sábado, 25 de maio de 2019

ESQUISITICE ELOGIADA.

 = Excepcional. /  = Muito bom. /  = Bom./  = Regular. / = Fraco. / Coco do Cachorrão= Preciso mesmo dizer?.

Border (Gräns).
Produção sueca e dinamarquesa de 2018.

Direção: Ali Abbasi.

Elenco: Eva Melander, Eero Milonoff, Jörgen Throsson, Ann Petrén, Sten Ljungreen, Kjell Wihelmsen, entre outros.

Blogueiro assistiu na sala Elinaldo Barros do Centro Cultural Arte Pajuçara em 24 de maio de 2019.

Cotação

Nota: 7,5.

Sinopse: Baseado no pequeno conto Gräns. Tina (Melander) é uma competentíssima guarda alfandegária, que possui o dom peculiar de identificar que as pessoas estão com rabo preso apenas pela faro, a ponto de ser convidada a ajudar numa investigação policial de pornografia infantil. Vivendo um casamento de aparências apenas para não se sentir só, sua pacata rotina muda quando, um belo dia no trampo, ela acaba conhecendo Vore (Milonoff), que possui a mesma anomalia cromossômica dela. Com o passar do tempo, ela descobrirá não apenas as semelhanças entre elas, mas, revelações que a farão questionar sua própria existência.

Comentários: O filme melhor que Vingadores: Ultimato, segundo o pessoal do site Razão de Aspecto, que colocou o épico com os super-heróis da Marvel na segunda colocação dos três melhores lançamentos no cinema em abril, o que obviamente acabou despertando em mim uma curiosidade por essa produção europeia de dupla nacionalidade, aumentada pelo fato do filme está aqui na segunda semana de exibição aqui em Maceió, algo incomum para um filme fora das caixinhas hollywoodianas e das comédias nacionais. E a minha total ignorância sobre os gostos e o que se passa na cabeça dessa galera da crítica, realmente, não me faz entender o porquê de tanto elogios rasgados a este filme. Não que se trate de um filme ruim. Muito pelo contrário.

De cara, vale salientar que não se trata de um filme comum para todos os gostos, não apenas por ter como sub-trama indigesta que envolve a repugnante pedofilia, mas, pelas esquisitices que são apresentadas (com direito a uma das cenas de sexo mais bizarras da sétima arte, que faz a do personagem interpretado pelo saudoso Cláudio Cavalcanti na pornochanchada nacional Contos Eróticos, que satisfazia sexualmente mandando ver numa melancia, ser algo normalíssimo). O grande mérito do filme é seu excelente roteiro que traz uma trama muito bem desenvolvida sem nenhuma pressa em jogar as esquisitices, que envolve e prende nossa atenção do começo ao fim, somado as excelentes atuações, com destaque especial para a dupla de protagonistas. Outro ponto de destaque é a maquiagem, que impressiona pelo realismo e sem atrapalhar o desempenho.

Porém, mesmo com todos esses pontos positivos que acabam rendendo realmente um bom e interessante filme (repito, não é para qualquer gosto, acredito que alguém do público em geral não acostumado com produções fora do habitual que trazem tramas surreais, repletas de bizarrices, irá detestar essa aqui. Mas, se você não for assim, encare numa boa), nem fodendo é melhor que o blockbuster épico espetacular da Marvel. Realmente, gosto não se discute.

Rick Pinheiro.
Cinéfilo alagoano.

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