Apesar de ter estrelado e co-estrelado inesquecíveis filmes de ação, boa parte da filmografia de Dolph Lundgren é composta de péssimos filmes.
Algo no mínimo curioso, porém, aceitável, é o fato de é um cara com um Q.I de 160 abrir mão de um carreira, digamos, mais intelectual, para se realizar como ator. Até aí, nada demais, afinal, temos que seguir os nossos sonhos. O problema do grandalhão sueco Dolph Lundgren é que a maioria dos filmes que compõem sua filmografia não condizem com sua inteligência elevada. É o caso de O Eliminador, tosco filminho de ação classe Z, que o grandalhão estrelou em 2001. No filme, o eterno Ivan Drago interpreta (força de expressão, obviamente) Jason, um ex-agente do FBI, oficialmente dono de um restaurante em crise, mas, que na verdade tem uma agência secreta (leia-se, o cara e mais quatro gatos pingados) responsável em proteger e sumir no mapa pessoas que estão marcadas para morrer. A tal agência vinha obtendo êxito até que um dos clientes, justamente um grande amigo de Jason, é descoberto e brutalmente assassinado. O cara chuta o pau da barraca e parte para descobrir como o seu sistema infalível foi violado.
O que dizer de um filme de ação sem ação, que inicia com o Lundgren pagando um micaço com uma peruca tão ridícula, que consegue se igualar a sunguinha usada pelo brucutu em Mestres do Universo, e as patéticas e péssimas atuação e caracterização em Johnny Mnemonic, os maiores micos de sua carreira? Se você pensou um film ruim acertou em cheio. Afinal, O Eliminador tem um roteiro fraquíssimo, repleto de furos, diálogos patéticos e situações mal elaboradas, somados a uma péssima coreografia de luta, onde muitas vezes é claramente visto que as porradas são de mentirinha. Sem falar que canastrice habitual de Lundgren está num nível absurdamente altíssimo. O resultado é um filme de ação classe "Z' tosco, insosso, paradão, sem ritmo nenhum.
Em síntese, mais um filminho medíocre na filmografia do grandalhão. Incrível como o cara com um Q.I tão elevado e que tem alguns ótimos filmes em sua carreira, seja estrelando (Mestres do Universo, O Grande Anjo Negro, O Justiceiro, Blackjack) ou como coadjuvante (Rocky IV, Soldado Universal, Os Mercenários), ainda teima em fazer péssimas escolhas como essa merda de filme. Só se ele quer brigar pau-a-pau com Steven Seagal e Wesley Snipes pelo título de astro de ação com o maior número de filmes ruins na filmografia. Nota 0,5.
Rick Pinheiro.
Cinéfilo.
Lundgren, bora beber que escolher fazer filme bom tá difícil.
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