RECORDAR É REVER: CORRA QUE A POLÍCIA VEM AÍ! (TRILOGIA).

 = Excepcional. /  = Muito bom. /  = Bom./  = Regular. / = Fraco. /  = (Preciso mesmo dizer?).

Corra que a Polícia Vem Aí! (The Naked Gun: From the Files of Police Squad!).

Produção estadunidense de 1988.

Direção: David Zucker.

Elenco: Leslie Nielsen, Priscilla Presley, George Kennedy, Ricardo Montalban, O.J. Simpson, Raye Birk, entre outros.

Blogueiro assistiu no extinto Cine Iguatemi Maceió, em home vídeo (VHS), na TV aberta (Globo) e on-line (YouTube).

Sinopse: Baseado na série televisiva Esquadrão de Polícia. Após detonar os maiores inimigos dos Estados Unidos, o atrapalhado tenente da polícia Frank Drebin (Nielsen) volta ao país e tem que encarar um fossa por ter levado um toco da sua amada. Mas, logo ele se ver numa missão em tentar descobrir quem tentou matar um dos seus parças policiais (Simpson). Na investigação, ele acaba encontrando um novo amor, Jane Spencer (Presley) e também descobrindo que alguém está planejando matar a rainha Elizabeth II (Jeannnette Charles) na sua visita a Los Angeles.

Corra que a Polícia Vem Aí! 21/2 (The Naked Gun 21/2: The Smell of Fear).

Produção estadunidense de 1991.

Direção: David Zucker.

Elenco: Leslie Nielsen, Priscilla Presley, George Kennedy, O.J Simpson, Robert Goulet, Richard Griffiths, Anthony James, Jacqueline Brookes, Lloyd Bochner, Tim O' Connor, Peter Mark Richman, entre outros.

Blogueiro assistiu no extinto Cine Iguatemi Maceió, em home vídeo (VHS), na TV aberta (Globo) e no streaming (Google Play).

Sinopse: O renomado cientista Dr. Meinheimer (Griffiths) sofre um atentado após o presidente George Bush (John Roarke) lhe confiar a missão de redigir um relatório sobre uma nova forma de energia. Frank Drebin (Nielsen) passa a investigar e acaba descobrindo que o atual namorado da sua amada (Presley), Quentin Hapsburg (Goulet), não apenas é o responsável por ter ordenado o atentado, mas, está planejando algo a mais para embaçar a missão do cientista.

Corra que a Polícia Vem Aí! 331/3: O Insulto Final (Naked Gun 331/3: The Final Insult).

Produção estadunidense de 1994.

Direção: Peter Segal.

Elenco: Leslie Nielsen, Priscilla Presley, George Kennedy, O.J. Simpson, Fred Ward, Kathleen Freeman, Anna Nicole Smith, Ellen Greene, Pia Zadora, Joe Gripasi, entre outros.

Blogueiro assistiu na TV aberta (Globo), em home vídeo (VHS) e no streaming (Netflix).

Sinopse: Para agradar sua esposa (Presley), o tenente Frank Drebin (Nielsen) resolve se aposentar. Mas, o tempo da pistola pendurada dura pouco, já que seus antigos parças, Ed Hocken (Kennedy) e Nordberg (Simpson) lhe pedem arrego para tentar descobrir a tempo um atentado na cidade que está para acontecer. Para isso, ele se disfarça, vai parar no xilindró e faz amizade com o terrorista (Ward) que irá executar o atentado.

Comentários: Indiscutivelmente, o saudoso Leslie Nielsen é o rei das paródias. A sua filmografia confirma isso. O ator canadense, inclusive, participou das melhores deste sub-gênero da comédia, como o clássico Apertem os Cintos... O Piloto Sumiu! e o relativamente recente Todo Mundo em Pânico 3. Mas, sem dúvida, seu personagem mais memorável é o Tenente Frank Drebin na trilogia Corra que a Polícia Vem Aí! Curiosamente, o personagem na verdade é originário da telinha, aparecendo pela primeira vez na série Esquadrão de Polícia, criada pelo trio genial formado pelos irmãos David e Jerry Zucker, e Jim Abrahams, responsáveis pelo citado clássico que parodia os filmes da franquia setentista Aeroporto.

O debute nas telonas de Frank Drebin e a consagração de Nielsen como o astro do pastelão foi em 1988 no engraçadíssimo Corra que a Polícia Vem Aí!. O filme conta com um excelente roteiro que tira sarro de todos os clichês dos filmes policiais, numa trama bem desenvolvida e divertida. Logo de cara, Nielsen brilha, com uma perfeita química com Priscilla Presley, viúva do eterno Rei do Rock, o saudoso Elvis Presley, que embarca de boa na fanfarrice, assim como os demais membros do elenco. O resultado é simplesmente uma das melhores comédias pastelões e paródias já produzidas. Sem medo de exagerar, uma verdadeira obra-prima do gênero, que continua engraçada mesmo sendo infinitamente vista. Cotação:  / Nota: 10,0.

Obviamente que, com o merecido sucesso, uma continuação foi inevitável, E foram logo duas, que são boas e formam bem uma divertida trilogia, porém, inferiores apenas pelo original ser um filmaço. A primeira veio três anos depois deste, e conta com um bom roteiro, que traz uma trama apenas satisfatória, mas, o suficiente para Nielsen e companhia brilharem, e nos divertir com boas piadas. Cotação:  / Nota: 7,5.

Seguindo a tradição, três anos depois do segundo filme, a trilogia tem o seu desfecho em mais um bom e divertido filme, desta vez sem a direção de David Zucker, que ficou só na produção e como um dos roteiristas, e passou a batuta para Peter Segal, estreando nas telonas,  e que posteriormente viria a dirigir filmes de sucesso de Adam Sandler. O terceiro filme conta om um roteiro satisfatório, e traz uma boa trama, ligeiramente superior a do filme anterior, mas, também servindo de mera desculpas para os nossos queridos aloprados personagens, liderados pelo impagável Nielsen, nos divertir e provocar boas risadas. Um fechamento satisfatório que manteve o bom nível de diversão da trilogia. Cotação:  / Nota: 7,5.

VOCÊ SABIA?

O saudoso Leslie Nielsen chegou a fazer teste para atuar no clássico épico Ben-Hur. Se tivesse passado, Nielsen iria viver no filmaço de 1959 ninguém menos que o vilão antagonista. O papel acabou indo para o saudoso Stephen Boyd, que simplesmente deu um show, e hoje em dia, impossível imaginar outro ator, principalmente, Nielsen. Ele pode até não ter pego o papel no épico, mas, em compensação, ficou marcado para sempre na sétima arte como o rei das paródias.

Rick Pinheiro.
Cinéfilo alagoano.