmo não podemos dizer da versão que chegou nos cinemas brasileiros exatamente onze anos atrás. 

Todas as qualidades que salvaram o original se perdem num filme insosso, com um roteiro que traz pouquíssimas mudanças (algumas até interessantes, como a relação pessoal do mocinho com a dança por cuasa de um drama familiar, outras horríveis como troca por uma patética corrida de ônibus uma das cenas mais divertidas do original), um verdadeiro control + C e control + V. A preguiça reina absoluta não apenas no roteiro, mas, também nos números musicais genéricos, sem criatividade, que parece ter sido copiado de algum Ela Dança, Eu Danço parte 87 da vida. E ainda até alguns pega passos e movimentos da coreografia original, executados de forma mecânica. Para piorar a trilha é fraca, com a preguiça também marcando presença com algumas músicas originais em versão cover de quinta categoria (já que a preguiça e a falta de criatividade reinou absoluto aqui, ao menos mantivessem as músicas originais). 

Mesmo com tudo isso, a versão geração Nutella de Footloose até que não é tão ruim como eu imaginava (se eu tivesse assistido naquela tarde que criei ranço, com certeza, a nota seria um zero redondinho). Também não é grande coisa, e entra com todo merecimento no rol das piores e mais desnecessárias refilmagens da história. Se quiser mesmo se divertir e se contagiar no ritmo da música, assista o original., que continua divertido e empolgante, e que comparado a este, se torna uma obra-prima. Ah! E se você acha que Quarteto Fantástico foi a maior vergonha alheia da carreira do talentoso Milles Teller, com certeza você não o viu aqui, estragando a melhor e mais inesquecível cena do filme original. 
Cotação / Nota: 3,5.

Rick Pinheiro.
Cinéfilo alagoano.

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