quarta-feira, 1 de agosto de 2012

RECORDAR É REVER: O EXTERMINADOR DO FUTURO 2: O JULGAMENTO FINAL.

Continuação de clássico oitentista está entre as mais caras da história do cinema.

Em 1984, com orçamento limitadíssimo, o diretor James Cameron supreendeu o mundo com O Exterminador do Futuro, uma obra-prima até hoje insuperável, trazendo Arnold Schwarzenegger na única boa atuação de sua carreira, como o implacável exterminador T-800. Sete anos depois, e com orçamento infinitamente maior que aquele clássico oitentista (só o salário do brucutu foi US$ 15 milhões, num texto que fala pouquíssimas palavras), que fez do filme o primeiro a ter um orçamento acima de 100 milhões de dólares, Cameron volta a surpreende, nos presenteando com outra obra-prima do cinemão entretenimento. Se com um orçamento limitadíssimo de US$ 6,5 milhões, onde Cameron se virou nos trinta e usou toda a criatividade para contar um ideia original, o primeiro O Exterminador do Futuro faturou   quase US$ 80 milhões no mundo inteiro, O Exterminador do Futuro 2: O Julgamento Final, valeu cada centavo investido já que faturou cerca de US$ 520 milhões.

A trama deste que é segundo filme da, até então, quadrilogia (rumores de um quinto filme pipocam na internet, inclusive, confirmando a volta do ex-governador da Califórnia a franquia), se passa alguns anos depois dos fatos do primeiro filme, onde o futuro líder da resistência John Connor (Edward Fulong, convicente), é um adolescente rebelde que vive com mais uma família adotiva, já que sua mãe, Sarah Connor (Linda Hamilton, surpreendente tanto na atuação, quanto na forma física), vive internada num hospício. Com intuito de detornar o aborrescente e, assim, tirar a pedra do sapato, as máquinas enviam do futuro o exterminador T-1000 (Robert Patrick, excelente no personagem mais marcante de sua carreira). Mas, a resistência não fica atrás e enviar T-800 (Schwarzenegger, com uma atuação um pouco inferior ao primeiro filme, mas, sem perder o jeito) um exterminador do mesmo modelo que perseguiu Sarah no filme anterior, só que desta vez, programado para proteger o menino e sua mãe. Começa uma eletrizante perseguição onde não somente a vida do aborrescente está em jogo, mas, todo futuro da humanidade.

Tudo é mais grandioso neste segundo filme da franquia, do roteiro bem mais elaborado até a direção primorosa de Cameron que usa e abusa dos efeitos especiais de última geração. Com muito mais ação, distribuída em sequências eletrizantes, o resultado é que O Exterminador do Futuro 2 consegue a proeza de ser uma obra-prima dos blockbusters  tão bom quanto o primeiro, a ponto de ser considerado por muitos como uma das melhores continuações de todos os tempos. O filme marca também a despedida de Cameron da direção dos filmes da franquia o que acabou refletindo na queda da qualidade do filme seguinte, O Exterminador do Futuro 3: A Rebelião das Máquinas, que só não afundou de vez a franquia, porque recentemente foi retomada no ótimo e surpreendente O Exterminador do Futuro: A Salvação, o primeiro sem Arnoldão no elenco.

É inegável que O Exterminador do Futuro 2: O Julgamento Final é o filme bem mais ousado, em todos os sentidos, da franquia e com a produção bem mais caprichada, com os toques do genial James Cameron. Mas, apesar de todo esse luxo e grandiosidade, este blogueiro ainda prefere o primeiro filme  que continua até hoje insuperável. Mesmo asism, esta super-produção não fica atrás, como obra-prima do entretenimento. Um clássico dos blockbusters que, obrigatoriamente, deve ser visto e revisto, sem deixar de impactar e empolgar. Imperdível. Nota 9,8.

Rick Pinheiro.
Cinéfilo.




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