domingo, 17 de janeiro de 2021

RECORDAR É REVER: ALÔ, AMIGOS

 = Excepcional. /  = Muito bom. /  = Bom./  = Regular. / = Fraco. /  = (Preciso mesmo dizer?).

Alô, Amigos (Saludos Amigos).
Produção estadunidense de 1942.

Direção: Wilfred Jackson, Jack Kinney, Ham Luske, Bill Roberts e Norman Ferguson (não creditado).

Elenco (vozes): Fred Shields (narrador), José Oliveira, Clarence Nash (não creditado), June Foray (não creditada), Pinto Colvig (não creditado), entre outros.

Blogueiro assistiu na TV aberta (Globo) e no streaming (Disney Plus).

Sinopse
: O filme mostra em live-action os animadores e roteiristas dos estúdios Disney viajando por países da América Latina em busca de inspiração e os curtas animações originários dessa viagem. No primeiro, o Pato Donald (Nash) vai fazer turismo na região do Lago Titicaca e acaba se metendo numa atrapalhada atrás da outra.  No outro curta, o aviãozinho Pedro (Foray) encara os perigos na sua primeira viagem  do Chile à Argentina. No penúltimo curta, o Pateta (Colvig) vai aos Pampas argentinos e se torna um gaúcho local. Por fim, o Pato Donald (Nash) vai ao Rio de Janeiro, conhece o Zé Carioca (Oliveira) e acaba caindo no samba.

Comentários
: Que coisa chata esse lance do politicamente correto, que faz com que a Disney meta um aviso antes dessa clássica animação dizendo que a mesma é "cheia de estereótipos que eram errados no passado e são errados hoje em dia e blá, blá, blá...". Sinceramente, como americano latino e, principalmente, brasileiro, não vejo nada nessa animação, que amava ver na minha infância quando exibida no saudoso programa Disneylândia, que seja ofensiva. Pelo contrário, a sequência final que se passa no Brasil e marca a estreia do Zé Carioca, me enche de orgulho de ser brasileiro, me divertindo e emocionando bastante. É verdade que a mesma sequência traz cenas que não pegam bem nos dias de hoje, com o Zé Carioca, fumando charuto e junto com o Donald tomando uma cachaça. Mas, nem isso, justifique o tal aviso. Enfim, tempos chatos do caralho que vivemos hoje.

Mais do que uma divertida clássica animação, o sexto longa da Disney possui também um valor histórico por ser um dos frutos da política da boa vizinhança idealizada pelo presidente dos Estados Unidos da época Franklin D. Roosevelt. Política à parte, temos um filme divertido, com quatro ótimas sequências animadas (não preciso dizer que a que se passa no Brasil é a melhor) que tropeça apenas nas sequências live-action em tom documental. Mas, até essas acabam não tiram brilho das animações, e de quebra, tem seu valor histórico, fazendo registro das regiões que visitam. Enfim, ignore o tal aviso para agradar a patrulha chatíssima, encare junto com sua família e divirta-se bastante. Cotação / Nota: 9,5.

VOCÊ SABIA?

Um alagoano acabou sendo uma das fontes de inspiração na criação do Zé Carioca. Pouquíssimo conhecido por nós alagoanos, Manuel Vicente Alves Palmeira chegou ao Rio de Janeiro em 1904 e exerceu várias profissões, a mais conhecida advogado autodidata, conhecido por defender os mais pobres. Com um jeito peculiar e vestimenta característica acabou ganhando o apelido de Dr. Jacarandá. A  influência do Dr. Jacarandá no composição do Zé Carioca ocorre principalmente na vestimenta e o uso do guarda-chuva, características que permaneceram no personagem até os anos 1960. Conheça mais a história desse alagoano que fez história no Rio de Janeiro em:
https://www.historiadealagoas.com.br/dr-jacaranda-o-alagoano-que-inspirou-o-ze-carioca.html

Rick Pinheiro.
Cinéfilo alagoano.


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