domingo, 9 de abril de 2017

NOSTÁLGICA ESTREIA EM GRANDE ESTILO DE UM FENÔMENO DO NOSSO CINEMA.

 = Excepcional. /  = Muito bom. /  = Bom./  = Regular. / = Fraco. / Coco do Cachorrão= Preciso mesmo dizer?.

Na Onda do Iê-Iê-Iê.
Produção brasileira de 1966.

Direção: Aurélio Teixeira.

Elenco: Renato Aragão, Dedé Santana, Silvio César, Valentina Godoy, José Augusto Branco, Mário Lago, Mário Petraglia, Carla Miranda, Leila Lopes, Chacrinha, Wilton Franco, Wanderley Cardoso, Rosemary, Wilson Simonal, Os Vips, Renato e Seus Blue Caps, Clara Nunes, The Fevers, entre outros.

Blogueiro assistiu no notebook em 14 de março de 2017.

Cotação

Nota: 9,5

Sinopse: César Silva (César) é um promissor jovem cantor e compositor que sonha com o estrelato, que recebe um incentivo e tanto dos amigos Didi (Aragão) e Maloca (Santana). E o primeiro passo para o sucesso é quando participa como calouro do programa Buzina do Chacrinha, que de cara, acaba ganhando um emprego numa boate, onde conhece Mônica (Godoy), uma jovem Patricinha, filha do dono de um grande gravadora (Lago). Os dois se apaixonam e quem não gosta nadinha do romance é Milton (Branco) Mauricinho filho da puta, ex-namorado da moça (Branco), que na baixa, lidera uma quadrilha de Mauricinhos que roubam carros. O cara fará de tudo não somente para embaçar o romance dos pombinhos, mas, também, ferra com a carreira de César antes mesmo que decole.

Comentários: Dois adoráveis trapalhões e Jovem Guarda: duas paixões nostálgicas do brasileiro se unem na estreia de Renato Aragão em longa nas telonas (antes só havia feito o curtinha A Pedra do Tesouro, junto com Dedé Santana, que aliás, já vinha dando as caras nas telonas desde 1962, com direito a participar de um filme gringo). Era o início em grande estilo daqueles que viriam a ser o maior fenômeno de bilheterias do cinema brasileiro. Contado com a produção de J.B. Tanko (que viria dirigir a maioria dos grandes sucesso do saudoso quarteto), o filme traz um roteiro bem elaborado, que intercala perfeitamente a boa e simples história, com vários números musicais de cantores e grupos da época, que, posteriormente, brilhariam na música brasileira, sob a batuta do saudoso Aurélio Teixeira, que conduz com maestria e competência. Apesar de ter o nome abrindo os créditos, a dupla de trapalhões aparece um pouquinho menos que o esperado, mas, o suficiente para já mostrar o talento individual e a perfeita química entre eles que existe até hoje, com direito até ter umas duas trapalhadas repetidas décadas depois em outros filmes do grupo. Nostálgico, divertido e bonitinho, uma pequena obra-prima do nosso cinema. Um clássico que precisa ser descoberto não apenas por todos os nomes que marcam presença, mas, por uma aula prática de história dos costumes e gírias da época.

Rick Pinheiro.
Cinéfilo alagoano.

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