quarta-feira, 30 de dezembro de 2020

O CALCANHAR DE ÁQUILES DA DIANA PRINCE.

 = Excepcional. /  = Muito bom. /  = Bom./  = Regular. / = Fraco. /  = (Preciso mesmo dizer?).

Mulher-Maravilha 1984 (Wonder Woman 1984).
Produção estadunidense, britânica e espanhola de 2020.

Direção: Patty Jenkins.

Elenco: Gal Gadot, Chris Pine, Kristen Wiig, Pedro Pascal, Robin Wright, Connie Nielsen, Lilly Aspell, Amr Waked, Kristoffer Polaha, Natasha Rothwell, Ravi Pattel, Oliver Cotton, Lynda Carter, entre outros.

Blogueiro assistiu on-line (site Assistir Filmes Online) em 30 de dezembro de 2020.

Sinopse
: Adaptação dos personagens da DC Comics. Décadas depois de ter encarado o primeiro desafio no nosso mundo e ter perdido o grande amor de sua vida Steve Trevor (Pine), Diana Prince (Gadot) trabalha como arqueóloga no museu Smithsonian em Washington D.C., só atuando como a heroína Mulher-Maravilha na baixa e apenas quando necessário. Mas, isso muda quando o magnata Maxwell Lord (Pascal) se apossa de uma pedra mítica milenar, que lhe dar poderes que pode levar o mundo a destruição.

Comentários
: Depois de tanto adiamentos, antes mesmo da pandemia, finalmente, o aguardadíssimo segundo filme da heroína da DC é lançado mundialmente nos cinemas que estão abertos, e no caso dos Estados Unidos, simultaneamente no streaming HBO Max, abrindo uma decisão ousadíssima da Warner, que atingirá também outros filmes. Após a empolgação inicial da volta da carismática e belíssima Gal Gadot como a guerreira amazona,  mais uma vez sob a batuta de Patty Jenkins, que entregou um excelente primeiro filme, Mulher-Maravilha 1984 passou a dividir opiniões da crítica e dos fãs, a ponto de sua avaliação cair drasticamente e ser considerado no momento em que escrevo, o filme mais fraco da fase atual das adaptações de DC. E infelizmente, isso é justificável.

Antes de mais nada, faço questão de salientar. Mulher-Maravilha 1984 não é um filme ruim. Pelo contrário, Patty Jenkins consegue a proeza de nos envolver no decorrer das quase duas horas e meia de duração do filme. nos divertindo durante boa parte com sequências de ação empolgantes, embaladas pela trilha do mestre Hans Zimmer, e boas atuações de um  elenco competente, com destaque ligeiramente especial para Gal Gadot, cada vez mais à vontade na personagem, e Pedro Pascal, roubando a cena. Outro ponto positivo do filme é o delicioso clima nostálgico que Jenkins imprime, não somente na reconstituição de época, mas, principalmente, por resgatar o estilo descompromissado de filmes de super-heróis, em especial de Superman - O Filme. Todas essas qualidades conseguem elevar a qualidade do filme, porém, um grande problema, acaba provocando a frustração de muitos.

O calcanhar de Aquiles de Mulher-Maravilha 1984 é justamente O roteiro, a espinha dorsal e essencial de qualquer filme. A gente poderia até engolir meio engasgado o péssimo CGI da Mulher-Leopardo na escura e um tanto confusa sequência de embate no clímax. Mas, uma trama repleta de furos e incoerências, muito blá, blá, blá, pouquíssima heroina em ação detonando, uma desnecessária e patética volta de Steve Trevor, claramente uma forçação de barra para tentar repetir a química perfeita entre Gal Gadot e Chris Pine no filme anterior. Boa parte do que acontece no filme e motivação dos personagens ocorrem unicamente porque o roteiro quer. Isso acaba sendo bastante frustrante para uma produção que além de ser continuação de um filmaço, teve trailers fodásticos que elevaram a nossa hype a enésima potência.

Mesmo com esse problema que é um verdadeiro tiro no pé, Mulher-Maravilha 1984 acaba se saindo melhor do que a encomenda, sendo um bom filme, sem ser cansativo e entediante, mesmo com muito mais diálogos do que o necessário e a longa duração, que são compensados por ótimas e empolgantes sequências de ação e o carisma do elenco, e por tudo isso, vale a conferida. Mas, lamentavelmente, a falta de um cuidado um pouco a mais no roteiro, não consegue evitar a nossa decepção pelo potencial desperdiçado. Esperamos que a inegavelmente talentosa Patty Jenkins aprenda com essa falha terrível, e possa corrigi-la e se superar no terceiro filme, já confirmado pela Warner. Cotação / Nota: 7,5.

Rick Pinheiro.
Cinéfilo alagoano.


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