FILME DO MÊS:
Maio surpreendeu em relação aos lançamentos que chegaram aos nossos cinemas, obviamente, os que eu conferi. O motivo é que a maioria dos filmes serem ligeiramente acima da média, com notas oscilando entre 7,0 e 8,0. Logo, não é surpresa temos um empate técnico entre dois filmes, que conseguiram a proeza de obterem notas maiores. Mas, a grande surpresa é que um dos empatados é justamente Aladdin, inclusive, sendo o filme que recebeu de nós a maior nota.. Para ser sincero, não estava levando muita fé no live-action da clássica animação noventista da Disney, mas, acabei sendo surpreendido com um filmaço que nos leva por quase duas horas a um mundo de fantasia, com canções bem interpretadas, em números musicais memoráveis, bem coreografados. Ao mesmo tempo respeitando a animação original, mas, trazendo novidades e melhoras significativas, simplesmente, um espetáculo para todas as idades com o padrão Disney de qualidade.
O colega de empate não poderia ser outro que John Wick 3: Parabellum, que com certeza, deve encabeçar a lista dos melhores filmes do mês. Afinal, estamos falando num filme que já nasce como obra-prima do gênero de ação, com sequências eletrizantes, muito bem coreografadas e de fazer qualquer um pular da cadeira de tanta empolgação. O veterano Keanu Reeves se supera mais uma vez, e vai cada vez mais confirmando na seletíssima lista dos maiores astros de ação de todos os tempos. Filmaço que só não reinou sozinho e absoluto - ao menos na nossa lista -, apenas por ter dado o azar chegar no mesmo mês da surpresa que a Disney. Mesmo assim, não ficou de fora, arrancando o empate como nosso Filme do Mês, e com certeza, estará entre os melhores do ano.
MERDA DO MÊS:
Como nem tudo é perfeito nessa vida, infelizmente, mesmo num mês que tivemos vários filmes acima da média, não tivemos a mesma alegria do mês passado de não temos um filme ruim. Com todo jeitão de piloto de seriado televisivo (e se fosse, seria bem melhor e bastante eficiente) o novo Hellboy chegou a figurar isolado como único filme ruim do mês e se encaminhava tranquilamente para levar o nosso nada honroso título. Mas, justamente, na última semana do mês, a frustrante adaptação dos quadrinhos foi passada para atrás, por três filmes realmente ruins que brigaram feio para serem nossa Merda do Mês, que acabou indo para Anos 90. O filme de estreia como diretor do ator Jonah Hill está arrancando elogios da crítica, e com certeza, é presença obrigatória na lista dos melhores filmes do mês de muita gente. Mas, como sou apenas um cinéfilo do povão com gostos bem simples e sem nenhuma formação acadêmica de crítico de cinema, achei o filme uma bosta, com personagens chatos pra caralho, numa trama em ponto morto, que resulta num filme tão morgadão e arrastadão, a ponto da sua aproximada uma hora e vinte minutos de duração, parecerem cinco horas de pura tortura entendiante. Mesmo com a criatividade de Hill em nos ofertar não apenas um filme que se passa na década que dar título, mas, como se tivesse produzido na época, o resultado final é decepcionante. Não deu para concorrência, e disparado, é o nosso pior filme do mês e um seríssimo candidato ao pior do ano.
MENÇÕES HORROROSAS:
Como disse no parágrafo acima, a briga essa semana foi realmente feia entre três bombas que fazem o filme do anti-herói capeta ser um bom filme. Infelizmente, um dessas bombas é brasileira, o sucesso de bilheterias Kardec. Mesmo sendo uma produção luxuosa e caprichada, bem acima do padrão tupiniquim, isso nada adiantou ao filminho que mantém os mesmos erros grosseiros das produções nacionais de temática espírita, principalmente, o péssimo roteiro, que opta por um tosco didatismo, reforçado pelas atuações robóticas exigidas de um competente elenco totalmente desperdiçado, que simplesmente, dita suas falas ao invés de interpretá-las. Tão torturante quanto nosso pior filme do mês.
Ao menos Ma, nossa outra bomba do mês, consegue provocar inevitáveis gargalhadas por ser o típico "filme tão ruim que acaba divertindo", graças ao seu péssimo roteiro, que pega uma premissa até interessante e manda para as picas, com uma trama recheada de absurdos ridículos. Se tivesse sido anunciado como uma comédia de humor negro e satírica, até que não seria um filme tão ruim assim, mas, como oficialmente insiste em seu definir como uma produção do gênero do terror, acaba sendo, junto com a produção espírita tupiniquim, uma bosta, que dificilmente, ficará de fora da lista dos piores do ano.
Rick Pinheiro.
Cinéfilo alagoano.