sábado, 14 de janeiro de 2017

RETRATO FIDELÍSSIMO DA BUROCRACIA DESUMANA NOSSA DE CADA DIA.

 = Excepcional. /  = Muito bom. /  = Bom./  = Regular. / = Fraco. / Coco do Cachorrão= Preciso mesmo dizer?.

Eu, Daniel Blake (I, Daniel Blake).
Produção britânica, francesa e belga de 2016.

Direção: Ken Loach.

Elenco: Dave Johns, Harley Squires, Dylan McKiernan, Sharon Percy, Mark Burns, entre outros.

Blogueiro assistiu na sala Elinaldo Barros do Centro Cultural Arte Pajuçara em 14 de janeiro de 2017.

Cotação

Nota: 8,5.  

Sinopse: Daniel Blake (Johns) é um veterano carpinteiro que tem sua rotina mudar quando sofre um ataque cardíaco e precisa de auxílio previdenciário do Governo. Quando o benefício é cortado, mesmo ele ainda estando inapto para o trampo, passa a Encarar torturantes idas e vindas para que o benefício seja concedido. Numa dessas idas, Daniel conhece Katie (Squires), mãe solteira de dois filhos, que está desempregada, e por isso, também precisa de benefício previdenciário. A partir de então, os dois ficam amigos e Daniel passa a ajudá-la.

Comentários: Vencedor da Palma de Ouro no Festival de Cannes, essa produção em parceria de três países europeus traz uma temática bem realista para nós brasileiros: as consequências da sebosa burocracia desumana nossa de cada dia, principalmente, quando um de nós precisa de um benefício previdenciário que é nosso por direito assegurado pela lei máxima do nosso país, a Constituição Federal. Apesar de primeiro mundo, é interessante ver que esse sistema escroto que só ferra com quem está por baixo não é exclusividade nossa, e rola também por lá. Com um roteiro simples, mas, muito bem escrito e desenvolvido, o filme traz um retrato fidelíssimo da burocracia desumana, automática, com funcionários públicos prepotentes que se acham, e as consequências para o trabalhador. Em síntese, um excelente drama realista para ser visto e refletido.

Rick Pinheiro.
Cinéfilo alagoano. 

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