quarta-feira, 25 de dezembro de 2013

O GENIAL CHAPLIN.

O cinema tem milhares de astros e estrelas. Gênios, porém, são pouquíssimos seletos. Charles ou Charlie Chaplin (16/08/1889 - 25/12/1977), sem sombra de dúvida, é o mais genial dos gênios cinema. Além de ser um excepcional ator, comediante, o genial Carlitos também acumulava a função de diretor, compositor, produtor e roteirista, todas desempenhando com o mesmo empenho e talento. Chaplin era, e ainda é, uma estrela de magnitude sem igual a ponto de em plena época do surgimento do som no cinema, resistir bravamente contra a novidade e continuar produzindo filmes de enorme sucesso. E só se cedeu a tal novidade de forma magistral para denunciar claramente e de formal genial o absurdo nazista em O Grande Ditador, numa época que os Estados Unidos não tinham entrado na 2ª Guerra Mundial. Quis o destino tripplamente irônico que o versátil e ateu Chaplin, que realizou várias funções e tanta alegrias trouxe, e ainda traz, para todos nós, partisse desta vida dormindo,  na noite mais feliz do ano, há exatamente trinta e seis anos. Mas, seu legado para a história da sétima arte permanece para sempre. Para marcar a data, comentarei a partir de agora alguns das memoráveis obras-primas do genial Carlitos (graças a Deus, até agora, nenhum louco ousou refilmar nenhuma), que revi recentemente em DVD. Ao final da postagem, colocarei também a ficha técnica e o link das postagens com os comentários de O Garoto (para mim, o melhor e mais emocionante  filme de Chaplin), O Grande Ditador, e Chaplin, belíssima cinebiografia que traz Robert Downey Jr. dando um show no papel do gênio, como também os links do site oficial e do Wilkipédia.

 = Excepcional. /  = Muito bom. /  = Bom./  = Regular. / = Fraco.  

Em Busca do Ouro (The Gold Rush).
Produção hollywoodiana de 1925.

Direção: Charlie Chaplin.

Elenco: Charlie Chaplin, Georgia Hale, Mack Swain, entre outros.

Blogueiro assistiu na TV aberta (Globo) e em home vídeo (DVD).

Cotação

Nota: 10,0.

Sinopse: A trama se passa em 1898, em plena febre do ouro, e mostra Carlitos (Chaplin) vai até o Alasca a fim de se dar bem e sair da merda. Lá ele se mete em várias confusões, e de cara, acaba ficando preso numa cabana como dois outros tipos figuraças. Numa ida a cidade, Carlitos acaba conhecendo e se apaixonando por Georgia(Hale), uma dançarina de salão.

Comentários: Chaplin declarou por diversas vezes que Em Busca do Ouro é o seu filme favorito. Curiosamente, o filme foi lançado em duas versões: a primeira, de 1925, totalmente mudo, enquanto que a segunda, lançada em 1942, com trilha e uma narração em cima dos diálogos. Infelizmente, a versão que assistir em DVD é justamente esta última, onde a tosca narração acabou tirando bastante a magia do filme e incomodando. Deixando de lado este péssimo e tosco desgosto, e focando mais na obra-prima de Chaplin, temos aqui mais um filmaço divertido, com excelente roteiro, recheado de piadas engraçadas e cenas antológicas como a da sopa de cardaço e a inesquecível dancinha dos pãezinhos. Em síntese, outra memorável obra-prima do genial Chaplin que o tempo não apagou.


 
Trailer.

O Circo (The Circus).
Produção hollywoodiana de 1928.

Direção: Charles Chaplin.

Elenco: Charles Chaplin, Al Ernest Garcia, Merna Kennedy, Henry Bergman, Steve Murphy, entre outros.

Blogueiro assistiu na TV aberta (Globo) e em home vídeo (DVD).

Cotação

Nota: 10,0.

Sinopse: Um ladrãozinho barato (Murphy).bate uma carteira, mas, como é quase pego, acaba colocando no bolso do coitado do vagabundo (Chaplin), que passa a ser perseguido tanto pelo malandro, como também pela polícia. Nessa confusão, o vagabundo acaba entrando por engano no picadeiro de um circo, em meio de um espetáculo. Vendo que as lambanças do atrapalhado vagabundo agradou ao público, o dono do circo (Garcia) acaba contratando-o para ser uma das atrações do circo.

Comentários: Mais uma vez, como fez em O Garoto, Chaplin nos presenteia com um filmaço, com um roteiro muito bem elaborado, que dosa na medida certa humor e emoção. O resultado é esta obra-prima muito, mas muito mesmo, divertida, com uma trilha excepcional que, curiosamente, só foi composta em 1970, para o relançamento.Além de Chaplin e o elenco afiadíssimo, em O Circo, temos também como destaque os animais muito bem treinados (micos, leão e uma impagável jumenta que tem marcação cerrada com o vagabundo). É incrível como um filme feito em preto-e-branco, mudo, consegue nos levar a gargalhadas espontâneas e ainda nos emocionar. O Circo é uma prova viva que o genial Chaplin estava com razão ao não se render tão cedo ao cinema falado, já que ele não precisava diz uma letra sequer para nos divertir, emocionar e cativar até hoje. Infinitamente superior a muitas comédias já produzidas até hoje, simplesmente, um dos melhores e insuperáveis filmes do gênero.



Luzes da Cidade (City Lights).
Produção hollywoodiana de 1931.

Direção: Charles Chaplin.

Elenco: Charles Chaplin, Virginia Cherrill, Florence Lee, Harry Myers, Al Ernest Garcia, entre outros.

Blogueiro assistiu na TV aberta (Globo) e em home vídeo (DVD).

Cotação

Nota: 10,0.

Sinopse: O vagabundo (Chaplin) salva um milionário bêbado (Myers) de se matar e os dois se tornam grandes amigos. Só que quando o cara fica sóbrio, desconhece o vagabundo e o coloca para correr. O vagabundo acaba conhecendo e se apaixonando por uma florista cega (Cherrill), que o confunde com um milionário. Não querendo decepcionar a amada, o vagabundo acaba embarcando na mentira, mas, também, faz de tudo para ajudá-la com seus problemas.

Comentários: Mais uma vez, "para variar", Chaplin faz o casamento perfeito entre drama e o humor, e nos presenteia com mais uma obra-prima, cativante e emocionante, sem deixar de ser divertida ao extremo. Além do ótimo roteiro e de mais um show de versatilidade  de Chaplin em diversas funções, também se destaca a excelente atuação de Virginia Cherrill. Particularmente, tenho um carinho especial pelo filme que para mim é o segundo melhor filme do gênio e que quando eu era pirralho jurava que era Luzes da Ribalta, filme que comentarei daqui a pouco. Em síntese, Luzes da Cidade, como boa parte da filmografia de Chaplin, é mais uma obra-prima da história do cinema.


 
Filme completo com legendas.

Tempos Modernos (Modern Times).
Produção hollywoodiana de 1936.

Direção: Charlie Chaplin.

Elenco: Charles Chaplin, Paulette Goddard, Henry Bergman, Al Ernest Garcia, Chester Conklin, entre outros.

Blogueiro assistiu na TV aberta (Globo) e em home vídeo (DVD).

Cotação

Nota: 10,0.

Sinopse: Devido a rotina estressante de uma fábrica, um trabalhador (Chaplin) acaba surtando e indo parar num hospital para se tratar. Mal sai e ele acaba se metendo em outra roubada, sendo confundido como um líder de um greve e acaba indo parar no xilindró. Enquanto isso, uma jovem (Goddard) tenta sobreviver e sustentar a família, cometendo pequenos roubos. A situação só se agrava quando seu pai morre e suas irmãs vão parar no orfanato. Ela foge e fica batendo perna pela rua. Até que se mete em confusões, sendo presa na mesma viatura que se encontra o trabalhador.

Comentários: Outro clássico de Chaplin bastante conhecido, com cenas memoráveis e antológicas como a da imagem do parágrafo acima. Além de manter o roteiro com a costumeira dosagem perfeita entre humor e emoção, conta também com um aperitivo a mais que é justamente  a crítica inteligente ao sistema capitalista-industrial, já que Chaplin tinha postula política esquerdista, apesar de não ser comprovada a acusação feita na Era McCarthy que ele era comunista. Polêmica à parte, o fato é que Tempos Modernos faz uma crítica tão sutil e ao mesmo tempo direta, tornando-o, ao meu ver, junto com O Grande Ditador, um dos filmes mais criativos e inteligentes da história cinema. Considerado o último filme mudo da  história do cinema,  antes do recentíssimo O Artista, neste filme, Chaplin começa a ceder para a "tal novidade" do som do cinema e solta a voz num divertido número musical. E falando em música, impossível não lembrar de Tempos Modernos e da clássica música Smile. Outro filmaço que não somente o tempo não apagou, mas, continua bastante atual. 


 
Filme completo, com legendas.

Luzes da Ribalta (Limelight).
Produção hollywoodiana de 1952.

Direção: Charles Chaplin.

Elenco: Charles Chaplin, Claire Bloom, Nigel Bruce, Buster Keaton, Sydney Chaplin, entre outros.

Blogueiro assistiu na TV aberta (Globo) e em home vídeo (DVD).

Cotação

Nota: 10,0.

Sinopse: Calvero (Chaplin) é um decadente comediante que no passado gozou de um grande sucesso, mas, agora, se refugia na bebida para aliviar o ostracismo. Numa noite voltando para pensão em que mora, Calvero sente um cheiro forte de gás e acaba salvando da tentativa de suicídio a jovem dançarina Thereza, cujo nome artístico é Terry (Bloom). Os dois se tornam amigos e Calvero passa a ajudá-la. A dedicação à recuperação da moça, também está ajudando Calvero a também se superar.

Comentários:  Este filme é bastante conhecido pela clássica e inesquecível música título, traz o encontro memorável entre Chaplin e Keaton, outro genial comediante da época do cinema mudo, que muitos apontavem como rivais nas telonas. Melancólico e triste: adjetivos que se encaixam perfeitamente em Luzes da Ribalta. Assim como belíssimo e encantador. É neste misto de emoção que Chaplin nos presenteia com uma atuação excepcional, para mim, a melhor de sua  carreira, e um roteiro muito bem escrito. Um drama sensível, tocante, emocionante e envolvente. o melhor do gênero, insuperável até hoje. Mais do que a última grande obra-prima do genial Chaplin, mas, uma belíssima e comovente celebração à vida. 


 
Trailer italiano.

O Garoto (The Kid).
Produção hollywoodiana de 1921.

Direção: Charles Chaplin.

Elenco: Charles Chaplin, Jackie Coogan, Tom Wilson, Edna Purviance, entre outros.

Blogueiro assistiu na TV aberta (Globo) e em home vídeo (DVD).

Cotação

Nota: 10,0.

O Grande Ditador (The Great Dictator).
Produção hollywoodiana de 1940.

Direção: Charles Chaplin.

Elenco: Charles Chaplin, Paulette Goddard, Jack Oakie, Reginald Gardiner, entre outros.

Blogueiro assistiu na TV aberta (Globo) e Fechada (Futura).

Cotação

Nota: 10,0.


Chaplin (Chaplin).
Produção hollywoodiana de 1992.

Direção: Richard Attenborough.

Elenco: Robert Downey Jr., Geraldine Chaplin, Dan Aykroyd, Paul Rhys, Anthony Hopkins, Kevin Kline, Diane Lane, James Woods, Milla Jovovich, Penolope Ann Miller, Marisa Tomei,  David Duchovny, Nancy Travis, entre outros.

Blogueiro assistiu na TV aberta (Globo) e em home vídeo (VHS).

Cotação

Nota: 10,0.



Rick Pinheiro.
Cinéfilo.

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