Produção brasileira de 1970.
Direção: Fauzi Mansur.
Elenco: Renato Aragão, Dedé Santana, Dick Danello, Dino Santana, Tuska, Suely Fernandes, Giovana Ruggier, Gracinha, Carlos Bucka, Martim Francisco, Berta Loran, entre outros.
Blogueiro assistiu em home vídeo (DVD).
Cotação:
Nota: 3,0.
Sinopse: Didi (Aragão) e Dedé (Santana) são dois amigos, loucos por mulheres, que ganham a vida como taifeiros de um luxuoso navio. Os caras praticamente surtam quando um quarteto de modelos (Tuska, Fernandes, Ruggier e Gracinha) embarcam na viagem. As moças chamam atenção também do novo comandante (Dino Santana) e do cantor (Danello) do navio. Querendo ficar a sós com as meninas, os três amigos inventam de simular um naufrágio, arrastando as moças e o comandante para uma ilha deserta. Só que o local na verdade é um esconderijo de uma quadrilha de contrabandistas, e os amigos precisam se safar da merda em que se meteram.
Comentários: Dando continuidade ao nosso especial Os Trapalhões, hoje vamos bem no fundo no baú para comentar esse filme do comecinho da carreira do grupo, aqui formado pela dupla Renato Aragão e Dedé Santana, que muita gente não sabe, mas, fez um sucesso de bilheteria na época. Pela sinopse do filme e o fato do mesmo ser dirigido pelo mestre da pornochanchada e filmes eróticos Fauzi, podemos até achar que se trata de um raro filme de putaria da filmografia dos dois trapalhões. Puro engano, pois, temos aqui o bom e velho ingênuo humor com pincelada de malícia masculina típicas das diversas e saudosas enquetes do saudoso programa televisivo (para se ter ideia, por exemplo, quando os caras finalmente chegam na ilha, Didi e Dedé ao invés de dá uns pegas nas suas respectivas gatas, vão se exibir andando de bicicleta, como dois moleques lesados). Roteiro sem nexo e profundida é algo típico do grupo que a gente até aceita numa boa, por sermos compensados pela diversão. O problema aqui é que, apesar de ser escrito por Renato com colaboração de Dedé, praticamente não existe. A primeira uma hora de filme é repetitiva, arrastada desnecessariamente, mais parece uma colcha de retalhos de esquetes pessimamente desenvolvidos, e o mais agravante: sem graça nenhuma. A última meia-hora, quando finalmente eles vão para a ilha e são capturados pela bandidagem, torna o filme um pouquinho interessante, com raríssimas piadinhas conseguindo arrancar de nós alguns ligeiros sorrisinhos, mas não o suficiente para salvar o resultado final. Tosco, com roteiro mal elaborado, vale a pena pela curiosidade de ver os eternos trapalhões Didi e Dedé em ação. E olhe lá!
Rick Pinheiro.
Cinéfilo alagoano.
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