domingo, 31 de dezembro de 2017

RETROSPECTIVA 2017: OS MELHORES FILMES DO ANO.

Chegamos ao final de mais um ano e como de costume terminamos fazendo uma retrospectiva listando os melhores e piores filmes que chegaram aos nossos cinemas. Como sempre faço questão de lembrar, não sou crítico especializado, muito menos um cinéfilo com gosto refinado, mas, um simples cinéfilo apaixonado pela sétima arte, com gosto bem popular. Logo, a lista aqui é bem pessoal, e você não apenas pode discordar mas também sugiro que elabore a sua própria e, de preferência, poste-a nos comentários. Seguindo a sugestão da minha amiga Patrícia Alves, uma das poucas visitantes assíduas do nosso blog (ao menos que assume), a partir deste ano, tentarei ser mais objetivo, diminuindo drasticamente as nossas categorias, deixando apenas uma (justamente a que estreou o ano passado), e focando mais no Top 10 dos melhores e dos piores filmes do ano. O critério é o mesmo adotado no ano passado, ou seja, dos filmes que mais me marcaram (positiva e negativamente), portanto, não estranhe se um filme com uma nota menor esteja num posição invertida ou outro com nota maior esteja fora da lista. Nesta postagem, falaremos dos melhores filmes do ano, lista que aliás, exigiu bem mais uma queima de neurônis (pipocaram filmes com notas acima de 9,0). Na próxima postagem, falaremos do que tivemos de pior nas telonas, inclusive, a lista está prontinha e só postarei depois para manter a tradição de começar pelos melhores. Enfim, antes que se inicie um novo ano, que promete ser ainda melhor do que esse com lançamentos que prometem ser fodásticos, vamos a nossa lista dos melhores do ano.

MELHOR TRAILER E TEASER.

Depois de muito tempo, a Marvel aprendeu a nos presentear com teasers e trailers tão bons quanto seus filmes, sem revelar por completo os conteúdos do filme. Este ano foi o ápice do aprendizado e formos presenteados com o trailer de Guardiões da Galáxia Vol. 2 e o teaser de Thor: Ragnarok, que disparados foram os melhores que assistimos. E 2018 promete continuar assim, já que tanto o trailer de Pantera Negra como também, e principalmente, o fodástico teaser de Vingadores: Guerra Infinita, mantém o altíssimo padrão de material de divulgação que não enjoa e quanto mais assistirmos, mais ansiosos ficamos para conferir os filmes. Confira abaixo os campeões da categoria que se despede em grande estilo.



OS DEZ MELHORES FILMES DE 2017.

10. Clash.

Começo a lista polemizando com um filme que acredito que poucos assistiram. Longe da badalação das produções hollywoodianas, este filme de dupla nacionalidade (egípcia e francesa) é sem dúvida uma das grandes e agradáveis surpresas que tivemos este ano no escurinho do cinema. Asfixiante e com um climão tenso do começo ao fim, não tem como não se envolver na tensa e criativa história de muçulmanos egípcios, de vertentes diferentes, enfiados dentro de um camburão, tentando conviver sem se matarem um ao outro. Um filme que vale a pena ser descoberto.

9. It: A Coisa. / Corra!

2017, sem sombra de dúvida, foi o ano de Stephen King. Pipocaram adaptações de suas obras literárias, seja no cinema, na televisão e nos serviços de streaming. Indiscutivelmente, o grande destaque foi It - A Coisa, que selou a grande volta por cima que o gênero do terror vem tendo nos últimos anos, e de quebra, possivelmente inicia bem uma ótima franquia no gênero. Se o Pennywise da minissérie televisiva noventista foi responsável pelo aumento de casos de coulrofobia, o novo também não fica atrás e de cara já é um dos vilões icônicos da sétima arte.

A fodástica superprodução não está só no resgate final do gênero do terror este ano. Correndo por fora, tivemos a sensação do cinema independente, Corra! simplesmente um dos filmaços mais criativos e empolgante dos últimos anos. Trazendo de forma criativa a delicadíssima questão do racismo diluído num suspense envolvente e tenso do começo ao fim. Não é a toa que conseguiu um empate com It e marca presença merecidamente na nossa lista.

8. Star Wars: Os Últimos Jedi.

Mais uma polêmica em nossa lista. Aposto que você deve está estranhando a presença do novo filme da franquia nesta colocação ao invés de está entre os primeiros colocados. Pode não parecer, mas, realmente amei o novo Star Wars, que vem arrebentando nas bilheterias ao mesmo tempo que vem dividindo os fãs. Mas, simplesmente, existem outros filmes que foram lançados este ano que são ligeiramente melhores. Independente da colocação, não poderia ficar de fora da nossa lista, já que é um filme que ao mesmo tempo respeita a mitologia já estabelecida, e de quebra, traça novos rumos para franquia, com direito a aumentar ainda mais a ousadia iniciada no filme anterior. A despedida da saudosa Carrie Fisher e ver Mark Harmill de volta como Luke Skywalker são as cerejas do bolo deste filmaço que mantém o altíssimo nível da franquia.

7. O Rei do Show. / Bingo - O Rei das Manhãs.

Empate entre dois filmes que trazem formas criativas de se fazer uma cinebiografia. O fato é que a grande maioria das cinebiografias, seja qual for a nacionalidade, mesmo que tenham tom sério, não possuem compromissos nenhum com a verdade e usam e abusam da tal liberdade poética. E ao contrário destas, ambos os filmes assumem descaradamente isso. É o caso do musical O Rei do Show, a última grande surpresa do ano, que traz Hugh Jackman vivendo uma figura real escrota que nas telonas é se fosse um carinha legal, que só quer vencer na vida. Totalmente ignorável como cinebiografia mas como musical é um espetáculo à parte, embalado por uma fodástica trilha sonora cantada pelo elenco.

Criatividade também não falta ao nosso pré-candidato ao Oscar. Bingo - O Rei das Manhãs muda de forma criativa nomes de pessoas e emissoras televisivas, mas, ao mesmo tempo escancara para todo bom entendedor quem é quem. E o melhor: tudo isso sem estragar o resultado final, um filmaço divertido do começo ao fim, baseado na vida em um dos atores mais porra-loucas que viveram o mítico palhaço Bozo das telinhas tupiniquins, que aqui ganha força graças a atuação inspiradíssima de Vladimir Brichta. Provavelmente, duvido que tenha chances de ser um dos indicados ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro (infelizmente, na maioria das vezes, os membros da Academia só escolhem filmes caretíssimos), mas, vamos ficar na torcida, pois, desta vez, estamos bem representados.

6. Liga da Justiça. / Lego Batman: O Filme.

Mais um inevitável empate na nossa lista. Finalmente, a D.C. / Warner está tomando rumo e este ano foi o dela. Mesmo com todas as críticas divididas, tanto dos fãs como dos críticos especializados, Liga da Justiça superou todas as dificuldades (a mais nítida foi a troca de diretor) e cumpriu direitinho sua função de divertir e introduzi e live-action o grupo de super-heróis mais fodástico da editora.

Quem acompanha esse blog sabe que raramente vou ao cinema assistir uma animação, mas, abrir uma exceção para ver este filme, numa sessão onde não tinha mais ninguém além de mim e todos os assentos vazios, e acabei tendo altos ataques risos, como há anos não tinha tido, com esta animação hilária que sacaneia toda mitologia do morcegão. Surpreendeu de tal maneira que conseguiu não somente entrar na nossa lista, mas, arrancar um empate com o fodástico filme da Liga da Justiça.

5. Homem-Aranha: De Volta ao Lar. / Guardiões da Galáxia Vol. 2. / Thor: Ragnarok.

Inevitável empate triplo entre os filmes da Marvel. Indiscutivelmente, a Marvel é foda, e por mais que tentem copiar a fórmula com outras franquias, ainda estão comendo anos luz. Uma das grandes cartadas de mestre (e vem mais por aí com a compra da Fox pela Disney) foi fazer um acordo super-hiper-mega-ultra proveitoso com a Columbia, estúdio que detém os direitos do cabeça-de-teia nas telonas. Ápós uma roubada de cena inesquecível no fodástico Capitão América: Guerra Civil, o herói amigo da vizinhança ganha seu filme solo e o resultado não poderia ser outro: O terceiro melhor filme do herói de todos os tempos, com o fedelho Tom Holland se firmando cada vez mais no personagem, e também com direito a uma excelente participação de Tony Stark / Homem de Ferro, Robert Downey Jr., hilário e roubando a cena como sempre.

Outra cartada de mestre, um pouco antes, foi pegar um grupo desconhecidíssimo do grande público, dar cartas brancas ao diretor e o resultado sabemos que foi o merecidíssimo puta sucesso do primeiro Guardiões da Galáxia. Como não se mexe em time que está vencendo, repetiram a dose e o resultado é este filmaço, que supera ligeiramente o original e tem como cerejas de bolo, a pequena participação do rei de filmes de ação Sylvester Stallone, uma despedida emocionante de um personagem que aprendemos a amar e, obviamente, o fofíssimo Baby Groot que veio roubando a cena já nos trailers.

Por fim, a Marvel fechou o ano e a trilogia do deus do trovão com chave de ouro no divertidíssimo Thor: Ragnarok. Baseando-se não somente na saga dos quadrinhos que dar título ao filme, mas, também da cultuadíssima Planeta Hulk, o resultado é um filmaço divertidíssimo, com toques nostálgicos, muito humor e ainda com uma ousadia criativa de mexer com um parte física do herói. A fórmula de Guardiões se encaixou direitinho no terceiro e ligeiramente melhor filme do herói asgardiano, que dar uma puta deixa para o aguardadíssimo Vingadores: Guerra Infinita.

4. Fragmentado.

Uma das grandes voltas por cima que tivemos esse ano foi a do diretor M. Night Shyamalan. E diga-se de passagem, que volta por cima! O cara simplesmente nos presenteia com um filmaço muito bem escrito e dirigido que prende nossa atenção do começo ao fim, que acaba sendo o segundo de uma trilogia iniciada por Corpo Fechado. Mas, o mérito não é apenas do diretor, mas, do protagonista, James McAvoy, numa atuação espetacular que esperamos que ninguém esqueça nas premiações. E que venha o desfecho da trilogia com o embate entre os protagonistas dos dois filmes.

3. Como Se Tornar o Pior Aluno da Escola.

Com certeza, acredito que para muitos de você a grande polêmica da nossa lista, seja pela presença do filme na lista, seja por ficar com o nosso bronze, deixando para atrás muitos outros filmes bem mais badalados. Era para ser apenas um filme do inteligentíssimo comediante e apresentador Danilo Gentilli, que conta com a presença ilustre do eterno Quico do seriado Chaves, mas, acabou indo muito além das mais otimistas das expectativas. Com um humor politicamente incorreto do começo ao fim, temos um dos mais criativos e melhores filmes nacionais dos últimos tempos, que de quebra, é uma das comédias mais engraçadas que vimos no cinema. Gosto não se discute, isso é fato. E se você gosta de humor mais corrosivo dificilmente não irá colocar o filme na sua lista. E na nossa, não somente marca presença, como também é o terceiro melhor filme do ano de 2017, que junto com Bingo, salvou à pátria numa safra recheada de filmes medianos, e, principalmente, ruins.

2. Logan. / Mulher-Maravilha.

Último empate da nossa lista e depois de muita queimada de neurônios. 2017 foi até agora o ano ápice das adaptações dos quadrinhos das telonas, a ponto de todos os filmes do subgênero que forma lançados estarem na nossa lista e em outras dos melhores filmes do ano. E nada mais justo que um empate entre as duas maiores surpresas do ano no subgênero. Marcando a despedida de Hugh Jackman (um dos astros que tiveram um ano fodástico nas telonas) no papel de sua vida, temos um filmaço digno do mais fodão dos mutante da Marvel, um épico com todo climão de road movie, com nosso herói bem violento como nos quadrinhos. Cereja do bolo: a pirralha Dafne Keen, que simplesmente arrebenta como X-23 numa atuação excepcional, digna de prêmios. Tem tudo para ser o primeiro filme baseado em heróis dos quadrinhos a ser indicado ao Oscar, vamos ver se os membros da Academia deixam de ser quadrados.

Se já era esperado que Logan seria um puta filme, que conseguiu ser melhor do que imaginávamos, o que dizer do filme da Mulher-Maravilha? Sem dúvida, a maior surpresa do ano, que fez a crítica voltar a rasgar elogios para um filme da DC /Warner, o primeiro desta atual fase de copiar e colar a fórmula da Marvel que conseguiu esse feito. Como se não bastasse, merecidamente, quebrou todos os recordes de bilheterias para um filme dirigido por uma mulher. E como no seu colega de empate, aqui está o segredo que todos os estúdios deveriam seguir: confie nos diretores dos seus filmes e lhe deem total liberdade criativa. Cereja do bolo não poderia ser outra: a lindíssima e talentosa Gal Gadot cada vez mais se firmando e convencendo como a heroína. Valeu a pena esperar por quase oito décadas para vermos um filme da mais fodona heroína da DC.

1. Até o Último Homem.

Por mais que 2017 tenha sido o ano dos super-heróis dos quadrinhos no cinema, na minha humilde opinião, não tem como não escolher este filme, que conta a história de um herói da vida real, como nosso filme do ano. Lançado em janeiro, a comovente história do soldado que recusou usar armas devido sua fé cristã continua vivinho da Silva na nossa memória afetiva como se tivesse sido lançado na última quinta. Feito que, ao menos comigo e várias pessoas que eu conheço, não foi conseguido pelo bajuladíssimo vencedor do Globo de Ouro e do Oscar La La Land - Cantando Estações... Ops! Perdão! Não foi La La Land que levou o Oscar! Foi aquele filme que o Boca de Algodão do seriado Luke Cage participa, e conta a história de um negão que... Qual o nome mesmo? Lembrei! Moonlight: Sob a Luz do Lual. Chupa La La Land! Rsssssssssss... Desculpa, não me contive, precisava fazer essa piadinha toscar para provar como os dois mais falados filmes do Oscar depois da puta gafe no final da cerimônia deste ano, caíram totalmente no esquecimento. Mas, voltando ao assunto. O filme marcou o início da volta por cima de Mel Gibson, que esse ano também marcou presença em frente das telas, roubando a cena no hilário Pai em Dose Dupla 2, e também serviu para confirmar o talento de Andrew Garfield, que também brilhou esse ano marcando presença também com excelentes atuações em Silêncio e Uma Razão para Viver.

BÔNUS: DESTAQUE TAMBÉM PARA...

A Cabana.

A crítica não gostou muito. Mas, o público brasileiro, incluindo este blogueiro, curtiu muito esta adaptação do famosíssimo livro homônimo, que, inclusive, eu li. Eficiente em nos tocar e emocionar, uma ótima adaptação quase fidelíssima ao livro de William P. Young, que cumpre com competência a missão de emocionar e cativar.

Lion - Uma Jornada para Casa.

Falando em emoção à flor da pele, impossível não lembrar do fofo e talentoso Sunny Pawar que rouba a cena e nos comove como o pirralho Saroon Brierley, que se perde do irmão numa estação de trem na Índia. Comovente do começo ao fim, uma pequena obra-prima que concorreu a seis Oscar (absurdamente nenhuma indicação para Brierley) e saiu de mãos abanando.

Pai em Dose Dupla 2.

Mudando do drama para a comédia abestalhada familiar, o filme que traz de volta praticamente todo elenco ainda mais entrosamento, com acréscimo de Mel Gibson e John Lithgow, que também pegam o embalo, é uma das grandes surpresas do ano, superando consideravelmente o filme original, numa comédia engraçadíssima com direito a sacanear Liam Neeson (Já que a modinha agora é fazer petição, vamos fazer uma para solicitando o tal filme de Natal porra-louca do durão Neeson).

Quatro Vidas de um Cachorro.

Outra adaptação de livro que deu certo. Quem diria que a premissa de um cachorro que reencarna iria resultar num filme tão um filminho tão fofo e cativante? Pois é, deu certo, e temos aqui um dos filmes que, se não está entre os melhores do ano, é um dos mais lembrados. Divertido e ao mesmo tempo emocionante, que tem pet em casa, em especial, cachorros, se derrete todo com tanta fofura canina.

Velozes & Furiosos 8.

Falando em porra-louquices, não poderia terminar sem mencionar o oitavo filme da saga de Dominic Toretto e companhia. Quando achamos que já vimos de tudo, Vin Diesel e sua trupe prova que a porra-louquice surreal é infinita num filme que superou a mais otimista do fã mais apaixonado da franquia. Se parasse por aqui, seria o final espetacular, mas, infelizmente, isso não vai rolar, e a franquia corre seríssimo risco de cair na qualidade. Mas, não foi desta vez e o alto nível fodástico foi mantido. 2017 também foi o ano de Diesel, que além de viver o fodão Toretto, e de emprestar sua voz ao Baby Groot, também voltou a viver outro personagem ícone fodão no também fodástico repleto de porra-louquices XxX: Reativado.

Rick Pinheiro.
Cinéfilo alagoano, desejando a todos um feliz e abençoado ano novo, e torcendo que a safra de filmes de 2018 seja tão boa ou até melhor que a deste ano.

2 comentários:

  1. Muito boa lista de filmes! Em 2017 houve estréias cinematográficas excelentes, mas o meu preferido foi a Rei Arthur A Lenda Da Espada por que além de ter uma produção excelente, tem uma boa história. Adorei está história, por que este Charlie Hunnam novo filme além do bom roteiro, realmente teve um elenco decente, elemento que nem todos os filmes deste gênero tem. Se alguém ainda não viu, eu recomendo amplamente, vocês vão gostar com certeza.

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  2. Com certeza, Julieta Souza!2017 foi excelente para nós cinéfilos, com bons filmes que chegaram aos cinemas. Rei Arthur - A Lenda da Espada foi um deles. Inclusive, na época do seu lançamento, fizemos um post comentado sobre ele. Confira em: http://blogdorickpinheiro.blogspot.com/2017/05/lendario-rei-ainda-mais-fodao.html

    Muito obrigado pelo comentário! Seja bem-vinda ao nosso blog! Volte sempre e sinta-se à vontade para fazer seus comentários.

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