Custou, mas, finalmente, depois de vários adiamentos, comentaremos a quadrilogia Máquina Mortífera. O adiamento foi proposital, afinal, trata-se de uma franquia onde todos os filmes são fodásticos, com o mesmo alto nível, complicando bastante fazemos uma avaliação individual e determinar uma ordem de preferência. Este alto nível se dar principalmente graças a um trio engajadíssimo na franquia, formado pelo diretor Richard Donner e os atores Mel Gibson e Danny Glover. No decorrer da franquia, o trio ganhou o reforço de peso de Joe Pesci (do segundo filme em diante), Rene Russo (terceiro e quarto) e ao final, ainda abriu-se um considerável espaço para o figuraça comediante Chris Rock e para o astro marcial Jet Li fazer seu debute em Hollywood, brilharem e deixarem suas marcas na franquia. Com enredos muito bem desenvolvidos onde a ação rola solta, elencos carismáticos, afiadíssimos e entrosados com uma química perfeita, fazem da quadrilogia uma das mais melhores franquias da história do cinema, que acabou ditando regras e modas no gênero policial, fazendo pipocar até hoje, inúmeros filmes no gênero, trazendo principalmente policiais inter-raciais. É bem verdade que, a medida que os filmes foram lançados, a franquia foi ficando um pouco mais leve (da cena inicial do primeiro filme, onde uma lindíssima e gostosinha prostituta chapada se joga de um prédio para a cena final do último filme, num climão bem família, ao som de uma música tosca). Mesmo assim, é inegável que os filmes são excepcionais e, até hoje, a quadrilogia Máquina Mortífera, continua insuperável.
Tudo começou em 1987, quando o primeiro Máquina Mortífera pintou nas telonas. Na trama, o policial Roger Murtaugh (Glover) completa cinquenta anos e recebe o duplo presente de grego a investigação do suposto suicídio da filha de um amigo (Tom Atkins) dos tempos da guerra do Vietnã e o porra-louca psicótico suicida Martin Riggs (Gibson, numa das melhores atuações de sua carreira) como parceiro. À medida em que vão investigando, descobrem que o assassinato da moça tem a ver na verdade como o pai dela está envolvido num esquema de tráfico de heroína formado por ex-militares. Com um roteiro muito bem escrito que dosa perfeitamente a ação e o suspense, e de quebra ainda nos apresenta os carismáticos e fodásticos personagens, Máquina Mortífera é um divisor de águas do gênero policial, um filmaço envolvente e empolgante que prende a nossa atenção do começo ao fim, com sequências eletrizantes (destaque para a sequência de Riggs, saindo na porrada com o vilão psicótico vivido por Gary Busey, onde Gibson, aliás, foi treinado por um professor de capoeira brasileiro para atuar nesta sequência). Apesar do alto nível da franquia, havendo um empate técnico entre as quatro produções, para mim, o primeiro filme é disparado o melhor.
Com o merecidíssimo sucesso do primeiro filme, inaugurou-se a franquia. Em 1989, Riggs e Murtaugh estão de volta, no fodástico Máquina Mortífera 2, considerado pela crítica e pela maioria dos cinéfilos superior ao primeiro. Com ação frenética do começo ao fim, o filme já começa com tudo, com a dupla e metade dos policiais de Los Angeles numa perseguição eletrizante. Após o estrago, eles descobrem em um dos carros uma fortuna em moeda de ouro sul-africana. As investigações os levam a descobrir que a bandidagem da vez são sul-africanos que traficam drogas para os Estados Unidos, escondidos pela imunidade diplomática. Neste meio-termo, Riggs e Murtaugh recebem a missão de cuidar do figuraça Leo Getz (Joe Pesci), que irá dedurar um monte de gente graúda envolvidos em podres, entre eles, os próprios sul-africanos vilões da vez. O roteiro aqui valoriza muito mais a ação, como também as atuações de Gibson e Glover, cada vez mais a vontade em seus personagens, num perfeito entrosamento, assim como Pesci, roubando cena com uma excelente atuação, somando forças com o protagonistas. Enfim, não é a toa que é considerado uma das melhores continuações não somente da franquia, mas, de todos os tempos. Filmaço.
Com o perfeito entrosamento com Gibson e Glover, Pesci ganhou moral e seu lugar na franquia. E seu figuraça e tagarela Léo Getz volta a encher o saco em 1992, em Máquina Mortífera 3, onde faltando oito dias para se aposentar, Murtaugh é rebaixado junto com Riggs, por ir na onda dele e juntos mandarem pelos ares um prédio inteiro. Mas, o rebaixamento sequer começa pois logo no primeiro dia de patrulha, os dois encaram assaltantes de carro forte e acabam descobrindo que eles utilizam balas especiais que furam colete. As investigações colidem com outra paralela feita pelos assuntos internos e a dupla precisa unir forças com a oficial Lorna Cole (René Russo), já que o vilão da vez, Jack Travis (Stuart Wilson), é um ex-policial recém-afastado. A partir daqui a dosagem de humor aumenta, mas, sem deixar a ação de lado. Com o trio Gibson, Glover e Pesci cada vez mais a vontade nos personagens e entrosados, a franquia ganha o reforço de peso de Rene Russo, com ótima atuação e uma química perfeita com Gibson, que viria a se repetir no filme seguinte da franquia e também no fodástico O Preço de Um Resgate. Para mim, bem ligeiramente o mais fraquinho da franquia, mas, sem perder o alto nível, nem o padrão de qualidade. Filmaço empolgante e envolvente tanto quanto os demais.
A bem sucedida franquia encerra-se com chave de ouro em 1998 com o também fodástico Máquina Mortífera 4. A filha mais velha de Murtaugh, Rianne (Wolfe) está grávida, assim como Lorna (Russo), namorada de Riggs. A dupla, junto com o tagarela Léo (Pesci), estão curtindo uma tranquila pescaria noturna, quando um navio cheio de refugiados chineses, provavelmente, importados para trabalho escravo, cruza seu caminho. A dupla passa investigar e descobre que o chefão do crime em Chinatown, Tio Benny (Kim Chan), está associado a Tríade, a máfia chinesa, liderada pelo misterioso e frio Wah Sing Fu (Jet Li). Com a dosagem de humor ainda mais elevada e, mais uma vez, sem deixar a ação de lado, o quarto e último filme da franquia consegue a proeza de manter o mesmo padrão de qualidade dos anteriores, e ainda superando ligeiramente o terceiro, empatando com o segundo. Os veteranos na franquia mais uma vez arrebentam, estando cada vez mais a vontade em seus personagens, apesar de Rene Russo está um pouquinho avulsa na trama, mas, sem comprometer. E os novatos não ficam atrás e mesmo dando as caras apenas no último filme, deixam suas respectivas marcas na franquia. Enquanto Chris Rock arrebenta no humor, responsável por boa parte das melhores piadas do filme e de quebra ainda faz uma dobradinha perfeita com Joe Pesci, Jet Li arrebenta tanto nas sequências de lutas como na atuação nos presenteando com o vilão mais fodão da franquia, conseguindo a proeza de superar Gary Busey, vilão do primeiro filme e até então o mais memorável. Uma memorável e excelente estreia do astro chinês em produções hollywoodianas. Enfim, um filmaço tão bom que até se perdoa os dez minutos finais de xaropada piega ao som de uma música tosca e chatinha.
A bem sucedida franquia encerra-se com chave de ouro em 1998 com o também fodástico Máquina Mortífera 4. A filha mais velha de Murtaugh, Rianne (Wolfe) está grávida, assim como Lorna (Russo), namorada de Riggs. A dupla, junto com o tagarela Léo (Pesci), estão curtindo uma tranquila pescaria noturna, quando um navio cheio de refugiados chineses, provavelmente, importados para trabalho escravo, cruza seu caminho. A dupla passa investigar e descobre que o chefão do crime em Chinatown, Tio Benny (Kim Chan), está associado a Tríade, a máfia chinesa, liderada pelo misterioso e frio Wah Sing Fu (Jet Li). Com a dosagem de humor ainda mais elevada e, mais uma vez, sem deixar a ação de lado, o quarto e último filme da franquia consegue a proeza de manter o mesmo padrão de qualidade dos anteriores, e ainda superando ligeiramente o terceiro, empatando com o segundo. Os veteranos na franquia mais uma vez arrebentam, estando cada vez mais a vontade em seus personagens, apesar de Rene Russo está um pouquinho avulsa na trama, mas, sem comprometer. E os novatos não ficam atrás e mesmo dando as caras apenas no último filme, deixam suas respectivas marcas na franquia. Enquanto Chris Rock arrebenta no humor, responsável por boa parte das melhores piadas do filme e de quebra ainda faz uma dobradinha perfeita com Joe Pesci, Jet Li arrebenta tanto nas sequências de lutas como na atuação nos presenteando com o vilão mais fodão da franquia, conseguindo a proeza de superar Gary Busey, vilão do primeiro filme e até então o mais memorável. Uma memorável e excelente estreia do astro chinês em produções hollywoodianas. Enfim, um filmaço tão bom que até se perdoa os dez minutos finais de xaropada piega ao som de uma música tosca e chatinha.
= Excepcional. / = Muito bom. / = Bom./ = Regular. / = Fraco.
Produção estadunidense de 1987.
Direção: Richard Donner.
Elenco: Mel Gibson, Danny Glover, Gary Busey, Mitchell Ryan, Tom Atkins, Darlene Love, Traci Wolfe, entre outros.
Blogueiro assistiu no extinto Cinema Ideal, em Maceió, em home vídeo (VHS e DVD) e na TV aberta (Globo).
Nota: 10,0.
Sinopse:e comentários nos parágrafos acima.
Produção estadunidense de 1989.
Direção: Richard Donner.
Elenco: Mel Gibson, Danny Glover, Joe Pesci, Darlene Love, Traci Wolfe, ,entre outros.
Blogueiro assistiu em home vídeo (VHS e DVD) e na TV aberta (Globo).
Nota: 10,0.
Sinopse:e comentários nos parágrafos acima.
Produção estadunidense de 1992.
Direção: Richard Donner.
Elenco: Mel Gibson, Danny Glover, Joe Pesci, Rene Russo, Stuart Wilson, Darlene Love, Traci Wolfe, entre outros.
Blogueiro assistiu no extinto Cine Iguatemi (Maceió), em home vídeo (VHS e DVD) e na TV aberta (Globo).
Nota: 10,0.
Sinopse:e comentários nos parágrafos acima.
Produção estadunidense de 1998.
Direção: Richard Donner.
Elenco: Mel Gibson, Danny Glover, Joe Pesci, Rene Russo, Chris Rock, Jet Li, Darlene Love, Traci Wolfe, entre outros.
Rick, concordo com vc, os filmes são fantásticos e poucos filmes policiais no mesmo estilo chegam próximos. Será que essa franquia poderia ter um 5º filme? Eu gostaria muito de ver essa dupla junta novamente.
ResponderExcluirPois é, quem não gostaria de ver a dupla fodástica de volta a ação, e de quebra, com René Russo, Joe Pesci e Chris Rock como apoio. Mas, infelizmente, a franquia se encerrou no quarto filme e, com Gibson em decadência e com Glover e os citados (exceto Chris Rock) cada vez aparecendo menos nas telonas, dificilmente os engravatados hollywoodianos cogitam em fazer uma sequência.
ExcluirMas, dos males o menor, já que a franquia conseguiu o raro feito de ser composta por quatro filmes excepcionais e soube encerrar em grande estilo, antes que a fórmula fosse desgastada. Missão dada, missão muito bem escrita. Se melhorar, corre o seríssimo risco de estragar. rssss....