sexta-feira, 30 de setembro de 2016

MERDA DO MÊS: SETEMBRO/2016.


Apesar da excelente safra de filmes que 2016 vem nos presenteando, sempre tem um ou outro tentando inutilmente embasar. Para ser sincero, suspeito que O Bebê de Bridget Jones seja a merda não somente do mês, mas, do ano. Mas, como sou justo e não dou minha opinião de um filme que não vi (e que nem vou assistir, já que, até hoje não conseguir assistir por mais que os cinco minutos iniciais os filmes anteriores e esse que não vou mesmo, depois de ter sido bombardeado durante todo mês com o trailer que só me fez ter repulsa pela franquia e pelo novo filme), infelizmente, nosso desonroso título vai para uma produção nacional. Ao contrário da comédia romântica irritante estrelada pela chatinha Renée Zellweger, estava animado com Mate-me Por Favor, afinal, trata-se de um filme que sai da modinha sem fim das comédias abestalhadas, aparentemente sendo um interessante suspense, o que acabou não se confirmando. Elogiadíssimo pela crítica, o resultado é decepcionante ao extremo, um filminho autoral chato, irritante, tedioso mesmo com uma curta duração, que simplesmente pega uma premissa interessante e manda para as picas. Merecidamente é a nossa merda do mês, com fortíssima chance de ser o pior filme do ano. Uma pena! 

Rick Pinheiro.
Cinéfilo alagoano.

FILME DO MÊS: SETEMBRO/2016.


Chegamos ao final de mais um mês. E com ele mais uma vez a confirmação que 2016 é um dos anos mais fodásticos da sétima arte. Não faltaram ótimas surpresas chegando as telonas. Destas, o grande destaque foi o remake Sete Homens e Um Destino. Dirigido pelo competente Antoine Fuqua e trazendo Denzel Washington a frente de um elenco étnico e talentoso, o filme consegue o raríssimo feito de ser uma refilmagem superior ao original, que neste caso, é simplesmente um clássico do faroeste, que figura entre os melhores do gênero. Não desmerecendo o clássico que merecidamente ocupa esse posto, mas, o fato é que o remake é muito foda. Leva o nosso título de filme do mês e entra com tudo para briga deste ano tão produtivo para a sétima arte.

MENÇÃO HONROSA:


Figurando por um bom tempo com o nosso filme do mês, o excelente O Homem nas Trevas só perdeu nos acréscimos do segundo tempo. Mas, sem problema, pois, nós aqui, não vamos esquecer deste filme que é mais um que veio para salvar o gênero do terror da merda em que se encontrava. Pode não ter subido ao nosso pódio, mas, merece o nosso reconhecimento. 

Rick Pinheiro.
Cinéfilo alagoano.

MAIS UMA PECULIARIDADE DE TIM BURTON.

 = Excepcional. /  = Muito bom. /  = Bom./  = Regular. / = Fraco. / Coco do Cachorrão= Preciso mesmo dizer?.  


O Lar das Crianças Peculiares (Miss Peregrine's Home For Peculiar Children).
Produção estadunidense, belga e britânica de 2016.

Direção: Tim Burton.

Elenco: Eva Green, Asa Butterfield, Ella Purnell, Samuel L. Jackson, Judi Dench, Rupert Everett, Allison Janney, Terence Stamp, entre outros.

Blogueiro assistiu na sala 3 do complexo Kinoplex Maceió em 30 de setembro de 2016.

Cotação

Nota: 7,0.  

Sinopse: Baseado no primeiro livro de uma trilogia escrita por Ransom Riggs. Após a misteriosa morte do seu avô (Stamp), Jake (Butterfield) vai com seu pai passar uns tempos numa ilha no feofó de Gales. Intrigado com as histórias mirabolantes que seu saudoso avô contava quando ele era criança, Jake resolve investigar a veracidade e acaba descobrindo o tal lugar citado no título, onde habita crianças com poderes, supervisionadas e bem criadas pela senhorita Peregrine (Green).

Comentários: Tim Burton é o cara. Por mais que ele tenha dado umas pisadas de bolas, o cara não deixa de ser um mestre da sétima arte, com estilo próprio, usando e abusando do sombrio e da bizarrice. E nessa adaptação de um best-seller (como costumo dizer, hoje em dia qualquer porcaria editorial vira sucesso, regra que não sei se é aplicada aqui, já que não li o livro), temos o bom e velho Burton com tudo que mais gostamos nele. É bem verdade que o enredo em si não ajuda (a história é muito bobinha), e o roteiro tem alguns furos (provavelmente para resumir os pontos principais do livro num filme de no máximo duas horas). Mas, é inegável que Burton consegue conduzir um bom filme e por mais que seja uma história bobinha, o resultado final é satisfatório, com na maioria das vezes. 

Rick Pinheiro.
Cinéfilo alagoano. 


BANDIDOS REAIS VIRAM ABESTALHADOS NAS TELONAS.

 = Excepcional. /  = Muito bom. /  = Bom./  = Regular. / = Fraco. / Coco do Cachorrão= Preciso mesmo dizer?.  


Gênios do Crime (Masterminds).
Produção estadunidense de 2016.

Direção: Jared Hess.

Elenco: Zach Galifianakis, Owen Wilson, Kristen Wiig, Jason Sudeikis, Mary Elizabeth Ellis, Kate McKinnon, Devin Ratray, Leslie Jones, entre outros.

Blogueiro assistiu na sala 6 do complexo Kinoplex Maceió em 30 de setembro de 2016.

Cotação

Nota: 6,5.  

Sinopse: Baseado em fatos. Em 1997, David Ghantt (Galifianakis) trabalha como motorista de carro-forte. Mesmo sendo noivo de Jandice (McKinnon), o cara é os quatro pneus e o estepe arriado por Kelly (Wiig), sua ex-colega de trabalhado. Convencida por Steve (Wilson) a moça acaba convencendo David  de aceita participar de um roubo de milhões de doletas. Apesar de David e seus cúmplices serem atrapalhados, o plano acaba dando certo e o resultado é o o maior roubo da história dos Estados Unidos. 

Comentários: Romancear uma história real, usando e abusando da tal da licença poética, mesmo que seja um fato criminoso, aliviando a imagem da bandidagem, não é novidade na sétima arte (nosso cinema nacional é especialista nisso). Nesse ponto, Gênios do Crime não traz nenhuma novidade. Mas, sem dúvida tratar num tom de comédia é um feito raro e no mínimo ousado. Reunindo um elenco de nomes do humor estadunidense da nova geração, o diretor Jared Hess traz um filme que é uma típica comédia abestalhada, que em momento nenhum convence que é baseado em fatos. Com um roteiro padrão, que ganha força com o talento cômico do elenco, o  resultado é um filminho divertido, com vários momentos engraçados. Tão bobo como nossas comédias nacionais, indicado apenas para quem curte o gênero e só quer relaxar, dando algumas risadinhas.

Rick Pinheiro.
Cinéfilo alagoano. 


CÓPIA DESCARADA.

 = Excepcional. /  = Muito bom. /  = Bom./  = Regular. / = Fraco. / Coco do Cachorrão= Preciso mesmo dizer?.  


O Durão (Get Hard).
Produção estadunidense de 2015.

Direção: Etan Cohen.

Elenco: Will Ferrell, Kevin Hart, Craig T. Nelson, Alison Brie, Ariana Neal,  entre outros.

Blogueiro assistiu na TV por assinatura (HBO) em 30 de setembro de 2016.

Cotação

Nota1,5.  

Sinopse: James King (Ferrell) é um milionário egocêntrico, metido a bosta, que se acha a oitava maravilha do mundo, que trabalha como administrador de fundos de investimento. Sua vida muda quando é acusado e condenado há dez anos de prisão por fraudes, ganhando o benefício de antes de ir para o xilindró de gozar de um mês em liberdade. Desesperado, com medo de ser enrabado, ele pede arrego a Darnell (Hart), gerente do lava-jato que ele é cliente, pedindo-lhe dicas de como sobreviver na prisão. Apesar de nunca ter sido preso na vida, por está na pindaíba, Darnell aceita o desafio. 

Comentários: Tudo bem que na sétima arte, principalmente, o cinemão hollywoodiano está cada vez mais faltando originalidade. Não é a toa que existem tanto remakes e reboots sendo produzidos. A maioria desnecessários ao extremo. Mas, na minha humilde opinião, o cúmulo do ridículo é essa cópia descarada, cagada e cuspida de Big Stan - Arrebentando na Prisão, simplesmente, um dos filmes mais fraquinhos da carreira do impagável Rob Schneider. Assim como o filme original, a cópia com tempero de Will Ferrell foi lançada diretamente em home vídeo. E merecidamente, aliás, nem merecia ter sido produzido, já que trata-se de um filminho que comete o pecado mortal do gênero da comédia: é praticamente sem graça, com pouquíssimas piadas que no máximo provocam uma risadinha de cinco segundos. O roteiro é praticamente o mesmo do filme de Schneider, só aqui consegue ainda ser pior e menos inspirado, esticando ao máximo o tempo do personagem fora da prisão no tal treinamento aloprado e insosso (pelo menos no filme do baixinho, tinha o saudoso David Carradine, impagável com o figuraça "treinador"). Total desperdiço de tempo e de talento de dois inegáveis bons comediantes. Ignore totalmente essa bomba! 

Rick Pinheiro.
Cinéfilo alagoano.