sexta-feira, 24 de fevereiro de 2017

SEU LUNGA SUECO E INTERESSANTE DOCUMENTÁRIO EM SESSÃO DUPLA DE CINEMA.

 = Excepcional. /  = Muito bom. /  = Bom./  = Regular. / = Fraco. / Coco do Cachorrão= Preciso mesmo dizer?.

Um Homem Chamado Ove (En Man Som Heter Ove).
Produção sueca de 2016.

Direção: Hannes Holm.

Elenco: Rolf Lasgård, Bahar Pars, Filip Berg, Ida Engvoll, Stefan Gödicke, Sofie Gällerspång, entre outros.

Blogueiro assistiu na sala Elinaldo Barros do Centro Cultural Arte Pajuçara em 24 de fevereiro de 2017.

Cotação

Nota: 8.5.  
Sinopse: Baseado num best-seller sueco e gira em torno de Ove (Lasgård), velho razinza, chato pra caralho, que faz questão de ser grosso com todo mundo, que quando não está visitando o túmulo da sua esposa e lembrando dos tempos que era jovem e viveu um grande amor com ela, está arengando com seus vizinhos. Para piorar, o cara resolve se matar, mas, todas as tentativas ele falha. Sua vida começa a mudar quando conhece Parvaneh (Pars) e famílias, seus novos vizinhos, que consegue aturá-lo e de quebra, ainda o ajuda a recuperar o gosto pela vida.

Comentários: Outro filme que não sabia da existência, mesmo com duas indicações ao Oscar de melhor filme estrangeiro e maquiagem, que despertou meu interesse após assistir o trailer. E valeu a pena já que trata-se de um excelente filme, com um ótimo roteiro que dosa humor e drama, provocando-nos gargalhadas e ao mesmo tempo nos emocionando. E tudo isso somado a um excelente elenco, com destaque para o protagonista, que simplesmente, é um show à parte e merecia uma indicação por sua atuação. Sensível e ao mesmo tempo divertido, uma pequena obra-prima, superior a maioria dos filmes estadunidenses indicados a melhor filme, que merece ser descoberta e também nossa torcida de pelo menos levar a estatueta careca de melhor filme estrangeiro.


Eu Não Sou Seu Negro (I Am Not Your Negro).
Produção estadunidense, francesa, belga e suíça de 2016.

Direção: Raoul Peck.

Elenco: Samuel L. Jackson (narrador), James Baldwin, Martin Luther King, Harry Belafonte, entre outros (imagens de arquivo).

Blogueiro assistiu na sala Elinaldo Barros do Centro Cultural Arte Pajuçara em 24 de fevereiro de 2017.

Cotação

Nota: 7,0.  
Sinopse: Documentário baseado em manuscritos do livro Remember This House, do escritor e grande pensador estadunidense James Baldwin (02/08/1924 - 01/12/1987), que não chegou a ser transformado em livro, cabendo ao diretor Raoul Peck, pelo menos levar as telonas esse importantíssimo documento histórico que  relata a vida e a trágica morte de Medgar Evers, Malcolm X e Martin Luther King Jr., simplesmente, os três maiores líderes negros da história dos Estados Unidos, e a situação do negro no país.

Comentários: Um feito raro por aqui: um documentário indicado ao Oscar na sua categoria, chegando aos nossos cinemas. E pelo que andei lendo, os indicados - inclusive este que comento agora - aparentam ser muitos melhores e mais interessantes que os indicados a principal categoria deste ano. Aproveitando o material inédito do manuscrito do livro que não chegou a ser feito, mesclando com imagens de arquivo, tanto da época que o movimento racial bombava nos States, como da situação atual dos negros no país, o diretor sem medo de meter o dedo na ferida desconstrói para Deus e o mundo ver toda imagem utópica do país ser a terra da liberdade e da igualdade. E a narração de Samuel L. Jackson, em tom soleníssimo que quase não conseguimos identificá-lo, traz a torna as palavras do saudoso pensador como se ele tivesse dizendo agora. Interessante documento histórico que nos leva a refletir como o ser humano consegue ser tão ridiculamente desumano.



Rick Pinheiro.
Cinéfilo alagoano. 

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